Projeto Jovens leitores

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Trilogia Contos e poesias E.M. Florestan Fernandes

Jandira Barreto Pereira MauĂŠs


APRESENTAÇÃO

A coletânea de textos que ora apresento, reúne histórias e poesias produzidas pelos estudantes do Ciclo III e IV (5ª a 8ª no regime seriado) da Escola Municipal Florestan Fernandes em oficinas de criação literárias promovida pelo Projeto Jovens Leitores1. “Da janela do meu quarto”, primeiro trabalho editado pelo Projeto em 2005, foi uma produção individual de José Pinheiro Jr. e contou na primeira edição com a ilustração de seu amigo de classe Pedro Pacheco. O livro passou de mão em mão despertando curiosidade e interesse na comunidade escolar. As oficinas e as publicações semi-artesanais que se seguiram “Cantigas de Florescer” e “No Parque ver de prosa, ver de verso”, tiveram um número cada vez maior de participantes. É justo reconhecer que o desejo das crianças e jovens de criarem seus próprios textos foi alimentado pelos encontros com escritores paraenses, pelas rodas de conversas, rodas de leitura, visitas à bibliotecas e livrarias, contação de histórias, recitais poéticos, cantorias... É oportuno ressaltar ainda que esta ação de estímulo a escrita aconteceu e acontece sem maiores ansiedades de formar prosadores ou poetas. O foco da atividade está em oportunizar aos estudantes que ampliem seu repertório cultural e se exercitem com as palavras, apropriando-se de mecanismos especiais peculiares de expressão melhorando a cada nova experiência como produtores de textos. Paulo Demétrio Pomares da Silva Coord. do Projeto Jovens Leitores

¹ O Projeto é realizado na Escola Florestan Fernandes desde 2002 com crianças e jovens entre 10 e 15 anos. Os estudantes são estimulados a descobrir o sabor de ler e escrever através de um conjunto de ações que prevêem rodas de conversas, rodas de leituras, visitas à bibliotecas, feira de livros, livrarias, empréstimos de livros, oficinas de produção de textos, saraus, recitais poéticos, dentre outras atividades.


Da janela do meu quarto José Benedito Leite Pinheiro Junior – Belém, 2005

A janela do meu quarto

Da janela do meu quarto Vejo um mundo diferente

Da janela do meu quarto Vejo a verdade De tudo o que há

De lá vejo a vida Os pássaros As crianças E as razões pelas quais Vejo um mundo tão cheio De qualidades E com muita fantasia.

A janela do meu quarto é mágica Pois me ajuda a aprender a viver De uma maneira simples e fácil.


1º, 2º, 3º, etc... Qual é a melhor?

Meus primeiros passos foram brilhantes Pois me ensinaram a caminhar pela vida E tiveram o mesmo efeito De tudo o que é primeiro neste mundo Como o primeiro beijo Ou até o primeiro dente que se arranca.

Tudo nesta vida que se possa imaginar Tem-se a primeira vez.

E como diria o mais sábio poeta: A primeira vez é a melhor das melhores.

Ser criança

Lá fora, num banquinho da praça, Ana está a admirar o céu.

- Ana, minha filha, vamos embora, Não fique ai feito boba!!!

- Calma papai, só quero saber por que Os peixes desse oceano tem asas.


O cãozinho do Raul

O cãozinho do Raul morreu.

Mas para onde foi o cãozinho do Raul? Para baixo da terra Ou para o imenso céu azul?

A tristeza é tanta que Raul chora Pois o cãozinho morreu de boca aberta Como se estivesse dizendo: “Adeus, meu amigo, até um dia”.

Jardim Feliz

Na varanda lá de casa Vejo um jardim verdinho E há também um passarinho Que fez ali seu belo ninho

O cachorro que não bote nem a pata Pois as formigas fazem ali Sua grande caminhada.

O gatinho deve ter cuidado Quando deitar nesse chão Pois deve estar dormindo ali O grande camaleão.


É, crianças, nada de brincar lá com faca Pois entre as folhas deve estar A preguiçosa dona lagarta.

Hoje Tem Festa no Galinheiro

Nasceram os pintinhos Mais novos do pedaço

De repente ouve-se um grande canto Lá pros lados do brejo.

Será o lobisomem? Não. É o seu galo cantando Pela chegada dos novos pintinhos...

Jornal do poeta

Extra! Extra! O leão não é mais o rei da selva o macaco agora é quem dá as regras.

Extra! Extra! O papagaio não vai mais fazer fofocas.

Extra! Extra! Relógios fazem greve por salários atrasados.


Extra! Extra! esse é o jornal da imaginação é o jornal do poeta!

Papagaio Triste

Desde sua infância o papagaio tem um sonho: Quer ser cantor.

Por esse sonho largaria tudo porém, não pode: o papagaio é mudo.

Se tiver uma solução fale com sua imaginação mas seja rápido pois ele está sentindo muita dor o papagaio mudo que sonha em ser cantor.

