Revista Informare #33

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ano 8 • Junho 2014

Página 8 COMAU PRESTA SERVIÇOS PARA A USIMINAS

FILHO DE COLABORADOR GANHA NOVO CORAÇÃO

A Multiculturalidade ENTRA EM CAMPO

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Índice

Projeto Pernambuco: C omau

leva alta tecnologia ao estado pernambucano em um dos seus maiores projetos no país .|

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E ditorial

22 N ovos N egócios

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U pgr ade

24 E xemplo

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Projeto DAF

27 A mérica L atina

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Projeto Pernambuco

28 U m Time G lobal

18 I nspir ação

de

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S uper ação

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em

E ducação

20 S ervice A utomotive

E x pe die nte A revista Informare é uma publicação da Comau do Brasil – Editada pela Comunicação e Sustentabilidade – Sede: Av. do Contorno, 3455 – Distrito Industrial Paulo Camilo Pena – CEP 32 669-900 – Betim/MG – www.comau.com – Responsável: Tarcísia Martins Ramalho (tarcisia.ramalho@comau.com). Redação Comau: Ubirajara Barbosa e Henrique Terra. Execução editorial: Ideia Comunicação (ideia@ideiacom. com.br) – Jornalista Responsável: Harley Pinto (MG 09.013) – Editoração: Raoni Coelho/Ideia Comunicação. Fotografias: Gustavo Lavalho e Arquivo Comau.


Crescer com responsabilidade Em uma empresa como a Comau, com negócios em diversos segmentos, envolvendo diferentes tipos de tecnologia e conhecimento, mais que contar com a inovação e a criatividade do nosso time, é preciso que se tenha um planejamento estratégico sólido e coeso, um processo gerencial que defina os rumos, objetivos, planos de ação e as condições necessárias para se atingir as metas e superar os desafios de mercado. E é baseado em nosso planejamento estratégico que a Comau vem avançando em diversas frentes, ampliando seus negócios e se firmando como uma empresa referência em seus segmentos de atuação. Nesta edição da Revista Informare, você terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre um dos mais importantes projetos da Comau no Brasil, com destaque em todo o mundo. A nova fábrica do Grupo Fiat Chrysler no nordeste trouxe para nós o desafio de aplicar a mais alta tecnologia na construção das linhas de produção para a montagem e solda de carrocerias, utilizando conhecimento e inovação de centenas de empregados do Brasil e de colegas de outros países onde a empresa atua. Mas o que faz da Comau uma empresa robusta e diversificada é a sua capacidade de atuar simultaneamente em grandes projetos, por isso continua avançando em todas as suas Unidades de Negócio. É esta habilidade de mercado que tem gerado ainda mais produtividade e competitividade aos nossos clientes Service, como a Usiminas, em Cubatão na baixada Santista, que há alguns meses passou a integrar a carteira de clientes da Comau. É assim, atuando de uma maneira cada dia mais global, focada na qualidade dos seus produtos e serviços, mas sempre colocando as pessoas como parte fundamental do nosso sucesso, que a Comau continua avançando com sustentabilidade e responsabilidade.

Gerardo Bovone Superintendente Comau América Latina

Obrigado pela sua participação neste processo e boa leitura!


Upgrade

Comau realiza atualização do Sistema RM visando ganhos de produtividade dos usuários

A

área de TI da Comau, situada em Betim (MG), realizou uma grande força-tarefa para a implementação da atualização do Sistema RM, que entrou em operação em fevereiro. Esse sistema, que é utilizado pelos profissionais administrativos da empresa para controle e gestão dos processos, passou a ter mais funcionalidades e recursos já existentes foram reformulados para proporcionar um melhor desempenho. O processo foi gerenciado em conjunto com a Totvs, empresa sucessora da RM Sistemas e hoje responsável pelo desenvolvimento do software.

a este acompanhamento, foi um processo colaborativo. “Os participantes das demais áreas dedicaram parte do seu tempo para que o objetivo fosse atingido”.

A atualização migrou da versão 11.0, utilizada desde 1999, para a versão 11.82. Agora, o sistema conta com uma base tecnológica mais moderna, com mais recursos para realização de controles, otimização de processos e acesso mais rápido às informações.

Processo de atualização

Ainda segundo Rozi, a partir da implementação, houve um aumento significativo da demanda de suporte, mas com o conhecimento, comprometimento e responsabilidade da equipe TI Comau e Totvs, tudo ocorreu bem. “Buscamos dar respostas rápidas para os usuários de modo que suas atividades não ficassem tão comprometidas”, conta.

