QUEBRADA SE MOVE

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Quebrada se Move é uma história em quadrinhos com faro jornalístico, em que seis dançantes, de seis periferias da Zona Sul de São Paulo, contam sua trajetória artística, os desafios do encontro com a dança, e revelam toda a sua potência por meio de seus pensamentos e viDesenvolvidovências.

Diagramação: Graze dos Santos Revisão e edição: Graze dos Santos Entrevistades: Kesselly, Maitê, Chico, Lainx, Mayra, Giovanna.

Jornalista responsável: Laio Rocha

pelo coletivo e agência de co municação Inspiração 6, dentro do projeto corpocasa, que foi contemplado pelo edital do Programa VAI (modalidade I da Secretaria Mu nicipal de Cultura), em parceria com o coletivo Quebrada Ilustrada, esta HQ contou com os traços afiados de William Trindade, os rotei ros pulsantes de Laio Rocha, a diagramação, revisão e edição fundamental de Graze dos Santos, e a assistência e entrevistas de Victor Paris. Misturando ilustrações e fotografias, com uma narrativa delicada que perpassa as experiências comuns de pessoas que sobrevivem de arte nas margens da cidade, Quebrada se Move conta histórias reais de artistas lutan do para fazer o corre virar. Entre no universo de corpocasa, mas não se perca. Nesta publicação, quando chegar ao meio, a leitura recomeça do lado inverso Loucura, né? Você não perde por es perar! E não pára por aí. Além desta HQ, você conhece mais sobre o projeto na exposição virtual. Acesse o QR code, e venha dançar com a gente!

Quebrada se move / Organização Laio Araujo Rocha ; ilustração William Trindade. -- 1. edição -São Paulo: Editora Questione : Inspiração 6, 2022. ISBN 978-65-996522-2-6 1. Dança - Aspectos sociais 2. Histórias em quadrinhos I. Rocha, Laio Araujo II. Trindade, William. 22-124071 CDD-741.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Histórias em quadrinhos 741.5 Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129 Quebrada se move Quebrada ilustrada - corpocasa Inspiração 6, São Paulo (BR).

Criação e produção: Inspiração 6, Laio Rocha e Victor Paris

Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Editora: Graze dos Santos (MTB 0081791/SP) Roteiro: Laio Rocha Ilustrações: William Trindade Entrevistas: Laio Rocha e Victor Paris

*Trecho da música “1, 2 step”, da cantora Ciara (em tradução livre: “Deixe-me ver seus 1, 2 passinhos / eu adoro quando você faz 1, 2 passinhos / Todo mundo 1, 2 passinhos / Nós estamos pra começar”) Minha história se desenvolve a partir dos meus traumas e abusos. Se conto uma história com meu corpo, então meus traumas também fazem parte dela. Let me see you 1, 2 step I love it when you 1, 2 step* Everybody1,2step We about to get it on* meu corpo é minha história CLICK clank

Me sentia sozinha e sem apoio. Mas, na escola, conseguia ser muito dedicada, apesar dos conflitos. Eu sempre entrava em brigas, por isso mudei tanto de colégio. Foi muito difícil processar tudo. Essas experiências passam pelo seu corpo. Eu precisei encontrar caminhos para fugir das situações ruins que vivi em casa.

O Hip hop é o lugar onde recupero minhas forças, e posso focar no estudo, que me ajuda a não seguir por um caminho ruim. Conheci o Hip hop pelas músicas. Comecei rimando pra expressar o que sentia. Alguns conseguem fugir, outros não. Infelizmente, perdi pessoas próximasUau,nisso.que dança é essa que você tá fazendo? Que legal! Nunca ouvi falar, mas sou fã do Michael Jackson. Quero aprender!Vemvocêpertoumentão.comigo,Tempicoaquiondepodeaprender!Isso se chama popping, é a dança robozinho.do !

