Gena showalter senhores do submundo 1 a noite mais escura

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Senhores do Submundo 01

Se voltou para trás até que subiu a cabeceiro de metal, e as algemas repicaram contra os lados da cama. Eram as algemas com as que o atavam todas as noites. —Maddox. —repetiu ela. Assustada, alucinada..., feliz? Maddox, Lucien e Aeron deram um passo atrás ao uníssono. Sabia por que se movia; tinha visto sua ruína nos preciosos olhos de Ashlyn quando seus olhares se encontraram. Entretanto, não sabia por que os outros reagiam assim. —Que... que está fazendo? — pergunto ela.— E o que aconteceu com seu rosto? Está sangrando. Então olhou aos outros e gemeu. — Não foi suficiente matá-lo ontem à noite! Tiveram que golpeá-lo hoje também? Saiam daqui, assassinos! Fora! Saltou da cama e se interpôs entre Maddox e eles, cambaleando ligeiramente enquanto abria os braços para mantê-los afastados. Para protegê-lo? Outra vez? Com os olhos muito abertos, Maddox olhou a seus amigos, que também tinham expressão de assombro. Os atos de Ashlyn eram os de alguém inocente... ou de alguém que fingia ser inocente. De todo o modo, Maddox notou que queria tocá-la outra vez. Para sentir consolo? Não, não podia ser. Tinha que ser por desejo. Isso tinha sentido. Ele era um homem, ela era uma mulher. Desejava-a. Mas, se faria aquele desejo mais escuro, tal e como temia? Puxou seu braço e a puxou para que se colocasse atrás dele. Compartilhou um olhar de confusão com Lucien, e depois se voltou para olhá-la. Antes de que pudesse pronunciar uma só palavra, ela disse apressadamente: —Vai me levar a cidade agora? Por favor. E não voltar a vê-la? —Come — lhe ordenou. — Se Lave. Voltarei logo —disse. Depois, ladrou a seus amigos. —Vamos. E saiu ao corredor. Eles vacilaram um momento antes de segui-lo. Depois de fechar a porta com chave, Maddox apoiou a testa contra o muro de pedra e respirou profundamente. «Isto tem que parar». —Trouxe o problema para casa —disse Aeron — Realmente estava tentando te proteger de nós? —Não pode ser. Entretanto, era a segunda vez que o tinha feito, e Maddox estava mais confuso naquele momento que antes. Se ergueu e passou a mão pela rosto. —Me deixe partir, Maddox — pediu Ashlyn através da porta. — Me equivoquei ao vir. Se servir de algo, te prometo que não contarei a ninguém. —Sei que trouxe problemas —reconheceu Maddox a Aeron. Seu amigo arqueou uma sobrancelha. —E não vai se desculpar? Aquilo era o pior de tudo, não o lamentava. —Esquece a mulher por agora —disse Lucien, agitando uma mão no ar. — A viu, está bem. Não parece que tenha deixado entrar os Caçadores, ao menos ainda. ─Agora temos algo mais importante do que falar. Antes tentei dizer que os deuses... não são quem pensa. —Maddox, temos que falar com você. —disse uma voz áspera, que cortou qualquer resposta que ele tivesse podido dar. Lucien subiu os braços com exasperação e Maddox deu a volta. Reyes se aproximava junto a Paris e Torin. Os dois primeiros tinham o cenho franzido. O terceiro sorria, como o louco que era. —Sua mulher tem que partir —rugiu Reyes. — A estive cheirando toda a noite, e não posso suportar outro instante mais dessa essência de tormenta.


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