MMA 2016 - Bienal Cultural Monsaraz Museu Aberto

Page 1

MMA16 MONSARAZ MUSEU ABERTO

DO

FESTA CANTE

nas terras do grande lago

29 a 31 julho

MASTIKSOUL NO MAKA FUNKYOU2 WAO TRIPLE M MALASIANO

REEDIÇÃO DO CARTAZ ORIGINAL (1986)

APOIOS

CULTURA DIREÇÃO REGIONAL DE CULTURA DO ALENTEJO


Ficha técnica Edição

Paginação, Grafismo e Tratamento de Imagem

Comunicação e Imagem Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz

Sérgio Fialho e João Fructuosa

Diretor

João Paulo Batista, Duarte Galhós, Anabela Caeiro, Carlos Barão, Ângela Ferreira, Margarida Furtado, Miguel Viegas e Ana Managil

José Calixto presidente@cm-reguengos-monsaraz.pt

Coordenação de Conteúdos Joaquina Margalha j.margalha@cm-reguengos-monsaraz.pt

Colaboração

Tiragem e Impressão GrafiMonsaraz - Artes Gráficas - 3000 exemplares

/REGUENGOSCOMVIDA WWW.CM-REGUENGOS-MONSARAZ.PT


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

José Calixto Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz

MONSARAZ… cada vez mais um Museu Aberto ao Mundo! Paisagem dentro da paisagem, Monsaraz! Tudo em ti resplandece e seduz! Com arte de encantar, receber e bem-estar Enterneces com encanto, a vontade de voltar És sonho dos sonhadores, repouso espiritual Mourisca voluptuosa, ventre de terra desigual Maria Pereira Gonçalves. In Poetizar Monsaraz, vol. 2, 2014

Sejam Bem-Vindos a Monsaraz! Este é mais um momento de enorme satisfação por podermos apresentar-vos a edição comemorativa dos 30 anos de existência da Bienal Cultural Monsaraz Museu Aberto, precisamente num ano em que esperamos nesta Vila Histórica a visita de cerca de 100 mil pessoas oriundas dos quatro cantos do Mundo. Ao longo destas três décadas, Monsaraz foi e continua a ser palco de inesquecíveis momentos culturais que nos ajudam a reconciliar com milénios de uma História que, coletivamente, muito nos orgulha. Temos hoje um natural sentimento de muita gratidão e reconhecimento para com todos os que construíram este percurso: as hospitaleiras e simpáticas Gentes de Monsaraz e de toda a Freguesia e Concelho, autarcas, funcionários e

outros colaboradores do Município e da Junta de Freguesia de Monsaraz, agentes culturais e artísticos, grandes nomes do panorama cultural nacional e mundial e outros a quem Monsaraz ajudou a consolidar uma carreira no mundo das artes, instituições e outras entidades públicas e privadas que connosco colaboraram. A TODOS o nosso agradecimento e reconhecimento público! Este agradecimento é simbolizado na homenagem que o Município de Reguengos de Monsaraz fará no arranque desta Bienal Cultural a João Cutileiro, um Mestre das Artes que tem a sua carreira ligada ao nosso Concelho, pois foi no coração daquela que é hoje a Cidade de Reguengos de Monsaraz que expôs pela primeira vez, numa exposição que inaugurou no dia 14 de agosto de 1951. Mais tarde expôs numa das primeiras edições de

2


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto Monsaraz Museu Aberto. Obrigado Mestre João Cutileiro! Deixamos igualmente uma palavra de sentido agradecimento a todos os Órgãos Sociais e Cooperantes da CARMIM - Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz. Ao longo das várias edições de “Monsaraz Museu Aberto”, a CARMIM tem manifestado sistematicamente uma total disponibilidade no apoio a este evento cultural, nomeadamente através do lançamento das edições especiais do vinho MMA. Esta edição da Bienal Cultural vê a colaboração reforçada com o lançamento de dois vinhos (um tinto e um branco) comemorativos das três décadas do evento, denominados por “30”, convidando-se, todos desde já, a apreciarem a excelente qualidade dos vinhos de Reguengos de Monsaraz Capital dos Vinhos de Portugal! Neste último agradecimento incorporamos todos os agentes turísticos e empresariais que têm colaborado, nomeadamente nas últimas edições, com a criação de um roteiro gastronómico e de sensações que o nosso território pode proporcionar. Mas voltemos à edição de 2016 de Monsaraz Museu Aberto… É por devoção ao conhecimento que pretendemos ter de toda a nossa História, que iremos apresentar nesta bienal a Casa da Inquisição como espaço onde será criado o Centro Interativo da História Judaica em Monsaraz. Relembramos aqui que o Município de Reguengos de Monsaraz aderiu, em setembro de 2014, à Rede de Judiarias de Portugal – Rotas de Sefarad, associação que tem por fim uma atuação conjunta na defesa do património urbanístico, arquitetónico, ambiental, histórico e cultural, relacionado com a herança judaica em Portugal. O objetivo primordial é conjugar a valorização histórica e patrimonial com a promoção turística da presença judaica em território nacional, ação que ajudará igualmente a descobrir uma forte componente da identidade portuguesa e peninsular. Neste sentido, foram feitas dezasseis ações âncora, que decorreram em quinze municípios do País, entre os quais o de Reguengos de Monsaraz. Com base nesta parceria, recriámos a história judaica de Monsaraz através do projecto “Monsaraz na Rota das Judiarias Portuguesas – Casa da Inquisição – Centro Interactivo”, que instalámos no edifício conhecido, na tradição oral, por “Casa da Inquisição”.

3

Com recurso a alguns vestígios materiais existentes na Vila, deixados pelos nossos antepassados, e apelando a uma forte componente informativa, onde constarão elementos multimédia e elementos físicos, como painéis explicativos, fotografias, entre outros elementos iconográficos, este Centro assumir-se-á, brevemente, como uma maisvalia cultural, histórica e patrimonial que o Município orgulhosamente colocará à disposição de todos. Para a materialização deste ambicioso projeto, contámos com o insofismável conhecimento histórico do Professor Doutor Saul Gomes, da Universidade de Coimbra, que assumiu a gestão científica do projeto, e com a experiência museológica da Glorybox, empresa portuguesa que conta com vários projetos premiados e de conhecido valor nesta área. Igualmente com um grande destaque, queremos apresentar nesta Bienal Cultural a exposição “Monsaraz antes da História. Vestígios de um povoado da Idade do Bronze”. A sua instalação no Museu do Fresco surge na sequência dos trabalhos de escavação arqueológica, realizados na área traseira da Casa da Inquisição, numa parceria entre os Serviços de Arqueologia do Município de Reguengos de Monsaraz e a Associação PortAnta. A possibilidade da existência de um grande povoado da Idade do Bronze que tivesse ocupado os cabeços de Monsaraz era já considerada desde há algum tempo pelos investigadores. A escavação arqueológica realizada pela nossa Autarquia (2009, 2014 e 2015) permite agora confirmar a existência de uma ocupação humana em Monsaraz, 2.000 anos antes da existência do seu castelo. Calculase que o povoado da Idade do Bronze nas encostas de Monsaraz ocuparia uma área superior à da atual Vila, sendo, possivelmente, Monsaraz a maior ocupação da Idade do Bronze do Sul do País (século IX a.C.). Esta edição da Bienal Cultural Monsaraz Museu Aberto surge, assim, num contexto de enorme sentimento de responsabilidade pela preservação da incalculável riqueza histórica da paisagem cultural, das Gentes que a fizeram e do património construído de Monsaraz, uma das mais carismáticas Vilas Históricas de Portugal. Desfrutem de Monsaraz!... Desfrutem deste Alentejo de Emoções e de Gentes hospitaleiras com largos horizontes de História, Património e Paisagem Cultural!...


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Jorge Nunes Presidente da Junta de Freguesia de Monsaraz

Monsaraz, o nosso coração multicultural Celebremos todos, orgulhosamente, os 30 anos de Monsaraz Museu Aberto!

Celebremos todos, orgulhosamente, os 30 anos de Monsaraz Museu Aberto! A persistência na organização deste certame e a sua adaptação constante aos “tempos”, representam mais que um esforço das entidades locais e de tantas centenas de pessoas ao longo das suas edições, representam também um pouco daquilo que é hoje o nosso fulgor cultural, social e associativo, bem como a capacidade do nosso território em estimular a economia local, baseada na captação de gentes e mercados, a uma escala praticamente global. O Monsaraz Museu Aberto assume-se como a primeira abertura de portas do concelho de Reguengos de Monsaraz a outras culturas, artes e mercados turísticos e pode ser considerado sem pudores, a nossa primeira grande afirmação nacional em termos de capacidade organizativa e mobilizadora. Por esse motivo, e com a consciência que esta terra possui sobre ser o “palco de excelência de todo um território”, afirmo que Monsaraz, o seu povo e os seus agentes económicos e associativos, são obviamente gratos a todas as ENTIDADES e PESSOAS, que colocaram de pé e continuam a organizar este momento, que todos sentimos e vivemos de forma tão intensa e especial. Que saibamos sempre continuar a dignificar o legado e a persistência destes 30 anos de MMA!

4


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Luís Filipe Castro Mendes Ministro da Cultura

Monsaraz: História viva Não teria mais de 11 anos quando, pela mão do meu pai, então Juiz no Redondo, visitei os Antigos Paços de Audiência, em Monsaraz. Tínhamos feito a viagem com um propósito bem definido: ver o recém-descoberto fresco do Bom e do Mau Juiz. Só mais tarde me apercebi da importância daquela representação, das circunstâncias da sua descoberta e das influências que aquele fresco tinha bebido num outro, conhecido geralmente como As Consequências do Bom e do Mau Governo, da autoria de Ambrogio Lorenzetti, que pude ver de perto em Siena, no Palácio Comunal. Só mais tarde tomei consciência do significado daquele fresco, mas a sua imponência ficou para sempre registada no museu da minha imaginação. Monsaraz é espaço de história viva e marca todos os que por aqui passam. Saúdo a longevidade desta Bienal, um evento que começou há 30 anos, e felicito o Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, José Calixto, pela capacidade de projetar o concelho e promover a sua matriz cultural histórica. A designação de Museu Aberto não é um autoelogio gratuito. Quanto muito é uma verdade que peca por defeito: dentro de portas também há tesouros para descobrir, como os frescos do Bom e do Mau Juiz, que me deslumbraram na infância.

5


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Luís Capoulas Santos Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural

A Cultura é também Desenvolvimento Rural Manter vivos os territórios rurais, garantindo às suas populações condições de vida dignas e oportunidades similares àquelas de que beneficiam as populações urbanas, são objectivos do governo, transversais a todas as políticas, e a razão principal da recente criação da Unidade de Missão para a Valorização do Interior, que tem como propósito proceder, precisamente, à articulação e coerência das diversas políticas sectoriais a favor do interior. O actual ministério que tutelo, designa-se, não por acaso, Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural. No conceito de desenvolvimento rural inclui-se todo o conjunto de medidas e iniciativas, com conexão, ou não, com a actividade agrícola e que contribuam para criar atractividade, riqueza e emprego nas zonas rurais. É neste contexto que entendo o Museu Aberto, uma iniciativa meritória do município de Reguengos de Monsaraz, que comemora este ano o seu 30º aniversário e cujo percurso tenho acompanhado e fruído como cidadão. A Cultura, material e imaterial, reconhecida nalguns dos seus aspectos como Património da Humanidade, num território com tanta história e identidade, é um capital precioso de cujo bom uso tem resultado e continuarão a resultar benefícios de curto e de longo prazo para a desejável vitalidade dos territórios rurais. Os meus parabéns à Junta de Freguesia de Monsaraz e ao Município de Reguengos pelo uso inteligente, eficaz e afectuoso que, através do Museu Aberto, fazem de Monsaraz e da imagem cultural que a vila medieval transmite.

