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A vez dos serviços gerenciados

A vez dos serviços gerenciados

COMO OS MSPS PODEM SER ALIADOS DE EMPRESAS DE DIFERENTES PORTES NA GESTÃO EFICIENTE DE AMBIENTES TECNOLÓGICOS

Managed Service Providers (MSPs, na sigla em inglês, ou Provedor de Serviços Gerenciados, em tradução livre) é um método estratégico que empresas vêm adotando para lidar com tarefas operacionais que, embora sejam críticas para o sucesso de um negócio, não são voltadas diretamente para o cliente final.

Na prática, é uma empresa terceirizada, com equipe especializada e que tem a missão de gerenciar o ambiente tecnológico de um negócio. “O grande ponto é que, ao contratar os MSPs, as marcas podem focar mais em seu core business. Uma companhia de varejo, por exemplo, costuma não ter intimidade com questões de tecnologia. Então, ela passa esse cuidado para um time adequado, com as ferramentas certas, e pode se dedicar a vender mais e garantir uma melhor experiência aos clientes”, explica Rafael Marangoni, Diretor de Unidade de Negócios da BRLink.

Esse modelo tem se mostrado tão efetivo que a porcentagem de empresas ao redor do mundo que usam MSPs para gerenciar mais da metade de suas necessidades de TI passou de 25% em 2020 para 38% em 2021. Os dados são do levantamento 2021 Global Managed Services Report, produzido pela NTT. E mais: a expectativa é que este mercado cresça para US$ 274 bilhões até 2026, de acordo com pesquisa da Mordor Research.

Rafael Marangoni, Diretor de Unidade de Negócios da BRLink – empresa integrante da Ingram Micro Services

Rafael Marangoni, Diretor de Unidade de Negócios da BRLink – empresa integrante da Ingram Micro Services

Modelo de sucesso

Os MSPs podem ser aliados de pequenas, médias e grandes empresas que atuam em diferentes segmentos. Isso porque muito dificilmente uma companhia consegue ter times internos para suportar as diversas áreas de tecnologia. “Ainda mais quando estamos vivendo um momento bastante desafiador de contratação e retenção de profissionais. Contar com esse serviço é não ter a responsabilidade de formar e manter equipes dentro de casa”, aponta Marangoni.

É importante destacar também que os MSPs podem ser usados para controlar as necessidades de TI como um todo ou apenas áreas específicas. “Ao contratar um Provedor de Serviços Gerenciados, você não abre mão do controle geral e da responsabilidade pelas operações que estão sendo terceirizadas. A grande vantagem é que o parceiro lidará com o trabalho muitas vezes demorado, complexo, repetitivo e árduo envolvido no processo”, comenta Flávio Moraes Junior, VP & Brazil Chief Executive da Ingram Micro Brasil.

Isso ocorre porque, desde o início da implementação, o serviço revisa todos os processos atuais da empresa, encontrando oportunidades que podem maximizar a economia e manter a eficiência. Outra função é identificar responsabilidades e desafios nos processos, a fim de reduzir riscos. “A essência dos MSPs é ter uma postura proativa, em que se está cuidando do ambiente e, se acontecer alguma coisa, perceber antes do próprio cliente. E mesmo quando ele notar o problema, a equipe terceirizada já está atuando para remediar, corrigir, melhorar”, afirma o especialista da BRLink.

Atualmente, os MSPs evoluíram para oferecer serviços que vão além de cuidar do hardware e software. Há empresas preparadas para atuar de maneira mais estratégica, realizando, por exemplo, suporte ao planejamento de negócios de longo prazo; jornada completa de migração e operação em nuvem; consultoria de transformação digital; auditorias de conformidade; roteiros de tecnologia e avaliações de necessidades; entre outros serviços.

Flávio Moraes, VP & Brazil Chief Executive da Ingram Micro Brasil

Flávio Moraes, VP & Brazil Chief Executive da Ingram Micro Brasil

GRANDE VANTAGEM DOS MSPS É QUE O PARCEIRO LIDARÁ COM O TRABALHO MUITAS VEZES DEMORADO E COMPLEXO”

Mercado aquecido

A demanda de MSPs é crescente não só no Brasil, mas no mundo. A transformação digital provocada pela pandemia de covid-19, com uso de tecnologias como inteligência artificial e nuvem, tem desafiado as corporações a reverem suas plataformas de TI – e isso demanda conhecimento e capacidade técnica que ainda são escassos quando comparados à procura total do mercado.

“De forma geral, o mercado sempre sofre ciclos in source e out source. Isto é, em determinados momentos, as empresas tendem a internalizar demandas. Em outros, a externar”, informa Marangoni. “Diria que, agora, estamos passando por uma fase de aumento do out source, portanto, da busca por MSPs”, completa.

Fato é que é possível notar um movimento das empresas entrando nesse universo, seja com a criação de um braço dentro da própria companhia, seja buscando parceiras, como ocorreu com a Ingram Micro Brasil. Recentemente, a empresa trouxe a BRLink para fazer parte de sua unidade de soluções e serviços gerenciados, batizada de Ingram Micro Services.

“Com essa aquisição, agora podemos oferecer aos nossos parceiros revendedores e seus clientes todo o portfólio de produtos gerenciados que a BRLink dispõe. Desta forma, estamos compartilhando conhecimento técnico e ampliando as oportunidades de negócio com um serviço de excelência e que é tendência no mercado atual”, ressalta Moraes.

Hoje, o hub da Ingram Micro Brasil oferece um amplo catálogo capaz de estruturar toda a jornada de transformação de arquitetura de TI, bem como a integração de sistemas mais complexos. As ofertas contemplam desde um projeto de consultoria com cobrança pontual até a prestação de serviços de forma recorrente com pagamentos mensais, que varia de acordo com a complexidade do ambiente do cliente e o tipo de tecnologia envolvida.