amanate eterno

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Adaga Negra 02

- Me deixe partir. - Sussurrou ela. - Ainda não. Ela o ouviu suspirar, como se a cheirasse e logo seus ouvidos se encheram com o som rítmico de bombeamento, como se ronronasse. Ela afrouxou o corpo, acalorado, aberto entre suas pernas como se estivesse preparada para aceitá-lo em seu interior. Bom Deus, ela tinha que se afastar dele. Ela agarrou o antebraço e o empurrou. Mas não conseguiu ir a nenhuma parte. - Mary? - O que? - Ela estalou, ressentida por que estava conectada quando deveria ter ficado petrificada. Por Deus, ele era um estranho, um estranho grande, insistente e ela era uma mulher só sem ninguém que a reclamasse se não voltasse para casa. - Obrigado por não me abandonar. - Por nada. Agora se me permite? - Assim que me deixe que lhe de um beijo de boa noite. Mary teve que abrir a boca para conseguir suficiente ar para seus pulmões. - Por quê? - perguntou com voz rouca. - Por que quer fazê-lo? Suas mãos se pousaram sobre seus ombros e a viraram. Ele estava inclinado sobre ela, obstruindo o brilho do restaurante, as luzes no estacionamento, as estrelas por cima. - Só me deixe te beijar, Mary. - Suas mãos se deslizaram por sua garganta e sobre os lados de seu rosto. - Só uma vez. Certo? - Não, isto não está bem. - Sussurrou ela quando inclinou sua cabeça para trás. Seus lábios desceram e sua boca tremeu. Fazia muito tempo que a haviam beijado. E nunca um homem como ele. O contato foi suave, aprazível. Inesperado, dado o tamanho dele. E como uma rajada de calor lambeu sobre seus seios e entre suas pernas, ela escutou um assobio. Ele tropeçou para trás e a olhou de uma forma estranha. Com movimentos desiguais, seus pesados braços cruzados no peito, como se a protegesse. - Hal? Ele não disse nada, só esteve ali, olhando-a fixamente. Se não o conhecesse melhor, pensaria que o haviam sacudido. - Hal, você está bem? Ele negou com a cabeça uma vez. Então se afastou, desaparecendo na escuridão mais à frente do estacionamento.

Capítulo 13

Rhage se materializou no pátio entre o Pit e a mansão. Não podia explicar exatamente a sensação que tinha sob a pele, mas era uma espécie de zumbido de baixo nível em seus músculos e ossos, como a vibração de um garfo que se modela. Ele tinha certeza que nunca havia sentido este zumbido antes. E isto tinha começado no momento em que sua boca havia tocado a de Mary. Desde que cada coisa nova e diferente em seu corpo era má, ele imediatamente se distanciou dela, e não estar perto da mulher parecia ajudar. O problema era que agora que o sentimento se apagava, a necessidade de liberação de seu corpo lhe puxava. Não era justo! Depois que a besta 58


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