Bem - Te – Vi Bem – te – vi que canta! Bem – te – vi que chora! Bem – te – vi que grita! Bem – te –vi que em tudo põe o seu nome, Diz pra mim: quem tem a beleza


mais encantadora? (pergunta a menina) Bem – te – vi! Bem – te – vi! ( responde o humilde passarinho ).

O Vento

Vem o vento leve Vem o vento frio Vem o vento solto Que se esconde no barril

Vem o vento louco Cheio de sabor Vem o vento bonzinho Para levar a minha dor.

Bolsa azul

Cedo madruga Papai está na luta A noite tarda, papai está em casa.

E sempre com aquela bolsa azul ( mas o que levará naquela bolsa azul? ) Serão papeis importantes Ou quem sabe cachorro um cachorro pit-bul?


Pergunto à mamãe Ela o protege: “aquela bolsa nos sustenta, meu filho. Seu pai é carpinteiro e nela só carrega ferramentas”.

Alegria de criança

Renata rodou o pião pela primeira vez.

Como é grande a alegria de Renata.

Ah! Renata, queria eu ser como você: Feliz a cada momento buscando conhecimento aprendendo com a vida e brincando com vento.

Menino pobre

O menino quer uma bola Para jogar

O menino quer comida Para se alimentar


O menino tem sonhos Porém, realizá-los não pode, O menino é muito pobre.

Como são grandes os sonhos do garoto!

E como ele é rico dentro de sua própria imaginação Pois lá tem comida, brinquedos e tudo O que ele quiser praticar. Então diz o garoto: “como é bom sonhar!”

Pássaro no céu

No alto ar Os passarinhos gostam de brincar Mas o tempo passa A noite chega... E os passarinhos logo tem de voltar. Mamãe está preocupada. Papai já vai chegar Os passarinhos já estão dormindo Para amanhã recomeçar A vida de alegria que é brincar no ar.


Quitanda da minha rua

Quitanda bela Cheia de amizade E com pouca quantia Se compra a felicidade.

Nessa quitanda quase não há vendedor Porque não há ódio Muito menos rancor Na bela quitanda do amor.

Sonho de menino

Ah! menino Por esse teu sonho Vão imaginar Que estás a flutuar. Que menino sorridente tu és. Que felicidade imensa Tens no coração Pois para chorar nunca tens razão. Acho que és como Uma flauta que toca Musicas belas e só isso faz. És o amor em forma de pessoa És a prova de que os sonhos são reais.


Nunca me esqueça

Se fores a Salvador Eu estarei por perto Para aliviar qualquer dor.

Se fores a Belém Estarei contigo também Em qualquer lugar A qualquer hora.

Sempre estarei contigo Te protegendo Como se fosse uma luz.

Sou teu salvador, Meu nome é Jesus!

Oração

Meu Deus, Obrigado por mais esta oportunidade E se permitir quero esta vida Por toda a eternidade.

Ser poeta é bom, É a minha maior vontade.


Meu Deus, me proteja por onde estiver Guarde-me para sempre em seus braços Não em lugar qualquer Guie meus passos por onde eu andar Pra que eu consiga viver e na vida amar.

Na vida, tenho tido muitas oportunidades Por isso a sorte nunca me despreza Mas quero sua benção, senhor, Pois minha vontade mesmo É sempre ser poeta.

Cantigas de Florescer Belém – 2007

Quem na palavra se adestra, imenso poder transporta pois o verbo é chave mestra capaz de abrir qualquer porta! Antônio Juraci Siqueira

Trova de Breno Lopes

Minha mãezinha querida, Neste dia tão feliz, Ofereço com alegria Esta lembrança que eu fiz.


Trovas de Bruno Lopes

Antigamente eu cantava Como cantava o sabiá Mas agora eu não canto Porque eu já vou “macaquear”.

Certo dia mamãe me disse: Você vai se machucar Como não lhe dei ouvido, Comecei a me ralar.

Toda vez que você passa Defronte do meu portão, Eu dou grito de alegria, Tão grande é minha emoção.

Trovas de Huelen Joaquim

Sabiá da laranjeira, Passarinho cantador, Por favor me diga logo Onde anda o meu amor.

Toda vez que você passa defronte do meu portão, o meu coração dispara quase morro de emoção.


Trovas de Jéssica Nunes

Sabiá da laranjeira, Passarinho cantador, Você é meu amado E eu sou um beija-flor.

Toda vez que você passa defronte do meu portão, fico logo apaixonada pensando em meu amorzão.

Trovas de Layane Caroline

Sabiá da laranjeira, Passarinho cantador, Sabiá da goiabeira Vá dançar com seu amor.

Toda vez que você passa Defronte do meu portão Vai chegando de mansinho, Mexendo o meu coração.

Para alua deixo um cheiro Para o sol uma canção Pra você que é minha mãe Um beijo de coração.


Trovas de Leandro Guimarães

Sabiá da laranjeira, Passarinho cantador, Vou vivendo esta magia, Procurando o meu amor.

