A travessia william p young

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ouvi na vida.– Ela balançou a cabeça. – Deus me livre! Onde já se viu dar todo o seu dinheiro suado para os gatos? – Pois é, que burrada! – ele concordou. – Bem, então vamos curar você para que possa consertar essa burrada. – Ela brandia a colher na direção da janela enquanto falava. – Eu andei pensando, Maggie... – Tony, você tem todo o direito de curar a si mesmo. Deus lhe concedeu essa dádiva, porque ele deve confiar que você saberá usá-la. Então, se você decidir que curar a si mesmo é a melhor escolha, eu lhe darei cem por cento de apoio. Não cabe a mim dizer às pessoas o que elas devem fazer de suas vidas. Já gastei mais energia do que devia simplesmente julgando os outros... algo que – prosseguiu enquanto tornava a brandir a colher, agora coberta de farinha e manteiga – venho tentando fazer menos, mas é um processo, e confesso que às vezes gosto demais de julgar. Achar que ninguém poderia fazer alguma coisa melhor do que eu me faz sentir superior. Está vendo, Tony? De uma maneira ou de outra todos temos nossas fraquezas. Pronto, meu sermão já acabou. O que você acha? – Você me faz sorrir, é isso que eu acho – respondeu Tony. – Bem, então minha vida está completa. – Maggie deu uma risadinha. – Agora, falando sério, só falta receber uma aliança de noivado de Clarence, e aí, sim, minha vida estará completa. Não me leve a mal. – De jeito nenhum – respondeu Tony, rindo. – Maggie, eu tenho uma ideia para resolver essa burrada dos gatos, mas vamos precisar de ajuda. Quanto menos pessoas, melhor, e estou pensando em Jake porque acho que não temos escolha. Clarence também, por ser policial e poder garantir que vamos fazer tudo do jeito certo. – Tony, você está me assustando. O que nós vamos fazer? É alguma coisa ilegal? – Boa pergunta. Não sei bem. Sim e não, imagino. Se ainda não estou morto, não acho que seja ilegal.


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