6


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Roberto Grilo Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo

Beleza Calma do Alentejo «A Bienal é já uma referência cultural que atrai os olhares para este “pedacinho” do Alentejo» Monsaraz conserva a arte dos nossos antepassados na ocupação do território e a mestria na utilização dos materiais. Esta vivência aliou ao património natural um património histórico e cultural, que tem sido preservado e tem mantido a sua autenticidade. A Cultura é um factor determinante para a promoção da coesão social ao serviço das políticas, um verdadeiro instrumento de transmissão indutor de novas identidades individuais e coletivas, contribuindo para que a diversidade cultural aconteça num ambiente de justiça social e de diálogo intercultural. No Alentejo, o apoio dos fundos europeus aos projectos culturais tem assumido um papel relevante numa perspectiva de transmissão para o futuro de bens culturais, de forma a assegurar a sua fruição com respeito pela sua identidade e valores de integridade patrimonial. Monsaraz reflecte a magnitude e beleza calma do Alentejo. «… Pois só numa atmosfera calma pode existir o verdadeiro prazer.» Bertrand Rusell A Bienal é já uma referência cultural que atrai os olhares para este pedacinho do Alentejo.

7


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Ana Paula Amendoeira Diretora Regional de Cultura do Alentejo

Monsaraz Museu Aberto: o Primeiro foi há trinta anos! Em 1986 nascia uma proposta nova de programação cultural em Monsaraz. Com poucos meios, pouco tempo para a preparar, poucas pessoas. Num tempo que quase nada tem já a ver com o que hoje é o nosso. E tudo estava a começar no trabalho cultural, dez anos passados sobre o início do poder local democrático. Quase tudo estava por fazer. Monsaraz era então uma vila com uma história por descobrir, por aprender, por ensinar. José Pires Gonçalves o seu mais dedicado historiador tinhanos deixado havia três anos e a sua obra era ela própria também desconhecida da grande maioria. O que fazer perante uma terra de uma beleza e de uma autenticidade impressionantes mas a precisar de quase tudo? Em dois meses montou-se um programa simples mas cujo impacto nos ficou até hoje. Simples, porque se centrava nas coisas da terra, na sua qualidade intrínseca, na história e no património. E foi assim que fizemos: os convidados foram recebidos no dia da inauguração, a 30 de Agosto de 1986, nada menos que por Túlio Espanca! Ele foi o verdadeiro Cicerone de Monsaraz naquela tarde quente em que foi explicando como só ele sabia, a história de cada rua, de cada edifício, de cada peça de arte, e assim foi a cerimónia de abertura desse primeiro Monsaraz Museu Aberto. Inesquecível. Conferências excelentes sobre história e arqueologia do concelho, por Afonso de Carvalho, e Victor S. Gonçalves,entre outros, pintura de Demóstenes Espanca, Cinema português de referência sobre o Alentejo, Cerromaior, projetado no Castelo com apresentação do seu produtor Henrique Espírito Santo, música do Sul e do Alentejo com raízes magrebinas por Janita Salomé ( o excelente “A Cantar ao Sol”), entre muitas outras propostas, um programa simples, com uma ingenuidade criativa, organizado com o propósito de explicar que Monsaraz era um sítio excecional, com uma história e uma qualidade assinaláveis e que tudo isso fazia

parte de uma cultura maior, de uma região do Sul que nos afeiçoa a todos os que lhe pertencemos. Esse foi o propósito e o resultado orgulha-nos até hoje. O tempo que se seguiu foi um percurso de alegria porque sempre que pedimos, muitos entre os melhores responderam à chamada e quase sempre com uma generosidade sem a qual não poderíamos tê-los tido connosco: Júlio Resende, João Mota, Rui Horta, João Cutileiro, Pedro Caldeira Cabral, Maria do Céu Guerra, Jordi Saval, Carlos Paredes, Bernardo Sassetti, Gustav Leonhardt, José Manuel Rodrigues, entre muitos, muitos mais, e sempre os nossos, os da nossa terra, que sempre participaram em equilíbrio com o que de melhor se fazia fora do nosso pequeno mundo. Esse primeiro Monsaraz Museu Aberto teve uma comissão organizadora composta por Fernanda Ramos, Jorge Cruz e a autora destas simples linhas. Victor Martelo era o Presidente do Município. Pessoalmente, sublinho o enorme gosto em ter feito parte desse projeto inovador e agradeço a oportunidade para o enriquecimento insubstituível que foi trabalhar nesta aventura boa ao longo de vários anos. A homenagem que o Município de Reguengos de Monsaraz organiza nesta ocasião ao Mestre João Cutileiro simbolizando nele o que de melhor passou em Monsaraz no campo das artes ao longo destes 30 anos, é de inteira justiça e associo-me a ela pessoal e institucionalmente. João Cutileiro expôs no Monsaraz Museu Aberto em 1990 e fez a sua primeira exposição em Reguengos de Monsaraz quando tinha apenas 14 anos, em 1951. A sua ligação à nossa terra é forte e antiga. Agradeço ao Presidente José Calixto o convite para, nesta data tão especial para Monsaraz, mas também de um ponto de vista pessoal pelas razões ditas, poder participar desta celebração.

8


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Ana Costa Freitas Reitora da Universidade de Évora

Monsaraz Museu Aberto, onde o património se cruza com a arte contemporânea “Monsaraz - Museu Aberto impôs-se no panorama cultural do Alentejo e é hoje uma das mais exemplares iniciativas em termos do que que é valorizar um património milenar com as mais variadas formas de arte contemporânea”. Monsaraz é, como a região a que pertence, única. Testemunha do passar dos tempos, ergue-se agora sobranceira ao maior lago artificial da Europa, num espaço singular onde se cruzam passado, presente e futuro. O Alentejo tem visto, nos últimos anos, a afluência turística a crescer exponencialmente. Não é por acaso e eventos como Monsaraz Museu Aberto têm obviamente a sua influência, através da valorização do património existente com manifestações artísticas contemporâneas que o potenciam. Cumprem-se agora trinta anos da classificação de Évora como Património Mundial da Humanidade e Monsaraz Museu Aberto, lançado em 1986, comemora a mesma idade. Um percurso já longo e que tem contribuído de forma inteligente para a divulgação e notoriedade da região e do país. Tendo começado como uma festa cuidadosamente programada, num contexto que não precisaria de mais nada para ser espetacular, onde cabe a melhor música, as mais variadas exposições de fotografia, de pintura ou de escultura ou surpreendentes projecções em paredes caiadas, Monsaraz - Museu Aberto impôs-se no panorama cultural do Alentejo e é

9

hoje uma das mais exemplares iniciativas em termos do que que é valorizar um património milenar com as mais variadas formas de arte contemporânea, potenciando, de caminho, o melhor que a região tem para oferecer: paisagens únicas, a típica gastronomia, ou alguns dos melhores vinhos do país. Um caminho longo e ponderado ao longo dos últimos 30 anos e que agora dá os seus frutos. A Universidade de Évora tem sido - e continuará a ser! -, um parceiro indiscutível das comunidades da região onde se insere, bem à vista pela formação de milhares de profissionais que agora trabalham todos os dias na e em prol da região, pela sua influência neste percurso de desenvolvimento do Alentejo ou pelas diversas parcerias existentes, seja ao nível social, cultural ou económico, indo desde o estudo do Património, passando pelas parcerias empresariais, ao ímpeto criado pela sua aposta nas Artes, de onde se destaca o permanente diálogo com as forças vivas, em particular com o Poder Local. Por estes motivos, Monsaraz Museu Aberto 2016 será, à semelhança das edições passadas, um evento de sucesso, num dos mais belos cenários do nosso país e um “agitar de águas”, no mais vasto – e belo - território português.


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

António Ceia da Silva Presidente Turismo do Alentejo / Ribatejo

Monsaraz é um dos postais ilustrados do Alentejo «A preservação de seculares marcas históricas, das tradições e vivências, aliada à modernidade e à inovação tem sido aplicada na qualificação da sua oferta turística de forma transversal»

Enquadrado numa paisagem histórica e cultural singular - onde se destacam as serenas águas do Grande Lago Artificial do Alqueva - Monsaraz é um dos postais ilustrados do Alentejo, um museu a céu aberto que rompe o horizonte e que, nos últimos anos, tem atraído ao concelho mas também à Região milhares de visitantes de todas as partes do mundo. A preservação de seculares marcas históricas, das tradições e vivências, aliada à modernidade e à inovação tem sido aplicada na qualificação da sua oferta turística de forma transversal - do alojamento à restauração, passando pelo enoturismo, animação turística, passeios pedestres, BTT ou outros - potenciando assim o crescimento do número de investidores e indo ao encontro das múltiplas expetativas dos diferentes segmentos turísticos, cada vez mais exigentes e atentos ao que é diferenciador e identitário. Face a esta realidade e a par da permanente oferta, o concelho tem sabido reinventar-se, criando iniciativas e eventos que estimulam a atratividade do município e de todo o território, como foi o caso da Cidade Europeia do Vinho 2015, um certame que, trabalhado pela autarquia de forma exemplar, contribuiu em muito para alavancar a promoção de um dos produtos endógenos do nosso Alentejo.

Também o Cante Alentejano - um dos bens identitários da Região, classificado em 2015 como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco - tem merecido de Monsaraz as melhores ações promocionais, sendo presença constante nos certames realizados no concelho. E, nesta época do ano, também a Bienal Cultural Monsaraz Museu Aberto se tem revelado um projeto vencedor. Durante dez dias, o burgo medieval transforma-se num verdadeiro palco onde a ancestralidade se cruza com a cultura, num certame que, este ano, cumpre a sua 30ª edição. Os visitantes vão ter assim oportunidade de vivenciar inúmeros e belos espetáculos e manifestações artísticas, mas também um município que tão bem representa a excelência e a identidade de um Alentejo que se qualifica e renova alicerçado no que é genuíno. Disfrutem das artes do espetáculo, de Monsaraz e de todo o Alentejo. Bem vindos!