Toda vez que você passa Defronte do meu portão A menina mais bonita Mora no meu coração.

Trovas de Michele Santos

Sabiá da laranjeira, Passarinho cantador Eu fico à toa, de bobeira E esqueço até minha dor.

Atravessei sete mares Fazendo o que sou capaz, Arriscando a minha vida Só por causa de um rapaz.

Você é o meu cantar E o meu rapaz de amar, Mas o eu dia escurece Sempre que você me esquece.


Toda vez que você passa Defronte do meu portão, Fico olhando a sua graça Com amor no coração

A mãe dele é esperança E tem dele um cheiro de flor, Minha mãe é muito linda Quem me cria é seu amor.

Trovas de Sâmara Souto

Sabiá da laranjeira, Passarinho cantador, Me conta teu segredo Que eu te dou o meu amor.

Toda vez que você passa Defronte do meu portão, Fico olhando muito triste Com dor no meu coração.

Mina mãe é tão bonita, Ela é igual uma flor, Ela é a flor divina Que me dá o seu amor.


Trovas de Thayane

Sabiá da laranjeira Passarinho cantador, Tu sumiste tão depressa Sem encontrar o meu amor.

Toda vez que você passa Defronte do meu portão, Meu coração bate forte Dum, dum, dum, dum, dum, dum, dão!

Trovas de Thiago S. Rosário

Sabiá da laranjeira, Passarinho cantador, Quando sobe na mangueira Vai junto com meu amor.

Toda vez que você passa Defronte do meu portão Fico a olhar maravilhado Com o coração na mão.

Minha mãe é tão querida, Minha mãe é tão legal, Minha mãe é minha vida Porque faz o meu nescau.


Trovas de Wilhiam Clei

Sabiá da laranjeira Passarinho cantador Vai voando bem depressa pra encontrar o meu amor.

Toda vez que você passa Defronte do meu portão Vai me dar dor de cabeça Pois é grande a emoção.

Ó mãe, quando eu morrer Não quero reclamação Pois o pouco que eu fiz Eu deixo de coração.

Trovas de Aurélio Jonatan

Vou plantar um pé de cravo No meio do teu jardim Nele vou mandar um beijo, Você manda outro pra mim.

Sabiá da laranjeira, Passarinho cantador, Eu vou mandando um beijinho Pra menina meu amor.


Mangueira da minha terra, Cai manga no meu jardim, Vou te mandar uma flor, Você, um beijo para mim.

Trovas de Juliane Nascimento

Toda vez que você passa Defronte do meu portão Dia e noite vão passando Só não passa esta emoção.

Vou plantar um pé de cravo No meio do teu jardim Pra colher todos os beijos Que você guardou pra mim.

Sabiá da laranjeira, Passarinho cantador, Vai cantando, vai voando Acordar o meu amor! Vou plantar um pé de cravo No meio do teu jardim; Vou dizer-te bem mansinho Que nosso amor não tem fim.


Sabiá da laranjeira Passarinho cantador, Tem ciranda no teu canto, No teu canto tem amor.

Mangueira da minha terra, Mangueira do meu amor, Tanto longe quanto perto Não esqueço o teu amor.

Quando chove na cidade, Olho triste para o céu À espera do meu amado Que partiu lá pra Portel...

Trovas de Joyce Nunes

Vou plantar um pé de cravo No meio do teu jardim Pra dizer pra todo mundo: Quero você até o fim!

Sabiá da laranjeira, Passarinho cantador, Vou dizer a todo mundo que você é meu amor.


Mangueira da minha terra Que dá mangas com sabor, Vou dizer para o mundo inteiro Que você é o meu amor.

Trovas de Leandro da Conceição

Vou plantar um pé de cravo No meio do teu jardim. Vou querendo, enquanto isso, Você todinha pra mim.

Sabiá da laranjeira, Passarinho cantador Eu queria ter certeza Que você é meu amor.

Mangueira da minha terra, Minha fruta é o muruci; Para ser um bom poeta, Tem que ser “seu” Juraci.

Trovas de Lucas Farias

Mangueira da minha terra, Passarinho cantador, No teu canto tem ciranda, No teu canto tem amor.


Mangueira da minha terra, Passarinho cantador, Vai voando, vai cantando Acordar o meu amor.

No Parque ver de Prosa, ver de Verso Belém – 2008

A escola Florestan Tem uma coisa só para nós: É o Projeto Jovens Leitores (E o Grupo A Flor da Voz!) Thiago do Rosário

Agora eu sou poeta

Agora eu sou poeta E ninguém me segura Agora eu sou poeta Em nome da leitura! Lucas Farias Mundo de papel

Pra mim o mundo é de papel... Mundo de flor e vala! Vala e flor... Mundo sem esperança


Mundo com esperança Caneta, controle Lápis, cadeira, televisão... Um mundo sem noção! Pessoas por outro lugar Pessoas por todo caminho Que nem passarinho!!! Marcos Adriano Barros Costa

Menina e sonho

Lá fora uma menina Brincava com as estrelas (coisa de criança!) Um dia ela teve um sonho: Ia viajar para uma rua Onde não tinha lixo Não tinha ladrão Uma rua mágica Onde crianças brincavam. A mãe pensava que era besteira O pensamento da menina. A noite, a menina preparou suas roupas Deitou-se na cama e dormiu. No sonho dela Tinha muitas estrelas, canção... E muita brincadeira! Brendo Lopes


Encolhido na cama

Encolhido na cama Com medo de trovões Que assustava a noite inteira Tremendo corações.

