Jornal Império News - Edição n.05

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Notícias Monarquistas da Atualidade Acompanhe a Agenda Monárquica para 7 de Setembro de 2017. Pg.2 Em comemoração dos 195 anos da Independência do Brasil.

195anos 1822 - 2017

de

INDEPENDÊNCIA

do BRASIL!

Festeje o Dia da Pátria! Agenda Monarquista para 7 de Setembro. Bandeiraços de norte a sul do Brasil em comemoração aos 195 anos de independência proclamado pelo Imperador Dom Pedro I em 1822.

Entrevista com o Chanceler Deolindo Meck. Pg.06

Valores Monárquicos na Infância. Pg.14

07/09/2017 - Bandeiraço por todo Brasil, pelo Brasil!

Os Bruzundangas de Lima Barreto. Pg.11

A volta da Monarquia Parlamentar Constitucional Espanhola em 1975. Pg.26

Porque Persistimos no Erro Republicano? Pg.31

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Agenda Monárquica Eventos Monárquicos do Brasil

BANDEIRAÇO 7 de Setembro de 2017

194 anos de INDEPENDÊNCIA do BRASIL proclamado pelo Imperador Dom Pedro I em 1882. O HORÁRIO PODE VARIAR CONFORME A CIDADE! FIQUEM ATENTOS! ALAGOAS Maceió - 07:30 - arquibancadas do desfile, no Jaraguá Após o Bandeiraço, haverá panfletaço. AMAPÁ Macapá - 09:00 - Av. FAB, Praça da Bandeira BAHIA Salvador - 10:30 - Praça do Campo Grande CEARÁ Fortaleza - 10:30 - Dragão do Mar DISTRITO FEDERAL Brasília - 07:00 - em frente à Catedral ESPÍRITO SANTO Vitória - 14:00 - Assembleia Legislativa GOIÁS Anápolis - horário a definir - Parque Ipiranga Goiânia - 09:00 - Praça Cívica MATO GROSSO Cuiabá - horário a definir - Praça das Bandeiras MATO GROSSO DO SUL Campo Grande - 08:00 - rua 14 de Julho com av. Afonso Pena, esquina da praça Ary Coelho MINAS GERAIS Belo Horizonte - 10:00 - Av. Afonso Pena, em frente ao Parque Municipal Juiz de Fora - 08:00 - Av. Rio Branco, em frente ao parque Halfeld Montes Claros - 09:00 - Av. Deputado Esteves Rodrigues, em frente ao SENAC

SÃO PAULO São Paulo - 11:00 - Museu do Ipiranga EXTERIOR ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA Nova Iorque (NY) - 03/09 - horário a definir Times Square

PARAÍBA Campina Grande - horário a definir -Praça da Bandeira PARAÍBA Campina Grande - horário a definir - Praça da Bandeira PARANÁ Curitiba - 10:00 - Av. Cândido Abreu, em frente ao palanque oficial PERNAMBUCO Recife - 07:30 - Av. Mascarenhas de Morais (próximo ao viaduto Tancredo Neves) PIAUÍ Teresina - 09:00 - Av. Marechal Castelo Branco RIO DE JANEIRO Rio de Janeiro - horário a definir - Av. Presidente Vargas, em frente ao Palácio Duque de Caxias RIO GRANDE DO NORTE Natal - 09:00 - Praça Cívica RIO GRANDE DO SUL Porto Alegre - 09:00 - Rua Edvaldo Pereira Paiva RONDÔNIA Porto Velho - 09:00 - Avenida Governador Jorge Teixeira, Espaço Alternativo

16 de SETEMBRO

Teatro Maria Sylvia Nunes,

Estação das Docas. Belém, Brazil

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Seja um colaborador do Jornal Império News! Participe de nossas publicações. Envie artigos e eventos sobre Monarquia para o email: redacaoimperial@gmail.com “Em períodos difíceis, como o que estamos vivendo, poucos encontram tempo para dedicar-se a planejar o futuro da Nação. É justamente neste momento que urge por mudanças que nós Monarquistas temos o dever demonstrar o nosso Amor à Pátria e clamar pela Restauração da Monarquia Parlamentar Constitucional como a mais próspera das alternativas.”

1822 - 2017

195anos de

INDEPENDÊNCIA

do BRASIL!

Festeje o Dia da Pátria! Agenda Monarquista para 7 de Setembro de 2017. Bandeiraços de norte a sul do Brasil em comemoração aos 195 anos de independência proclamado pelo Imperador Dom Pedro I. Adriana Malgadi do Império News, demonstrando seu orgulho pela Bandeira Imperial do Brasil.

Expediente Direção Geral: Paulo Victor Rodrigues

Coordenação: Fabrício Luiz

Edição: Marcelo Demari

Produção Executiva: Adriana Magaldi

Redação: Pérola Maria

Contato: redacaoimperial@gmail.com

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Carta ao Leitor É com um imenso prazer que trazemos a vocês queridos leitores, a nova cara de nosso

jornal que a partir dessa edição, a de número 5, passa a ser apenas online e para facilitar a leitura de todos estamos com uma nova estrutura, mais moderna e arrojada em forma de revista, tudo pensando no conforto e na praticidade da leitura. Pensar em vocês é um estímulo para que estejamos sempre buscando inovações em nosso visual mais sem que com isso, nos descuidemos de nosso conteúdo. Nesta edição daremos início a uma série de reportagens a respeito de países onde a forma de governo é o Parlamentarismo Monárquico. Começamos pela Espanha que teve a Monarquia Parlamentar restaurada, se livrando do comunismo em 1975. Procuramos mostrar como se deu esse processo e quem foi o principal idealizador dessa mudança, falaremos também como foi sua história e como está atualmente a Espanha com principais índices de desenvolvimento nos vários setores. Faremos um tour pelo imaginário dos desenhos infantis, que além de nos divertir, formam um ideário de valores Monárquicos na infância, que muitas vezes nos passam despercebidos e agora compreendemos melhor. Faremos uma leitura atualizada do livro Os Bruzundangas, de Lima Barreto para constatarmos o que foi e ainda é o desastre republicano.Ainda teremos uma entrevista com o Chanceler Deolindo Meck, onde ele fala de sua história e porque se tornou um monarquista. Vamos trazer também uma reflexão sobre o porquê, de muitos brasileiros mesmo depois de 128 anos de uma República fracassada ainda preferirem essa forma de governo. Sabemos que o movimento monarquista vem crescendo por todo o Brasil e como isso temos um cantinho reservado para divulgar os últimos acontecimentos e informar o que estão planejando os monarquistas, como ações para expandir o movimento. Na próxima edição estaremos falando do Camboja, sua história e do levante monarquista que também cresce no país. Nossa equipe espera trazer um conteúdo esclarecedor e de qualidade para todos e não deixem de expressar a opinião de vocês sobre nosso trabalho, ela é muito importante para o crescimento e desenvolvimento do Jornal Império News. Agora desejamos a todos uma ótima leitura. Á Redação.

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Notícias do Movimento Monárquico - Pg. 05

- 7° Encontro Monárquico - Dragões da Fronteira -

Foz do Iguaçu - PR -

AVANTE!

MONARQUISTA! Por Alan Jaskiw Secretário do Circulo Monárquico Dragões da Fronteira

O 7° Encontro Monárquico Dragões da Fronteira em Foz do Iguaçu no Paraná, foi realizado no ponto turístico onde inspirou o nome do nosso Círculo, a tríplice fronteira!!! Presenteamos os visitantes com bandeirinhas imperiais que no verso contém um breve e prático explicativo sobre Monarquia Parlamentar Constitucional e sugestões de sites relacionados à causa!!! Percebemos que todos gostaram do presente e muitos leram alí mesmo! Alguns tiraram dúvidas sobre o movimento e outros sugeriram formas de expansão! Estrangeiros e famílias pediram para tirar fotos com a bandeira! Deus nos abençoe! Ave Império! Avante monarquistas! Observação: Se ficássemos por mais tempo, faltariam bandeirinhas e isso que choveu, caso contrário precisariamos do triplo ou mais!!!

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Entrevista Por Pérola Maria “Chanceler ou cancelário, é um título atribuído em diversas instituições cuja organização é inspirada no Império Romano. A função de chanceler ou cancelário pode ser diferente de instituição para instituição.“ Nosso entrevistado de hoje é Deolindo Menck.

Antes de mais nada, gostaria de agradecer sua imensa contribuição ao movimento Monarquista insipiente e ao declaradamente a favor da restauração da monarquia no Brasil. É um prazer enorme levar aos jovens monarquistas e também a todos os leitores desse jornal, informações sobre essa mudança no cenário político de nosso país. Império News: Qual é a função de um Chanceler de um Círculo Monárquico?

Deolindo Meck: No nosso Círculo Monárquico, segundo o nosso Estatuto, compete ao Chanceler presidir às reuniões da diretoria colegiada e da assembleia geral, convocar as reuniões da diretoria colegiada, de ofício a pedido do secretário geral, ou de três dos membros da própria diretoria,exercer o voto de qualidade em caso de empate nas deliberações da diretoria colegiada ou da assembleia geral, representar o Círculo Monárquico de Uberlândia em suas realizações políticas com organizações afins, emitir ou endossar cheques em conjunto com o tesoureiro e autorizar as despesas previstas no orçamento.Essas são as funções do chanceler do Círculo Monárquico de Uberlândia, bem específico.

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Ebtrevista com o Chanceler Deolindo Meck - Pg. 07

Império News: Como tem se delineado sua experiência como Chanceler, antes quando começou? E hoje? Deolindo Meck: Na verdade o Círculo Monárquico de Uberlândia é muito novo ainda. Nós tivemos na verdade, uma reunião e nessa primeira reunião a senhora estava presente, aliás nos deu a alegria de estar presente, foi fantástico, então a experiência tem sido ainda muito pequena pra poder relatar,mas a perspectiva é muito legal, eu acho que o pessoal que está no nosso Círculo Monárquico é um pessoal que quer fazer diferença, que quer o melhor para o país, que quer o melhor para o próximo.Isso eu acho que faz toda diferença do mundo.Somos poucos ainda, mas são pessoas de primeira grandeza, sabe, da maior grandeza, são pessoas que querem o bem da população brasileira, do próximo, tá? Elas estão querendo inclusive se sacrificar pelo próximo.

