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Todos os gêneros: mostra de arte e diversidade
Rainhas da noite: uma homenagem à cultura drag queen
São Paulo, 2023
8 17 26 64 74 81 93
Editorial Ela deu o nome Diva multimídia Ensaio fotográfico
De onde vim, para onde vou: como tudo começou
Faça uma pose!
Drags na tela
Expediente e créditos
Uma drag queen não passa despercebida. Nunca. Mas olhos menos atentos ou pessoas sem o conhecimento do que esse termo em inglês carrega de significado podem achar que as roupas exóticas e a maquiagem carregada, geralmente usadas por homens vestidos de mulheres em apresentações artísticas, encerram a definição. Todos os gêneros: mostra de arte e diversidade 2023 pretende provar que não.
No momento em que completa dez anos, Todos os gêneros parte de duas biografias para investigar e discutir a cultura drag, rendendo homenagens e lembrando a importância política e social destas duas brasileiras: Brenda Lee (1948-1996) e Kaká di Polly (1959-2023). A programação, que acontece de 25 de maio a 4 de junho de 2023, ocorre em formato presencial, e esta publicação se baseia nessas trajetórias para falar sobre o universo drag queen e alguns de seus desdobramentos.
Se drag queens assumem o exagero em suas caracterizações, vamos nos voltar para essas duas pessoas que também não pouparam esforços para “exagerar” no amor ao próximo e na luta pela visibilidade da população LGBTQIAP+, seja nas ruas, seja nas boates da noite paulistana. Duas forças imensas, não opostas, mas complementares.
Brenda Lee dedicou parte de sua vida ao Palácio das Princesas, casa onde abrigava travestis e transexuais sem lugar para morar –inclusive soropositivos, uma sentença de morte na época. Kaká di Polly, por sua vez, fingiu um desmaio em plena Avenida Paulista para que acontecesse a primeira Parada gay de São Paulo, em 1997.
E, em meio a essas histórias de vida, outras personagens icônicas também serão lembradas, como Miss Biá (1939-2020), considerada a primeira drag brasileira, Salete Campari e Márcia Pantera. No palco da Todos os gêneros cabem todas.
A cultura drag queen se desdobra em outras culturas, e vamos embarcar também na cena ballroom. Com origem na Nova
York da década de 1970, essas festas, organizadas por drags negras e/ou latinas, nasceram contra o racismo e padrões impostos pelos concursos oficiais de drag queens. As ballrooms dialogam diretamente com Brenda Lee e seu legado, já que, com a epidemia de HIV na década de 1980, esses espaços e essas comunidades passaram a ser não apenas locais de festas, mas também abrigos para pessoas em situação de vulnerabilidade.
Acesse itaucultural.org.br e veja toda a programação detalhada. Lá você também pode conhecer o conteúdo das edições anteriores da mostra, como versões digitais das publicações e depoimentos em vídeo.
Itaú Cultural