O foco da minha vida é na cultura Hip hop, em oferecer às pessoas o apoio que eu não tive e precisei buscar sozinha. Mas precisei dar um tempo e trabalhar com outras coisas pra ajudar em casa. Não foi fácil. Fiquei sem conseguir dançar por 3 anos… Entrei em uma depressão muito pesada, depois de uma situação de violência doméstica muito ruim.

Quando você vê o caos a sua volta, e se fecha em um mundo imaginário pra fugir daquilo, você se torna invisível. Se torna ar! Você não enxerga o ar… Mas ele tá te abraçando a todo momento. Eu sou assim. Eu enenhumestudos,tudoinvestinossemapoiosozinha. Então, prestei o ENEM, mesmo sem ter esperança.

Acredito que tenho uma missão a cumprir: ajudar as pessoas da minha comunidade. E isso me levou a fazer licenciatura. E bem quando cogitei entrar para o tráfico… Saiu o resultado do ENEM! Kesselly

Minha volta à dança foi no metrô. Lá, encontrei a essência da dança. É foda morar na favela e ser artista… A dança e o Hip hop salvaram a minha vida, e é o que quero fazer com a vida das pessoas. Quero mostrar que esse caminho pode salvar a vida delas. A arte para um artista é o que faz ele viver. Essa é a nossa maior vantagem: a arte pra gente traz vida. Fim

Chamavam aquele estilo do Chris Brown de Street Dance, e parecia uma dança romântica. me replantando Eu sempre dancei, sempre. Mas não consegui aceitar isso facilmente, no início. Essa é a minha bailarina! Quem é da quebrada sabe que é foda ser artista. Minha mãe tem medo e pensa: “como artista, ela vai viver do quê?” Tudo começou quando conheci as danças urbanas, no CEU Vila Rubi, com o break e o hip hop.

Mas acabei me distanciando de tudo isso por um tempo… Meu pai foi diagnosticado com câncer. Ele fez quimioterapia e fisioterapia, e se manteve bem durante 5 anos. *Trecho de “Nós, os que ficamos” de Rodrigo Ciríaco, do livro “Te Pego Lá Fora”. Eu era muito nova, tinha acabado de terminar a escola. Não entendia muito bem o que era essa doença. Lá, conheci a Cia da Vila e fui para o palco. Nós montamos espetáculos de dança e teatro, com textos do Rodrigo Ciríaco. Foi uma loucura! “Por isso é preciso ficar Para brigar, confrontar, sangrar, somar, transformar ParaUnirque nenhum de nós continue a ser humilhado Nenhum de nós desprezado, desrespeitado... Esquecido... NãoFicar...queremos mudar do lugar onde queremossobrevivemos,mudá-lo”.* Este foi o meu marginal.aencontroprimeirocomliteratura

Só que a situação mudou, e parei de dançar por 4 anos. Pai, pedi as contas. Vou ficar em casa e cuidar de você. Obrigado,filha! Na mesma época, meu sobrinho nasceu e passei a cuidar dele também.Ver o homem que sempre me apoiou e ensinou tanto partindo, doeu muito. Quando meu pai piorou, não pensei duas vezes. Só agi. E nesse meio tempo, tentava um emprego com registro em carteira, e estabilidade financeira.

Fiquei com meu pai até o final. Meu manifesto é sobre o luto, resolvi dançar essa perda. Eu sou muito terra, pé no chão. A terra enterra, absorve e germina. Eu estou mereplantando... É meu recomeço.

Um dia, decidi fazer uma aula experimental de pole dance. Me encontrei nessa dança! Gostei da liberdade de me expressar que ela dá. Aqui me vejo de todos os ângulos. Minha bunda, celulites e rugas do tempo. Foi um processo, com o tempo a gente aprende a dizer: eu sou gostosa! Eu sou uma mulher, e quero sorrir, transar, gozar… mas também sou responsável e cuidadosa. Eu sou foda!

