A ascensão dos nove pittacus lore

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pés e os incendeio. As chamas sobem por meu corpo enquanto eu salto. O soldado também pula, e, quando nos encontramos, enterro meu punho em seu peito e abro um buraco flame- jante. Ele se transforma em cinzas antes de tocar o chão. À minha direita, outra pedra preta se vira; é outro soldado mog armado com uma espada. Mais duas pedras viram à esquerda, e ouço outros aparecendo atrás de mim. A pedra embaixo de meus pés começa a vibrar, e eu pulo na mesma hora em que ela gira e sai um mogadoriano com um canhão. Depois de atravessar com um soco o soldado mais próximo à minha esquerda, começo a disparar bolas de fogo, lutando com novas forças. Meu bracelete vermelho se ativa, abrindo-se de repente e decepando a cabeça de um soldado gigantesco. Em um minuto destruo todos eles. Sinto o sangue cheio de adrenalina e aguardo o som de mais pedras revelando a próxima onda de inimigos. Uma dúzia de pedras se vira diante de mim, e depois cinquenta de cada lado. Estou cercado pelos maiores e mais bem-equipados soldados mogadorianos que já vi. Crio um pequeno círculo de fogo à minha volta e recuo, com o fogo delimitando o perímetro até eu chegar à parede da arena. O fogo arde entre mim e os mogs. Mas, por algum motivo, não considero minha posição particularmente segura. Amplio meu círculo de fogo até as chamas atingirem uma fileira de soldados. Eles pegam fogo, mas não se transformam em cinzas. Na verdade, eles atravessam o fogo com as armas erguidas. Arremesso dezenas de bolas de fogo, mas desta vez elas não fazem efeito. Algo vermelho corta o ar acima de minha cabeça e perfura o peito de um soldado mogadoriano que não para de avançar. Reconheço o objeto. E o cajado de Nove. Ele pula da arquibancada vazia e cai bem a meu lado. Mesmo no meio de um ataque, fico aliviado por vê-lo. No mesmo instante me sinto mais seguro, mais confiante de que até esses mogs à prova de fogo serão derrotados agora que somos nós dois. — Muita gentileza sua aparecer! — grito. Ele está a meu lado, mas parece não ouvir minha voz. — Ei, Nove! — tento outra vez, mas ele continua sem reagir. Fica apenas olhando para os mogs que se aproximam. Quando os soldados estão a poucos metros de distância, o chão a nossos pés começa a tremer. Tento me segurar à parede, mas não consigo me equilibrar. De repente, uma explosão imensa sacode o outro lado da arena, e pedaços de pedra preta caem em nós. Nove se esquiva de um pedregulho grande que atinge a parede atrás de mim e deixa um buraco gigantesco que se abre para o exterior. Do outro lado do buraco, vejo o céu azul. Em meio às nuvens de poeira e chuvas de escombros, um palco grande surge


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