Uma equipe formada por profissionais da Totvs e colaboradores da Comau esteve dedicada a acompanhar todo o processo de mudança. Uma das profissionais que integrou essa comissão é Rozi Janaína, analista de TI. De acordo com ela, que se dedicou exclusivamente

“Esta migração faz parte de um projeto estratégico da Comau do Brasil, que busca ter um controle mais eficaz das suas operações. Por exemplo, antes, se um usuário precisasse acessar um aplicativo, como o sistema de Gestão de Compras, Faturamento e Estoque (RM Nucleus)

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Um dos pontos ressaltados por Rozi diz respeito à preparação para esta migração. “A elaboração da nova versão do sistema foi feita numa base paralela específica, para não interferir na rotina diária dos usuários”, comenta Rozi, que acrescenta: “não podíamos interromper as atividades das demais áreas. Este foi um dos principais objetivos. E, graças ao empenho de todos, conseguimos realizá-lo”, afirma.


Você sabia? Foram dedicadas mais de 10.000 horas de trabalho para esta atualização. Em média, estiveram envolvidas 100 pessoas direta e indiretamente no processo, da TI Comau, Totvs, RH, Comunicação e Treinamento, além de usuários-chave e usuários finais.

e necessitasse abrir o sistema de Gestão Contábil (RM Saldus) ou o sistema de Gestão Financeira (RM Fluxus), ele teria que sair de um para entrar no outro. Com a nova versão, com apenas um único login (acesso), ele pode acessar todos os aplicativos, que estão disponíveis no mesmo local. “Isso permite que as pessoas possam se concentrar mais em suas atividades e não dispersar esforços e tempo ao ter que acessar outras funcionalidades para obter mais informações”, explica Rozi.

Alguns benefícios adquiridos com a versão: • Tela de trabalho similar ao Microsoft Office, o que traz ao usuário uma forma mais amigável de identificar as informações nas telas do sistema; • Acesso a todos os aplicativos com um único login (acesso); • Agendamentos automáticos para geração de relatório no fechamento do mês, o que poupa tempo dos usuários; • Comunicação com a Receita Federal para validação de CEP, CPF, inscrição estadual, cadastro de cliente/fornecedor, entre outros; • Recursos integrados que permitem a criação instantânea de consultas, gráficos e relatórios, análises de indicadores e acompanhamento de metas de forma mais rápida e mais fácil de visualizar e analisar as informações.

Dados sobre Compras, Faturamento, Financeiro, Estoque, Logística, Controladoria, Recursos Humanos, Contabilidade e Fiscal são tratados como informações relevantes para a tomada de decisões da organização. Todos esses dados, de todas as áreas, são analisadas e armazenadas. De acordo com Sandra Resende, uma das principais vantagens do novo Sistema RM é sua maior possibilidade de integração entre as diversas atividades. “Por usarmos uma nova plataforma de desenvolvimento, foi possível gerar uma melhor interação entre o usuário e o sistema, com mais flexibilidade e agilidade no retorno dos comandos”, garante a gerente de projetos da Totvs.

Sobre o Sistema RM O maior objetivo do sistema desenvolvido pela Totvs é armazenar, processar, organizar e compartilhar o banco de informações da Comau, assegurando uma visão unificada das operações e, consequentemente, garantir maior eficiência na gestão e controle do negócio.

Equipe da Comau e Totvs que trabalharam na atualização do Sistema RM.

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Projeto DAF

INOVAÇÃO NA ESTRADA COMAU REALIZA PROJETO PIONEIRO NO MERCADO DE CAMINHÕES JUNTO À MULTINACIONAL DAF

A Comau possui uma tradição de sistemas para a indústria automobilística, principalmente para veículos de passageiros. Com esse know how, percebeu-se que era possível expandir o escopo ofertado ao mercado, aumentando a visibilidade e a carteira de clientes da companhia. Assim, a Comau já criou projetos para caminhões fora de estrada, tratores, máquinas agrícolas, trens e até mesmo para o mercado aeroespacial. Um destes clientes é a DAF, fabricante dos caminhões XF, os primeiros produzidos pela empresa no país. A montadora é uma das líderes mundiais na produção de caminhões. O projeto teve início em 2012, foi entregue para produção em outubro de 2013, sendo finalizado em janeiro de 2014 com o fim da assistência técnica. Estes caminhões atenderão ao mercado de transportadoras e grandes frotistas. “Participamos da idealização do projeto, desde a análise do processo, engenharia, aquisições e contratações, construção, instalação e testes (tryout) de toda a linha de montagem da carroceria”, informa o gerente do projeto, André Sousa. Este projeto faz parte da Unidade de Negócio Adaptive Solutions, responsável por idealizar