A necessidade de contar minha história me fez voltar para a literatura marginal Meu corpo memória A pele que habito Que sangra, se perde, e volta… Há 7 anos, me reencontrei com a poesia marginal no Slam do 13, mas demorei pra aceitar que eu era poeta. E volta ao início Meu corpo memória Me encontro e recomeçoNalinha da vida… Hoje, tô à frente do Slam, e me entendo como poeta.

Dentro da quebrada, SER ARTISTA é resistência.Mesmo com muito conceito.preIsso tem que ser normalizado. A mulher fazendo arte junto de outras mulheres potentes. Eu preciso me dizer todos os dias: você é boa, vai trabalhar, mulher! Faz tua arte. Artista é isso, tem que fazer os corres pra viver do que gosta de fazer. Fim

Na quebrada, a gente aprende que, pra você ser alguém, estudar.precisa Senão, você está condenado a ir para subempregoo ou para o crime. Quando eu era violento.muitoeradiferente,dedenovo,maisacida-funcionavaumjeitotudomais Meus pais abençoe,Bença,àemeupormedotinhameissocrescifrentetelevisão.mãe!Deustefilho. terra ficandoressecadamaleável

Isso fez meu corpo se tornar cada vez mais rígido. E eu bilidades.trasconhecinãoou-possiCom 15 anos, consegui entrar num curso de jovem aprendiz. E esse lugar me manipulou… Ouviram do Ipiranga às margens plAAácidas...

Consegui emprego!!!um Você tá começando aqui, é melhor saber como funciona.tudo Você vai trabalhar aqui com os gadores.entreFique sabendo, eles são muito folgados. Claro, aprenderquerosobretudo! Tudo elesNaqueleentendi.bem,lugar,incentivavam a competição acima de tudo. A inveja também era grande. Acabei conseguindo um emprego rápido, e aí me senti melhor do que todos. Quando dei por mim, me tornei um moleque de 15 anos que era grosso com o cara que está há anos trabalhando com aquilo…

Não gostei de como me senti naquele dia, aquela atitude não tinha nada a ver comigo. Foi quando pensei no que eu faria se visse um moleque, como eu era, gritando com meu pai daquele jeito. Se meu trabalhassepaiaqui,ondeeletrabalharia? Mano, eu tô vendoa vida de uma forma muito errada…

Depois disso, comecei a tentar entender como a gente pode viver um mundo mais igualitário.Foinessa época que descobri a cultura. Através do meu encontro com o malabares, minha mente se abriu pras possibilidades. Eu abandonei a expectativa que todos tinham em mim e comprei a briga com o mundo. Fui o único da família a entrar na universidade, e chegar em casa falando que seria malabarista foi muito distante do ideal dos meus pais. Mas me joguei de cabeça. Me esforcei e treinei muito pra fazer disso meu ganha-pão.

Até ali, não sabia que eu podia dançar. E tinha muita vergonha que me vissem. Então, conheci o forró, e me apaixonei! Decidi fazer disso a minha pesquisa de vida, como encontrar as interseções entre o circo e a dança. No circo, descobri que qualquer movimento pode ser dança, e isso me fez ter vontade de, quem sabe, tentar dançar.

Depois disso, senti como se meu corpo fosse duro, e estivesse amolecendo aos poucos. Não importa fazer perfeito, e sim vivenciar a arte de uma forma honesta. quero mostrar pras pessoas que as coisas são possíveis, que fazer malabarismo é possível. A arte é uma opção.Quero que as pessoas vejam que elas podem descobrir formas mais interessantes de além do ideal social.

Meu corpo era uma terra ressecada, que estou aprendendo aos poucos a deixar úmida e maleável.

Fim

viver,

Descobrindocadaarticula-çãoeosmo-vimentosquepodiafazer,tantoDan-çandoquantofazendomala-bares.

NãoestaperdidofiqueaolerHQ! Quando chegar ao meio, recomece a leitura pelo lado inverso.

