Jornal IMPACTO - sexta-feira - 23-05-2014

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IMPACTO

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Leishmaniose: vírus ataca humanos e cachorros O veterinário André Siqueira aplica vacina contra leishmaniose em cão

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Prevenção – Em relação a à prevenção, é de extrema importância que os donos de cães ajudem no combate e controle da doença, devendo utilizar medidas que diminuam o risco do cão se infectar. O veterinário André Siqueira, da clínica Espaço Animal, orientas sobre alguns produtos que podem ser adotados pelos donos de cães a fim de evitar a proliferação do mosquito transmissor. Produtos como spray de citronela podem ser usados, tanto no animal como no ambiente. O liquído Pour Oné, produto indicado para uso dorsal sobre a pele do animal e também as coleiras Scalibor, com eficácia comprovada contra o mosquito transmissor da Leishmaniose. “Temos também a opção de vacina, que primeiramente o animal passa por uma coleta de sangue e após dar negativo são aplicadas três doses e a partir da terceira, o animal está 90% imune de contrair o vírus”, explica o veterinário. Atitudes simples, como a limpeza de quintais com a remoção de fezes e restos de folhas e frutos em decomposição, também ajudam a combater a doença, uma vez que o mosquito deposita seus os ovos em locais ricos em matéria orgânica. Adamantina - Foram registrados 260 casos de LVA (Leishmaniose Visceral Americana) em cães no ano de 2013 em Adamantina, cerca de 10% dos animais testados no inquérito canino. Em 2014, foram registrados, até o momento, 2617 amostras foram colhidas e 260 casos de LVA em animais foram confirmados. O atendimento é realizado pela médica veterinária responsável pelo departamento, que vai até a residência e faz teste para comprovação. Em humanos, apenas um registro da doença foi confirmado.

FERNANDA SILVA Grupo IMPACTO Considerada doença de alta letalidade, a Leishimanioese mata muitos cães e humanos no Brasil, sendo a segunda doença parasitária que mais mata no mundo, ficando atrás da malária.

O protozoário Leishmania Chagasi, causador da Leishmaniose Visceral, transmite o vírus aos seres humanos através da picada de inseto que também pode transmitir a doença para os cães que infectado serve de fonte para outros mosquitos se alimentarem, o que dificulta

o controle da doença. O cão é considerado o principal reservatório da doença em contato direto com humanos, porém ele não transmite a doença diretamente para o ser humano através da lambedura, arranhadura ou mordedura. Sintomas - Segundo Luis Carlos Putinatti (Patrick),

responsável pelo Controle de Vetores da Prefeitura de Adamantina, os sintomas frequentes são febre e aumento do volume do fígado e do baço, emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias, desânimo, prostração, apatia e palidez. Pode haver tosse, diarréia, respiração acelerada, hemorragias e sinais de infecções associadas. "Quando não tratada, a doença evolui podendo levar à morte até 90% dos doentes.", alerta Patrick.

No ser humano não há cura parasitária, apenas a clínica, ou seja, a pessoa continuará infectada, porém depois de tratada pode não apresentar sintomas. Cães – O animal doméstico é o alvo do mosquito transmissor. Os proprietários devem ficar atentos a quaisquer sintomas como descamação seca da pele, pelos quebradiços, nódulos na pele, úlceras, febre, atrofia muscular, fraqueza, anorexia, falta de apetite, vômito,

diarreia, lesões oculares e sangramentos deve. Ao apresentar algumas dessas características, se procurado um médico veterináriosNas formas mais graves, a Leishmaniose pode acarretar anemia e outras doenças imunes. O tratamento não é regulamentado pelo Ministério da Saúde. O animal é submetido a sacrifício, e o ato gera muito desconforto nos proprietários, que têm o animal como ente da família.


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