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Ebtrevista com o Chanceler Deolindo Meck - Pg. 08

Império News: Como foi o seu primeiro contato com o público na época da divulgação do plebiscito de 1993? Deolindo Meck: Bom, em 93 houve um plebiscito, eu já era monarquista, sabia que a Monarquia Parlamentarista era muito melhor que a República e tal e haveria um debate: Monarquia Parlamentarista, República Parlamentarista e República Presidencialista em Uberlândia. A reitoria da Universidade Federal de Uberlândia decidiu que haveria esse debate, convidou três pessoas. O representante da Monarquia teve algum problema, não pode comparecer.Quando eu fiquei sabendo disso, topetudo que eu era, né, eu simplesmente disse :Posso ir substituir o rapaz da Monarquia? E o Reitor disse: Pode. E ao meu lado estavam duas figuras carimbadas da política nacional. Zaire Rezende, que viria a ser prefeito de Uberlândia, e que já tinha sido deputado federal, e o secretário do então governador de Minas Gerais. Esse secretário, cujo nome eu me lembro agora,ele já tinha, já era deputado em 1958,eu me lembro da data. Tá? Em 58 o homem já era deputado federal, ou seja, era uma figura assim super tarimbada. E daí o que aconteceu foi que,eu subi lá, e no sorteio do primeiro a expôr, teria que ser eu. E me deu um branco, mas um branco total, eu não sabia por onde começar. Era a primeira vez que eu falava em público,assim, uma coisa séria, importante pra mim. Já tinha falado em público, tipo,"obrigado", por isso ou por aquilo ou qualquer coisa parecida. Apenas uma aulinha pra amigos ou pra alunos, mas nada nesse nível. E me deu um branco, um branco total. Beleza! O eu fiz? Eu tive que ir em público dizer que eu nunca tinha falado em público ,não nesse nível, que havia me dado um branco e que se eu poderia falar depois dos outros dois. Foi providencial, porque a medida que eles iam falando, os argumentos eram totalmente furados e

eu ia anotando item por item, e foram surgindo ideias e fui derrubando item por item. E no final do debate foi muito legal! Enquando havia uma ou duas pessoas do lado do Zaire e do Secretário, as pessoas a minha volta me convidavam pra uma palestra aqui, um debate ali. Uma multidãozinha do meu lado e daí eu comecei a fazer divulgações.E as pessoas se espantavam, na época eu era bem mais novo do que hoje, óbvio e o pessoal esperava sempre era uma pessoa mais idosa pro debate aparecia aquele cara de moleque lá, e porém, começou também a haver boicote. Eu me lembro que o colégio Objetivo aqui era um senhor colégio aqui em Uberlândia e eles perguntavam que dia eu podia. Eu podia qualquer dia da semana, na verdade, menos numa quinta-feira que eu não podia. E foi exatamente naquele dia que eu não podia que eles marcaram o debate.E então começou a haver boicote, quando eles começaram a perceber que a Monarquia tinha argumentos. E o boicote maior foi a transferência da data do plebiscito, de 7 de setembro pra 21 de abril, inviabilizando maior divulgação.Ainda assim, nós aparecemos, sabe. Tivemos uma votação para o curtíssimo espaço de tempo que tivemos pra divulgar enorme. Treze por cento é muita coisa, se a gente se lembra que o começo do começo do zero foi em dezembro,sabe. No caso de Uberlândia que ainda deus os 13%, eu ainda tive que viajar o mes de janeiro,na verdade, fiquei fevereiro e março de verdade fazendo campanha.Tudo bem, que eu fazia campanha em tudo que é canto, estava do meu lado, estava falando sobre monarquia. Mas era direto. Eu acho que foi uma experiência e tanto. Valeu à pena cada segundo e eu não parei de falar em Monarquia desde então e até hoje, e agora estamos num Círculo Monárquico e se Deus quiser, o negócio vai pra frente e o Brasil vai ter jeito.

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Ebtrevista com o Chanceler Deolindo Meck - Pg. 09

Império News: Há algum fato que tenha chamado sua atenção nos últimos meses ou anos que temos vivido que queira mencionar aqui?

Deolindo Meck: O que mais me chamou atenção foi, e eu não sabia que estavam acontecendo foi o vigésimo sétimo este ano, Encontro Monárquico no Rio de Janeiro, tá, encontro de monarquistas.Se eu soubesse eu teria ido aos anteriores também. Pelo menos em algum número deles, mas eu não sabia que estavam acontecendo e agora eu fiquei sabendo e tive a oportunidade de ir nesse Encontro lá no Rio de Janeiro, aonde estavam presentes alguns menbros da família imperial, que me impressionaram muito bem, por sinal, tá, eu gostei muito de tê-los conhecido, e esse Encontro me deu oportunidade de conhecer outros monarquistas de outros lugares do Brasil.E ver que existe sim, gente que está batalhando pelo bem das próximas gerações, de gente que está sim interessado neste país,apesar de todos os problemas que temos enfrentado, tá, eu acho

que esse fato, dessa não desistência,dessa persitência pra trazer para as próximas gerações aquilo que é bom, foi uma coisa que me chamou atenção e que eu gostaria de compartilhar com todos,sabe.Isso nos coloca pra cima.Sabe, o ano passado, não nesse ano, no encontro do ano passado que eu não estive presente, teve uma palestra de um português, o cara é português, mas monarquista e de coração, brasileiro. O nome dele é José Carlos Sepúlveda, ele dizia: "Não existem impossíveis na história." E citava vários exemplos de eventos que ocorreram e que ninguém esperava.Dizer que a monarquia seria uma coisa absurda, porque não vai voltar, porque é impossível, não sei mais o quê. Morre, com os argumentos por ele levantados. O que precisa é a gente acreditar e a gente batalhar. Se realmente nós sabemos que a monarquia é melhor, por que nós vamos ficar parados? Sabe, então, esse fato assim me deixou muito contente,me chamou atenção, aconteceu agora nos últimos meses .

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Ebtrevista com o Chanceler Deolindo Meck - Pg. 10

Império News: Você gostaria de deixar algum recado aos leitores, não apenas aos monarquistas, mas também àqueles que tenham se interessado pelo tema? Deolindo Meck: Eu gostaria de deixar um recado para o pessoal. Não há como desistir daquilo que é certo! Ou me convençam que estou equivocado e eu tenho que me deixar aberto sempre pra ouvir as opiniões diferentes pra crescer junto, por que eu sou humano, mas, se não me mostrarem que eu estou errado eu vou batalhar por aquilo que eu acredito que é certo. Sabe, eu acho que é uma responsabilidade básica de todo homem. Todo cidadão precisa colocar isso como norte, a dirigir a vida da gente pra aquilo que é certo, agora, sempre ouvir o lado oposto. Até porque isso constroi novos argumentos, ou nos faz melhorar, então, eu quero deixar bem claro que é importante ouvir o lado oposto, mas, sendo bem honesto, eu estou nessa brincadeira, que não é brincadeira, é sério, desde 93. Lá se vão vinte e tantos anos, vinte e três, vinte quatro anos e sinceramente, até hoje ninguém, nem chegou perto de dizer que a República tem alguma chance de funcionar no Brasil. Com dados, falar isso da boca pra fora, qualquer um fala, eu quero falar isso com dados, com argumentos. Agora, a Monarquia, essa tem muita chance de dar certo! O nosso povo é monarquista, mesmo que não saiba disso. A nossa estrutura social é monarquista. Tem tudo pra funcionar aqui no Brasil. É isso o que tinha pra dizer, muito obrigado por ter oportunidade de falar nesse meio de comunicação fantástico que nós temos e sucesso sempre, pra esse jornal. *Escute aqui a Entrevista na íntegra:

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Os Bruzundangas de Lima Barreto Por Perola Maria Lima Barreto nasceu e foi batizado com o nome do primeiro rei de Portugal: Afonso Henriques, mas foi com o seu sobrenome, Lima Barreto, que se imortalizou na literatura nacional.

Filho de tipógrafo e de professora, o mulato tinha nome de rei e como deve ter sofrido por isso. Não apenas por ser mulato, mas principalmente e também por ter sido já na vida adulta um crítico mordaz da recém-proclamada república brasileira. Seu pai João Henriques queria ser médico, mas a vida e seus percalços o obrigaram a

cuidar da família e de sua sobrevivência. Sendo monarquista, foi duramente perseguido pelos republicanos e teve que exonerar-se do cargo de tipógrafo que ocupava na Imprensa Nacional. Acabou por ser auxiliado por senador amigo e compadre, Afonso Celso e tornou-se administrador da colônia de alienados da Ilha do Governador.

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Os Bruzundangas de Lima Barreto - Pg. 12

Já em 1897, portanto nove anos depois da proclamação, o jovem Lima ingressou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, no curso de Engenharia Civil. Tinha apenas 16 anos e suas dificuldades estavam apenas começando. Apesar da inteligência brilhante, o que o fez dotar-se de uma agudeza de espírito impressionantes, pois nada se lhe fazia encobrir a verdade. A qual despontava nele vigorosamente, o senso de justiça e também o desejo de ser escritor.

Mas seus primeiros livros não encontraram apoio no Brasil Republicano. E isso ainda o mortificava o fato de ter que procurar quem publicasse seus romances.

As infelicidades começaram a surgir depois que o pai repentinamente enlouquecera no ano de 1902. Como filho mais velho, Lima teve que arcar com as responsabilidades do pai e por isso deixou a Escola Técnica, prestando concurso se ingressou na carreira de amanauense (escriturários da época) no Ministério da Guerra. A vida intelectual da época passava pelos cafés, frequentados por estudantes, boêmios, jornalistas, e foi como jornalista que Lima iniciou sua carreira de escritor. A primeira revista era a famosa Fon Fon.

