amanate eterno

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Adaga Negra 02

Bella abraçou a si mesma. De todas as coisas que podia ter se inventado, esta superava a ficção. Zsadist deitado e meio nu sobre a privada com seu pulôver ao redor de sua mão, os movimentos subindo e descendo faziam que se retesasse. Enquanto ele amaldiçoava, ela olhou fixamente seu corpo. Querido Senhor, suas costas. A ampla extensão estava sulcada por cicatrizes, evidenciando um passado de açoites, que de algum modo não se curaram com suavidade. Ainda que não pudesse adivinhar como tinha acontecido. - Por que está outra vez em meu quarto? - Perguntou-lhe ele, a voz ressonando ao redor da pia de porcelana. - Eu, ah, queria gritar com você. - Se importa se primeiro termino de me levantar? - A água saiu e respingou enquanto se lavava. - Você está bem? - Sim, isto só é parte da diversão. Ela entrou no banheiro e teve a impressão que era muito limpo, muito branco e totalmente impessoal. Em um abrir e fechar de olhos, Zsadist estava de pé olhando para ela. Ela se engoliu um suspiro. Embora claramente poderoso, seus músculos destacavam descarnadamente, em fibras individuais e visíveis. Por ser um guerreiro, para qualquer homem, era magro, muito magro. Sinceramente estava perto de morrer de fome. Tinha cicatrizes na frente, embora só em dois lugares; sobre seu peitoral esquerdo e sobre seu ombro direito. Tinha ambos os mamilos perfurados, pequenos aros de prata com pequenas esferas penduradas neles captando a luz enquanto ele respirava. Mas nada disso foi o que a deixou estupefata. As grossas marcas negras tatuadas em seu pescoço e pulsos eram horríveis. - Por que usa as marcas de um escravo de sangue? - Sussurrou ela. - Imagine. - Mas que é… - Supõe que não lhe pode acontecer a alguém como eu? - Bom, sim. Você é um guerreiro. Um nobre. - O destino é uma cadela cruel. Seu coração se abriu para ele e tudo o que tinha pensado sobre ele mudou. Era mais que uma emoção, mas um homem que ela queria aliviar. Reconfortar. Com um impulso, deu um passo na direção dele. Seus escuros olhos se estreitaram. - Realmente não quer te aproximar, mulher. Sobretudo não agora. Não o escutou. Quando já não houve distância entre eles, ele retrocedeu até que ficou preso no canto entre o vidro da ducha e a parede. - Que diabos você está fazendo? Ela não lhe respondeu, por que não tinha certeza. - Retroceda. - Explodiu ele. Abriu a boca, alargando suas presas ao tamanho dos de um tigre. Isto a fez fazer uma pausa. - Mas talvez eu posso… - Me salvar ou alguma merda? Oh, certo. É sua fantasia, esta é a parte onde, supõe-se, atravessam-me seus olhos. Entregando a minha besta aos braços de uma virgem. - Não sou uma virgem. - Bem, melhor para você. 206


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