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sistemas de linhas de montagem para os mais variados nichos de mercado. De acordo com Sousa, unidades da Comau de três países estiveram envolvidas no projeto, o que mostra o comprometimento da empresa em realizar projetos globais. “O gerenciamento foi realizado pela sede brasileira, a engenharia mecânica foi feita nos Estados Unidos e a construção de todos os dispositivos foi feita na unidade argentina. Trata-se do nosso maior projeto enquanto Unidade de Negócio. Aprendemos muito no processo. A satisfação final do cliente é o indício de que seguimos no caminho certo”, explica Sousa.

Qualidade Durante a etapa argentina, foram realizados testes de tryout, que contemplam o envio, pelo cliente, de três conjuntos de peças dos caminhões, visando a criação de um piloto. A primeira cabine foi feita durante os testes em Córdoba, na Argentina. Isso garantiu que a qualidade dimensional já verificada nas fábricas europeias da DAF fosse alcançada já nas primeiras cabines produzidas.


Segurança O projeto adotou as mais rígidas normas de segurança existentes atualmente para fabricantes de equipamentos. A norma NR12 – que define referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção visando garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores – foi totalmente atendida. Além disso, nenhum acidente ou lesão foram registrados durantes todas as fases do projeto.

Integração Foi organizado – em conjunto com a Fiat Services e CIO Comau do Brasil e Argentina – um esquema para liberação dos equipamentos vindos da Argentina em tempo hábil. Isto permitiu que todos os caminhões (12) de equipamentos que chegaram da Argentina fossem liberados em tempo hábil e sem problemas alfandegários.

Parte da equipe da Adaptive Solutions que atuou no Projeto DAF

Colaboradores da Comau do Brasil e Argentina trabalharam de forma integrada no projeto

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Projeto Pernambuco

Escrevendo história Em um dos maiores projetos desenvolvidos em sua história no Brasil, a Comau inova com tecnologia inédita na América Latina

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uase quatro décadas depois de iniciar sua trajetória de líder do mercado brasileiro, ao inaugurar sua primeira fábrica de automóveis no país, o Grupo Fiat Chrysler se prepara para mais um passo histórico: a implantação de um novo polo industrial, desta vez em Pernambuco, na região nordeste, com capacidade inicial para produção de 250 mil veículos ao ano e geração 4,5 mil empregos. Na mesma área, serão instaladas indústrias de fabricantes de autopeças, que vão fornecer kits completos para a linha de montagem. “Esse é um projeto de grande magnitude e a Comau faz parte desta empreitada, por sua capacidade técnica e comprometimento indiscutível”, afirma

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Gerardo Bovone, América Latina.

superintendente

da

Comau

Atuando no projeto desde sua concepção, em 2010, a Comau é a responsável pela construção das linhas de produção para a montagem e solda de carrocerias na área de funilaria. Este é o maior projeto já implantado pela Comau do Brasil, como explica o diretor do Projeto Pernambuco, Robert Caumette. “Trata-se de um projeto de alta complexidade, com uma estrutura composta por vários robôs e sistemas sofisticados, o que confirma a capacidade técnica da empresa e de sua equipe para encarar com qualidade os grandes desafios apresentados pelo nosso cliente”, pontua.


Um processo bem definido Para atender os prazos do cliente, a Comau dividiu o Projeto Pernambuco em duas frentes de trabalho. O objetivo foi dar maior agilidade à montagem dos componentes. Pelo fato da fábrica ficar a aproximadamente 120 quilômetros do porto de Suape, origem de grande parte dos componentes

Sobre a obra A fábrica do Grupo Fiat Chrysler em Pernambuco está sendo instalada em um terreno com 14 milhões de metros quadrados de área contínua, no município de Goiana. A área comporta um complexo polo automotivo, composto pela fábrica, parque de fornecedores, centro de treinamento,

para a obra, vindos de diversas partes do mundo, a Comau escolheu montar suas bases em Cabo de Santo Agostinho. A decisão foi acertada, pois levou maior agilidade e ganhos de produtividade, já que, nesse caso, o processo logístico é bastante complexo, por envolver não apenas as operações da Comau, mas também de fornecedores do Brasil, Itália e México.

centro de pesquisa e desenvolvimento, pista de testes e campo de provas. A concentração de todos esses processos produtivos em um mesmo parque industrial vai possibilitar o aumento da eficiência na linha de montagem. A terraplenagem começou em janeiro de 2012 e o início da produção está previsto para 2015.

