ANAIS Nº 05

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A partir dessas especificações, o presente artigo está dividido em: considerações iniciais, a primeira seção que apresenta a linguagem, as subseções que especificam as concepções de linguagem e a segunda seção que caracteriza o livro didático com a segunda subseção onde analisa a obra. Na Seção 1, é apresentado um breve panorama da linguagem e suas concepções, estas divididas em três subseções, para uma clareza do que cada uma delas defende. Na Seção 2, faz-se uma apresentação do livro didático e da unidade, e posteriormente a análise de uma seção de um livro didático, para verificar qual a concepção de linguagem utilizada por ele nesta unidade, e com os comentários relevantes para este trabalho. Por fim, as considerações finais com as relativas observações para conclusão do trabalho. 1 – A LINGUAGEM E SUAS CONCEPÇÕES A linguagem é um processo muito importante para os indivíduos, ela estabelece relações de compreensão, interpretação e produção dos processos que estão em volta dos seres humanos, assim a leitura de livros, revistas, placas, etc., são elaborados através de linguagem. Como afirma Alexandr, ―Pelo termo linguagem humana, entendemos um complexo sistema de códigos que designam objetos, ações ou relações, códigos que possuem a função de codificar e transmitir a informação e introduzi-la em determinados sistemas. (LURIA, 1986, p. 25)‖ Com o uso da linguagem há consequentemente um desenvolvimento do pensamento, pois interpretação e compreensão são mecanismos que instigam a elaboração de formas apropriadas de uma leitura, todo ser humano, através da linguagem pode ser uma pessoa bem instruída e conhecedora do mundo em que está presente. A linguagem também é o recurso de comunicação entre os indivíduos, devido ela ser o processo de troca de informações entre as pessoas que estabelece uma comunicação e consequentemente uma interação. A fala que se utiliza é um dos mecanismos dessa linguagem. Dessa forma apresenta-se a linguagem como: forma de expressão do pensamento, como forma de comunicação e interação. 1.1 – A linguagem como expressão de pensamento Esta teoria enfatiza a ideia de que os cidadãos formadores de pensamentos devem organizar sua linguagem mentalmente e atribuir as características do falar bem e do escrever bem, pois o ato comunicativo pode ser realmente concretizado por uma fala mencionada, pela própria decodificação.

A palavra e a oração, como formas básicas da linguagem, constituem não somente formas de reflexo da realidade e de expressão da ideia em forma verbal; o domínio do sistema de linguagem garante o salto do conhecimento sensorial ao racional, que é talvez o acontecimento mais importante na evolução da vida psíquica. Graças à linguagem, o sujeito pode penetrar na profundidade das coisas, sair dos limites da impressão imediata, organizar seu comportamento dirigido a uma finalidade, descobrir os enlaces e as relações complexas que são inatingíveis para a percepção imediata, transmitir a informação a outro homem, o que constitui um poderoso estímulo para o desenvolvimento mental, pela transmissão de informação acumulada ao longo de muitas gerações. (LURIA, 1986, p. 2002)

Estes mecanismos apresentados (falar e escrever) materializam o pensamento que era apenas imaginação, com o próprio ato de interação entre os indivíduos envolvidos. 1.2 – A linguagem como instrumento de comunicação A comunicação é uma capacidade humana que é evidenciada pele troca de informações entre os seres humanos, dessa maneira pode dizer que linguagem também é comunicação, já que este processo é um meio em que também pode haver interação no que está sendo desenvolvido, como afirma Kristeva (1969) ―podemos dizer que a

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