10


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Vítor Fernandez da Silva Presidente da Agência de Promoção Turística do Alentejo

A Herança Judaica de Monsaraz A importância da memória

O Centro Interpretativo da Herança Judaica de Monsaraz, um projecto desenvolvido no âmbito de um programa da Rota das Judiarias, é um espaço de memória que conta a história desta importante comunidade na região do Alentejo e na vila de Monsaraz. Deste modo o município de Reguengos de Monsaraz reconcilia-se com o seu passado. A importância económica, mas também social e científica dos judeus no território alentejano é uma história que precisava ser contada ao mundo. Não é possível compreender bem a história de Portugal sem nela incluir a história dos judeus que cá viveram. Com a sua expulsão no início do século XVI e a conversão forçada da minoria que por cá ficou, os poderes político e religioso deram o primeiro passo para apagar a herança judaica do nosso país. E à Inquisição foi confiada a tarefa de garantir que nada restaria dela. Felizmente que uma das maiores preocupações do povo judaico reside na preservação da

11

memória. E com a ajuda daqueles que em Portugal, independente da sua religião, se têm empenhado na recuperação dessa memória, uma parte do nosso passado tem vindo progressivamente a ser melhor conhecido. Com este novo espaço, Reguengos de Monsaraz faz não só justiça, no sentido que mantém essa memória viva, como cria um importante activo, traduzido numa infraestrutura museológica de referência. Este Centro Interpretativo da Herança Judaica de Monsaraz será sem dúvida um espaço que, a par de outras iniciativas, irá atrair cada vez mais turistas nacionais e internacionais. Notese que o turismo de origem israelita e de diferentes comunidades judaicas espalhadas pelo mundo tem crescido significativamente em Portugal e também no Alentejo. Mas este centro será também um local de referência para todos aqueles que lutam pela preservação do património material e imaterial.


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Hortensia Menino Presidente do Conselho Intermunicipal da CIMAC

Monsaraz - as gentes, a terra e o património «Alqueva símbolo das mudanças e da capacidade de transformação da nossa região»

Da cerca forte que protegeu e defendeu a nossa região, Monsaraz continua a acolher e abraçar de forma calorosa todos os que a visitam e contemplam. Das gentes que por aqui passaram ficaram as marcas, hoje história vivida e sentida nas ruas estreitas da vila medieval. O passado de conquistas e reconquistas enriqueceu e valorizou esta terra, as suas gentes, os seus hábitos e costumes. De olhos estendidos no horizonte, a contemplação da planície de terrenos férteis ou do lago de Alqueva é hoje motivo de cada vez mais visitas de portugueses e estrangeiros que aqui buscam mais Alentejo. Alqueva símbolo das mudanças e da capacidade de transformação da nossa região tornou Monsaraz ainda mais atraente, com novas formas de viver o território e as suas potencialidades quer turísticas, quer económicas. O espelho de água, às portas da vila, mudou a paisagem, os modos de vida e a ocupação do território. Numa região que se orgulha de valorizar o património, a cultura, o trabalho e as pessoas, empreender esta Bienal é símbolo de que Monsaraz encara com orgulho o seu património, a arquitetura, a gastronomia e o artesanato, o cante, a arte, os testemunhos da ruralidade e os promove, tornando-se ainda mais atrativa.

12


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

José Pedro Salema Presidente do Conselho de Administração da EDIA

Cada vez mais Alqueva Concelho de Reguengos de Monsaraz

Há 20 anos atrás, quando Alqueva ainda era um sonho em construção, Monsaraz e o seu Concelho olhavam expectantes para o Grande Rio do Sul na esperança de que a sua transformação trouxesse àquela terra a água que moldaria a paisagem e potenciasse o desenvolvimento, associado essencialmente às atividades turísticas. Hoje, este Concelho já conhece importantes projetos e atividades ligadas ao Grande Lago que, na medida em que os tempos o permitem, vão preenchendo os espaços outrora alojados na memória ou imaginação das pessoas. O lago de Alqueva cresceu, inundou as terras baixas deste Concelho. Trouxe uma nova paisagem soberbamente bela quando o Sol, ao cair da tarde, se admira desde as muralhas de Monsaraz. Quando em noites de luar, as luzes do casario se refletem no espelho calmo das águas outrora livres. Ou quando, em noite escura, as estrelas ocupam o lugar dos Deuses, transformando o Céu numa manta que aconchega a paisagem. Há 20 anos atras, quando Alqueva dava os primeiros passos, este Concelho foi visionário. Hoje, esta visão vai mais longe, como mais longe vai o Projeto de Alqueva. Tão longe que irá levar até às terras de vinhedos de

13

Reguengos, a água que beija Monsaraz. Agora que Alqueva termina os primeiros passos, outros se preparam para dar mais vida às terras por onde passa. Alqueva já calcorreia 120 mil hectares, trazendo a estes solos um mosaico de novas culturas, pintando a paisagem de matizes nunca vistas…e agora, cumprida esta missão, mais 47 mil vão nascer para serem benzidos por esta água. E destes, 10 mil vão abraçar Reguengos de Monsaraz. Fazendo renascer da terra seca a esperança de um futuro, consolidado no presente. Qual Fénix das cinzas nascida. Desta terra se extraem os néctares que coroaram este Concelho. Desta terra irão agora brotar outros encantos, tal como encantos mil brotaram dos outros mil, 120 mil. Hectares de vida, de futuro, que completam o sonho visionário que há 20 anos Reguengos almejou. E Monsaraz não é apenas um Museu. Não guarda só memórias do passado. Constrói memórias no presente. É aberto, como aberto está o Grande Lago de Alqueva…sem parar de se mostrar, sem parar de erguer o futuro, abraçando um Concelho que é cada vez mais “Alqueva”.


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Fernanda Ramos Presidente da Fundação Alentejo

Toda a história tem um princípio, um momento fundador. Foi e continua a ser uma enorme honra ter estado envolvida, enquanto autarca na segunda metade dos anos 80, na génese do processo de revitalização e projecção da extraordinária vila medieval de Monsaraz, no concelho, na região, no país. Não posso, por isso, deixar de felicitar e de reconhecer a forma tão competente e determinada com que a Câmara Municipal de Reguengos tem vindo, ao longo das últimas décadas, a aprofundar e dar densidade ao trabalho então iniciado, projectando-se, hoje, essa jóia do nosso património colectivo muito além das fronteiras do nosso país e da península ibérica. Como digo atrás, toda a história tem um princípio ou um momento fundador e, no que respeita a Monsaraz, a sua merecida projecção local, regional, nacional, enquanto jóia do património históricocultural alentejano, também o tem. A minha passagem, como Vice-Presidente na Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, entre os anos de 1986 e 1989, está intimamente ligada a essa dinâmica e, sem modéstias, sinto que tomei as decisões e promovi as iniciativas adequadas para que Monsaraz iniciasse uma nova fase de esplendor e de reconhecimento colectivo. Numa intervenção muito próxima das populações, contando com o seu envolvimento e mobilizando o seu empenhamento, por minha iniciativa e decisão do executivo camarário de então, deu-se início a um processo de recuperação e alindamento do casco urbano da vila medieval, ao mesmo tempo que, com recurso aos instrumentos disponibilizados pelo FSE – Fundo Social Europeu, foram desencadeadas acções de qualificação de recursos humanos que permitiram iniciar o processo de consolidação de parte significativa das muralhas e ameias e de algumas construções intramuros de maior destaque, como a Casa Nuno Álvares, a título de exemplo.

importante, foi fundamental, resgatou a auto-estima e a dignidade da comunidade da “vila velha” e encheu de justificado orgulho todo o concelho de Reguengos de Monsaraz. Foi, contudo, a iniciativa então concebida e implementada e que resolvemos designar por “Monsaraz Museu Aberto” que levou mais além o nome e o prestígio deste tesouro escondido do nosso património construído e imaterial. Essa iniciativa, que ainda hoje se realiza, passados mais de 30 anos, foi desenhada e lançada de forma muito consistente e num plano de qualidade pouco comum à altura, tendo-a projectado junto de múltiplos públicos regionais, nacionais e estrangeiros. Lembro as mostras de artesanato de diferentes regiões de turismo nacionais e peninsulares, mas também, exposições de pintura e de escultura de nomes relevantes, entre os quais não posso deixar de destacar o nosso consagrado Mestre João Cutileiro. Lembro a presença do Cante alentejano, a par de espectáculos de música ligeira ou da participação dos Madredeus, entre outras promessas de qualidade. Foi esta matriz plural e integradora então concebida e que, com os necessários ajustamentos, tem sido respeitada, que tornou “Monsaraz Museu Aberto” o sucesso que se confirma a cada nova edição e que projectou a vila medieval como verdadeira sala de visitas de Reguengos de Monsaraz, da nova entidade “terras do grande Lago” e, obviamente, do Alentejo e do país. Parabéns à comunidade de Monsaraz e à Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz. Quanto a mim, não posso deixar de pensar, foi muito bom ter estado lá, ter sido co-autora e coactora nesse momento fundador.

Esse processo de recuperação e alindamento foi

14


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Maria Clara Safara Presidente da Câmara Municipal de Mourão

Um passado cada vez mais presente, Alqueva, Monsaraz, Mourão «olhar para Monsaraz é olhar para um mundo de possibilidades»

Percorrendo as ruas estreitas caiadas de branco, Monsaraz remetenos para séculos e séculos de história Muçulmanos, Árabes, e Romanos vários foram os povos que por aqui passaram e deixaram a sua marca. Hoje, Monsaraz continua a ser ponto de passagem obrigatória para quem visita o Alentejo e uma potência turística em crescendo. No centro do Alentejo, na margem do Grande Lago de Alqueva, a vila de Monsaraz ergue-se no alto de uma colina virada para Mourão, duas povoações vizinhas com histórias, tradições e culturas comuns, que hoje, mais que nunca caminham de mãos dadas por um futuro mais promissor, assente na valorização e promoção dos nossos territórios e das nossas gentes. Olhar para Monsaraz é olhar para um mundo de possibilidades, umas já conseguidas, outras por conseguir, mas acima de tudo é estar ciente da importância que Monsaraz tem no território em que se insere.

15


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Francisco Mateus Presidente da CVRA - Comissão Vitivinícola Regional Alentejana

Vinhos de prestígio e identidade cultural É a maior e uma das mais prestigiadas sub-regiões do Alentejo vitivinícola, assente em terrenos pobres e pedregosos, repleta de afloramentos rochosos que marcam de forma vincada a paisagem de Reguengos de Monsaraz. Apesar da dimensão, Reguengos é uma das sub-regiões onde a propriedade se encontra mais fragmentada, com áreas médias de vinha reduzidas para as referências alentejanas tradicionais. Os seus vinhos são encorpados e poderosos, com boa capacidade de envelhecimento, reflexo de uma viticultura condicionada por solos xistosos e clima de Invernos muito frios e Verões extremamente quentes. Noutra perspectiva, a vila de Monsaraz é marcada pelo recorte do seu ancestral castelo e conjunta intramuros, sinal dos primórdios de Portugal, e pela tranquilidade do lago do Alqueva, sinal do trabalho do Homem e do desenvolvimento. Monsaraz é, de facto, um Museu Aberto, com Gentes e Património dignos de visitar e Vinhos de Excelência dignos de apreciar!

