Misery louca obsessao stephen king

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1 úmerr ouummmm sssuaaa fãããnnn úmerrr oouummmm Estes sons: mesmo em meio à névoa.

2 Agora eu preciso enxaguar, disse ela, e foi assim que aconteceu:

3 Nove meses depois de Wicks e M cKnight o retirarem da casa de Annie em uma maca improvisada, Paul Sheldon dividia seu tempo entre o Doctors Hospital em Queens e um novo apartamento no Lado Leste de Manhattan. Suas pernas tinham sido quebradas novamente. A esquerda ainda estava no gesso do joelho para baixo. Os médicos disseram que ele caminharia mancando pelo resto da vida, mas ele caminharia, e um dia até deixaria de sentir dor. O aleijão teria sido mais forte e pronunciado se ele estivesse caminhando com o pé, e não com uma prótese mecânica. De um jeito irônico, Annie acabara lhe fazendo um favor. Ele estava bebendo demais e não escrevia nada. Os sonhos eram ruins. Ao sair do elevador no nono andar em uma tarde de maio, ele não pensava em Annie, para variar, mas no pacote volumoso que trazia sob o braço. Eram duas provas encadernadas de O Retorno de Misery. Seus editores tinham acelerado o lançamento do livro, o que não era de surpreender, considerando as manchetes globais criadas pelas bizarras circunstâncias em que o romance fora escrito. Hastings House encomendara uma primeira impressão na tiragem inédita de um milhão de exemplares. — E isso é só o começo — dissera Charlie Merrill, seu editor, durante o almoço do qual Paul agora retornava com as provas encadernadas. — Esse livro vai vender mais que qualquer outro no mundo, meu caro. Nós temos que dar graças aos céus que a história no livro é quase tão boa quanto a história por trás do livro.


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