Não vou poder continuar dançando, eles me proibiram.Obrigado,professore! A dança salva vidas, salva muitas vidas! Eu faço parte da trajetória de muitas pessoas, desde a época da Toca.Hoje, sou a única diretora da SM CREW, que completa mais de 10 anos de atividade. Nesse tempo, vi pessoas que pararam, porque os pais diziam que dançar não dava futuro. Enquanto outros, ao mesmo tempo, deixaram de ir para o crime por se encontrarem na dança. Ver pessoas que passaram pela minha vida e que eu ensinei algo, mesmo que seja um passo, para mim é incrível. Fim

A arte está emgalera!tudo, Por isso, cada um de nós tem representatividadeumaaqui. E tô Ensinando pra que vocês mantenham essa cultura viva. Dançar significa dar voz a quem veio antes, e fazendo isso estou continuando essa história. Foram 2 anos dando aulas de graça, e fazendo apresentações pela Toca. E assim nós temos também a responsabilidade de passar adiante essa cultura. Minha trajetória teve diversas inspirações, incluindo a participação da minha tia-avó pra erguer a Turma da Toca desde o comecinho.

Através da dança, eu descobri a minha sexualidade e ancestralidade. Nessa época, eu alisava meu cabelo.Masbati no peito e dei a cara à tapa. Não conseguia me reconhecer como uma mulher negra por achar que isso ultrapassaria alguns limites Hoje, me reconheço enquanto uma pessoa negra, periférica, trans não-binária e bissexual.

Gente, chegou a hora de vocês mostrarem ao mundo o valor de vocês! Nós vamos nos chamar SM Crew. Quando nosso grupo já estudava há um tempo, o Quinho resolveu nos inscrever para competir em festivais. Não era fácil a rotina de ir aos festivais e ensaios. Levava horas para chegar nos locais das disputas. Crewwwww!SM

Nas danças urbanas, os passos representam a resistência de quem teve a garra para manter nossa cultura viva. Assim como entender o significado dos elementos do hip hop. E aprender cada uma dessas coisas leva bastante tempo e dedicação.

Nas danças urbanas, cada passo tem um significado Eu ficava horas e horas tentando decorar coreografias. Mas o que eu queria mesmo era aprender a dançar, não só decorar passos. A partir dali, comecei a pensar que poderia ganhar a vida com a arte. Meu sonho era arrasar no rolê! Foi quando conheci um professor de danças urbanas e comecei a conhecer aquela cultura.

pela voz silenciadosdosMeus pais sempre tiveram contato com arte e me viam dançar muito em casa. Foi assim que minha mãe começou a me levar no CEU Campo Limpo como incentivo. Eu gostava de dançar, mas não me encontrava naquela dança. Sentia que precisava procurar mais, por algo diferente... Quando eu comecei a dançar, o CEU era a minha segunda casa. Lá, fiz econtemporâneadançacircense.

Decidi voltar, e dessa vez é pra ficar!aquiQuerida,não! Vai, Mayra, você tá consegui!!!Finalmentelá!quase Olho pra trás e lembro; se um dia quis desistir, hoje só penso que falta pouco para me formar e alcançar meu sonho. Estou há 4 anos no balé… ! Eu consegui! Fim

Sinto que não estou evoluindo. Vou desistir. Não desista, você é muito boa! Esse é só o começo. Não tô conseguindo, melhor parar por aqui. A falta de pessoas pretas e de representatividade no balé sempre foram grandes obstáculos para mim. Não ter referências no balé me fazia acreditar que nunca conseguiria. Então, decidi. Vou ser para os outros a referência que eu não tive.

bem-vinda,SejaMayra. Eu não nãoconseguir,vousouboanisso. Vamos começar com 12 sequências, pra vocês pegarem o urbanascomoaindaMinhafoiQuandojeito.comecei,muitodifícil.cabeçapensavaemasdançassão.

Eu estudo danças urbanashá 5 anos, e quero dar um workshop aqui. E aí, o que você me diz? Nossa, claro que sim! contratada.Tá Mãe, agora que estou trabalhando, posso voltar a fazer balé! tarde.Boa MesmoVemLegal!comigo.indobem nas danças urbanas, meu sonho ainda era estudar balé. Sonhava muito em subir na ponta.