O álcool foi a válvula de escape que acabou por derrotá-lo como faz com os mais sensíveis. Conseguiu editar seu livro em Portugal “Recordações do escrivão Isaías Caminha” um de seus três romances com dados autobiográficos. Seu livro foi publicado e ele aceitou as exigências do editor: não receber um único centavo dos direitos autorais.

O silêncio dos editores e do mundo feria a alma do escritor de gênio. Que acalentou sonhos de sua efetiva estreia no mundo da ficção. As dificuldades econômicas, a decepção, destroçaram a alma do artista das letras.

“Muitas causas influíram pra que eu viesse a beber; mas, de todas elas, foi um sentimento ou pressentimento, um medo (...) de uma catástrofe doméstica sempre presente. Adivinhava a morte de meu pai e eu sem dinheiro para enterrá-lo.” (O cemitério dos vivos).

Ao final, vivendo o período da primeira guerra mundial, em 1914, no Brasil vivia-se a dor do mundo e como todos, principalmente as classes mais pobres. Seus artigos não poupavam críticas aos Bilacs da época e ao próprio. Não foi aceito na Academia Brasileira de |Letras, e em 1918 internou-se para tratamento, aposentando por invalidez. Depois disso recebeu de Monteiro Lobato a primeira oportunidade de receber direitos autorais, 70 milréis. Em 1919 até 1920, Lima viveria mais uma vez internado em um hospício e em 1922, vítima de um colapso cardíaco, morre em uma clínica psiquiátrica.

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Os Bruzundangas de Lima Barreto - Pg. 13

É dele a obra que estamos apontando o seguinte parágrafo: "As obras que a República manda editar para a propaganda de suas riquezas e excelências, logo que são impressas completamente, distribuem-se a mancheias por quem as queira. Todos as aceitam e logo passam adiante, por meio de venda. Não julgue o meu correspondente que os "sebos" as aceitem. São tão mofinas,tão escandalosamente mentirosas,tão infladas de um otimismo de encomenda que ninguém as compra, por sabê-las falsas e destituídas de toda e qualquer honestidade informativa, de forma a não oferecer nenhum lucro aos revendedores de livros, por falta de compradores."1

Quando Lima se refere à nobreza da Bruzundanga ele está falando dos doutores de encomenda e não de renomados autores da literatura, seja do Direito ou de outras matérias. Ele tece duras críticas à forma como se elevam certos "doutores" da República. Essa aristocracia doutoral são os cidadãos formados nas escolas ditas Superiores. Afirmam alguns, ser o título de doutor correspondente ao título de Dom em terras de Espanha, para citar palavras do próprio Lima. Tem tratamento de nobre mesmo em casos de crimes mais repugnantes. O "nobre" doutor terá tal foro privilegiado, uma invenção que chegou até os dias atuais como forma de deixar impune quaisquer que sejam os crimes que cometam. Bibliografia: BARRETO, Lima: Os Bruzundangas; São Paulo: editora Ática, 1971 © 2017 Jornal Império News - www.imperionews.wordpress.com - Edição Número 05 - Página 13


Os Valores Monárquicos na Infância Por Luis Marins

Quem nasceu entre as décadas de 70 e 80 do século XX teve o privilégio de assistir os grandes desenhos animados dos quais ressaltavam valores morais cujos ensinamentos se baseavam na luta do bem contra o mal e sempre o bem vencia.

Poderia expor praticamente todos esses desenhos de grandes valores morais, mas destaco dois que marcaram a minha infância e até hoje percebo o quanto de benefício trouxe para a minha geração. Caros Leitores, destaco os desenhos He Man e She Ra de grande sucesso no Brasil entre a metade dos anos 1980 até o inicio dos anos 1990.

Esse sucesso fabuloso de uma época de grande expansão de marketing e indústria ensinava também os valores monárquicos com os quais só agora depois de três décadas enxergo melhor. Está certo que na infância era só brincadeira e nem percebia ali os valores monárquicos que estavam sendo ensinados, pois só queria

saber mesmo era brincar de Príncipe Adam e defender o povo do planeta Etérnia transformado em He Man lutando contra as forças malignas do Esqueleto. Embora sua irmã a Princesa Adora transformava em She Ra e lutava no planeta Etéria contra as forças da Horda do vilão Hordak ( me lembro das minhas vizinhas de infância querendo ser She Ra).

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Os Valores Monárquicos na Infância - Pg. 15

Muitos devem estar confusos ao tentar conciliar tudo isso com valores monárquicos. Então vamos lá.

Nas duas situações os príncipes Adam e Adora mesmo vivendo em mundos diferentes defendem o seu povo contra as forças malignas que almejam a destruição de ambos os reinados. Os seus pais o rei Randor e a rainha Marlena sempre aprenderam a lutar e passaram esses princípios ao seu herdeiro Adam ( a princesa Adora foi sequestrada ainda bebê por Hordak, mas depois de anos se liberta e decide lutar ao lado da rebelião e da rainha Ângela de Etéria – para maiores informações assistem no Youtube o filme O segredo da espada mágica). Assim sendo na vida real todos os monarcas sempre serviram as forças armadas de seus países e passam esses valores a seus herdeiros. Vide a rainha Elizabeth II que fora soldado e enfermeira na segunda guerra mundial. Enquanto as tropas alemãs bombardeavam Londres ela estava dirigindo caminhões com soldados feridos e levava-os para os hospitais mais próximos. Em ambos os desenhos os dois príncipes lutam com toda determinação ao lado de soldados e aliados do reino não havendo diferenciações, sempre venciam e gerava amizades. Na vida real os príncipes soldados sempre estão ao lado dos outros soldados sem diferenciações e acima de tudo gerando união.

Uma outra característica eram as forças vilãs tanto em He Man quanto em She Ra que tinham por objetivo de aniquilar com as monarquias e implantar um outro governo que até hoje não se sabe qual mas creio que seria a república. Talvez esteja até imaginando e especulando demais. Será?! As experiências dos golpes republicanos no mundo real entre os séculos XIX e XX já poderiam ser uma suposta intenção dos vilões Esqueleto e Hordak. Pena que até hoje os autores desses desenhos não explicaram com clareza a intenção de governo desses vilões.

Por fim, sugiro aos industriais de brinquedos que possam se espelhar nesse antigo sucesso e começarem a ver com bons olhos o movimento monárquico que cresce a cada dia e já colocarem em prática uma possível produção de bonecos baseados na família real brasileira com o objetivo de despertar na criança a importância desses personagens na formação do Brasil e dos valores monárquicos. Imaginem adultos comprando bonecos da Família Real do primeiro, segundo reinados e seus aliados do bem e ensinando a importância destes para suas crianças. Já os vilões sugiro aos senhores industriais que possam fazer uma pesquisa nas diversas páginas da causa monárquica brasileira no Facebook que com certeza aparecerão as respostas com todas as justificativas. Luís Marins é professor, escritor infanto juvenil, empreendedor digital, produtor online, produtor fonográfico, colaborador do Império News e acima de tudo monarquista com todo orgulho.

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RESPONDE: Qual o papel do poder Moderador em um Paralementarismo Monárquico? ELOGIE. SUGIRA. CRITIQUE. RECLAME. Resposta: O Poder Moderador foi exercido FALE CONOSCO Queremos ouvi-lo: pelos imperadores do Brasil com o objetivo redacaoimperial@gmail.com de harmonizar os outros poderes do império e tradições políticas conservadora e liberal. Era garantido pela Constituição de 1824). O exercício desse poder era conferido 3o) Sancionando os decretos e resoluções apenas ao imperador, que tinha o objetivo da Assembléia Geral, para que tenham força de lei: art. 62. de “vigiar a Constituição”. *Artigo 98: “O Poder Moderador é a chave de toda a organização política e é delegado privativamente ao imperador, como chefe supremo da nação e seu primeiro representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos demais poderes políticos.” O Imperador apenas tinha o poder de nomear esses cargos e de supervisioná-los, coordenando-os para que houvesse o equilíbrio institucional no Império. Segundo o artigo 101 da Constituição de 1824, munido do Poder Moderador, o imperador atuava, entre outras coisas:

4o) Aprovando e suspendendo inteiramente as resoluções dos conselhos provinciais. arts. 86 e 87. 5o) Prorrogando ou adiando a Assembléia Geral e dissolvendo a Câmara dos Deputados, nos casos em que o exigir a salvação do Estado, convocando imediatamente outra, que a substitua. 6o) Nomeando e demitindo livremente os ministros de Estado. 7o) Suspendendo os magistrados nos casos do art. 154.

1o) Nomeando os senadores (em caráter vitalício), na forma do art. 43.

8o) Perdoando e moderando as penas impostas aos réus condenados por sentença.

2o) Convocando a Assembléia Geral extraordinariamente nos intervalos das sessões, quando assim o pede o bem do Império.

9o) Concedendo anistia em caso urgente e que assim aconselhem a humanidade e bem do Estado.

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RESPONDE: O

imperador podia também, ocasionalmente e de acordo com a Constituição, tomar medidas mais contundentes, como dissolver a Câmara dos deputados. Essas características dividiam opiniões. Os mais liberais tendiam a reprovar a grande influência do imperador sobre os outros poderes. Os conservadores, por sua vez, entendiam que o Poder Moderador garantia a identificação da soberania do Estado brasileiro com a figura pessoal do monarca. A força do Poder Moderador, entretanto, diminuiu a partir da década de 1850. Isso porque D. Pedro II concordou com a criação da Presidência do Conselho de Ministros, o que dava mais autonomia ao poder executivo, já que haveria, de fato, um chefe administrativo. A criação dessa Presidência tornou o Brasil, ao seu modo, uma Monarquia Parlamentarista. A fonte principal do Poder Moderador era a doutrina do “poder neutro”, do estadista francês Benjamin Constant, que, por sua vez, também tinha raízes em outro teórico, também francês, chamado Clermont Tornnerre. Esses estadistas elaboraram esse mecanismo político durante a fase de restauração da dinastia de Bourbon, que ocorreu após a queda de Napoleão Bonaparte. .