16


PROGRAMA


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

15 DE JULHO - SEXTA-FEIRA 19h00 - Cerimónia Oficial de Inauguração com a presença do Senhor Ministro da Cultura Assinatura de Protocolo entre a Universidade de Évora e a Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz Atuação do Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz e de Gonçalo Pescada – Recital de Acordeão (parte I) – Escola de Artes da Universidade de Évora Local: Largo D. Nuno Álvares Pereira 19h30 - Inauguração do Centro Interativo da História Judaica em Monsaraz - Atuação de Rão Kyao Local: Casa da Inquisição 20h30 - Visita às Exposições da Bienal Cultural Monsaraz Museu Aberto 2016 Local: Monsaraz 21h15 - Apresentação e prova dos Vinhos CARMIM 30 - Branco e Tinto e atuação do Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz e de Gonçalo Pescada – Recital de Acordeão (parte II) – Escola de Artes da Universidade de Évora Local: Jardim da Casa da Universidade de Évora 22h30 - Toros e Flamenco, com Rafael de Utrera Local: Praça de Armas do Castelo

16 DE JULHO - SÁBADO 17h00 - Palestra “A Física do Interstellar” por António Lobo, do Instituto de Astrofísica. | Organização: Observatório do Lago Alqueva (OLA) Local: OLA Courela da Coutada (estrada de Telheiro para o Centro Náutico de Monsaraz) 19h45 - Fim de tarde com AR Quarteto com Daniela Melo (voz) e acompanhamento CARMIM 30 - Branco Local: Jardim da Casa da Universidade de Évora 22h30 - Mestre António Chaínho com Mafalda Arnaut e Ana Magarreiro Local: Largo D. Nuno Álvares Pereira

17 DE JULHO - DOMINGO 22h30 - OCA - Orquestra de Câmara do Alentejo, com os solistas Ricardo Mendes (Violino), Jean Aroutiounian (Viola) e direção musical de João Defeza Programa: As Bodas de Fígaro, K.492 – Abertura; Sinfonia Concertante em Mi bemol maior, K.364; Sinfonia nº 40 em Sol menor, K. 550. Local: Largo D. Nuno Álvares Pereira

19 DE JULHO - TERÇA-FEIRA 19h45 - Fim de tarde com Recital de Flauta e Violino da Escola de Artes da Universidade de Évora (André Bárbara Cameira e Andreia Vaz Fernandes) com acompanhamento de CARMIM 30 - Branco Local: Jardim da Casa da Universidade de Évora

22 DE JULHO - SEXTA-FEIRA 19h30 - Fim de tarde com AR Quarteto com Bernardo Tinoco (saxofone) e com acompanhamento CARMIM 30 - Branco Local: Jardim da Casa da Universidade de Évora 22h30 - Concerto Acústico de Miguel Gameiro e Pólo Norte Local: Largo D. Nuno Álvares Pereira 00h30 - MONSARAZ EMOTIONS 2016 | DJ’s - MASTIKSOUL Local: Praça de Armas do Castelo

18


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto 23 DE JULHO - SÁBADO 17h00 - Palestra “E no princípio era a luz” por António da Silva, do Instituto de Astrofísica | Organização: Observatório do Lago Alqueva (OLA) Local: OLA Courela da Coutada (estrada de Telheiro para o Centro Náutico de Monsaraz) 19h30 - Fim de tarde com Bernardo Espinho & António Caixeiro e com acompanhamento CARMIM 30 - Branco Local: Jardim da Casa da Universidade de Évora 22h30 - Concerto da UÉ All Stars Jazz Ensemble com o convidado especial Paulo de Carvalho Local: Largo D. Nuno Álvares Pereira 00h30 - MONSARAZ EMOTIONS 2016 | DJ’s - FUNKYOU2 e WAO Local: Praça de Armas do Castelo

24 DE JULHO - DOMINGO 19h30 - Fim de tarde com “DA ALMA...” - Percussão & Eufónio João Defeza (Eufónio), Paulo Amendoeira (Marimba e Vibrafone) e o convidado especial Sérgio Galante (guitarra e eletrónica) interpretam Astor Piazzolla, António Pinho Vargas, Fernando Deddos e Sergei Rachmaninoff. 20h30 - Voz e Piano com Salvador Sobral e com acompanhamento CARMIM 30 Branco Local: Jardim da Casa da Universidade de Évora

29 DE JULHO - SEXTA-FEIRA 19h00 - Inauguração Clube Dark Sky Local: Antiga Escola Primária de Cumeada 22h00 - Alentejo Coral Jovem Participações do Grupo Coral Os Bel’Aurora de Campinho, Grupo Coral de Beja, Grupo Coral Os Discípulos de Beja, Grupo Coral Moços da Aldêa de Cabeça Gorda, Os Dona Zéfinha e do Grupo Coral Juvenil Os Rama Verde de Vila Nova da Baronia Padrinho: Miguel Gameiro Local: Largo D. Nuno Álvares Pereira 00h30 - MONSARAZ EMOTIONS 2016 | DJ’s - NO MAKA Local: Praça de Armas do Castelo DARK SKY PARTY ALQUEVA | Fell Star Race, Observações astronómicas guiadas pelos Astrofísicos do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço Programa completo: www.darkskyalqueva.com Local: Junto ao Cromeleque do Xerez

30 DE JULHO - SÁBADO 22h00 - Gala do Cante Participações do Grupo Coral Amigos do Alentejo do Feijó, Grupo Rural de Figueira de Cavaleiros, Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz, Manuel Sérgio, José Manuel Farinha e de Mário Moita Local: Largo D. Nuno Álvares Pereira DARK SKY PARTY ALQUEVA | Aulas de Yoga, Body Painting, Observação do Sol Guiada, Workshops, Palestras, Prova Cega de Vinhos, Concerto “Música Meditativa, Observações astronómicas e Sky Selfies Programa completo: www.darkskyalqueva.com Local: Junto ao Cromeleque do Xerez

31 DE JULHO - DOMINGO 20h00 - Vinho do Trabalho (Adiafa) com a participação do Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz, Grupo Coral da Granja, Grupo Coral Estrelas do Sul - Portel, Grupo Voces al Alba e com acompanhamento CARMIM 30 - Branco e Tinto Local: Jardim da Casa da Universidade de Évora

19


ESPETÁCULOS MUSICAIS


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Gonçalo Pescada Recital de Acordeão

15 de julho 19h / Largo D. Nuno Álvares Pereira 21h15 / Jardim da Casa da Universidade de Évora

I

niciou os estudos musicais aos 8 anos no Algarve e posteriormente continuou a sua formação em Lisboa (Instituto Musical Vitorino Matono), Castelo Branco (Escola Superior de Artes Aplicadas) e França (Centre National et International de Musique et Accordéon). Entre outros, obteve o 1.º Prémio no Concurso Nacional de Acordeão (Alcobaça, 1995) e o 1.º Prémio no Concurso Internacional “Citá di Montese” (Itália, 2004). Com o 1.º Prémio no Concurso de Interpretação do Estoril (Portugal, 2006), Gonçalo Pescada viu a sua carreira tomar um rumo internacional, realizando recitais em

Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Itália e Bulgária.

PROGRAMA Allegro non molto RV 297 – A. Vivaldi (1678-1741) Sonata Ré menor K9 – D. Scarlatti (1685-1757) Preâmbulo e Toccata – B. Precz (1960-1996) Passos – V. Vlassov (n.1936) Fígaro – G. Rossini (1792-1868) Chiquilin di Bachin- A. Piazzolla (1921-1992) Revirado – A. Piazzolla (1921-1992) Tango pour Claude – R. Galliano (n. 1950) Czardas – V. Monti (1868 – 1922)

AR Quarteto

ANDRÉ ROSÁRIO

SAMUEL DIAS

JOÃO CORREIA

DANIELA MELO

16 de julho 19h45 / Jardim da Casa da Universidade de Évora 21

BERNARDO TINOCO


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

PACO VELASQUEZ

RAFAEL DE UTRERA

PACO DE UREÑA

AGUSTIN DE ESPARTINAS

INÊS SILVA CARVALHO

Toros e Flamenco Com Rafael de Utrera

15 de julho / 22h30 / Praça de Armas G.F.A. MONSARAZ

N

o espetáculo desta noite assistiremos a uma fusão entre duas das mais antigas e enraizadas manifestações culturais de Espanha: o Flamenco e a Tauromaquia. Al Cante, um dos nomes maiores da nova geração de Cantadores: Rafael de Utrera. Ao longo da sua carreira acompanhou os maiores nomes do Baile Flamenco, como Joaquín Cortés e Farruquito, e cantou com os mais importantes guitarristas, como Paco de Lucía e Vicente Amigo. No toureio a pé, atuarão três jovens matadores: Paco Ureña, Agustín de Espartinas y Paco Velásquez. Paco Ureña, de Lorca (Murcia), já com dez anos de alternativa, encontra-se no melhor momento da sua carreira, tendo triunfado com

muita força nas Feiras de Sevilha e de San Isidro (Madrid) deste ano. Agustín de Espartinas, de Espartinas (Sevilha), discípulo do mítico Espartaco, é uma das grandes esperanças da afición sevilhana. Paco Velásquez é um toureiro português, natural de Riachos, que foi muito jovem para Espanha em busca do seu sonho. Mais tarde foi para o México, onde tomou a alternativa. Nos últimos dois anos foi o matador português que mais toureou. A abrir a noite, um apontamento de toureio à portuguesa, com a jovem promessa Inês Silva Carvalho, e a atuação dos únicos toureiros do nosso concelho, os Forcados Amadores de Monsaraz.»

22


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Mestre António Chainho Guitarra em Português

16 de julho 22h30 / Largo D. Nuno Álvares Pereira

C

omo todos os verdadeiros talentos, ciente da herança cultural que transporta, Mestre António Chainho assume um relevante papel pedagógico enquanto Mestre da Guitarra Portuguesa. A sua profunda aprendizagem pessoal é transmitida através do papel desempenhado na criação do Museu do Fado, na fundação da primeira Escola de Guitarra Portuguesa em Lisboa e na criação das suas próprias escolas em Santiago do Cacém, Grândola e ilha da Madeira. Em “Cumplicidades“ - álbum lançado em 2015 integrado nas comemorações dos 50 anos de carreira e que contou com a colaboração de músicos de Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde e Espanha - que virá apresentar na noite de 16 de julho - soa toda a paixão, entrega e dedicação que apenas Mestre António Chainho consegue dedilhar num acorde, conter numa harmonia e abrigar, para sempre, nos corações.

23

A gama de emoções para a qual nasceram e que torna inseparáveis a guitarra portuguesa e Mestre António Chaínho.

Ficha Técnica Os “ CÚMPLICES “ habituais Mestre António Chainho – Guitarra Portuguesa Ciro Bertini – Baixo, vozes Tiago Oliveira – Viola de Fado, vozes Diogo Melo Carvalho – Percussão, vozes Paulo Gomes – Som Frente Luis Santos – Iluminação Convidados : Mafalda Arnauth – Voz Ana Magarreiro – Voz Kajó Soares – Saxofone


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

JOÃO DEFEZA

RICARDO MENDES

OCA

Orquestra de Câmara do Alentejo 17 de julho 22h30 / Largo D. Nuno Álvares Pereira

JEAN AROUTIOUNIAN

É

um projeto que reúne cerca de 36 jovens músicos, oriundos da região Alentejo, com formação qualificada e com uma experiência musical notável. Tem o triplo objetivo de manter uma forte ligação entre estes jovens e a sua origem, de levar momentos musicais de excelência a um público o mais diversificado possível e proporcionar a alguns a oportunidade de trabalhar num conceito sinfónico, fulcral na vida musical dos mesmos. A característica forte em que assenta a Orquestra é a pluralidade de experiências dos seus elementos, espalhados por inúmeros quadrantes da música e capazes, no todo, criar momentos e oportunidades próprias da diversidade "democrática" criativa. A orquestra é formada por músicos efetivos ou colaboradores da Orquestra Gulbenkian, Orquestra de Cascais e Oeiras, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra de Câmara Portuguesa, Banda da Armada, Banda da Guarda Nacional Republicana e Banda da Força Aérea.

