Maconaria oculto manual do companheiro franco macom

Page 59

Praktri ou Shakti, sendo este em sua natureza essencial simplesmente o poder de Purusha ou Shiva, o princípio universal da consciência ou subjetividade de todo o existente.

A ROSA E A CRUZ

Também se relacionam com o quinário o símbolo da Rosa e da Cruz, emblema conhecido de um importante grau superior. A rosa - o quinto elemento, e em si mesma, por suas cinco pétalas, um quinário ou o pentagrama -, representa a vida nascida na cruz dos quatro elementos que forma a matéria, aos que anima com suas folhas (a vida vegetativa) que se estende sobre os quatro braços da cruz. A rosa na cruz constitui uma perfeita união do quinário com o quaternário, ou seja dos cinco elementos que expressam a vida (ou tatvas dos que acabamos de falar) com suas manifestações materiais que integram o mundo dos objetos. Como pentagrama em meio da cruz, a rosa representa ao homem crucificado ou expresso nos quatro elementos materiais, e seus cinco sentidos, por meio dos quais se manifesta e obra sua inteligência, no reino de tais elementos. E também a Natureza que expressa sua quíntupla potencialidade criadora dentro das quatro direções ou dimensões do mundo fenomenico. Quanto ao significado iniciático e místico do símbolo da Rosa e da Cruz, nos reservamos examiná-lo detidamente no VIII Manual desta série.

OS CINCO SENTIDOS

Cumpre-nos dizer algo, todavia, sobre os cinco sentidos e as cinco funções ativas, simbolizados uns e outros nas cinco pontas do pentagrama e representados, respectivamente, em nove e sete órgãos distintos. São estes, evidentemente, com as cinco funções vegetativas (respiração, digestão, circulação, expressão e reprodução) as mais características expressões do quinário, que é o número que preside a todas as manifestações da vida, especialmente animal, que se encontra no homem sob o domínio de um princípio superior. A observação da "vida psíquica" dos animais em suas fases mais elementais, nos leva a reconhecer como primeiro sentido a percepção indistinta de uma presença em geral distanciada e relacionada com o espaço, para o qual se formou um órgão cujo o desenvolvimento pode mui bem ter sido anterior a capacidade de mover-se. Paralelamente com este órgão se desenvolveu a capacidade de expressar-se por meio de ruídos instintivos que evolucionaram finalmente na voz humana. O órgão da vista nasceu depois, como evolução daquela sensibilidade a ação da luz, que é muito evidente também no reino vegetal, manifestando-se a ação dos diferentes raios em distintos pigmentos que se desenvolveram sob sua influência, análogos aos que se encontram também em nossos olhos.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.