É significativo que o Poder Moderador tenha sido pensado nessa época, pois não era possível retomar a monarquia nos moldes do absolutismo depois de todas as transformações sociais provocadas pela Revolução Francesa e por Napoleão. Assim sendo, era necessário encontrar um meio-termo para conciliar a autoridade soberana do monarca tradicional com as características do novo ambiente político. O meio-termo foi o Poder Moderador.

Fonte:

http://www.monarquia.org.br/PDFs/CONSTITUICA ODOIMPERIO.pdf http://brasilescola.uol.com.br/historiab/poder-mo derador.htm

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Domínio Muçulmano da Península Ibérica - Pg. 18

“Para falar da Espanha e entender os recentes momentos que estão vivendo os espanhóis, precisamos voltar ao seu passado histórico e reviver suas lutas e suas conquistas. Há uma profunda ligação e referências importantes com a conquista dos mouros e a reconquista pelos chamados reis católica. O e seu passado pré-histórico e a sua formação deixaremos para o leitor, que interessado, busque as fontes dessa pesquisa. Vale a pena conhecer.” Boa leitura!

Domínio Muçulmano da Península Ibérica Por Pérola Brasil

http://www.infoescola.com/historia/dominio-muculmano-da-peninsula-iberica Por Emerson Santiago

A partir do ano 711 a Península Ibérica testemunha um de seus mais importantes eventos: a invasão muçulmana, responsável por uma mudança radical no panorama econômico, social e cultural daquilo que mais tarde seriam Portugal e Espanha.

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Domínio Muçulmano da Península Ibérica - Pg. 19

Popularmente chamados de mouros (do latim "maure", que significa "negro", referência à pele escura de um povo africano que vivia onde ficam hoje Marrocos e a parte ocidental da Argélia, e que havia sido dominada pelo Império Romano no século I a.C.) os invasores na verdade constituíam uma força mista, composta de sírios, egípcios, persas e berberes, ou seja, uma força conjunta de todo o mundo islâmico à época, que estava em plena expansão. Comandados por um chefe de Tânger (cidade do Marrocos) de nome Tarique, tais forças atravessam o estreito de Gibraltar, e penetram profundamente na Península ocupando-a quase totalmente cerca de três anos depois. Uma pequena porção de toda a área, na região das Astúrias, ficou reservada à pequena resistência que continuaria por séculos resistindo ao domínio muçulmano e buscando sua expulsão da península. Assim, os conquistadores formaram Al-Andaluz (nome com o qual os muçulmanos batizaram toda região da Península Ibérica conquistada), e estabeleceram em Córdoba sua capital, exercendo notável ação civilizadora. Apesar da resistência cristã à sua presença, a verdade é que os governantes muçulmanos se mostraram de uma grande tolerância ante aos diversos povos presentes na península. Há relatos de que templos eram utilizados ao mesmo tempo para cultos tanto de cristãos como de muçulmanos, sendo que a sexta-feira era o dia dedicado aos seguidores do Islã, e no domingo ocorria a missa cristã. Os judeus também recebiam um tratamento condigno, e não há relatos de graves confrontos em torno de diferenças étnicas e religiosas durante a presença muçulmana. De fato, tal domínio influenciou de tal modo a população, que deu origem à cultura moçárabe (assim eram chamados os cristãos que não se converteram ao Islã, mas que adotavam com o tempo vários dos costumes muçulmanos, seja na música, poesia, língua, hábitos de higiene e vestuário). O domínio muçulmano durou mais de 500 anos (até 1492, com a queda de Granada) e deixou um grande legado, no qual se destaca a introdução de novas técnicas e novas culturas, como sistemas de irrigação (azenhas e noras), introdução de plantas (limoeiro, laranjeira, alfarrobeira, amendoeira e provavelmente o arroz). No domínio da ciência são valiosos os conhecimentos transmitidos: matemática, astronomia e náutica, para além do enriquecimento que os conquistadores proporcionaram à língua peninsular, com vários novos vocábulos. Bibliografia: NAVARRO, Roberto. Como foi a ocupação moura da península Ibérica?. Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-foi-a-ocupacao-moura-da-peninsula-iberica Os Muçulmanos Invadem a Península. Disponível em: http://terrasdesantiago.planetaclix.pt/intrhistsantiagosumula03.htm As Invasões de Bárbaros e Árabes: o Romanço Português. Disponível em: <http://acd.ufrj.br/~pead/tema05/invasoes.html>. Acesso em: 22 fev. 2012. Arquivado em: História da Europa. © 2017 Jornal Império News - www.imperionews.wordpress.com - Edição Número 05 - Página 19


Reconquista da Península Ibérica pelos Cristãos - Pg. 20

Reconquista da península Ibérica pelos Cristãos Por Fernanda Paixão Pissurno

Comumente referida apenas como Reconquista, esta expressão se refere às guerras efetuadas pela cristandade ibérica contra os árabes islâmicos que dominavam parte significativa da Península desde o século VIII. O final de tal processo costuma ser datado em 1492, ano da queda da última cidade muçulmana, Granada, perante os exércitos de Isabel I de Castela (1451 – 1504) e Fernando II de Aragão (1452 – 1516). http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/02/rendicao-granada.jpg

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Reconquista da Península Ibérica pelos Cristãos - Pg. 21

Representação da rendição de Granada. Pintura de Francisco Pradilla Ortiz, 1882. A história da expansão islâmica na Europa está ligada de forma íntima com a da queda do Império Romano do ocidente. Em 476, seria deposto o último imperador – Rômulo Augusto – pelo chefe germânico Odoacro. Esta queda final de um regime em franca crise permitiria definitivamente a invasão e consolidação dos povos germânicos na Península Ibérica; durante o período inicial da Idade Média, estes se converteriam ao cristianismo. Novas invasões ocorreriam após a morte do profeta Maomé, em 632, quando os seguidores da religião que ele fundara – o islamismo – passaram a expandir o território muçulmano pelo norte da África, chegando à Península Ibérica em 711. Em 716, a maioria das cidades importantes da região já caíra sob o domínio dos invasores. Apesar de o avanço ter sido detido em 732 pelo rei franco Carlos Martel na batalha de Poitiers, grande parcela da Península continuaria controlada pelos muçulmanos, com exceção apenas do território correspondente ao reino de Astúrias; no século IX, este seria dissolvido, dando origem eventualmente aos reinos de Aragão, Castela, Leão e Navarra. A partir do século X, passariam a ocorrer investidas mais significativas destes reinos contra os invasores muçulmanos, aproveitando-se do desmembramento do califado em 1031 em decorrência de uma guerra civil. Neste sentido, uma vitória importantíssima ocorreu em 1139, quando o conde Afonso Henriques saiu vitorioso na batalha de Ouriques ao derrotar cinco reis muçulmanos. Em 1079, o território correspondente ao reino de Portugal começaria a ser delimitado definitivamente. O século XI também conheceria outras vitórias cristãs com a retomada das cidades de Coimbra em 1064, Madri em 1083 e Toledo em 1085. No século seguinte, a cidade de Zaragoza seria reconquistada em 1118; no século XII, Sevilha passaria de volta à cristandade em 1248, seguida pela região de Algarve em 1249. Depois disso, porém, as rivalidades e conflitos entre os diversos reinos ibéricos impediriam que seus monarcas pudessem se unir a fim de reconquistar o último bastião muçulmano ao sul: o reino de Granada. Tudo isso começaria a mudar em 1469, quando se casariam a infanta Isabel, herdeira de Castela, e o príncipe Fernando, herdeiro de Aragão. No devido tempo, eles ascenderiam aos respectivos tronos, iniciando o processo de criação da Espanha moderna. Com a unificação de forças, a guerra contra os muçulmanos pôde recomeçar em 1482. Apenas em 1490, porém, é que o rei aragonês pôde armar acampamento dos arredores de Granada. Ao adotar uma estratégia de enfraquecimento progressivo da cidade, Fernando II foi capaz de fazer Granada aceitar a rendição. Em 25 de novembro de 1491, os termos foram assinados, mas Isabel e Fernando apenas tomariam posse oficial da cidade em dois de janeiro de 1492. Com a Península Ibérica reconquistada, os monarcas puderam focar sua atenção nas descobertas de novas terras, num processo que culminaria na chegada às Américas em outubro de 1494 pelo navegador genovês Cristóvão Colombo. Leia também: A conquista muçulmana da Península Ibérica: http://www.infoescola.com/historia/conquista-muculmana-da-peninsula-iberica/ Bibliografia: LIMA, Lizânias de Souza; PEDRO, Antonio. “Das monarquias nacionais ao absolutismo”. In: História da civilização ocidental. São Paulo: FTD, 2005. pp. 142-145. https://historitura.wordpress.com/2013/07/28/a-guerra-de-reconquista-da-peninsula-iberica/ © 2017 Jornal Império News - www.imperionews.wordpress.com - Edição Número 05 - Página 21


Reconquista da Península Ibérica pelos Cristãos - Pg. 22

REINO DE CASTELA (1210) O título de Reis Católicos é o nome pelo qual ficou conhecido o casal composto pela Rainha Dona Isabel de Castela e o Rei Dom Fernando II de Aragão. Concretizaram a união dinástica entre os dois reinos ibéricos, criando a Monarquia Católica, que em 1812 passaria a ser conhecida por Monarquia de Espanha.Com frutuosa diplomacia e propaganda, construiram um sólido Estado que, com a sua determinação, financiaram a odisseia marítima de Cristóvão Colombo, e prepararam-se para a grande cruzada iniciada em 722: a expulsão dos muçulmanos do território ibérico. No ano de 1492, dá-se a rendição de Granada que poria fim ao domínio árabe na Península Ibérica, com promessas de preservação de direitos aos muçulmanos (que não viriam a ser cumpridas) e a Espanha podia agora concentrar-se na colonização das Américas. Conhecidos pelo título de Sua Majestade Católica, pelo que, com propriedade, todos os Reis que se seguiram a D. Fernando e Dª.Isabel tornaram-se conhecidos por este título.