A ideia da sua criação tem como base a implementação de uma plataforma que promova oportunidades para que os músicos possam partilhar as suas experiências com a nossa região e apresentarem um contributo para o reforço da política cultural nacional. A identidade da orquestra passa também pela divulgação da música portuguesa, quer de compositores consagrados, quer criando um espaço de lançamento a jovens compositores nacionais. Para o efeito, prevêem a criação de residências anuais entre a orquestra e promissores criativos musicais, dando privilégio aos alentejanos ou aos que estudem/trabalhem na região. A vertente educativa é um dos pilares em que a Orquestra de Câmara do Alentejo é construída, contando com inúmeros professores na formação da orquestra e assumindo o plano formativo na nossa região como fator determinante na razão da existência da orquestra. O formato concerto/masterclasse é a sua grande aposta na preparação das temporadas, no entendimento de que as bandas filarmónicas são agentes culturais estratégicos na formação musical dos jovens.

24


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Miguel Gameiro & Pólo Norte (concerto acústico) 22 de julho 22h30 / Largo D. Nuno Álvares Pereira

E

m 1994 editam o primeiro álbum do grupo, "Expedição", produzido por Fernando Cunha (Delfins) e que viria a atingir o galardão de disco de ouro. "Lisboa", "Amor é" e "Grito" (com a participação especial de Miguel Ângelo) foram algumas das canções mais marcantes. Em 1996 e depois de dois anos em concertos sucessivos por todo o país edita "Aprender a ser feliz", gravado no estúdio de “Vale de Lobos" e com a produção a cargo de “Fernando Júdice" (Trovante e Madredeus). "Aprender a ser feliz" chegaria também a disco de ouro. Em 1999 gravam o seu terceiro álbum, "Longe", produzido por Jony Galvão. Em 2000, o grupo sentia-se preparado para a gravação de um disco ao vivo, que viria a acontecer na mítica Aula Magna, e que celebrava os inúmeros concertos realizados pela banda até esse então. Em 2002 ruma a Madrid para a gravação de "Jogo da Vida", com a produção a cargo de Bori Alarcón. Em 2005 editam "Deixa o Mundo Girar", produzido por Steve Lyon (Depeche Mode, The Cure), aclamado como um dos melhores trabalhos do grupo até então. Desse álbum, "Deixa o Mundo Girar", "A Dança" e "Pele", foram as canções com maior destaque. Em 2008 gravam aquele que seria o disco de celebração de 15 anos de carreira, "Pólo Norte 15 Anos", que reúne os mais marcantes êxitos do grupo e dois originais, "Asa Livre" e "Jeito de Ser".

25

Em 2010 Miguel Gameiro lança o seu disco de estreia a solo, "A Porta ao Lado", produzido por Paulo Borges (Rita Red Shoes, Sérgio Godinho e Sara Tavares). “A Porta ao Lado” atinge o galardão de Disco de Ouro com mais de 13.000 unidades vendidas. “Dáme um Abraço” é uma das canções mais tocadas pelas rádios entre 2010/2011, tendo sido nomeada para os Globos de Ouro da SIC. Seguem-se as canções “O Teu Nome” e “Alquimia”, que também obtêm grande recetividade por parte do público. Três anos depois de “A Porta ao Lado” e de muitos concertos um pouco por todo o país, Miguel Gameiro lança o seu segundo disco a solo, “11 Canções”. “Já Não Canto Essa Canção” é o primeiro single extraído deste álbum, seguindo-se “Porque é que a gente não se dá”. Em 2013 segue-se a compilação de 20 anos de carreira com a edição de “Miguel Gameiro & Polo Norte-20 Anos”. Ainda durante este ano é convidado por Mariza para compor uma canção, que viria a ser um dos seus maiores êxitos de sempre, “O Tempo não pára”. Em 2015 Miguel Gameiro aceita o desafio da RTP para compor uma canção para o Festival da Canção “Há um mar que nos separa” que viria a ser a escolhida do público para representar Portugal na Eurovisão. Em 2015 é lançado o Cd/Dvd gravado ao vivo nos Coliseus de Lisboa e Porto em duas noites inesquecíveis e onde estão registados 20 anos de música.


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

André Cameira e Andreia Fernandes Flauta e violino 19 de julho 19h45 / Jardim da Casa da Universidade de Évora

Bernardo Espinho & António Caixeiro 23 de julho 19h30 / Jardim da Casa da Universidade de Évora

B

ernardo Espinho & António Caixeiro é um espetáculo que junta dois amigos que percorreram o país inteiro a representar e a transmitir a sua Cultura, mais concretamente o Cante Alentejano. Agora juntam-se para dar a conhecer outras sonoridades e outras abordagens

sobre a Música Tradicional Portuguesa e o Fado. Neste espetáculo, atrás das suas vozes quentes e melodiosas, estão a Guitarra Portuguesa de Bruno Chaveiro e a Viola Clássica de João Domingos, que lhes permite navegar em outro Mundo harmónico e atrair outro público.

26


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

UÉ ALL STARS JAZZ ENSEMBLE com o convidado especial Paulo de Carvalho 23 de julho 22h30 / Largo D. Nuno Álvares Pereira

A

UÉ All Stars Jazz Ensemble resulta de uma vontade de reunir professores e ex alunos do curso de jazz do Departamento de Música da Universidade de Évora, de forma a possibilitar a realização de espetáculos musicais da mais alta qualidade. Com direção artística de Eduardo Lopes, a UÉ All Stars Jazz Ensemble tem como sonoridade referência o Jazz, mas nos seus concertos estão também presentes outros estilos musicais, que vão desde R&B e Soul, ao Pop e Músicas do Mundo, pautando-se sempre por uma elegante estética musical que alia o virtuosismo de cada intérprete ao reconhecimento do valor de uma simples e eterna melodia. Interpretando arranjos de temas de variados estilos musicais, que estão no ouvido de todos

27

para um espetáculo de grande qualidade artística, UÉ All Stars Jazz Ensemble tem como projeto mais recente incluir nos seus concertos um artista de renome como convidado especial, elevando assim ainda mais a experiência de assistir a um dos seus concertos.

Formação: Maria João Matos – Voz Felippe Figueiredo – Saxofones Jean-Marc Charmier – Trompete José Soares – Guitarra Pedro Calero – Piano/Teclados João Português – Percussão Miguel Amado – Baixo Eduardo Lopes – Bateria e direção musical



’ MMA16

PAULO AMENDOEIRA

Da Alma... Percussão & Eufónio

24 de julho 19h30 / Jardim da Casa da Universidade de Évora

JOÃO DEFEZA

SÉRGIO GALANTE

João Defeza - Eufónio Paulo Amendoeira - Marimba/Vibrafone Sérgio Galante - Guitarra e Electrónica Obras de: Astor Piazzolla, António Pinho Vargas, Fernando Deddos e Sergei Rachmaninoff

Salvador Sobral Voz e piano

24 de julho 20h30 / Jardim da Casa da Universidade de Évora

D

urante o tempo que viveu nos Estados Unidos e em Barcelona, onde estudou na prestigiada escola Taller de Musics, Salvador Sobral desenvolveu vários projetos musicais: compôs para si próprio mas ao mesmo tempo criou perfomances arrojadas à volta da figura de Chet Baker, bebeu da bossa-nova e trouxe às suas canções as doces sonoridades da américa latina. Excuse Me, o seu disco de estreia, é o resultado dessas viagens e das influências que o cantor recebeu das suas inspirações musiciais de sempre, que partem do jazz para o mundo e que agora nos convida a escutar. O disco tem a co-produção musical do pianista Júlio Resende, do talentoso compositor venezuelano Leonardo Aldrey e do próprio Salvador Sobral. Com créditos já provados na cena musical portuguesa, Salvador integrou a programação de

29

um dos mais relevantes festivais urbanos de música em Portugal, mesmo antes de lançar este seu primeiro album: o Vodafone Mexefest, de onde recolheu as mais generosas críticas. Ainda este mês de julho, Salvador Sobral integrará o cartaz do EDP Cool Jazz, abrindo o palco para os britânicos The Cinematic Orchestra. Do jazz à bossa-nova, passando por boleros da américa latina, o concerto integrante da iniciativa Monsaraz Museu Aberto | Bienal Cultural 2016 será apresentado num formato especial e intimista em registo de voz e piano.



’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Alentejo Coral Jovem 29 de julho 22h00 / Largo D. Nuno Álvares Pereira

A

Festa do Cante recebe este ano o segundo encontro de grupos corais juvenis “Alentejo Coral Jovem” com seis grupos a subirem ao palco. A primeira edição deste encontro decorreu no ano passado em Reguengos de Monsaraz, revelando-se um norme sucesso. Neste encontro podemos contar com a atuação do Grupo Coral Os Bel’Aurora de Campinho, que se apresentam como os anfitriões do evento. Do Baixo Alentejo estarão presentes o Grupo Coral de Beja, o Grupo Coral Os Discípulos de Beja, o Grupo Coral Moços da Aldêa de Cabeça Gorda, o Grupo Coral Juvenil Os Rama Verde de Vila Nova da Baronia e Os Dona Zéfinha. Os Dona Zéfinha, grupo constituído por quatro elementos que, para além do cante, pretendem dar a conhecer o instrumento musical por excelência do Alentejo, a Viola do Alentejo, mais conhecida por viola Campaniça.

31

Será o cantor Miguel Gameiro a apadrinhar o evento, um espetáculo que pretende promover o Cante através da interpretação de Modas do Cancioneiro Alentejano com as devidas influências regionais. O encontro “Alentejo Coral Jovem” reflete as indicações da UNESCO aquando da distinção do Cante Alentejano como Património Imaterial da Humanidade. Esta distinção responsabiliza toda a comunidade, no sentido da preservação e salvaguarda de um património que faz parte da nossa identidade cultural. Entendemos que o surgir de grupos de jovens que se dedicam ao Cante Alentejano é revelador da importância que ele assume no seio das comunidades.


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Mário Moita

G. C. de Monsaraz G. C. «Os Rurais»

G. C. Amigos do Alentejo

Gala do Cante Manuel Sérgio e José Farinha

N

o dia 30 de julho, pelas 22h00, o Largo D. Nuno Álvares Pereira, em Monsaraz, recebe uma vez mais a Gala do Cante, integrada na edição de 2016 da Festa do Cante nas Terras do Grande Lago. Este espetáculo pretende reconhecer o Cante como uma prática integrante da cultura Alentejana, realçando a importância da sua salvaguarda e transmissão. Os intervenientes neste espetáculo revelam a alma do cante, pois são estes homens e mulheres os fiéis depositários de uma herança cultural que nos foi deixada pelos nossos antepassados e que tem vindo a ser transmitida de geração em geração. Ao ouvirmos estas vozes podemos ouvir um pouco da nossa história, podemos sentir os elementos que constituem a identidade cultural de um povo.

