CISCO LIVE MAGAZINE EDIÇÃO 05

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viagens), as operadoras naturalmente procuram formas de vender a tecnologia como um serviço. Durante o Futurecom 2011, a Embratel foi a primeira operadora do País a lançar uma oferta desse tipo com equipamentos da Cisco.

Demanda O crescimento das operadoras está muito acelerado, graças à explosão de dados de vídeo e à penetração da banda larga. Em 2011, o Natal promete ser “dos smartphones”, aumentando ainda mais a demanda. “Os serviços de data center e vídeo estão fazendo com que a Cisco alcance níveis de venda inéditos”, diz Dienstmann. E o futuro também reserva diversificação das soluções adotadas pelo mercado. A Cisco deve continuar investindo nas arquiteturas tradicionais, mas o aumento desproporcional do consumo de vídeo deve motivar as operadoras a consumir ainda mais soluções na área de redes óticas, data center e cloud computing. Segundo Dienstmann, “todas as operadoras estão nos procurando ao se depararem com a demanda, mas em velocidades diferentes”. Esse movimento não se restringe aos grandes players. As pequenas operadoras também estão crescendo, como é o caso daquelas atuantes no mercado de TV a cabo, setor recentemente regulamentado. Elas precisam de toda sorte de serviços, desde financiamento até assistência técnica, para o projeto de suas redes. Suas necessidades tecnológicas são tão sofisticadas quanto às das grandes operadoras. Essas empresas, chamadas de “challengers”, ou desafiantes, contam com uma área exclusiva na Cisco, que cuida das operadoras de menor porte, dedicada a entender o mercado e criar soluções compatíveis

com as restrições de pessoal e recursos.

Casos de sucesso Nos últimos meses, algumas operadoras divulgaram esforços de modernização de suas redes com a utilização de soluções da Cisco. É o caso da TIM, que investiu R$ 1,3 milhão na migração de sua rede para o protocolo IPv6. Assim, a operadora espera obter ganho imediato de escala para roteamento e transporte de dados, sobretudo em serviços como vídeo e IPTV, além de expandir o portifólio de serviços e base de clientes. A condução do projeto foi realizada em parceria com Cisco e Promon Logicalis. As empresas construíram o planejamento técnico e a definição das ações para determinar padrões e configurar a rede e os sistemas. “Com a preparação da rede IP, a Intelig (do grupo TIM Brasil) garante a expansão da

“Estamos presentes em todas as operadoras” — Rodrigo Distmann, diretor da Cisco Brasil

quantidade de números IP disponíveis”, explica Claudio Merulla, responsável pela rede de transporte da TIM Brasil. “Além disso, passa a contar com novas tecnologias para ampliar a capacidade de uso dos serviços de voz e dados.” “Todas as operadoras estão com iniciativas extremamente sérias para o IPv6, pois essa é uma migração inexorável”, diz Rodrigo Dienstmann. Conforme acabam os endereços IPv4, as operadoras estão fazendo um roadmap que envolve não só novos equipamentos, mas também uma estratégia operacional para convivência das duas arquiteturas e distribuição de investimento. Outra grande operadora nacional, a Claro anunciou recentemente investimentos em infraestrutura e capacitação de rede com a tecnologia IP RAN (IP Radio Access Network), que interliga estações rádio base ao backbone com fibra ótica. O objetivo é suportar a próxima geração de redes móveis (4G). Além disso, até o fim de 2011, a Claro pretende ter 100% da sua rede de acesso em IP, e a Cisco é uma das fornecedoras da solução. “Estamos nos preparando para ter uma rede de acesso totalmente IP, com mais de 8,5 mil roteadores instalados, utilizando prioritariamente a fibra ótica como meio de transporte, e totalizando mais de 89 mil quilômetros de fibra construídos”, diz Márcio Nunes, diretor de plataformas e rede da Claro. Atualmente, a Claro possui 73% de seus sites 3G com a tecnologia IP RAN. O investimento anunciado pela operadora no Brasil até o fim de 2012 é da casa de R$ 3,5 bilhões. Considerando todas as empresas do grupo América Móvil – Claro, Embratel e NET – serão R$ 10 bilhões na ampliação de rede e na conquista de novos mercados.

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