Numa tarde chuvosa

Numa tarde chuvosa Eu me encolhia, eu me embrulhava Na minha cama, sozinho Uma goteira me pingava. Thiago S. do Rosário

Escola

Escola É Cimento Lápis Caneta Menta Ameixa Amigo Amor. Vanessa dos Santos Padilha


Linha do tempo

6 anos Lembro que eu dormia na costa do meu pai. Parecia um macaquinho na costa dele. Isso foi muito importante pra mim. 7 anos Eu passei a primeira temporada de férias no Interior. 8 anos Escutei a primeira banda de rock da minha vida chamada de Nirvana. 9 anos Dei o primeiro beijo numa garota. 10 anos Passei o primeiro Ano Novo na rua (na rua não, né! Na frente da casa do meu avô e vó!). 11 anos Toquei o primeiro violão na minha vida. 12 anos Bati em meu primeiro colega. Por uma causa justa! 13 anos Comemorei o aniversário do meu irmão Brendo 14 anos Fui morar com minha Vó. 15 anos Estou esperando alguma coisa de importante acontecer! Bruno L. da Costa


Salvem o Parque Verde

Salvem o Parque Verde Salvem o meu Pará Essa é a nossa poesia E ninguém pode acabar Adriano Silva

Alegria

Alegria vem, a gente adora Quando vai, a gente chora. Vem cá minha alegria Diga “aonde você vai?” _ Vou alegrando muita gente Vou pra casa de seus pais! Lucas Farias

Quando estou sem fazer nada

Quando estou sem fazer nada Eu começo a escrever Poesias, poemas e trovas Tudo me lembra você.


Passarinho cantando Pra lá e pra cá Sozinho ele ia Livre no ar. Thiago S. do Rosário

Sonho

Sonho é viagem Dentro do pensamento Tem besteira, tem magia, Brincadeira, alegria! Iorlandio Junior

Naquela tarde

Naquela tarde de muita chuva e vento Na rua estava a menina do meu pensamento E com magia e amor Meu coração se apaixonou Olhei pra ela com alegria Ela no céu, o sol surgia. Menina linda estou encantado Por você apaixonado Menina linda não vá embora Se você for, não demora! Se não voltar vou atrás de ti


Eu não quero nem saber se me perder por aí Se eu ficar sem você posso até...morrer!!! Kevin Francisco

Rima

Coração, cimento, caixão Flor, floresta, televisão Lombriga, cachorro, sabão Cachorro, caneta, balão. Luana Fernanda Oliveira Félix

Caixa Caixa serve Pra colocar Presente Naquilo Que a gente Sente. Mayara Izabel

Loiro, moreno Papel, pastel Cachorro, cadela Lombriga, barriga Balão, babão TV, telão


Coração, balão Caixa, caixão Sujo, sovaco Café e pão Maquinista, trem Coração, grandão. Lídia Santos Oliveira

Luz é vida

Luz é vida Vida é luz Luz, câmera Ação, padrão Um, dois Feijão com arroz Três, quatro Feijão no prato Lídia é uma flor Que brota do amor. Lídia Santos Oliveira Jovens Leitores

Alunos Jovens Leitores Vivem a dizer poesia De brinquedo, de segredo, Paraíso, de magia.


São meninos e meninas Que acreditam na mudança Estão vivendo e crescendo Sem deixar de ser criança.

Vão à feiras, seminários, Fazem jogos com ternura Sempre cantam alegremente Tudo em nome da Leitura.

Brincadeiras e leituras: Corpo são e mente sã Nova lição se aprende Na Escola Florestan! Paulo Demétrio Pomares/ Jovens Leitores

Matinta O sujeito não acreditava em história de Matinta Perera. Até que um dia, quando voltava do trabalho por volta da meia-noite de uma sexta-feira, ele passou em frente a um cemitério e ouviu um assobio, lembrou-se de uma lenda e gritou: _ É você Matinta Perera? Eu não acredito em sua lenda e não tenho medo de você, eu não tenho medo de bicho nenhum. Quando ele entrou em casa, alguém bateu em sua porta, abriu e viu que era a Matinta Perera e ela começou a quebrar tudo na casa.


_O que você quer? O homem perguntou. _ Eu sou a Matinta Perera, se você não acreditava, agora vai acredita!