30 de julho 22h00 / Largo D. Nuno Álvares Pereira ATUAÇÕES: Ÿ

Grupo Coral e Etnográfico Amigos do Alentejo do Feijó

Ÿ

Grupo Coral «Os Rurais» de Figueira de Cavaleiros

Ÿ

Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz

Ÿ

Mário Moita

Ÿ

Manuel Sérgio

Ÿ

José Manuel Farinha

32


EXPOSIÇÕES


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Atuação de Rão Kyao

Com o apoio de

Casa da Inquisição «Centro Interativo da história judaica em Monsaraz» História/ Casa da Inquisição

P

ercorrendo as brancas e inclinadas ruas de Monsaraz, deparamo-nos, para as bandas da alcáçova, ao fundo da Rua de Santiago, com uma casa de dois pisos, com painel azulejado entre duas janelas de cantaria, que a tradição local afirma ter sido um tribunal da inquisição. Não foi, de certeza, um tribunal da Inquisição, porque o pequeno burgo de Monsaraz nunca possuiu semelhante desígnio e os julgamentos dos crimes dos cristãos-novos montesarenses eram da competência do Santo Ofício de Évora. Julgamos que o “edifício da Inquisição” em Monsaraz tenha apenas funcionado como albergue de um familiar do Santo Ofício ou, quanto muito, como estadia temporária de acusados, que mais tarde seriam julgados no Tribunal do Santo Ofício em Évora. Mas a nossa história judaica não começa com a Inquisição no século XVI. A antiguidade da minoria hebraica de Monsaraz encontra-se já documentada no foral concedido por D. Afonso III em 1276, e suspeita-se ainda nos termos da carta lavrada em Monsaraz a 15 de maio de 1317, já no reinado de D. Dinis, aludindo à venda de Mourão ao mercador Martim Silvestre, pai do cavaleiro Gomes Martins, em 19 de abril do mesmo ano.

1382, deparamos com um judeu importante, que as fontes documentais dão como morador em Monsaraz. Esse judeu chamava-se Abrão Alfarime, “morador em Monsaraz” e, numa carta de arrendamento dos direitos pertencentes aos almoxarifados de Monsaraz e Mourão, expedida de Lisboa pelo Rei D. Fernando e dirigida ao almoxarifado e escrivão de Monsaraz e Mourão, figura ele como arrendatário desses privilégios reais. São várias as fontes que nos indicam, com alguma precisão, a existência de provas documentais e arqueológicas que atestam a subsistência de uma próspera comunidade judaica em Monsaraz. Por isso, queremos que a Casa da Inquisição seja, não só um lugar onde possa confluir essa informação, mas sobretudo, seja geradora de ideias para a interpretação e entendimento da nossa história e das suas gentes, enquanto produto e memória. Será, sem dúvida, um elemento dinamizador do concelho e congregador de uma nova dinâmica histórico-cultural.

COFINANCIAMENTO

No reinado de D. Fernando, em outubro de

34


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

DORIS LESSING

João Cutileiro «Imagens de uma vida» Fotografia / Galeria de Santiago VIEIRA DA SILVA

João Cutileiro, escultor. Convidado a fazer uma exposição no momento em que se comemoram os 30 anos do Museu Aberto de Monsaraz, recorda-se a curiosidade de ter sido em Reguengos que expôs pela primeira vez, em 1951, tinha então 14 anos. Pelos anos de 1990, recém-instalado em Évora, participou numa das primeiras edições de Monsaraz Museu Aberto e, no momento em que surge o convite para voltar a expor em Monsaraz, foi a fotografia que lhe pareceu importante partilhar. A fotografia está presente na obra de João Cutileiro desde muito cedo. Começa a fotografar mais sistematicamente na década de 50, quando estudante na Slade School tem necessidade de apresentar fotografias dos seus trabalhos para concursos ou bolsas de estudo. Usa então uma câmara Rolleiflex e os rolos de película iniciados com o trabalho são finalizados com os amigos e a convivialidade. Em 1961 apresentou pela primeira vez fotografia, numa exposição intitulada "25 Esculturas / Fotografias / Desenhos de João Cutileiro", na Sociedade Nacional de Belas Artes. Segundo Alexandre Pomar, Cutileiro é mesmo um dos nomes certos da revolução fotográfica dos anos 50 e um dos poucos, um dos primeiros, que nesse tempo mostrou publicamente as suas fotografias.

35

A fotografia de João Cutileiro integra a sua obra na perspetiva do aprisionamento do real, na captura do instante, do gesto, do olhar. Predomina o retrato e os retratados são sempre os amigos, a família, os resultados da observação constante e da convivência diária, parte do contexto criativo e da envolvência próxima. É assim que a fotografia de João Cutileiro lhe atravessa a vida e neste processo vai-se tornando memória e história, registo visual e vivo, a um tempo antecipando ou prenunciando outros desenvolvimentos no desenho ou na escultura, mas essencialmente registando a relação com os outros, a amizade, a familiaridade, o gosto e a atenção ao instante, a captura do momento, a felicidade. As fotografias que aqui se apresentam fazem o pleno da vida de João Cutileiro. Selecionámos um conjunto de trabalhos da sua coleção particular, centrada naturalmente no retrato, que começa em Évora, com Alvaro Lapa retratado em 1959, em casa do pintor e amigo António Charrua e termina na mesma cidade, em 2015, com Zélia Parreira, na Biblioteca Pública. Apoio:


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Monsaraz antes da História «Vestígios de um povoado da Idade do Bronze» Arqueologia / Museu do Fresco

A

exposição “Monsaraz antes da História. Vestígios de um povoado da Idade do Bronze”, que estará patente no Museu do Fresco, pretende divulgar junto do grande público parte da História da Vila de Monsaraz que permanece, ainda em grande parte, desconhecida. Esta exibição centra-se na escavação arqueológica realizada pela Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz e pela Associação Portanta na área traseira da Casa da Inquisição, em Monsaraz, local em que se identificaram os vestígios da mais antiga ocupação humana desta povoação, datados de cerca de 2000 anos antes da construção do seu castelo. No entanto, para uma melhor contextualização destas importantes descobertas, a exposição inicia-se por fazer referência à realidade que era vivida pelas populações no fim do III / inícios do II milénio a.C.. Nesta época, o sistema magico-simbólico, social e produtivo conhecido até então transforma-se, nascendo uma nova sociedade, que abandona os antigos sítios, mantendo, no entanto, a sua ligação aos antepassados através dos velhos monumentos megalíticos que pontuavam a paisagem do atual concelho de Reguengos de Monsaraz.

Num segundo momento da exposição há uma centralização na escavação arqueológica realizada em Monsaraz. Observa-se a importância que este sítio terá tido no século IX a.C., constituindo-se nessa época como um destaque estruturante na paisagem, tornandose um verdeiro Axis Mundi. Estão presentes alguns dos mais relevantes materiais recolhidos no decorrer dos trabalhos arqueológicos, como fragmentos de recipientes cerâmicos com a típica decoração de ornatos brunidos. A exposição termina com a integração da Monsaraz do século IX a.C. na rede de povoamento da época, presente no concelho de Reguengos de Monsaraz, destacando-se diversos sítios ocupados no final da Idade do Bronze, nomeadamente o sítio da Rocha do Vigio 2. Destaca-se também a presença de materiais arqueológicos recuperados durante a escavação deste local. Pretende-se que esta primeira divulgação dos resultados dos trabalhos arqueológicos desenvolvidos em Monsaraz crie no público uma vontade maior de conhecer a História deste local mágico.

36


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Telmo Rocha «Paisagem Interior - Inner Landscape» Fotografia / Ruas de Monsaraz

P

aisagem Interior é um percurso. Um percurso que se afasta e se encontra numa trilogia entre o espaço que se vê, o espaço que se vive e o espaço que se sente. Monsaraz que se revela, altivo, mágico, tocado pelo céu. Monsaraz que abre a porta aos dias que já não voltam. Depois, depois há a Monsaraz que abraça os sentidos e onde o sonho ganha vida na percepção que nos preenche a alma. Nas ruas de pedra que o sol beijou, calçadas percorridas entre muralhas de história e beleza infinita. As estrelas que nos acompanham, as palavras que se soltam a cada sorriso, a volúpia dos corpos que dançam a loucura. Neste percurso, caminho de liberdade feito, Monsaraz desconstruiu-se, apresentou-se nas suas mais elementares unidades e uniu-se na terra da imaginação. Peça atrás de peça, qual caleidoscópio do Eu, surge a Monsaraz sonhada, a Monsaraz que se percepciona muito

37

para além das barreiras de uma realidade que se extingue nos limites da inconsciência. Paisagem Interior é, também, uma espécie de não-conjunto ou, antes, uma espécie de conjunto de conjuntos, em que cada imagem se encerra em si mesma, ao mesmo tempo que se abre às outras e se revela a quem a vê. Não é uma manta de retalhos. São, isso sim, retalhos de uma manta que a todos cobre e a ninguém protege. Um olhar que questiona e não uma questão de olhar. Não é, nem pretende ser, um ensaio, uma série ou um projecto acabado. Entendo-a como um organismo que existe por ele próprio, que se desenvolve, que cresce e que encolhe, que, neste jogo de dilatação e contração, manda fora a entropia, assumindo como natural a dialética dos dias, essas partículas do tempo que nos guiam até que a grande noite nos abra novamente a porta de casa. Uma coisa Paisagem Interior é. Paisagem Interior é aquilo que, também, sou.


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Luísa Ferro «Monsaraz, à luz de um céu imenso» Pintura / Junta de Freguesia

N

asceu na freguesia de Monsaraz, concelho de Reguengos de Monsaraz.

Reside em Évora, onde fez grande parte do seu percurso profissional na Administração Pública, tendo frequentado a Universidade de Évora, onde se licenciou em Sociologia. Desde sempre que o desenho e a pintura em especial, estiveram presentes nos seus gostos pessoais. Fez vários cursos de pintura e a partir de certa altura passou a frequentar o Ateliê de Artes do Mestre Camol D'Évora. Os seus quadros são a óleo sobre tela e a sua arte é norteada sobretudo pelo património edificado, em especial paisagens noturnas, particularmente os casarios do imenso sul alentejano.

Admiradora das cores de veludo do céu escuro do Alentejo, tenta reproduzir essa magia nas suas telas, em especial Monsaraz, terra de xisto e cal, onde ao anoitecer, o azul-escuro do céu notívago e a lânguida luz alaranjada que escoa dos candeeiros, refletem toda a vivência na quietude singular dos lugares. As suas telas deixam, assim, revelar a sua grande paixão pelo Alentejo. Tem participado em diversas exposições individuais e coletivas e as suas obras encontram-se espalhadas por diversos espaços, tanto particulares, como institucionais.

38


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Alunos da Escola de Artes da Universidade de Évora «Anésia - Artes Visuais» Artes Visuais / Casa Monsaraz

A

nésia Manjate nasceu em 1976 em Maputo. Artista Visual e Professora, é Membro fundador do MUVART. Frequenta o Mestrado de Práticas Artísticas em Artes Visuais na Universidade de Évora. Licenciada em Ensino de Desenho Técnico Medio de Cerâmica pela ENAV. Professora desde 1998 no IMAP, ENAV e na Universidade Pedagógica. Em 2012 foi nomeada Diretora do Curso de Educação Visual, na UPG e começa a esculpir em 1993. Expõe pela primeira vez em 1995 — Exposição Coletiva “DESCOBERTA”Maputo, no Workshop "Identidades: Moçambique/Portugal". Em 1998 e 2004 participa na Bienal de Jovens Criadores da CPLP em Cabo-Verde e Portugal. Workshop "Ponte Móvel" Moçambique - Finlândia. "Mostra de Obras Moçambicanas", Instituto Camões e na Bienal TDM'99. 2004- Galardão para África 2003/2004 – união latina. É nomeada chefe do departamento de ação cultural na direção provincial de cultura de Maputo. Participa na 1.ª expo arte contemporânea de Moçambique – Muvart e na feira de arte contemporânea de Lisboa na fil. 2005 – estagia na “arco” – lisboa. de regresso a Moçambique, vence o prémio – arte assinada no feminino.

