200 Maiores e Melhores 2017

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ECONOMIA

Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies). O principal polo da indústria de embalagens está sediado na Serra, com 18 estabelecimentos e um contingente de 627 empregados. Entre os municípios que mais concentram empresas do setor, estão ainda Vila Velha, com 10 empresas e 141 empregos, Linhares, com cinco estabelecimentos e 188 trabalhadores, e Cariacica, com quatro empresas e 166 empregados. Medido pelo Ideies, o Índice de Capacidade Competitiva (ICC) do setor cresceu 5,2% em 2016. A amostra compreende 10 empresas capixabas do setor de embalagens que aderiram ao Contrato de Competitividade firmado com o governo estadual. O ICC é construído a partir de um conjunto de indicadores baseados em três dimensões: inovação, eficiência da gestão e desempenho. No levantamento realizado para medição do ICC, foi constatado um aumento de 12,9% nas despesas com treinamento e desenvolvimento, em 2016. Na Escola do Plástico, do Sindiplast-ES, foram oferecidas 2.600 horas de cursos e capacitações, com destaque para o curso Técnico em Plástico. De acordo com Régio, trabalhar o aumento da competitividade tem sido o foco das empresas nos últimos anos. “Atuamos com o conceito de espera ativa, que significa esperar o cenário econômico melhorar, enquanto trabalhamos nossos ambientes internos com a representação sindical da indústria e o poder público. Chegaremos no pós-crise preparados para um novo ciclo de crescimento”, destaca. Para que isso se confirme, entretanto, o presidente do Sindiplast-ES ressalva que é importante avançar em reformas como a trabalhista e a previdenciária. “Elas independem de quem estiver no governo. A trabalhista é um grande passo para que tenhamos segurança jurídica na relação capital-trabalho. Outra questão importante é o teto para os gastos públicos, de modo que o país volte a ter capacidade de investimento”, sublinha.

INDÚSTRIA QUÍMICA ENCOLHE NO MERCADO DOMÉSTICO No 1º semestre de 2017, o setor químico viu as importações atingirem um crescimento recorde: 30,5% em relação ao mesmo período de 2016. Segundo Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), houve redução da atividade, com o índice de produção subindo 0,85%, mas as vendas internas caindo 1,06%. Na mesma base de comparação, uma importante medida de demanda, o Consumo Aparente Nacional (CAN), 218

Crescimento recorde nas importações da indústria química elevou para 37,8% sua participação na demanda interna

subiu 8,4%. Entretanto, com a queda nas vendas, o setor perdeu participação e as importações representaram 37,8% da demanda interna. O presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Químicos do Espírito Santo (Sindiquímicos-ES), José Carlos Zanotelli, destaca que as indústrias químicas mais avançadas dependem de insumos importados, estando submetidas às variações cambiais. “O Brasil ainda depende de insumos químicos de grandes laboratórios internacionais.” Em relação à política industrial, Zanotelli reivindica que há “urgência na desoneração do ICMS para os setores de bioenergia, especialmente o sucroalcooleiro (para o etanol), cuja taxação de ICMS no Espírito Santo é a mais alta do país”, afirma. Ele cita ainda a necessidade de uma planta para fabricação de hidrogenados destinados a adubos e fertilizantes, preferencialmente em Linhares (aproveitando a bacia de gás natural da região) e de uma planta para fracionamento de gás natural para suprir indústrias. Embora ainda sem essas plantas, em 2017, o setor no Estado recebeu uma notícia positiva: o grupo italiano Geofin, composto por nove grandes empresas, investirá R$ 50 milhões em uma planta na Serra. No local, a empresa pretende produzir cerca de 15 mil toneladas de resinas de especialidade, voltadas para abastecer mercados das Américas do Sul e do Norte. “Somos um país muito rico, capaz de promover estímulos empreendedores ao mínimo sinal de normalidade política e econômica do governo central. Depois de tantos desacertos e escândalos, parece que a economia real está se descolando da economia estatal e política. Há esperanças”, conclui Zanotelli. ANUÁRIO IEL 200 MAIORES E MELHORES EMPRESAS 2017


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