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Projeto Pernambuco

Primeira etapa: intercoligamento Na primeira destas etapas do trabalho, sediada na cidade de Cabo de Santo Agostinho, a Comau está realizando toda a montagem e integração entre os componentes, que posteriormente são transportados para Goiana, a 80 quilômetros, onde são instalados. “Além dessa integração, idealizamos toda a funcionalidade dos componentes, num panorama muito detalhado, para que possamos realizar as entregas com o maior grau de assertividade possível, totalmente integrados ao pessoal de Goiana. Chamamos essa parte do projeto de intercoligamento”, explica Leonardo Mendonça, supervisor da Logística Systems. Por sua vez, o coodernador CIO Leader Dieison Sena lembra que muitos foram e continuam sendo os desafios para esta etapa do projeto. Para citar apenas um exemplo: local para a instalação da Comau na cidade. “Não foi fácil conseguir um galpão com o tamanho que precisamos em Cabo de Santo Agostinho. Procurando um local ideal para locação, uma equipe Comau esteve na cidade. Após um período de busca, localizou-se um galpão que reunia as condições ideais. Hoje, estamos perfeitamente instalados em um conjunto com mais de 13 mil metros quadrados, onde podemos desenvolver nossas atividades”, afirma. Além de colaboradores envolvidos nesta etapa, participam também fornecedores locais e estrangeiros. Para se ter a ideia da complexidade desta fase do projeto, alguns dos itens integrados em Cabo de Santo Agostinho são levados sozinhos em carretas, devido ao seu tamanho, complexidade e peso. “Saem de Cabo, todos os dias, seis carretas, em média. Ou seja, podemos dizer, sem medo de errar, que ao final do processo terão sido mais de 17 mil quilômetros percorridos em cerca de 110 viagens, Goiana/Cabo de Santo Agostinho, ida e volta, o que, em linha reta, é três a vezes a distância ligando o extremo Norte ao Sul do país”, conclui Leonardo Mendonça.

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Uso de tecnologia de ponta marca Projeto Pernambuco.

Resolvendo o quebra-cabeça Com parte da 1ª fase concluída, o projeto entrou na segunda etapa: a transferência dos equipamentos de Cabo de Santo Agostinho para Goiana. A segunda etapa é ainda mais complexa do que a primeira, uma vez que demanda precisão absoluta na montagem dos equipamentos na área industrial da Funilaria da planta. “Temos uma boa expectativa em relação ao cronograma, o que demonstra o acerto de termos dividido o projeto em duas frentes de trabalho. A segunda etapa está demandando as peças e equipamentos da primeira, gerando maior empenho de todos os envolvidos”, considera De Angelis Marcolino, supervisor de Montagem Industrial.


Leonardo Mendonça, supervisor da logística Systems.

Equipe da Assistência Técnica Robótica.

Um dos complicadores dessa etapa, como relata o coordenador de Processos de Manufatura do CIO, Sérgio Lagori, diz respeito ao recebimento de peças e equipamentos de diferentes fontes e locais, um verdadeiro quebra-cabeça. “Para ilustrar o alto grau de complexidade do Projeto Pernambuco, imaginemos o seguinte cenário: num único dia, podemos receber componentes vindos do México, que teriam que ser interligados a outros que acabaram de chegar da Itália, que aguardam peças vindas da nossa unidade de Betim. E que este equipamento ainda necessita, para ser finalizado, de um container vindo de outro país. Trata-se de um cenário hipotético, mas que é, sim, possível de ocorrer”, exemplifica.

Com o início da 2ª etapa, o foco é deslocado para Goiana, acarretando maior expectativa do cliente. Antes, todas as peças iam para a unidade Comau de Cabo de Santo Agostinho. A partir de agora, dependendo do componente, ele pode ser despachado diretamente para Goiana. “Isso faz com que precisemos antecipar ainda mais nossa logística. Necessitamos saber exatamente o que está chegando, o que ainda está sendo montado em Cabo e o que já foi despachado para Goiana. Precisamos ser altamente organizados para que possamos antecipar cada vez mais nossas entregas, demonstrando nosso know how no que fazemos de melhor: encantar o cliente”, analisa Gustavo D’Angelis, responsável de projetos.