Mayara Isabel Silva de Araújo

Uma noite de sexta-feira

Em uma noite de sexta-feira, Elisama estava sentada no banco da praça em frente à igrejinha abandonada, quando ao olhar para trás, viu uma mulher com os olhos vermelhos, os ouvidos e o nariz cheios de algodão e o rosto pálido. Naquela praça não tinha mais ninguém, nem na rua. Elisama correu, mas aquela mulher, que era a Matinta Perera, era mais rápida porque não corria, voava. A menina viu uma casa velha com a porta aberta. Entrou, correu para um quarto que tinha uma janela aberta e um lago para atravessar e ela não sabia nadar, teve que pular a janela, mas a Matinta estava dentro da casa, na cozinha. Elisama ia saindo de mansinho, mas pisou em uma tábua solta no chão, a Matinta escutou e saiu voando atrás dela. Elisama correu, mas cansou e parou. Viu um vigilante noturno, que estava desarmado, então a menina explicou o que estava acontecendo e os dois correram até um ponto de vigilância noturna. Falou para os outros vigilantes e combinaram atirar na Matinta quando ela voasse. Ela apareceu, eles atiraram. Fraca, caiu. Eles a pegaram, queimaram ela rapidamente e tudo acabou. Então digo: tome cuidado em qualquer noite de sexta-feira! Lídia Santos

O homem que se casou com a Matinta Perera

Um sujeito que se chamava André, não acreditava em história de Matinta Perera. Até que um dia, quando voltava do trabalho por volta da meia-noite de uma sextafeira, não encontrou a sua mulher e falou: _ Meu Deus, onde a minha mulher está? Saiu para procurar. Pegou o carro e saiu em alta velocidade gritando:


_ Alguém me ajude, minha mulher desapareceu! Foi à delegacia e falou: _ Delegado, delega, você viu minha mulher? O delegado disse: _Eu vi sua mulher entrando no mato. _ E ela estava sozinha? _ Sim André, ela estava sozinha. O André saiu correndo pra mata gritando: _Vanessa, Vanessa, onde você se...? Você não me ama? Fale. Aí ele viu alguma coisa se mexendo no mato, foi ver e era um tatu. Saiu correndo gritando pela Vanessa, quando percebeu alguma coisa, ficou olhando pra mata e viu que estava perdido. Ficou assustado, pois todo mundo falava que tinha Matinta Perera. Viu alguma coisa correndo e ele correu atrás, quando ele viu a Matinata Perera na frente dele, saiu correndo gritando: _ Socorro, socorro, a Matinta Perera está atrás de mim. Quando ele a viu falar: _ Por favor, não corra, sou sua mulher! Ele parou e ficou olhando, perguntou por que ela havia ficado assim. _ Fui amaldiçoada, e toda sexta-feira à noite eu viro a Matinta Perera, ela disse. _Você ainda gosta de mim? _ Nada vai nos separar, estamos juntos até a morte. Ele disse. Jonatan Caldas Nunes

Os meninos

Três meninos brincavam na praia, quando avistaram algo boiando entre as ondas. O mais velho entrou na água e ao se aproximar da coisa, sentiu medo e correu pra terra com os amigos. Olhou pra trás e viu uma cobra imensa, tomou um susto.


No outro dia ele foi lá e viu a cobra do tamanho de uma porta, ficou assustado e viu que eram duas. O mais velho ficou amigo das duas cobras, até tomava banho com as duas. Até hoje é amigo delas. Aleff. A. da Silva

A surpresa

Na madrugada daquele domingo, o cachorro começou achar alguma coisa no fundo do quintal. Paulo pegou a lanterna, armou-se com a tranca da porta e foi ver o que era. Mas quando se aproximava do local, não tinha nada. Então se deitou para dormir. De repente, o cachorro achava alguma coisa novamente no fundo do quintal. Paulo ficou assustado, estava com medo de dormir. No dia seguinte de manhã, ele foi ao fundo do quintal. Lá estavam pegadas, mas não eram pegadas de pessoas, mas sim de animais. A noite chegou e então ele disse: _ Eu pego seja lá o que for isso. Então ele dormiu. O cachorro latiu. Ele se espanta e vai ver, ele tinha botado mato em cima de um buraco, no fundo, era oco. _ Eu acho que eu peguei a coisa que vem todo dia no fundo do meu quintal. Disse ele. Armou-se com a tranca da porta, pegou a lanterna e foi ver o que era novamente e não achou nada lá. Então disse para si mesmo: _ Égua! O que é isso? Na noite do dia seguinte, refaz novamente a armadilha com o buraco mais fundo. Viu alguma coisa e gritou socorro, ficou com mais medo ainda e pensou pedir para o pastor orar por ele e pela casa dele. Na noite seguinte, ele pega o que era; um cavalo e um ovelha brincando de pegapega. Marcos Barros da Costa.