Descendência Os Reis Católicos tiveram cinco filhos: Isabel de Aragão, casada com Afonso de Portugal, ficou viúva depois de oito meses de casada. Em 1500 morreu o seu filho Miguel, que seria o herdeiro das coroas de Portugal, Castela e Aragão. O Príncipe João casou-se com Margarida de Áustria. Morreu em 1497 Joana (Toledo, 1479 - Tordesilhas, 1555) (conhecida como "Joana a Louca"), casada com Filipe de Áustria Maria de Aragão, casou-se com o seu cunhado, o viúvo D. Manuel I de Portugal. Catarina de Aragão foi a primeira esposa de Henrique VIII de Inglaterra, que a repudiou e casou com Ana Bolena. Esta última veio a se tornar uma das famosas rainhas na corte de Henrique VIII. Século XII: elo entre o Cristianismo e o Islamismo No século XII, a Europa assistiu a um grande avanço no terreno intelectual graças a Castela. Através do Islamismo, recuperaram-se obras clássicas antes esquecidas na Europa e foi posto em contacto com a sabedoria dos cientistas muçulmanos.

O brasão real dos Reis Católicos

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Reconquista da Península Ibérica pelos Cristãos - Pg. 23

O título de Reis Católicos é o nome pelo qual ficou conhecido o casal composto pela Rainha Dona Isabel de Castela e o Rei Dom Fernando II de Aragão. Concretizaram a união dinástica entre os dois reinos ibéricos, criando a Monarquia Católica, que em 1812 passaria a ser conhecida por Monarquia de Espanha.Com frutuosa diplomacia e propaganda, construiram um sólido Estado que, com a sua determinação, financiaram a odisseia marítima de Cristóvão Colombo, e prepararam-se para a grande cruzada iniciada em 722: a expulsão dos muçulmanos do território ibérico. No ano de 1492, dá-se a rendição de Granada que poria fim ao domínio árabe na Península Ibérica, com promessas de preservação de direitos aos muçulmanos (que não viriam a ser cumpridas) e a Espanha podia agora concentrar-se na colonização das Américas. Conhecidos pelo título de Sua Majestade Católica, pelo que, com propriedade, todos os Reis que se seguiram a D. Fernando e Dª.Isabel tornaram-se conhecidos por este título.

Descendência Os Reis Católicos tiveram cinco filhos: Isabel de Aragão, casada com Afonso de Portugal, ficou viúva depois de oito meses de casada. Em 1500 morreu o seu filho Miguel, que seria o herdeiro das coroas de Portugal, Castela e Aragão. O Príncipe João casou-se com Margarida de Áustria. Morreu em 1497 Joana (Toledo, 1479 - Tordesilhas, 1555) (conhecida como "Joana a Louca"), casada com Filipe de Áustria Maria de Aragão, casou-se com o seu cunhado, o viúvo D. Manuel I de Portugal. Catarina de Aragão foi a primeira esposa de Henrique VIII de Inglaterra, que a repudiou e casou com Ana Bolena. Esta última veio a se tornar uma das famosas rainhas na corte de Henrique VIII. Século XII: elo entre o Cristianismo e o Islamismo No século XII, a Europa assistiu a um grande avanço no terreno intelectual graças a Castela. Através do Islamismo, recuperaram-se obras clássicas antes esquecidas na Europa e foi posto em contacto com a sabedoria dos cientistas muçulmanos.

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Reconquista da Península Ibérica pelos Cristãos - Pg. 24

No ano 932 o condado de Castela tornou-se independente de facto de Leão com o conde Fernão Gonçalves, sendo o primeiro rei de Castela Sancho II, filho do rei Fernando I.

COROA DE CASTELA Formação do Reino de Castela Castela nasceu a 15 de setembro do ano 800 no hoje desaparecido mosteiro de San Emeterio de Taranco de Mena, situado no vale de Mena, no norte da actual província de Burgos. O nome de Castela aparece num documento notarial no qual o abade Vitulo doava uns terrenos. Nesse documento aparece escrito «Bardulia quae nunc vocatur Castella» (Bardulia que desde agora chamaremos Castela). A crença popular diz que o nome de Castela provém da grande quantidade de castelos ou fortalezas que existiam nestas terras; no entanto, o nome pode ter tido outra origem. Anos mais tarde consolidar-se-ia como entidade política autônoma, permanecendo como condado vassalo do Reino de Leão. Esta terra estava habitada maioritariamente por habitantes de origem cántabrica e basca com um dialecto romance próprio, o castelhano, e umas leis diferenciadas.

Por ocasião da morte de Fernando I, ocorrida em 1065, os reinos são repartidos entre os seus filhos, sendo para Sancho II o de Castela e para Afonso VI o de Leão. Sancho II é assassinado em 1072 e seu irmão ascende ao trono de Castela (séculos depois os românticos inventaram o famoso juramento que tomou El Cid a Afonso VI em Santa Gadea de Burgos, baseado na a inocência ou não do Monarca Leonês a respeito do assassinato do seu irmão). Ambos os reinos foram regidos então pela mesma pessoa durante várias gerações. Após a sua morte sucedeu-lhe no trono a sua filha, Urraca. Esta se casou, em segundas núpcias, com Afonso I de Aragão, mas ao não conseguir reger ambos os reinos, e devido aos grandes confrontos entre classes dos diferentes reinos, Afonso I repudiou Urraca em 1114, o que agudizou os confrontos. Se bem que o papa Pascual II havia anulado o casamento anteriormente, eles continuaram juntos até essa data. Urraca também teve que enfrentar o seu filho, Rei da Galiza, para fazer valer os seus direitos sobre esse reino. Ao morrer, Urraca foi substituída por este mesmo filho sucede como Afonso VII, fruto do seu primeiro casamento. Afonso VII conseguiu anexar terras dos reinos de Navarra e do Aragão (devido à debilidade destes reinos causados pela sua sucessão por altura da morte de Afonso I de Aragão). Renuncia ao seu direito à conquista da costa mediterrânica a favor da nova união de Aragão com o Condado de Barcelona (Petronila e Raimundo Berengário IV).

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Reconquista da Península Ibérica pelos Cristãos - Pg. 25

No seu testamento regressa-se à tradição real de diferentes monarcas para cada reino. Fernando II será rei de Leão, e Sancho III, rei de Castela. Em 1217 Fernando III o Santo recebeu de sua mãe Berengária o Reino de Castela, e de seu pai Afonso IX em 1230 os de Leão.

Fernando III de Leão e Castela

O nascimento da Península Ibérica A Península Ibérica está situada no sudoeste da Europa. É formada por Gibraltar, Portugal, Espanha, Andorra e uma pequena fração do território da França nas vertentes ocidentais e norte dos Pirenéus, até ao local onde o istmo está situado. Península Ibérica – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Península_Ibéri ca © 2017 Jornal Império News - www.imperionews.wordpress.com - Edição Número 05 - Página 25


Notícias do Passado:

A volta da Monarquia Espanhola em 1975 Por Adriana Magaldi

A Espanha atualmente é uma democracia organizada sob a forma de um governo parlamentar em uma monarquia constitucional. Para entendermos como se deu esse processo de restauração da Monarquia Parlamentarista na Espanha em 1975 se faz necessário rever alguns pontos históricos que trouxeram de volta o regime monárquico. Rei Juan Carlo e Rainha Sofia no dia da Abdicação do Trono em favor de seu herdeiro o Princípe Felipe de Bourbon.

A Espanha surge com a unificação de vários reinos independentes, mas que era governado pela mesma monarquia. Mas foi Amadeu I em 1870 o primeiro que oficialmente utiliza a denominação de Rei da Espanha e governou sobre uma monarquia constitucional. Mas devido à instabilidade dos políticos espanhóis, às conspirações republicanas, aos movimentos carlistas, abdica por iniciativa própria em 11 de fevereiro de 1873. © 2017 Jornal Império News - www.imperionews.wordpress.com - Edição Número 05 - Página 26


A Volta da Monarquia Espanhola - Pg. 27

A Primeira República Espanhola foi o regime político sobe a forma de República Presidencialista no século XIX que duraram 22 meses e regeu a Espanha desde a sua proclamação pelas Cortes, a 11 de fevereiro de 1873, até 29 de dezembro de 1874.

Quatro presidentes se sucederam nos primeiros onze meses até que o general Pavia liderou um golpe de estado que colocou na presidência Francisco Serrano Dominguez, tendo a República assumido um carácter unitário, caracterizada pela profunda instabilidade política, social, violenta e que desembocaria, anos mais tarde, numa espantosa guerra civil, quando o pronunciamento do general Martínez Campos deu começo à Restauração da monarquia bourbônica.

Os problemas mais graves para a consolidação do regime republicano foram a falta de verdadeiros republicanos, a divisão destes entre federalistas e unitários, falta de apoio popular e a organizada oposição dos conservadores ou monárquicos. Sobe o reinado de Afonso XIII que foi proclamado rei na altura do seu nascimento e sua mãe passa a regente durante o período de sua menoridade, que ocorreu em 1902, ao completar 16 anos, foi declarado maior de idade e assumiu as funções de chefe de Estado isto trouxe grande instabilidade à Espanha, pois foi no período regencial que a Espanha perdeu o restante de suas colônias o que levou a Espanha a uma grande instabilidade sofrendo numerosas revoltas sociais, que levaram o capitão Miguel Primo de Rivera organizasse um golpe de estado em 13 de setembro de 1923, protegido pelo próprio Afonso XIII. Começaram então a surgir manifestações contra a monarquia que protegeu o ditador Rivera. Foi assim que os partidos políticos espanhóis se uniram contra o rei e este acabou renunciado à chefia do Estado, mas sem abdicar formalmente.

