02 cavaleiro eterno (rev prt)

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Kresley Cole

Cavaleiro Eterno

Com uma expressão selvagem, ele esmagou o punho em uma parede de gesso, depois se voltou para virar uma mesa repleta de mapas. Mesmo pela visão, consegui sentir a sua frustração, e daria qualquer coisa para aliviá-la. Ele andou até Matthew. — Você sabe onde ela está, coo-yôn! — ele berrou para o garoto. — Não me diga o contrário. Vai encontrá-la, do mesmo jeito que fez em Réquiem. Matthew virou a cabeça para me mostrar Selena e Finn sentados em silêncio, como se esperando que tudo desaparecesse. Como se acostumados com aquilo. Notei que Jack não estava bebendo, e aquela mudança de comportamento usual me preocupava tanto quanto tudo mais que eu via. Ele passou a mão pelo cabelo. — Por que você não me ajuda, garoto? Eu disse a minha fille que iria atrás dela. — Minha garota. Quando os olhos cinzentos dele se encheram d’água, meu coração sacudiu. — O que diabos ele está fazendo com ela? Matthew, você não falou para ele que eu estava bem! Fale agora! — Não vou mentir. Outra preocupação para lançar na pilha das que eles já tinham. Mas por enquanto, tudo em que eu conseguia pensar era em Jack. Com a voz rouca, ele perguntou a Matthew. — Aquele bastardo… ele está machucando ela? Diga que eu estou bem, só esperando até que a tempestade termine! Diga a ele que me encontrarei com vocês em algumas semanas. Por favor, por favor, não faça com que ele sofra assim. Jack parecia que ia enlouquecer se aquilo durasse por mais tempo. O que encurtava ainda mais o prazo da minha missão para derrotar a Morte. Matthew, por favor, estou implorando que ajude Jack. — Ele está tentado arrancar a sua localização de mim com os punhos. Mas você pediu a ele que cuidasse de mim. Achei que você não conseguisse ler o Dee-vee-oh muito bem. — Não é preciso ser o Louco para prever isso! Jack Deveaux fala com os punhos. Você parece quase admirado. — Jack é… inesperado. Inesperado? Essa era uma palavra de um psíquico, mesmo. Nem mesmo eu saberia o que Jack faria se estivesse com as costas contra a parede. E elas estavam. O que queria dizer que as minhas também estavam. — Trabalhe no Anjo da Morte, Imperatriz. O homem me odeia. Eu mal consigo chegar aos seus arredores. Alguns dias atrás, eu cheguei ao meu limite com tudo — ser uma prisioneira, sentir saudade de Jack e Matthew, até de Finn e Selena. E estava farta daquele lugar. Podia ter todos os tipos de luxos, mas ninguém sorria ali, ninguém conversava ou brincava. Era como uma tumba gigante. Bem apropriado. Então ignorei as ameaças da Morte — e os terríveis avisos sobre a sua privacidade — e desci para provocá-lo. Ou para seduzi-lo. O que fosse. Antes que pudesse ao menos alcançar os seus aposentos proibidos, Ciclope tinha mordido os meus calcanhares e me derrubado várias vezes, até que eu desistisse. 154 | P R T


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