O Quilombismo
é relíquia de um povo é grito de liberdade.
Canta negra seus anseios sufocados e a dor de seus antepassados.
O fenômeno de uma poesia negra desta hora revela a eclosão de um potencial reprimido há longo tempo, e que emerge levando todas as limitações para a periferia da sua identidade. Adão Ventura, de Minas Gerais, em Cor da Pele, ainda inédito, exemplifica esta posição do poeta negro em
Eu, pássaro preto
eu, pássaro preto cicatrizo queimaduras de ferro em brasa, fecho corpo de escravo fugido e monto guarda na porta dos quilombos.
Depois fustiga os negros domesticados, submissos à cooptação: 164