A vencedora é você, Mayra! Aos 11 anos, comecei a conhecer as danças urbanas. E então, comecei a competir em festivais.Minha mãe, mais uma vez, me deu todo o apoio.Foi especial ela me solo.apresenteiveznavencendoverprimeiraemqueum Estou competindo em festivais há 7 anos, e estive em segundo lugar apenas 2 vezes. Nas demais, sempre venci.No palco, eu percebi que posso mostrar para todos que sou capaz. Teatro

Filha, não consigo pagar pra você. Mas mãe, esse é o sonho…meu Quando você estiver mais velha e trabalhar, você vai QuandoMayra!conseguir,eracriança, sofri com o racismo. A dança era o lugar em que eu esquecia de tudo isso. Naquela época, meu sonho de princesa era fazer balé, ser uma bailarina. Mas não achava que fosse capaz. No balé, tudo é muito caro. Collant, meia calça, sapatilha… são muitas coisas.

Tchau,mãe! Boafilha.aula, Sim, eu posso bzz bzzbzz

Me dei como missão ajudar a dar liberdade de movimento para quem não dança, logo na primeira aula. A arte tem poder, e é para todos. Quanto mais coisas você produz, mais potente e completa ela fica. O que a gente faz para cuidar disso? Como presto atenção na energia e na sensação? Eu vou trazer para vocês experimentações que eu utilizo no meu treino. Vocês preparados?estão Fim

Quando, finalmente, aprendi a dançar, pensei: por que não compartilhar isso com as Opessoas?queconquistei e desenvolvi na dança nunca foi sozinha, foi sempre compartilhando. Essa é a maior força que vejo dentro da periferia. Oi criançada, vocês querem aprender a dançar?

bulantes.vendedoresmeusnanatudoencontreimeusRelembrandocaminhos,ondecomeçoudança,efoipraia,quandopaiseramam-Eucurtiamuitoveromarcomaminhamãe,pegarconchinhas,verasondas. A dança foi algo que me deu liberdade, me tirou o medo de viver, me tirou angustia. Ela não é só movimento, é uma forma comunicação.de Fui percebendo, que neste lugar, meu movimento nasceu quando eu tinha só 5 anos. Vamos, filha! Hoje o dia vai ser longo. Pega essa pra mim, mãe!

Conheci a dança com 15 anos. E comecei a dançar no CEU Vila Rubie no Centro Cultural do Grajaú. Foi desanimador no início, porque eu não tinha muita consciência do meu corpo. eu era mais tensa, me soltar era uma dificuldade. Minha postura era tímida, e tinha dificuldade de dançar em frente a outras pessoas. Demorei muito pra pegar os movimentos, mas quanto mais difícil ficava, mais eu queria aprender tudo. Eu não tinha coordenação motora, e era muito difícil fazer os movimentos.

Desde cedo, eu entendi que nasci para revolucionar algumas coisas. Pra mostrar que coisas ditas masculinas, não são só “coisa de homem”. As pessoas sempre tentam me colocar em caixinhas de gênero, mas eu não consigo me encaixar no que elas esperam. E que meu corpo todo dia se renova, como uma maré que vai e volta. Sinto que meu movimento é uma espiral...

Você tem certeza? Ela vai se machucar, não aguenta jogar com os meninos. Eu sou muito melhor que todos esses moleques!Eu fui uma das primeiras minas a batalhar popping em São Paulo, em 2012. Tinham outras mulheres, mas não sentiam coragem de batalhar por ser um quadro masculino,totalmentenaépoca.

dançandoCrash caminhosDenovo,Giovanna!!! Vocês aceitam meninasaqui?jogando Eu vim do esporte, joguei futebol dos 4 aos 13 anos. Sempre gostei de desafios, desde o futebol.

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