Estabeleceu-se então uma ditadura conhecida como A Ditadura de Primo de Rivera, período da história espanhola que vai desde o golpe de Estado do capitão-general Miguel Primo de Rivera, em 13 de setembro de 1923, até 28 de janeiro de 1930, quando da sua substituição pela chamada Dictablanda, do general Dámaso Berenguer. Depois do fracasso da Dictablanda, Alfonso XIII tentou devolver o debilitado regime monárquico à senda constitucional e parlamentar, convocando eleições municipais para 12 de abril de 1931.

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A Volta da Monarquia Espanhola - Pg. 28

A Segunda República Espanhola foi regime político, no período conhecido como entre guerras sobe a forma de República parlamentar, a proclamação se deu em 14 de abril de 1931 na sequência da vitória republicana nas eleições municipais, em 41 das 50 capitais de província preferiram a República, eleições essas que ocorrem em meio a uma atmosfera de grande violência e teve como primeiro presidente Niceto Alcalá-Zamora. Dois dias depois, O rei Alfonso XIII entra em pânico com as massas de revoltosos e deixa o país sem, contudo, abdicar do poder.

O comandante da Guarda Civil, general José Sanjurjo, convida os dirigentes republicanos que eram formados por socialistas, comunistas e anarquistas a proclamar a República e pôs fim à Constituição de 1876.

A vitória de uma aliança de esquerda precipitou o fim da monarquia e a implantação da República. Em meios a disputa pelo poder, reformas fracassadas, massacres de trabalhadores agrícolas e corrupção leva o país a uma guerra civil. Em 1936, as forças da Frente Popular (socialistas, anarquistas, comunistas, liberais e nacionalistas) voltaram a enfrentar o partido da Falange (empresários, latifundiários, igreja, militares, classes médias) nas eleições que fora vencidas novamente pela esquerda. O general Francisco Franco não aceitou o resultado das eleições e, com o apoio da Falange, mobilizou as tropas para impedir o estabelecimento do novo governo. A Frente Popular reagiu, e o conflito evoluiu para uma guerra civil, da Falange em 1939 e o estabelecimento de uma ditadura fascista que se prolongou até a morte de Franco, em 1975.

Vários jornais no Brasil davam destaque ao que acontecia na Espanha e relatavam todos os acontecimentos a qual levaria a restauração da Monarquia na Espanha. Abaixo estão alguns desses jornais. *O jornal A Noite do Rio de Janeiro do dia 03 de janeiro de 1940, trás a manchete “Estaria Iminente a Restauração da Monarquia Espanhola” dizendo que segundo se propalava nos círculos aristocráticos a restauração da monarquia espanhola era questão de semanas ou talvez de dias. Dizia também que os falangistas, que se insurgiu contra a possível restauração, foram destituídos pelo general Francisco Franco das posições de governo e que o ex-rei Affonso XIII, pessoas de sua família e séquito partiram para Roma, há quinze dias mais ou menos e mantinha contato diário com personalidades diplomáticas e católicas.

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A Volta da Monarquia Espanhola - Pg. 29

Segundo os mesmo rumores, não seria o ex-rei quem ocuparia o trono da Espanha e sim o seu terceiro filho. [1] *Em 1941, continua a circular nos jornais da época de todo o mundo, a notícia da possibilidade de restauração da Monarquia Espanhola. *Jornal do Brasil, 14 de Fevereiro de 1941, trás a matéria “Afonso XIII abdicou em favor do príncipe D. João”. A atitude do ex-monarca facilitará a restauração do trono e a solução do problema interno da Espanha. E traz um documento em que o ex-rei Afonso XIII escreve ao povo espanhol manifestando a decisão de afastar-se da Espanha, suspendendo deliberadamente o exercício do poder real, sem renunciar por isso a qualquer dos direitos políticos de que a história me havia feito depositário e guardião”. Datado de 14 de abril. [2]. *Em 1 de março de 1941 o Jornal do Brasil anuncia a morte do ex-rei da Espanha Afonso XIII falecido no dia 28 de fevereiro de 1941 em Roma na Itália. O Jornal trás uma vasta matéria sobre o monarca falecido; [3].

*Segundo o jornal Diário de Pernambuco de 19 de fevereiro de 1941, A designação do infante D. Juan de Bourbon como pretendente ao trono da Espanha pareceu satisfazer tanto aos Carlistas (designação um movimento político legitimista de caráter antiliberal e antirrevolucionário que pretendia o estabelecimento de um ramo alternativo da dinastia dos Bourbons ao trono espanhol, e que em suas origens propunha a volta ao Antigo Regime.) como os afonsistas (Partidário de Afonso XII, em Espanha), isso afastaria a Espanha de se aliar ao eixo na segunda guerra mundial.

*Em 1942 o General Francisco Franco anuncia a restauração da Monarquia na Espanha e permite que dom Juan de Bourbon, o filho do destronado rei Afonso XIII, mudasse para o Palácio Real de Madri, acrescentando sutilmente que “esse ato no momento oportuno seria seguido pela entronização do primeiro rei da dinastia legítima”. *Na edição do dia 29 de maio de 1947 do Jornal do Brasil lança a Matéria “Um Estado eminentemente social e humano” Prometeu o general Franco em discurso ao povo Espanhol. Barcelona, 28 – O generalíssimo Franco pronunciou hoje o mais importante discurso dirigido, nestes últimos dias, aos trabalhadores espanhóis e prometeu às massas um “Estado eminentemente social e humano”,

Na ocasião tanto a direta quando a esquerda entendeu que a restauração da monarquia seria um bem maior para a nação. [4] *Em 16 de julho de 1942 o jornal A noite do Rio de Janeiro noticia que “Talvez amanhã”, jornalistas espanhóis consideram que muito breve, talvez amanhã, o general Franco anuncie a restauração da monarquia na Espanha e a instalação no trono do infante D. Juan Carlos de Bourbon. [5]

Deu sua palavra de militar em fiança a que a promessa será cumprida e a que sua nova politica inclui, direitos sociais que serão em breve codificados, Afirmou que a Espanha tem dez anos de vantagem sobre o resto do mundo porque” sofremos antes e aprendemos mais diretamente”, acrescentando que a Espanha aspira manter-se á frente do mundo em legislação social. © 2017 Jornal Império News - www.imperionews.wordpress.com - Edição Número 05 - Página 29


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Disse o caudilho espanhol de maneira categórica, que “A luta de classes, destruidora do progresso econômico, foi abolida para sempre” e atribuiu a culpa pelos males econômicos da Espanha” ao abandono dos últimos cinquenta anos”. Este período inclui os reinados de Afonso XII, Afonso XIII, a ditadura militar de Primo da Rivera e a República. [6] *Em 1948 o Jornal Diário de Pernambuco do dia 10 novembro anuncia a chegada a Madri (9) do príncipe Juan Carlos de Bourbon e Parma, filho do príncipe Dom Juan, pretendente ao trono da Espanha, Afirma-se que o príncipe Juan Carlos será um dia o rei da Espanha em virtude de um acordo entre o pai, o príncipe Dom Juan, e o generalíssimo Franco. O filho do pretendente ao trono da Espanha, Juan Carlos de 10 anos de idade, foi retirado, em sigilo, do trem em que se dirigia para esta capital, aonde vem estudar, sendo levado de automóvel para sua nova residência. Essa medida teve por objetivo evitar que o mesmo fosse alvo de manifestações por ocasião de sua chegada aqui. A censura proibiu rigorosamente que a imprensa noticiasse a chegada do príncipe. [7] *Em 1955 o jornal Alteroso de Minas Gerais publica uma matéria em 1 de maio intitulada de “Da Ditadura à Monarquia” onde aborda a trajetória da Espanha e plano do general Francisco Franco que levaria Juan Carlos de Bourbon ao trono da Espanha e a restauração da Monarquia. [8] *Cuiabá, 27 de agosto de 1975 o Jornal O Estado do Mato Grosso anuncia que em Madrid, os rumores sobre a renuncia do chefe de estado espanhol, Francisco Franco, nos próximos meses, foram novamente desmentidos ontem, através da imprensa, pelo ministro de informação e turismo, Leon Herrera. Em declaração formulada a agência local, Herrera desmentiu esses boatos, “que provocaram inquietação nos setores importantes da opinião pública e que indicaram falta de respeito para com as personalidades implicadas” Os boatos assinaram que imite sucessão em favor do herdeiro designado, de Franco. O príncipe Juan Carlos de Bourbon. [9] © 2017 Jornal Império News - www.imperionews.wordpress.com - Edição Número 05 - Página 30


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*No mesmo Jornal O Estado do Mato Grosso (MT) do dia 24 de outubro de 1975. Divulga a notícia da piora do estado de saúde de Franco com a manchete em primeira capa “Franco Piora: Juan Carlos já Teria Assumido”. Madrid, urgente – As últimas informações divulgadas ontem à noite, apesar do grande silêncio existente a respeito, dão a entender que o príncipe Juan Carlos Bourbon assumiu na prática o poder na Espanha, considerando-se o gravíssimo estado de saúde do general Francisco Franco. Estas informações acrescentavam que o centro do poder já não estava no palácio do Pardo, onde o generalíssimo permanece acamado em péssimas condições de saúde, e sim na residência do príncipe Juan Carlo de Bourbon, o Palácio de Zarzuela. [10] *Em 21 de novembro de 1975 o jornal Estado de Mato Grosso dá destaque em manchete em primeira capa “Morte de Francisco Franco repercute na Europa” Madrid – A morte, na madrugada de ontem, do generalíssimo Francisco Franco, provocou condolências oficiais, ligadas a esperança de uma liberalização futura do regime espanhol. Dá destaque também ao príncipe Juan Carlos dizendo que as atenções estão se voltando menos para o que o príncipe Juan Carlos quer fazer e mais para o que ele pode fazer. Destaca também quem seria o novo herdeiro da coroa Espanhola, o Infante Felipe, único filho varão de Juan Carlos da Espanha e Sofia da Grécia com sete anos de idade. E explica que pelas linhas de sucessão espanhola, em caso de trono vago, antes que Felipe cumpra 30 anos, um regente exerceria o poder até essa idade. Salienta ainda que Franco morreu no mesmo dia e hora em que há 39 anos José Antônio Primo Rivera, fundador da Falange, era fuzilado na prisão de Alicante. [11]

*A proclamação de Juan Carlos como primeiro Rei da Espanha foi anunciado no Brasil por vários jornais como fez mais uma vez o Jornal O Estado de Mato Grosso em 23 de novembro de 1975 com matéria mais uma vez de primeira capa – “Juan, Foi proclamado Primeiro Rei da Espanha”. O Título da Matéria se deve ao fato que o príncipe Juan Carlos de Bourbon se converteu em Madri, no primeiro rei constitucional da monarquia instaurada pelo general Francisco Franco. A instituição monárquica havia cessado na Espanha em 1931, com a fura de Afonso XIII.