O menino que caçava passarinho

Naquela tarde, desobedecendo as recomendações da mãe, Leleco pegou a baladeira e foi caçar passarinho num arvoredo próximo. Já havia matado duas pipiras e um sabiá, quando escutou a voz de sua mãe lhe chamando: _Leleco, o que você está fazendo? Eu disse para não sair de casa! _ Mãe, eu quero pegar um passarinho para eu cuidar! Leleco responde. _ Leleco, você não me engana, você está matando passarinho! Eu já falei pra você para com isso, algum dia pode acontecer alguma coisa e eu sei que você vai se assustar. Fala a mãe. Quando foi no outro dia, ele foi caçar passarinhos e sua mãe não havia deixado. Ele matou o primeiro e ficou muito alegre por que sempre que ele ia matar, sempre dava errado, mas dessa vez tinha ocorrido da maneira como ele queria. Depois de algumas horas, ele foi pra sua casa. No caminho encontrou uma sacola preta, curioso, pegou a sacola e abriu. Quando olhou, tinha olhos de passarinho, ele tomou um susto e saiu gritando: _ Mãããe! Mãe, eu estou com medo, não quero mais caçar passarinho e também não vou mais desobedecer a senhora. Por favor, mãe, me desculpa! _ Calma meu filho, eu desculpo você, mas o que aconteceu? Porque você está nervoso e chorando? _ Eu encontrei uma sacola preta e tinha olhos de passarinhos! Mãe, eu prometo que nunca mais eu vou matar passarinhos! E nunca mais o menino voltou no arvoredo. Priscila Pantoja

A maldição do colar Há anos trabalhando na limpeza pública, Luís já havia encontrado muita coisa curiosa jogada no lixo, mas nunca imaginou que um dia acabaria encontrando um colar de ouro. Ele pegou e guardou. Quando chegou a casa, tirou da sacola e presenteou a sua esposa. Ela ficou muito feliz, mas quando colocou no pescoço, aconteceu algo estranho. No início, não percebram nada, mas quando forma dormir, de repente ele levantou no meio da noite, abriu a porta e saiu para rua. Luiz nem percebeu que ela tinha virado zumbi.


Ela saiu a procura de vítimas. Foi numa mulher que estava esperando ônibus, deu uma dentada bem no pescoço e a mulher virou também zumbi, praticamente na mesma hora. Elas foram juntas para caçar mais e isso foi a noite toda. Só acabou 5:00h, quando o sol começou a aparecer. Outras pessoas ficaram infectadas, mas quando o sol apareceu, eles voltaram ao normal, não sabiam onde estavam. Isso se repetiu toda noite e mais pessoas ficaram infectadas. Luís já estava triste, já fazia tempo que não via sua mu lher e estava muito angustiado por ela ter deixado ele sem dar nenhuma satisfação. O tempo passava e muitas pessoas desapareciam. Luís, logo encontrou o colar que havia presenteado sua esposa e com muita raiva, quebrou e jogou no rio. A maldição acabou. Depois de muito tempo, muitas pessoas apareceram inclusive sua mulher. Eles brigaram um pouco mais e depois se uniram de novo. Na época, aquela noite foi chamada de “A noite dos mortos”. Thiago S. do Rosário

A menina no sonho

Numa noite escura de sexta-feira, Raquel foi visitar sua prima que morava próximo de sua casa. Ela caminhava pela rua mal iluminada quando de repente, ela ouviu um barulho muito alto. Ela se assustou, andou e olhou a rua. A rua que era curta ficou muito maior e onde ela bem pensava que estava, não estava mais. Estava num lugar tipo um floresta, um floresta muito grande. Ela recomeçou a andar chamando pela sua prima, pela sua mãe e nada. Andou muito e chegou perto de um lago bem grande. Perto desse lago tinha umas árvores que pareciam diamantes, brilhavam muito. A menina resolveu pegar uma folha, podia valer muito, já que era parecida com diamante. Quando viu um exército de caveiras muito feias, correu com medo e escorregou, caiu dentro do rio e acordou em sua casa. Foi simplesmente um sonho! Bruno Lopes da Costa


O motorista e a mulher de preto

Certo dia, João, um motorista de caminhão, trafegava pela estrada escura e deserta em noite de finado, quando ao dobrar uma curva, ele viu uma mulher de preto no meio da rua. Era uma mulher bonita pedindo carona. Parou o caminhão e a mulher entrou e sentou-se. Ele continuou o seu percurso, concentrado na estrada para não causar nenhum acidente. Lembrou da mulher e quando foi perguntar onde ela iria descer, a mulher tinha sumido. Ele se apavorou e disse: _ Meu Deus, o que foi isso? Então ele ouviu uma voz que dizia: _ Você esqueceu que hoje é Dia de Finado? Mais apavorado ainda, ele pergunta: _ Quem é você? A voz da mulher que pegou carona com ele disse: _ Sou a mulher de preto. E então eles fizeram amizade e ficaram muito amigos. Larissa Ferreira de Alencar

Seu Manel e o Curupira

Seu Manel gostava de caçar guariba. Até que um dia, quando apontou a espingarda para uma delas, se espantou, pois na costa da guariba estava seu filhote. Seu Manel nem ligou, atirou na guariba e seu filhote fugiu para a mata. O homem pegou a guariba, botou na costa, entrou na sua canoa e foi embora para a sua casa.


