enviado por Deus

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Rumo ao Centro <lti Selva

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da, para evitar infecção, e D aniel estava pronto para continuar a sua caminhada. O hom em da casa calculou que Daniel levaria cerca de dois dias para chegar à casa do irm ão que conhecera em B elém . A g o ra era ir lo g o embora, pois ainda que fosse cedo, a caminhada seria longa. A pesar de conhecer seus hospedeiros a apenas um dia, era com o se estivesse se despedindo de velhos am igos. B este sentimento era recíproco. D eram -lhe “ um pouco de com ida para a via gem ” . D epois de andar um pedaço do caminho indicado, virou-se para trás e gritou com o última saudação: N ão se esqueçam de pedir a alguém para ler a B íb lia para vocês. Os trechos que eu sublinhei me proporciona­ ram grande consolo e edificação. Quando o hom em respondeu que haviam ganho na troca entre o cão e a B íblia, D aniel teve a certeza de que eles já estavam no caminho da luz. D aniel sentia-se bem disposto enquanto andava. Os espinhos e farpas haviam saído dos pés e ele conseguira calçar os sapatos. Suas roupas estavam secas, e a fom e, saciada. O caminho outrora repleto de espinhos transfor­ mara-se num caminho da esperança, fá c il de percorrer. A noite e a escuridão sempre acompanham o dia mais claro. A s nuvens aglom eraram -se no céu, e a chuva caiu. Um a típica chuva tropical. A única cabana nos arredores era com posta apenas por paredes e porta, sem telhado. H avia ganchos nas paredes, e D aniel sem dem ora insta­ lou a rede, colocou as malas em baixo, arrancou a porta e com ela se protegeu. C h ovia forte demais para os mosquitos marcarem pre­ sença. A s paredes eram uma proteção contra as chuvas laterais e as rajadas de vento, e D aniel conseguiu dorm ir bem. O cansaço o havia vencido.


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