2006 – é convidada na ARCO´2006– Madrid. Johannesburg- RECADOS PARA CASA. E na 2.ª edição do MUVART. 2007-2008 participa no Workshop “O pensador” e na exposição Lisboa – Luanda – Maputo. Realiza a 2.ª exposição individual e em exposições colectivas: Itália, Brasil e Alemanha. 2012- participa na 5.ª Bienal do MUVART- em Maputo. Em 2014- Participou na Expo´ KAURU- em Pretória na Galeria UNISA. 2015- participa na Bienal das TDM. Procura trabalhar com materiais naturais e artificiais descontextualizando-os do seu meio natural, de modo a criar um espaço de referência e reflexão cultural na contemporaneidade.

«Com quantos paus se faz um lugar ao sol »

Design industrial e mobiliário / Casa Lagareiro

F

oi solicitado aos alunos que a partir de meia chapa de contraplacado de 12mm (1250X1350) desenvolvessem uma cadeira que as fixações fossem apenas por encaixe O pretendido com este projeto é o desenvolvimento de um objeto de sentar|cadeira em contraplacado de madeira, de aspeto leve que a acoplagem funcione apenas por encaixes sem levar cola que una todos os elementos da cadeira e que todos os componentes da cadeira sejam retirados de 1/2 de chapa de contraplacado no sentido da sua maior dimensão, ou seja, de uma superfície de 1350X1200mm. Pode-se no entanto utilizar encaixes pré-feitos, tipo cavilhas em madeira, ou aplicações de outros materiais criados especificamente para o efeito, sem que estes se tornem estruturais, não podendo no entanto ser utilizadas ferragens disponíveis no mercado. Estes são os resultados. Docente responsável: Fernando Miguel Marques Alunos: André Ramalho, Filipe Barros Ribeiro, João Gonçalves, João Filipe Sousa, José Carvalhal, Iven Santos Carvalho, Beatriz Jorge, Bruna Campos, Daniela

39

Fernandes, Pedro Nunes, Mariana Cornacho, Patrícia Santos, Micaela Gonçalves, Inês Matos, Mariana Antão e Bárbara Canato.


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

G.F. Amadores de Monsaraz «Tertúlia tauromáquica»

A

exposição patente na “Tertúlia Tauromáquica” tem como referência o Grupo de Forcados Amadores de Monsaraz, que se estreou em praça a 23 de julho de 2004, numa corrida de toiros realizada na Freguesia de Monsaraz e montada propositadamente para o efeito.

Freguesia de Monsaraz, o Grupo de forcados Montesarense, para além da sua atividade tauromáquica, tem sido um exemplo a seguir por outros em atividades ligadas ao associativismo jovem, através da participação em eventos a favor de causas sociais e da comunidade.

O Grupo é constituído maioritariamente por jovens com ligação à Freguesia de Monsaraz, mas ao longo do seu ainda recente percurso, tem acolhido outros que, vindos de outros locais, se enquadraram no espírito de grupo aqui existente, merecendo o respeito e a amizade dos companheiros. Apadrinhados pelo Grupo de Forcados Amadores de Montemor no seu primeiro debute em praça, o jovem Grupo de Monsaraz fez, nos últimos anos, mais de uma centena de atuações ao lado de quase todos os grupos de forcados nacionais. Consagrado a Nossa Senhora da Lagoa, orago da

O que une estes jovens é a dedicação ao grupo e o orgulho no envergar da jaqueta representativa da afición, da paixão pelos toiros e do respeito pelas tradições herdadas, que sente o povo trabalhador desta nobre terra. A exposição que poderá ser visitada na sua sede partilha com os visitantes os momentos mais marcantes da vida deste grupo através da apresentação de um espólio que se assume como um tributo à arte tauromáquica.

Gil Kaalisvart «Pessoas» Escultura / Torre de Menagem

R

econhecemos-lhe os traços, tem alguma coisa de familiar aquela pessoa. Olha no vazio, tem o rosto parado, os olhos não nos veem. Mas foi de muito olhar que aqui chegou. A longa distância entre a breve selfie onde não se vê, apenas se olha o tempo de fixar a imagem. No retrato esculpido, o artista vê durante horas a pessoa à sua frente, retrata-lhe a expressão, fixa-a no barro, faz-lhe o molde, revela-o em gesso ou pedra ou noutro material qualquer - o que importa é o tempo de ver.

40


ROTEIRO GASTRONÓMICO


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

12,5€

Menu MMA 2016 Entradas + Prato + Sobremesa Não inclui bebidas

Em Monsaraz, o saber de gerações revela-se na preparação de pratos regionais confecionados com produtos únicos, proporcionando sabores inesquecíveis.

«O ALCAIDE» FERRAGUDO

A oferta é diversificada, a escolha será difícil. Por isso, durante a edição do MMA 2016, os visitantes que pretendam conhecer melhor a nossa gastronomia são convidados a participar num Roteiro Gastronómico em que poderão degustar os Menus propostos pelos restaurantes aderentes.

Entrada: Feijão-frade com atum Prato: Sopa da panela com galinha do campo Sobremesa: Pudim de amêndoa

«O BIZACA» BARRADA

«CASA DO FORNO» MONSARAZ

Entrada: Pão, queijo e azeitonas Prato: Entrecosto com migas de espargos Sobremesa: Tarte de queijo

Entrada: Gaspacho Prato: Novilho estufado em vinho tinto Sobremesa: Sericaia

42


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto «CENTRO NÁUTICO»

«O CONVÍVIO» OUTEIRO

Entrada: Pimentos assados de coentrada Prato: Cação e poejos com migas de ovas Sobremesa: Encharcada

Entrada: Ovas de peixe do rio Prato: Carpa do rio grelhada Sobremesa: Sericaia

«FEITIÇO DA MOURA» HOTEL RURAL

«CASA MODESTA» MONSARAZ

Entrada: Creme de tomate assado Prato: Sopa de coentrada de cação em torrada de azeite e alho Sobremesa: Boleima com requeijão e laranja em calda

Entrada: Salada de tomate e queijo Prato: Cachaço de porco preto com migas de hortelã Sobremesa: Semifrio de tomate

«Lumumba» MONSARAZ

«SEM FIM» TELHEIRO

Entrada: Pão, queijo e azeitonas Prato: Ensopado de borrego ou borrego assado Sobremesa: Pudim flan

Entrada: Lagostins salteados Prato: Gaspacho alentejano Sobremesa: Migas doces

«TAVERNA OS TEMPLÁRIOS» MONSARAZ

«XAREZ» MONSARAZ

Dois patés regionais Prato: Bochechas de porco assadas no forno com batata assada e menina abóbora Sobremesa: Doce quente e frio

43

Entrada: Salpicão de coelho Prato: Bochecha de porco preto Sobremesa: Bolo Rançoso


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

EXPERIÊNCIAS Um

de emoções


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Casa D. Antónia

Vila Planície

Centro Náutico

Massagem hídrica e passeios de barco

Passeios a pé e de bicicleta pelo Olival da Pega

Atividades náuticas, BTT, passeio a cavalo ou de charrete

Monsaraz

www.casadantonia-monsaraz.com info@casadantonia-monsaraz.com Tlf.: + 351 266 557 142 Tlm.: +351 961 544 559 GPS: 38.443594, -7.380278

Na Casa Dona Antónia – Turismo Rural, em Monsaraz, pode contemplar atualmente um cenário arrebatador sobre a magnífica planície alentejana ao disfrutar de uma relaxante massagem hídrica na nossa piscina Jacuzzi. Pode ainda usufruir de um passeio no Grande Lago de Alqueva na nossa embarcação “Águas D´el Rei”, degustando a bordo uma fresca e aprazível bebida.

Telheiro

www.vilaplanicie.pt Tlf.: + 351 266 557 021 Tlm.: +351 917 324 457 GPS: 38.454643,-7.3825704

Vila Planície é um lugar que propicia um reencontro com a paz e a tranquilidade e onde a "calma alentejana" reina. À soberba gastronomia e cultura vinícola típica da zona interior do Alentejo, alia-se a riqueza da paisagem, na vastidão da planície alentejana, proporcionando um conjunto de atividades ao ar livre e em contacto com a Natureza. Desfrute das nossas duas piscinas exteriores e parque infantil, aluguer de bicicletas, passeios de barco e sala para reuniões e eventos.

Telheiro / Monsaraz

www.centronautico-monsaraz.com centronauticodemonsaraz@gmail.com Tlm: +351 966 823 888 / 917 232 001 GPS: 38º 26’ 06 69’ N - 7º 21’04 43’’W

Situado nas margens do Grande Lago Alqueva, aos pés da mágica Vila medieval de Monsaraz, encontra-se o complexo do Centro Náutico de Monsaraz com infraestrutura de Restaurante, Bar e Esplanada. Durante todo o dia ou mesmo à noite há sempre manifestações da natureza a observar. O Centro Náutico de Monsaraz tem também ao seu dispor atividades náuticas como: Passeios de barco; Canoagem; Ski aquático; Gaivotas; Dia de praia na Ilha do Tesouro. Pode também fazer BTT e passeios a cavalo ou de charrete. Um local especial em que toda a família se pode divertir e disfrutar da paisagem circundante. Na sua envolvente conta também com parque de merendas, parque infantil e parque de estacionamento. Horário: maio a outubro - 10h - 24h novembro a abril - 10h - 22h

45


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Galeria Monsaraz Exposições e pintura ao vivo

Monsaraz

www.osanimalistas.eu galeriamonsaraz@sapo.pt Tlm.: + 351 936 204 338 Tlm.: +351 936 252 778 GPS: 38.443410, -7.380587

“VENHA-NOS VER PINTAR” Durante todo o Museu Aberto, os artistas plásticos Maria José Cardoso de Souza e António Villar de Souza estarão a pintar duas telas de grande formato, cuja arte e técnica poderá ir apreciando durante o evento. “EXPOSIÇÕES PERMANENTES” Pintura, escultura, cerâmica moderna. “TRABALHARI, DÁ CÁ UMA TRABALHÊRA!" Exposição de compadres em cerâmica

Sem-fim Passeios de barco, museu do azeite

Telheiro

tiago@sem-fim.com Tlm.: +351 962 653 711 GPS: 38.454563,-7.38116

Passeios de Barco Todos os dias às 17h00 mediante reserva para o 962653711. Passeio de 2 horas com lanche a bordo, visita guiada e pausa para mergulho 20€ por adulto, crianças até aos 12 anos - 10€. Restaurante Visite o Sem-Fim, um restaurante onde um artista, Gil Kalisvaart e uma restauradora, Arlinda Ribeiro e sua família, reproduziram os gostos da terra, recriaram paladares do mundo. Um espaço de arqueologia industrial, onde a vida se manteve, ou não seja o azeite uma Alquimia. Este espaço integrado na paisagem alentejana oferece uma experiência única de contato com a tradição local de produção de azeites. Associado ao lagar existe um restaurante, uma sala de exposições permanentes, denominada Casa das Tulhas. Abrem-se as prensas a quadros, ora frescos, ora ausentes, e vêm outros que as pintam para que o olhar de quem chega perceba que aqui os sentidos se apuram até ao sabor final. A “Margia” que se sente sempre, seja pela calma que acalma, pelo cante dos homens à volta do petisco ou pela agitação de uma cigarra.