No outro dia, sem Manel voltou para mata. De repente, ele ouviu um ruído estranho, foi até lá. Andou, andou e nada desse ruído parar. Quando se tocou, estava perdido na mata, estava anoitecendo e ele não conseguia encontrar o caminho de volta. Foi então que ele viu um curupira, se desesperou, correu e nunca achava o caminho da canoa. Para sua surpresa, ficou cara a cara com o curupira. Seu Manel deu um jeito de escapar, pegou um cipó e começou a dar vário nós. O curupira viu o cipó e tentou desamarrar enquanto seu Manel tentava encontra o caminho certo. Entrou na canoa e nunca mais entrou naquela floresta. Vanessa Padilha

O velho baú

Seu Valdeci caminhava pela mata, quando tropeçou na alça de um velho baú de ferro. Julgando que o mesmo guardasse alguma fortuna, tratou de desenterrar, mas para sua surpresa, a única coisa que encontrou foi uma lembrança muito triste. Com o passar do tempo, ele encontrou a Dona Maria, que até hoje estão juntos e muito felizes. Ele abriu o baú e encontrou sua ex-mulher e seus filhos assassinados, várias fotos sobre o assassinato e uma boneca que era da sua filha. Mas o que vocês não imaginam, é que essa boneca era a assassina, matou primeiro sua dona, depois a irmã e sua mãe. E esta é a história do velho baú. Lorena dos Santos Padilha

A pescaria Mané Pedro estava pescando no lago de Tucuruí, quando sentiu um forte puxãona linha, mas ao retirar a linha da água, para sua surpresa, era um peixe mais forte que ele. Tentou puxar com toda a sua força, mas não conseguiu tirar o peixe. Começou a puxar tão forte que não agüentou, caiu na água. Quando ele viu, o peixe era muito maior que ele. De repente, o peixe saiu levando ele para o fundo do rio. Estava quase sem ar.


Um peixe maior que o outro, arrebentou a linha de pesca e Mané Pedro rapidamente foi para cima, respirou fundo, assustado. Nadou para a margem do rio. Foi embora pensando com iria contar para a família e se iriam acreditar nele. Rafael Anderson da Conceição

Coisas valiosas

Durante as férias, Carina foi passar uns dias na casa de uma tia que morava no interior sem imaginar que iria ser testemunha de um fato que marcaria sua vida. Tudo aconteceu quando lhe convidaram para passear e conhecer melhor o lugar. Quando viu, encontrou uma caixa com coisas valiosas, jóias e achou estranho, pois jamais tinha visto coisas tão belas. Saiu correndo pra chamar sua tia, mas infelizmente sua tia não estava. Ficou apavorada, pois não fazia idéia de quem ia lhe dizer o que devia fazer. Foi então que encontrou um amigo e decidiu lhe falar tudo. Levou ele ao lugar onde tinha encontrado as jóias, eles levaram elas para um lugar onde sempre se encontravam, marcaram de se encontrar no outro dia, pela tarde par ir a cidade trocar as jóias em dinheiro. No dia seguinte, Carina foi ao lugar marcado, quando chegou lá, seu amigo não estava e foi na casa dele para ver o que tinha acontecido. Falaram que ele tinha se mudado, ela imaginou logo que ele tinha levado as jóias. Ficou triste, mas com o passar do tempo esqueceu, pois pra ela não importava o dinheiro e sim a felicidade de cada um. Juliane do Nascimento

O rio assombrado

Lucas viajava sozinho em sua canoa pequena em noite de lua cheia. Ao dobrar na curva de um rio, ele viu a sombra de uma pessoa. Olhou para todo lago e não viu nada, espantado começou a remar rápido e ele olhou para dentro do mato e viu outra pessoa olhando para ele, assustado, viu uma pessoa seguindo ele em outro


barco e a pessoa começou a gritar para ele, que parou com medo, pois a pessoa que estava no barco, podia afundar ele. Ela disse: _ Ei você, Lucas! Não pode passear de barco a essa hora da noite, você não está vendo que é lua cheia! _ Por que não? Perguntou Lucas. _ Porque é assombrado passar por aqui a noite. Eu levo você pra sua casa. E foram pra casa do Lucas, que perguntou: _ Qual o seu nome? _ Matheus. Quando você precisar de ajuda, vou estar lá para ajudar. Disse o homem e foi embora. Lucas foi para seu quarto todo espantado e começou a lembrar do lugar que ele esteve e lembrou que Matheus era seu colega que tinha morrido afogado no rio e gostava muito dele e tinha ido salvar ele. Brendo Lopes da Costa

