TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS LIBERTADORES

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E, como foi o caso específico de janeiro e fevereiro, com muita chuva, não havia produção e, por outro lado, o fazendeiro, o produtor rural e os gatos não queriam remunerar esses dias parados, e ai houve esse conflito

A partir dos resultados alcançados, propõe-se que o discurso comum da classe 4 poderia ser reconstruído e sintetizado por meio da seguinte expressão:

Os problemas que se encontram no meio rural são graves, existem trabalhadores em condições de trabalho e alojamentos precários porque os produtores não sabem fazer seleção, e na época da colheita não dão proteção ou salário a essa mão de obra barata de agenciados; isso envolve uma questão cultural. Como fiscalização temos atuação em todo lugar, inclusive no Distrito Federal, em Minas Gerais, nos municípios e em toda região onde ocorre esse problema, apesar de não termos efetivamente uma integração.

2.2.2. Ramificação ―A Ação‖

A ramificação ―A Ação‖ se desdobrou em duas ramificações com duas classes cada, as quais constroem a idéia do que significa o fenômeno do trabalho escravo para os libertadores no contexto de sua prática cotidiana para superação dessa forma de exploração da mão de obra (ramificação ―Significado do trabalho escravo‖, composta pelas classes 2 e 3). Esse significado é ―justificado‖ no contexto histórico, porém questionado com um olhar de quem se considera dentro desse processo e relata conhecer o fenômeno com proximidade (Ramificação ―Dinâmica do trabalho‖, composta pelas classes 5 e 6).

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