A proclamação de Juan Carlos Primeiro foi feita pelas Cortes (Parlamento Espanhol) e pelo Conselho do Reino. Onde milhares de madrilenos gritam “viva o rei” enquanto Juan Carlos de Bourbon se dispunha a entrar na corte de onde sairia meia hora depois rei da Espanha. [12] © 2017 Jornal Império News - www.imperionews.wordpress.com - Edição Número 05 - Página 31


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Podemos notar que vários anos se passaram até a Espanha consolidasse novamente uma monarquia parlamentar, foi um processo longo e doloroso para a população espanhola, mas como disse o Generalíssimo Francisco Franco em seu discurso ao povo espanhol eles aprenderam com os erros e com a dor, mas conseguiu atravessar todas as tormentas políticas a qual muitos países, inclusive o Brasil está atravessado atualmente. Infelizmente nenhuma nação se consolidou ou se desenvolveu sem deixar rastro de sofrimento e dor. O importante nessa trajetória é estudar os caminhos por onde outros países trilharam e observar suas falhas e tentar no mínimo contorná-las. Mas uma coisa é certa, se não olharmos para nosso passado e aprender com os erros que comentamos, estaremos fadados a repeti-los. Uma nação sem passado terá um presente difícil e um futuro incerto. Fontes desta matéria: [1] Fonte: http://memoria.bn.br/DocReader/348970_04/46 [2] Carta na ntegra:: http://memoria.bn.br/DocReader/030015_06/8106 [3] Fonte: http://memoria.bn.br/DocReader/030015_06/8099 [4] Fonte: http://memoria.bn.br/docreader/029033_12/4128 [5] Fonte: http://memoria.bn.br/DocReader/348970_04/15937 [6] Fonte: http://memoria.bn.br/DocReader/030015_06/46787 [7] Fonte: http://memoria.bn.br/DocReader/029033_12/31833 [8] Fonte: http://memoria.bn.br/docreader/060135/9717 [9] Fonte: http://memoria.bn.br/DocReader/098086/24012 [10]Fonte: http://memoria.bn.br/DocReader/098086/24486 [11]Fonte: http://memoria.bn.br/DocReader/098086/24664 [12]Fonte: http://memoria.bn.br/docreader/098086/24680 © 2017 Jornal Império News - www.imperionews.wordpress.com - Edição Número 05 - Página 32


Pensamentos e frases

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Curiosidades - Pg. 34

Curiosidades

Espanha em Números

*Extensão territorial: 505.990 km² *População: 46,56 milhões (2016) *Desenvolvimento Humano (IDH) muito alto - 20° Espanha: 0,863. *PIB da Espanha cresce 0,7% no 4º trimestre, confirma revisão. Madri, 02 - O Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha cresceu 0,7% no quarto trimestre de 2016 ante o terceiro e registrou expansão anual de 3%, de acordo com revisão divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os números confirmaram estimativas preliminares divulgadas no fim de janeiro. Em todo o ano de 2016, a Espanha teve expansão de 3,2%, informou o INE. Fonte: Dow Jones Newswires *Rankimg da felicidade, Para chegar ao ranking, em parceria com a Rede de Solução em Desenvolvimento Sustentável, a ONU classifica 155 países através da combinação de dados com a opinião pública sobre qualidade de vida. Seis fatores são levados em conta: PIB per capita, expectativa de vida saudável, generosidade, exposição da corrupção, liberdade para fazer escolhas e apoio social, A Espanha ocupa o 34º lugar. *A taxa de desemprego na Espanha registrou leve alta no primeiro trimestre do ano, a 18,75%, de acordo com os números oficiais publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). *Taxa de alfabetização na Espanha de jovens é a percentagem de pessoas com idades entre 15-24 que podem, com compreensão, ler e escrever um simples curta declaração, em sua vida cotidiana e de 99,76 (%) *Taxa de crescimento: 0,81% (2014 est.) Definição: Variação percentual média anual no número de população, resultante de um excedente (ou déficit) de nascimentos e óbitos eo saldo de migrantes que entram e saem de um país. A taxa pode ser positivo ou negativo. A taxa de crescimento é um fator que determina a magnitude das demandas que um país deve atender às novas necessidades de seu povo para a infra-estrutura (por exemplo escolas, hospitais, habitação, estradas), os recursos (por exemplo, alimentos, água, electricidade), e do emprego. Rápido crescimento da população pode ser visto como uma ameaça pelos países vizinhos. *Taxa de nascimento: 9,88 nascimentos/1.000 habitantes (2014 est.) Definição: Esta entrada dá o número médio anual de nascimentos durante um ano por 1000 habitantes, também conhecida como taxa bruta de natalidade. A taxa de natalidade é geralmente o fator decisivo na determinação da taxa de crescimento populacional. Depende tanto do nível de fertilidade e na estrutura etária da população. *Taxa de mortalidade: 9 mortes/1.000 habitantes (2014 est.) Definição: Esta entrada dá o número médio anual de mortes durante um ano por 1000 habitantes, também conhecida como taxa bruta de mortalidade. A taxa de mortalidade, apesar de ser apenas um indicador bruto da situação da mortalidade no país, indica com precisão o impacto da mortalidade atual sobre o crescimento da população. Este indicador é significativamente afectada pela distribuição etária. A maioria dos países vai mostrar um aumento da mortalidade, apesar do contínuo declínio da mortalidade em todas as idades, como uma diminuição nos resultados da fecundidade no envelhecimento da população.

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Curiosidades - Pg. 35

*Expectativa de vida no nascimento: população total: 81,47 anos Espanha em Números homens: 78,47 anos mulheres: 84,67 anos (2014 est.) Definição: Esta variável contém o número médio de anos vividos por um grupo de pessoas nascidas no mesmo ano, se a mortalidade em cada idade permanece constante no futuro. Admissão inclui a população total, e componentes do sexo masculino e feminino. Expectativa de vida ao nascer também é uma medida geral de qualidade de vida em um país e resume a taxa de mortalidade para todas as idades. Ele também pode ser pensado como indicando o potencial de retorno sobre o investimento em capital humano e é necessária para o cálculo de várias medidas atuarial. *Gasto com saúde: 9,6% do PIB (2010) Definição: Esta variável quantifica a despesa total em saúde como porcentagem do PIB. Despesas de saúde são geralmente definidas como as atividades de instituições e indivíduos, através da aplicação de conhecimentos de enfermagem médico, paramédico e / ou e tecnologia, cujo principal objectivo é promover, restaurar ou manter a saúde. *Leitos hospitalares per capita: 3,2 leitos / 1.000 habitantes (2010) Definição: Esta variável fornece o número de leitos hospitalares por 1.000 habitantes. Leitos hospitalares incluem camas de internamento em hospitais públicos, centros de reabilitação privada, gerais e especializados. Na maioria dos casos, inclui camas para cuidados agudos e crônicos. Como o nível dos serviços hospitalares necessários para cada país depende de vários fatores - incluindo a carga da doença - não existe um número meta global de leitos hospitalares por país. *Densidade de médicos: 3,96 médicos / 1.000 habitantes (2011) Definição: Esta entrada dá o número de médicos, incluindo generalistas e médicos especialistas para cada 1.000 habitantes. Médicos são definidos como os médicos que estudam, diagnosticar, tratar e prevenir doenças, lesões e outros problemas físicos e mentais de seres humanos através da aplicação da medicina moderna. Eles também planejar, monitorar e avaliar os planos de cuidados e tratamento dos outros prestadores de cuidados de saúde. A OMS estima que menos de 23 trabalhadores da saúde (médicos apenas, enfermeiros e parteiras) por 10.000 seria insuficiente para satisfazer as necessidades de cobertura de cuidados de saúde primários *Taxa de mortalidade infantil: total: 3,33 mortes/1.000 nascimentos homens: 3,66 mortes/1.000 nascimentos mulheres: 2,97 mortes/1.000 nascimentos (2014 est.) Definição: Esta entrada dá o número de mortes de crianças menores de um ano de idade em um determinado ano por 1000 nascidos vivos no mesmo ano. Ele inclui a taxa de mortalidade total e as mortes por sexo, masculino e feminino. Esta taxa é frequentemente utilizado como um indicador de saúde de um país. *Taxa de mortalidade materna: 6 óbitos / cem mil nascidos vivos (2010) Definição: A taxa de mortalidade materna (TMM) é o número anual de mortes por 100.000 nascidos vivos por qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou a sua gestão (excluindo causas acidentais ou incidentais). A TMM para o ano especificado incluem as mortes durante a gravidez, parto ou dentro de 42 dias após o término da gravidez, independentemente da duração e local de gravidez. *Taxa de migração: 7,24 migrante(s)/1.000 habitantes (2014 est.) Definição: Essa entrada inclui a figura para a diferença entre o número de pessoas que entram e saem de um país durante o ano por 1.000 pessoas (com base na população como no meio do ano). Um excesso de pessoas que entram no país é referido como a imigração líquida (por exemplo, 3,56 migrantes/1000 habitantes), um excesso de pessoas deixando o país é conhecido como uma emigração líquida (por exemplo, -9,26 migrantes / 1000). A taxa de migração líquida indica a contribuição da migração para o nível geral de mudança da população. Altos níveis de migração pode causar problemas como o aumento do desemprego e os conflitos étnicos em potencial (se as pessoas estão vindo para um país), ou uma redução na força de trabalho, talvez em sectores-chave (se as pessoas estão deixando). *Fonte:

*http://brasilescola.uol.com.br/geografia/paises-com-Indice-desenvolvimento-humano-idh-muito-.htm *http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2017/03/02/internas_economia,851068/pib-da-espanha-cresce-0-7-no-4-trimestre-confir ma-revisao.shtml *http://veja.abril.com.br/mundo/onu-aponta-os-paises-mais-felizes-do-mundo-em-2017/ *http://www.indexmundi.com/pt/espanha/taxa_de_migracao.html- CIA World Factbook

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Anúncios do Movimento Monarquista

O NOVO GRITO DO IPIRANGA Escrito pela arqueóloga e historiadora: Professora Valdirene do Carmo Ambiel.