O sonho Naquela noite, Ana Glória teve um desentendimento em casa e resolveu sair para esfriar a cabeça Caminhava pela orla da praia, quando de repente viu uma coisa sobrevoando pela sua cabeça, era uma coisa redonda e grande. De repente, saiu uma luza daquele treco, que puxava por mais que não quisesse e quando chegou lá, viu uma coisa extremamente diferente. Viu outros planetas. Deparou-se com uma coisa estranha e viu que estava sonhando, ficou pensando naquilo. Ela olhou no relógio e viu que era cedo e dormiu de novo para ver se viajava mais um pouco no seu sonho, e não é que ela viajou igual como eu viajei neste texto! Jaizzy Gurgel Lobisomem Numa noite de lua cheia, Paulão caminhava pela praia deserta quando de repente, começou a se transformar no Lobisomem. Ele correu em direção a sua casa e as pessoas que estavam na rua se esconderam com medo. Chegou a sua casa, pulou no telhado e começou a uivar. Quando amanheceu estava deitado no telhado, ele começou a falar:


_ Mãe, socorro, estou aqui, no telhado! A mãe o viu, pegou uma escada e desceu. Sua mãe perguntou como ele foi parar no telhado da casa, ele não sabia, ela começou a desconfiar de Paulão e decidiu seguilo à noite. Na noite ele foi ao bar jogar baralho, a sua mãe estava escondida vendo o que iria acontecer. De repente se transformou no Lobisomem, derrubou a mesa que estava jogando baralho e quebrou tudo o que tinha no bar, saiu e foi parar no tenha da casa uivar. Sua mãe descobriu o que estava acontecendo e decidiu contar ao Paulão. Ela falou tudo pra ele, contou que Le não pode sair na noite de lua cheia. E toda vez que chegava a noite, ele se transformava no seu quarto. Mas ele se controlava, fechava a janela para não ver a lua e voltar ao normal. Ramon do Espírito Santo

O traficante

Wilhiam estava caçando quando escutou alguém chamar seu nome atrás de um tronco de castanheira. Tentou fugir, mas uma força estranha parecia guiar seus passos no rumo da voz. Seu amigo Alucard o vê e chama por ele, mas ele não desiste. Então o rapaz vê uma moça linda caída no chão. Seu amigo aparece e lhe dá uma coronhada na cabeça. Wilhiam acorda quando vê seu amigo abrindo a moça da boca do estômago até a cintura. Não acredita no que vê. Quando Alucard olha para ele, decide perguntar por que não havia feito aquilo com ele e com a bela jovem. Alucard fala simplesmente que havia feito por causa de dinheiro, mas Wilhiam não entende porque ele matou a linda jovem por dinheiro. E o amigo continua, dizendo que é um traficante de órgãos famoso e volta para terminar seu serviço. Wilhiam consegue se soltar quebrando um cano de ferro onde estava amarrado. Pega a arma e dispara no crânio de Alucard, dando um fim no traficante de órgãos. Por isso nunca se deve confiar em uma pessoa na floresta, que se diz amigo, pois nunca conhecemos alguém totalmente. Wilhiam Cley Silva do Nascimento


O pacote

Naquela segunda-feira, ao sair para o trabalho, Márcio encontrou no pátio de casa um estranho pacote com as iniciais T.H.C. Tão curioso quanto temeroso, resolveu abri-lo. Para seu espanto tinha uma carta chamando ele para a 2ª Guerra Mundial. Ficou muito triste, pois ele iria deixar sua mulher grávida de dois meses, mas não tinha outra escolha, teve que ir e passar anos sem ver o filho crescer, os amigos e a família. Ao passar dos anos a guerra foi acabando e ele conseguiu sobreviver a tudo. Reencontrou a família, o filho já grande e nunca mais aconteceu isso outra vez. Matheus Rômulo Silva de Araújo


Roda de Poesia Para os alunos do Projeto Jovens Leitores O silêncio leva a gente Que é movida por esse combustível À poesia Não importa o sol Não importa a chuva Não importa a dor Não importa a falta de voz Quem gosta do caroço da poesia É movido pela poesia Aonde ela for acontecer Aonde ela sinalizar Nós, os que gostamos de poesia Vamos, no cavalo da dificuldade Nos encontrar com ela. E quando ela acontece com quase meninos e quase meninas de poesia... é uma coisa de felicidade inexplicável para quem nem liga para a poesia E nós que acreditamos que a poesia mudará o mundo Mesmo considerados peixes fora d’água ou loucos mesmo Nós mudamos para ela.

Heliana Barriga Visitando a Roda de leitura na Escola Florestan Fernandes, em 06/12/2007.


Dedicatória: Aos nossos pais, mães, avós e amigos; A todos que veem na leitura uma possibilidade de crescimento e transformação.

Agradecimentos: Ao poeta Antonio Juraci Siqueira e Heliana Barriga À educadora Gilvanete Situba pela generosidade; Aos nossos professores; À Coordenação Pedagógica e Administrativa; Apoio Administrativo e ao Conselho Escolar pelo incentivo.


PREFテ,IO


Projeto Jovens Leitores Textos produzidos nas oficinas de criação literária na Escola Municipal Florestan Fernandes

CONTOS E POESIAS

Coordenador: Paulo Demétrio Pomares da Silva

Instrutores: Antônio Juraci Siqueira Paulo Demétrio Pomares da Silva


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