ANAIS Nº 05

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Em seguida, elegeu-se dentro de cada bloco a causa mais aguda, ou seja, aquela que se resolvida desencadearia resultados imediatos. A ferramenta utilizada foi técnica de grupo nominal, em que a equipe escolhe dentre inúmeras variáveis a mais importante e impactante. Novamente reunimos a equipe que concluiu através do critério de compreensão quais as causas mais prováveis da origem do problema. Estas deveriam ser atacadas de imediato Foram escolhidas:      

Causa administrativa de maior impacto: Ausência de metodologia na elaboração e execução orçamentária. Causas relacionadas à gestão: desinformação dos servidores do papel do orçamento dentro da Instituição. Causa relacionada à educação continuada: ausência de cursos em desenvolvimento intelectual e acompanhamento das mudanças. Causa relacionada à infra estrutura: Carência de Investimentos na área orçamentária. Causas relacionadas à pessoal: Insegurança dos Profissionais de Cargo Temporário. Causa relacionada à política: Gestão descontinuada. Causa relacionada à tecnologia: Ausência de sistema operacional (Software).

Com a análise deste cenário chegamos ao seguinte diagnostico da situação em que aquela Instituição se encontrava:

O diagnostico situacional O Orçamento nesta Instituição de saúde funciona dentro do planejamento e um dos primeiros problemas perceptíveis é que ele em muito confunde-se com o planejamento da Instituição, fazendo com que o planejamento perca o foco, transformando o orçamento em objeto de sustentação política. Outro motivo que leva a associação é que é muito comum na área de planejamento a rotatividade de técnicos, e como o orçamento tem obrigatoriedade definida em Lei, ele acaba imperando em detrimento de todo um planejamento Institucional. Há um Isolamento do orçamento na condução dos gastos públicos. Na maioria das vezes a distribuição dos recursos não é planejada e nem correspondem aos anseios e necessidades Institucionais. Para elaborá-lo simplesmente levam-se em consideração as series históricas do que aconteceu nos últimos anos. Por ter prazo de finalização definido em Lei, a equipe orçamentária muitas vezes não pode esperar que os problemas políticos na instituição sejam resolvidos, comumente ela se depara com o desafio de eleger racionalmente entre as múltiplas alternativas das ações públicas, aquelas as quais devam ser contempladas em meio as restrições orçamentárias, e o fato é que, estas escolhas, na maioria das vezes, não contemplam as aspirações Institucionais. O Orçamento no final faz a elaboração de todo o orçamento, mas executa ao sabor de quem estiver no poder. A Gestão que constantemente é descontinuada é quem vai direcionar o Orçamento. Nem sempre quem está no comando entende como funciona o sistema que dirá o Orçamento. Sem contar, que se o Gestor for bem intencionado com os princípios Institucionais a situação é uma, no entanto, se a utilização do cargo for unicamente voltada para o aspecto político, a situação do orçamento é totalmente desviada de seus objetivos Institucionais. A indicação de gestores despreparados para atuar no gerenciamento de unidades do SUS é uma realidade e problemática muito comum nas unidades de saúde. Muitas vezes são escolhidos profissionais da área da saúde que muito entendem da assistência, mas nada compreendem de processos administrativos. O resultado disso é uma dicotomia que todo tempo vem-se tentando resgatar. Diante disso, o processo administrativo torna-se uma imensa colcha de retalhos construída mediante a satisfação de apenas parcela de grupos interessados. O todo, e as prioridades, nunca são contemplados. O olhar é focado e nunca holístico. As feridas são tratadas e nunca curadas. É como um corpo inerte sem poder para tratar dos seus problemas internos de coração, cérebro e demais órgãos e

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