“Eu Maria Pia” "Eu, Maria Pia", lançado em 2010 é um dos best-sellers d'A Esfera dos Livros em Portugal. O romance histórico sobre a Rainha Maria Pia, que conta "o destino trágico de uma princesa italiana rainha de Portugal", da autoria de DIANA DE CADAVAL, Diana de Cadaval Palácio Cadaval A Esfera dos Livros Diana de Cadaval

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Poesia

Por Pérola Maria

⁠SONO LETÁRGICO por Pérola Maria

Dorme em berço miserável o Brasil. Pátria amada, amada,gentil. gentil. Em calafrios noturnos sonha ver seu futuro varonil. Asco e vilipêndio é o seu ardil? República Velha ou Nova, Nova,que que queres queres fazer fazer do do Brasil? Brasil?

Acaso és víbora maldita que aos filhos devora ou antes disso, em falsas memórias os educa? Oh, torpe engodo! Como salvar as ramas dessa cepa? Em águas antigas e límpidas se banham feras,

Tais como elas, será muito querer almas sedentas viver?

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Você Sabía? Que foi a bordo da nave Inglesa Wharspite, no porto do Rio que D. Pedro I nomeou José Bonifácio De Andrada e Silva tutor de seus filhos, desculpando-se, em face da câmara, por não tê-la consultado antes e pedindo-lhe, na qualidade de “pai e amigo da pátria adotiva” quisesse confirma-la. Era o dia 8 de abril de 1831 e ele havia vivido no Brasil durante 23 anos.! Fonte: http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=030015_09&pagfis=38035

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Reflexão

Por Adriana Magaldi

Porque Persistimos no Erro Republicano? Quando leio jornais antigos tenho a impressão que vivemos um eterno Déjà vu, pois os artigos e reflexões sobre nossa politica nunca mudam e se mudam é tão sutil que mal podemos notar. E o sistema de governo Republicano sempre está em xeque e o Parlamentarismo Monárquico, sempre aparece como a melhor solução para a crise que se instala no governo do Brasil, em mais uma de minhas pesquisas na procura de entender porque o Brasil não consegue caminhar com uma nação livre da corrupção me deparei, com mais um artigo de 1990 o qual reproduzirei na íntegra, como constatação do absurdo que é continuar a insistir em uma forma de governo que desde sua implementação estava fadada ao fracasso, aí sempre voltamos à mesma questão, porque persistir em manter o nosso país na mediocridade política que vivenciamos há 127 anos 2 meses e 15 dias? O que prende o brasileiro a tamanho martírio? O que nos leva a acreditar que mesmo depois de tanto tempo a Ré-publica poderá dar certo? Será que somos um povo masoquista, que não consegue mais viver sem sofrimento? Ou fomos subjugados por uma política perniciosa e opressora que não nos permite mais viver sem esse martírio? Será que sofremos coletivamente da síndrome de Estocolmo? Foram essas as questões que mais uma vez me viram à mente ao ler o artigo escrito por Fernando Soares. Adriana Magaldi

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Reflexão - Pg. 40

Tribuna da Imprensa - Rio, quinta-feira, 1 de fevereiro de 1990. -

- Monarquia Sr. Redator

Em meio á crise econômica, o Brasil vive uma saudável convulsão política, muito mais profunda do que o melodrama da escolha dos candidatos dos partidos a Presidência da República, para mais um período de prováveis insucessos: é que mais e mais brasileiros vêm se dando conta de que o país precisa mudar a atual regra do jogo político, jogo de cartas marcadas, no qual o povo sempre perde.

A pergunta de um intrigado visitante sobre sua função. O Imperador Francisco José, da Áustria-Hungria, respondeu convicto: Eu defendo o Povo contra o Governo! E é o que foi tirado dos brasileiros, pelo infeliz Marechal Deodoro: a proteção contra os desmandos dos aventureiros no Poder.

Fica cada dia mais claro que o que cabe fazer é despedir a inviável República Presidencialista, verdadeira ditadura de curto prazo, como observou Raul Pilla, que nos foi imposta por equívoco a 15 de novembro de 1889 e restaurar a exitosa Monarquia Parlamentar do sábio Dom a Pedro II, com seu Poder Moderador, que tanto bem fez ao Brasil.

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Reflexão - Pg. 41

A deposição do Imperador, como se pode ver claramente hoje, foi uma sabotagem contra a ascensão política, militar e econômica do Brasil, o que contrariava a ambição geopolítica norte-americana, e foi feita ás pressas, no final de 1889, porque era preciso um evento marcante, conquanto bizarro, para comemorar o centenário da infausta Revolução Francesa. Assim como um folclórico líder comunista patrício que declarou que, em caso de guerra entre o Brasil e a Rússia ele ficaria com os soviéticos, os deslumbrados macaquitos republicanos tupiniquins cometeram verdadeiro crime de lesa-pátria, ao apoiarem o interesse norte-americano de padronizar o regime político no seu quintal da América do Sul. O que era bom para os EUA. Tinha que ser bom também para o Brasil!

Fernando Soares Belo Horizonte, MG.

Desse modo, a solução para sairmos do buraco poderá ser conseguida, não nas eleições Presidencialistas de 18 de novembro de 1989, mas sim no Plebiscito de 7 de setembro de 1993 [1], quando o povo brasileiro poderá decidir sobre o seu destino: se quer de volta nossa prestigiosa Monarquia parlamentar, se prefere a República, com Parlamentarismo, ou se deseja a continuação do Presidencialismo desastroso que aí está. Como é indispensável um período de amplo debate sobre o assunto, através dos meios de comunicação, para que o povo se esclareça e possa fazer uma opção madura, apresente cantilena dos que querem antecipar o plebiscito de 1993 já para 1989 cheira a galhofa, quando não a sabotagem. Mais cuidado com o andor, senhores parlamentaristas açodados!

Fonte: http://memoria.bn.br/docreader/154083_05/466

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Charge “O Real Poder Emana do Povo”

Coluna do Leitor Bom, mais importante do que resgatar a monarquia é fazer uma elite pensante, pois penso assim, se hoje o império fosse proclamado quantos intelectuais teríamos disponíveis para gerir esse país? E qual a qualidade deles? Acredito piamente que não há nem qualidade nem quantidade suficiente para esse Brasil atual, por isso seria interessante a organização de grupos nas universidades nos mais variados cursos, para que possamos estabelecer uma linha de pensamento mais elevado sobre o assunto. Pensando dessa forma estabelecer uma linha de pensamento mais elevado sobre o assunto. Pensando dessa forma

estou tentando estabelecer um grupo em minha universidade, UFRN, no qual espero contar ter apenas monarquistas no grupo, mas ter pessoas interessadas no futuro do país. Acho que uma revista na internet, interações nas redes sociais são interessantes, mas o que falta mesmo são livros eficientes e estudos científicos e sérios sobre o assunto, por parte dos estudantes e professores. Portanto minha ideia é esta, formar um grupo de pessoas capazes de gerir este país de forma melhor do qual é conduzido hoje, e acredito sinceramente que a monarquia é o melhor regime para isso, mas não adianta regime sem pessoas inteligentes.

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Revivendo a Ilha Fiscal Notícias Monárquicas

Por Adriana Malgadi

O Instituto Monárquico Brasileiro começa a desenvolver este mês um grande projeto. Uma audácia, dirão uns, uma imbecilidade dirão outros, ou será classificado como inútil, desfavor, perda de tempo…

O Passado se faz Presente!

na

ILHA FISCAL

1889 2019 -

Mas o fato é: em 9 de novembro de 2019, um sábado, iremos relembrar o grande Bailhe da Ilha Fiscal, que ocorreu há 127 anos, e neste dia, completará 130. Naquela época, em 1889, foi oferecido com pompa e circunstância para mais de 4 mil convidados em homenagem aos oficiais do navio chileno Almirante Cochrane. Queríamos também nós com toda força, celebrar os 130 anos deste

fatídico dia, não de forma esbanjadora, mas de forma respeitosa onde também faríamos todas a nossas homenagens à Sua Alteza Imperial e Real o Senhor D. Luís Gastão de Orleáns e Bragança, de jure o nosso Imperador. Gostaríamos apenas de compartilhar esta feliz ideia que tivemos e saber de todos as opiniões. Sim, será com pompa e circunstância,

algo que foi visto pela última vez em 1889, e não, não será para aparecer, ainda que isso vá ocorrer. Sobre os eventuais gastos, começaremos a discutir a principal forma de angariar recursos para a realização de tal movimento que, de fato, irá marcar para sempre o movimento monárquico brasileiro.

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194anos de

INDEPENDÊNCIA

do BRASIL! 1822 - 2017

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