Monte do Laranjal Horta biológica e exposição Monsaraz

www.montedolaranjal.com www.facebook.com/montedolaranjal Tlm.: +351 917 857 423 GPS: 38.435981, -7.391508

Visita à Horta Biológica Horário de visitas: 8:00 - 11:00 Visite a horta biológica do Monte do Laranjal, uma produção de legumes feita sob a certificação da Ecocert Portugal. Aos hóspedes oferece-se ainda a possibilidade de participar nas atividades diárias de limpeza, colheita e manutenção da horta, feitas sempre bem cedo para aproveitar a única altura fresca do verão Alentejano! Aproveite a oportunidade de poder estar em contacto com a terra da forma mais tradicional.

Exposição no Espaço Cultural do Monte do Laranjal Horário de visitas: 15:00 - 19:00 Visite a exposição que o Monte do Laranjal compilou para marcar a Bienal Monsaraz Museu Aberto no seu espaço. Com a presença de artistas contemporâneos, aproveite a sua visita ao nosso concelho para contemplar alguns dos nossos artistas num espaço calmo e com uma vista deslumbrante de Monsaraz.

46


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Casa D. Nuno Pôr do Sol com vista panorâmica para a planície alentejana

Monsaraz

www.dnunoth.com geral@dnunoth.com Tlf.: +351 266 098 312 Tlm.: +351 964 304 078

A Casa D. Nuno-TH é a maior casa dentro das muralhas de Monsaraz. Pela sua beleza e arquitetura singular foi descrita no Inventário Artístico de Portugal pelo Historiador Túlio Espanca como sendo de «um pitoresco extraordinário». A Casa D. Nuno-TH foi uma das pioneiras do turismo de habitação, na família desde 1980 e totalmente renovada em 2014. Oferece aos seus hóspedes um serviço de qualidade num ambiente tranquilo e familiar. Os quartos amplos, salas com lareira e terraços com vistas panorâmicas para o pôr do sol sobre a planície alentejana, tornam este um local idílico. Para comemorar os 30 Anos do “Monsaraz Museu”, lançamos em exclusivo para os nossos hospedes o “white sunset space”, onde poderão degustar um vinho branco da região e apreciar o maravilhoso pôr do sol…

47

Hotel

São Lourenço do Barrocal

Provas de vinho, passeios, caças ao tesouro, etc Monsaraz

www.barrocal.pt reservations@barrocal.pt Tlf.: +351 266 247 140

São Lourenço do Barrocal é um retiro rural, sensível à vastidão da terra que o acolhe e ao legado familiar que lhe está na origem, com um antigo monte alentejano rejuvenescido enquanto hotel de luxo despretensioso, no seio de vinhas, carvalhos e oliveiras centenárias da paisagem de Monsaraz, Portugal. São Lourenço do Barrocal compreende uma adega para a criação de vinhos de marca exclusiva, um restaurante farm to table que privilegia os ingredientes e a simplicidade da cozinha do Alentejo, uma loja para venda de produtos de artesanato contemporâneo português, iguarias regionais e com origem na própria herdade e um spa da marca austríaca de produtos de cosmética biológicos Susanne Kaufmann. Possui ainda uma piscina exterior, jardins, pomares, uma horta biológica (a abrir em breve) e cavalariças com picadeiro.

Casa Saramago Astroturismo

Telheiro

www.casasaramago-monsaraz.com.pt Tlf: +351 266 557 494 Tlm: +351 965 559 070 GPS: 38.453656, -7.382526

A Casa Saramago de Monsaraz é uma quinta de turismo rural localizada na vila medieval de Monsaraz. Classificada como Monumento Nacional, Monsaraz situa-se junto à barragem de Alqueva, a cerca de 15 km de Reguengos de Monsaraz e 50 km de Évora, cidade Património Mundial. Trata-se de uma zona de grande riqueza patrimonial e ambiental, de onde se destaca a grande concentração de monumentos megalíticos, uma das maiores da Europa, para além dos atrativos próprios da cozinha regional, vinhos e paisagem. Possui ainda bastantes atividades rurais, nomeadamente o fabrico de pão, vinho, azeite e doçaria, riquíssima gastronomia, festas e romarias tradicionais. A caça e a pesca, o artesanato e as manifestações religiosas populares, são outras atividades que completam a diversidade de oferta de animação.


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Obervatório Lago Alqueva - OLA

Monte Alerta

Horta da Moura

Chill Out Monte Alerta

Caminho das oliveiras milenares

Astroturismo

Monsaraz

www.olagoalqueva.pt geral@olagoalqueva.pt GPS: 38°26’35.5, 7°21’48.4

O Observatório do Lago Alqueva OLA é o primeiro observatório astronómico da Reserva Dark Sky Alqueva que proporciona sessões de observação a turistas, curiosos da astronomia a conhecer o céu a olho nu, facilita a astrofotografia para astrónomos amadores e que promove encontros, oficinas e conferências. Localizado próximo da vila de Monsaraz, no centro da Reserva Dark Sky Alqueva, é a primeira reserva Dark Sky Tourism Destination, certificada pela Starlight Foundation e apoiada pela UNESCO e a UNWTO e o Instituto de Astrofísica das Canárias. Os visitantes têm à sua disposição sessões de observação diurnas e noturnas de terça a sábado. Nas sessões de observação da tarde, os visitantes podem observar o Sol para descobrir as manchas solares e as suas proeminências através de telescópios seguros. Na sessão da noite, os visitantes são levados num passeio pelo magnífico céu da Reserva Dark Sky, onde se pode aprender a orientação pela polar, identificar as constelações e conhecer as suas lendas, relacionar a cor das estrelas com as suas idades, observar enxames de estrelas, nebulosas e galáxias.

Monsaraz

www.montealerta.pt Tlm.: +351 966 768 307 GPS: 38º 26´ 50´´ N 7° 22´13´´ W

Chill Out Monte Alerta - Sentir o pôr do sol, saborear o entardecer, contemplar as estrelas. O monte é um verdadeiro oásis de frescura e paz, com frondosos jardins temáticos, ( jardim da piscina, jardim da meditação), para além de outras zonas verdes e de um lago artificial que no verão refresca o monte. Estes jardins são constituídos por variadas espécies de árvores, algumas de grande porte. No interior, os salões generosos, bem como os quartos amplos, proporcionam uma estadia aprazível.

Monsaraz

Tlf.: +351 266 550 100 Fax: +351 266 550 108 www.hortadamoura.pt Visitas por marcação GPS: 38.435352, -7.389089

A segunda árvore certificada mais antiga de Portugal, uma oliveira com 2450 anos está situada no Concelho de Reguengos de Monsaraz, mais concretamente no HOTEL RURAL HORTA DA MOURA. Esta certificação foi passada recentemente pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). A oliveira, cujo tronco precisa de sete homens para abraçá-la, faz parte de um conjunto de sete, inseridas nos espaços do Hotel, onde existem outras duas com mais de mil anos, mais concretamente 1370 e 1330 anos. A direção do Hotel criou um percurso histórico dentro dos 8 hectares da propriedade, onde cada visitante pode contemplar cada uma das 7 oliveiras, num passeio lúdico e pedagógico. Horário: de quarta a domingo, das 9h às 13h – Visita gratuita com marcação prévia

48


’ MMA16

30 anos Monsaraz Museu Aberto

Casa do Cante

Casa do Barro

Cante alentejano

Manusear o barro

Telheiro

Rua das Flores GPS: 38.45311, -7.381289

A “Casa do Cante” é «um espaço que visa a promoção, exaltação e estudo do cante alentejano» . Resulta da requalificação e readaptação da antiga Escola Primária do Telheiro/Monsaraz para sede social do Grupo Cultural e Desportivo da Freguesia de Monsaraz e dispõe de ótimas condições para os ensaios do Grupo Coral. O espaço integra as "Oficinas de Cante", que visam promover o ensino e aprendizagem do "Cante Alentejano". Neste local é, também, possível consultar a história e percurso do Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz. Horário: 10h-12h30 e 14h-18h30

49

S. Pedro do Corval

cultura@cm-reguengos-monsaraz.pt Tlf.: + 351 266 508 040 Tlm.: + 351 961 248 195

Museu José Mestre Batista

Museu tauromáquico

Reguengos de Monsaraz

Rua 1.º de maio cultura@cm-reguengos-monsaraz.pt Tlf: + 351 266 508 040 GPS: 38.424598, -7.535111

A Olaria de São Pedro do Corval é uma referência do Concelho de Reguengos de Monsaraz, para além de representar um elemento da sua identidade e especificidade, constituindo-se numa mais-valia local.

Inaugurado a 30 de maio de 2014, o Museu Mestre Batista homenageia um dos mais ilustres cavaleiros tauromáquicos portugueses, nascido no concelho, mais precisamente na freguesia de Campo.

São Pedro do Corval, o maior centro oleiro da Península Ibérica, é uma aldeia com muitas vidas feitas em torno do barro. Conta atualmente com 21 olarias em funcionamento, estando a sua existência datada do período da dominação romana e árabe.

Neste espaço, os aficionados poderão apreciar o espólio profissional e pessoal mais relevante do cavaleiro. Entre as peças cedidas pela "D. Tina" Mestre Batista, viúva do toureiro, estão em exposição casacas, um fato curto completo, jaquetas, fatos de tourear (trajo de Luzes) dos bandarilheiros, a cabeça, a crina e uma pata do cavalo Falcão, selas de tourear e dois selins à inglesa, vários arreios de cortesia, freios e estribos.

Neste espaço os utentes terão oportunidade de manusear o barro e ao mesmo tempo observar o ato de produzir uma peça de barro numa roda de oleiro. Irá funcionar como espaço pedagógico através da realização de atividades com oleiros, pintores, grupos escolares e seniores no sentido de o tornar um espaço vivo, ligando-o à comunidade local. Assim, os visitantes em geral poderão aprender uma série de valores culturais relacionados com a olaria, e manter deste modo, viva e presente a herança cultural.

Para além destes, vários objetos pessoais do cavaleiro, como relógios de bolso com corrente em prata, fio com crucifixo em prata, botões de punho em prata, aliança de casamento e devido livrinho de Pádua, livro de orações com capa em madre pérola, óculos de ler e troféus enriquecem a coleção. Neste espaço é ainda possível adquirir a edição especial do vinho Reguengos Reserva, lançado pela CARMIM em homenagem a José Mestre Batista (1940-1985).


CARTAZ DA PRIMEIRA EDIÇÃO DO MONSARAZ MUSEU ABERTO - 1986

30 anos de Monsaraz Museu Aberto

Exposição com cartazes do Monsaraz Museu Aberto ao longo dos seus 30 anos Restaurante Casa do Forno, Monsaraz



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.