Ensino Superior chega em setembro a Vale de Cambra

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ID: 74256058

28-03-2018

Meio: Imprensa

Pág: 12

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 16,48 x 19,13 cm²

Âmbito: Regional

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Ensino Superior chega em Setembro a Vale de Cambra Formação “Acordo de parceria” entre a Câmara Municipal, a Escola Tecnológica, o Agrupamento de Escolas e o ISEP do Porto levou à criação de cinco cursos D.R.

Alberto Oliveira e Silva No início do próximo ano lectivo, em finais de Setembro/início de Outubro deste ano, a Escola Tecnológica de Vale de Cambra iniciará a leccionação de cinco Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP's), que vão concretizar a aspiração de dotar o concelho de Ensino Superior. O “acordo de parceria” foi ontem assinado entre a Câmara Municipal, a FORESP, entidade tutelar da Escola Tecnológica (ET), o Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) e o Agrupamento de Escolas do Búzio. Os cinco cursos já aprovados são: automação, robótica e controlo industrial; energia, eficiência e sustentabilidade; georecursos, construção e ambiente; sistemas electromecânicos; e tecnologia mecânica. As candidaturas abrirão em breve e os alunos que concluam estes CTeSP’s com sucesso terão acesso às Licenciaturas do ISEP. “São cursos de alfaiate, feitos à medida das necessidades das empresas”, sublinhou João Paulo Meixedo, o presidente da FORESP e “desde sempre”

João P. Meixedo, João Rocha, José Pinheiro e Pedro Martins

ligado à ET, quer como docente quer em outras funções. “Finalmente conseguimos assinar este protocolo; estou ansioso por começar”, vincou, reafirmando a sua grande ligação a Vale de Cambra: ao seu universo empresarial e às suas gentes. João Rocha, o presidente do ISEP, enfatizou que a activação de Ensino Superior nas terras cambrenses representa “um investimento significativo” do Instituto portuense no concelho e na região. Sublinhou que avança para o terreno assu-

mindo os custos decorrentes da afectação de recursos humanos, até porque aos seus docentes tenciona juntar – contratando para esse fim específico – professores que já trabalham em Vale de Cambra. Cabe à Câmara, à Escola Tecnológica e ao Agrupamento de Escolas providenciar os espaços e os meios administrativos para o desenvolvimento deste projecto. Perto de ver concretizado um sonho que acalentava há muito, José Pinheiro saudou o “passo muito importante” para

o reforço da oferta formativa instalada no município. O presidente da Câmara vê perto do fim um processo de alinhavar uma parceria que leva alguns anos e que vem dar resposta aos anseios dos empresários valecambrense, que lhe têm transmitido a dificuldade em encontrar a mão-de-obra – qualificada, mas até indiferenciada – de que necessitam. Catarina Paiva, vereadora responsável pela educação no executivo local, juntou um outro dado à equação, acentuando que famílias há, no concelho, que tinham o desejo de ver os seus jovens ingressar em formação superior, mas que não podiam concretizar esse objectivo devido aos custos inerentes às deslocações ou permanências nas cidades que têm universidade. Ganham, agora, uma nova opção. A falta de mão-de-obra em Vale de Cambra, e mesmo em concelhos vizinhos, tem sido tal que a AECA (Associação Empresarial de Cambra e Arouca) até pensou em lançar uma campanha visando captar trabalhadores junto de comunidades de emigrantes e de lusodescendentes em países como a Venezuela. |


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