Ladrões de elite

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65 O ar do deserto era seco, mas não havia como deixar de notar o cheiro de cloro e de dinheiro à medida que Kat desenrolava as plantas sobre o tampo de vidro da mesa. Simon se debruçou sobre os papéis. Ele assobiou do mesmo jeito que Hale assobiava às vezes, embora o jovem gênio parecesse mais um pássaro ferido. — A segurança é forte. Banco? — tentou adivinhar. Kat balançou a cabeça. — Governo? — arriscou Simon outra vez. — Arte. — disse Kat. — Uma coleção particular. — acrescentou Hale. Simon ergueu os olhos da mesa. — É sua? — Quem me dera — respondeu Hale com uma risada. — Quer que seja? — indagou Simon, com os olhos arregalados. Hale e Kat trocaram olhares. O sorriso de Hale parecia entregar que a ideia já tinha lhe passado pela cabeça. Ele chegou mais perto e disse: — Essa não é exatamente uma operação comum. Simon não se intimidou. Sua mente estava cheia demais de teorias, algoritmos e funções exponenciais para a palavra comum ainda significar alguma coisa. Ele passou 10 minutos analisando as plantas em silêncio antes de finalmente olhar para Kat. — Em minha opinião profissional, eu diria que é melhor desistir. A não ser que este lugar seja o Fort Knox. Espere um instante. — Os olhos dele brilharam. — É o Fort Knox? — Não. — responderam Hale e Kat em uníssono.


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