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Projeto Pernambuco

Edilberto Tom Back, controller do Projeto Pernambuco.

Equipe da Qualidade Mundial visita o Projeto Pernambuco.

Fase minuciosa

Gestão de custos

Com o intercoligamento dos equipamentos estruturais finalizados, o projeto entrará na sua fase mais minuciosa, com o trabalho sendo direcionado para equipamentos menores e com maior grau de tecnologia envolvida.

O conceito de cadeia produtiva é largamente praticado no setor automotivo, com as empresas atuando de forma integrada. Afinal, o projeto só pode ser dado como concluído quando o produto ou serviço acordado contratualmente é entregue ao cliente, é o que explica Edilberto Tom Back, controller do projeto Pernambuco da unidade Brasil. “Sem uma gestão de custos acertada, torna-se difícil gerir um projeto, tenha ele o tamanho e orçamento que possuir. Nossa área atua em conjunto com os demais departamentos da empresa, sempre analisando se a frente operacional/ técnica e a econômica/financeira estão caminhando de forma coerente com o planejado”, afirma.

“São componentes de automação, elétricos, de mecânica mais precisa, além, é claro, da parte de robótica”, afirma Davide Monastra, coordenador de Instalações. Há robôs que já vieram montados para Goiana. É o caso dos robôs que ficarão no chão. E há os robôs que trabalharão suspensos, de cabeça para baixo nas linhas de montagem. Estes últimos têm que ser interligados já na linha, devido ao seu grau de complexidade. Trata-se de alguns dos últimos itens a serem concluídos. De acordo com Pier Franco, Site Manager do projeto, este trabalho demandou uma capacitação dos colaboradores locais. “Para isso, foram organizadas visitas às fábricas Fiat ao redor do mundo. Não basta somente deter o conhecimento. Para este tipo de projeto, extremamente minucioso, é necessário possuir o domínio pleno de todas as etapas da tecnologia Butterfly”, considera.

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De acordo com Edilberto, o Projeto Pernambuco é hoje o maior projeto da companhia envolvendo unidades da Comau em diferentes países – Brasil, Itália e México – cada país realiza sua gestão e depois consolidam-se os números dos três países para se ter a visão global do projeto. “Mensalmente temos uma reunião institucional (Project Review) onde o time do projeto apresenta à diretoria da Comau a performance técnica e econômica/financeira do projeto. Sem uma rigorosa e clara gestão do projeto, é como como viajar por uma estrada à noite e com os faróis do carro apagado. As chances de sucesso seriam mínimas”, pontua.


Butterfly A tecnologia Butterfly, na qual o nome remete ao formato de uma borboleta, devido à disposição dos robôs na estação de trabalho, inova na utilização de robôs suspensos na linha de montagem, quando o usual é o uso de robôs fixados ao chão. Parte da linha são robôs aéreos, que conferem maior versatilidade ao conjunto, na medida em que, no caso de alteração do modelo a ser produzido, não é necessário alterar a disposição dos robôs, somente as ferramentas utilizadas por ele. “Isso nos gera um enorme ganho de produtividade. Necessitamos apenas de reprogramar o robô, não alterar sua disposição na linha de montagem”, conta Felipe Madeira, gerente Comercial Systems.

Essa versatilidade tecnológica foi desenhada para fazer modelos por classes: subcompacto, compacto, médio, grandes e etc. Para não precisar alterar a linha, a Butterfly faz uma janela de aplicação, normalmente para linhas subcompactas (caso do Palio, por exemplo) até um veículo grande, como o Freemont. Marco Busi, diretor da Body Welding, reforça que “a Comau criou a tecnologia Butterfly, já implementada em outras unidades da Fiat e de nossos demais clientes ao redor do mundo. No entanto, será a primeira vez que ela será implementada na América Latina. Para isso, não só capacitamos nosso pessoal, como realizamos visitas às unidades Fiat na Itália, Sérvia e China”, contextualiza.

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Projeto Pernambuco

Legado de qualidade Além do pioneirismo com a adoção da tecnologia Butterfly, o Projeto Pernambuco traz outro diferencial à atuação da Comau. Trata-se de uma nova forma de gerenciar e mensurar a qualidade dos seus fornecedores. Quem explica é Marco Riso, responsável de Qualidade da Comau no empreendimento. “Com o Projeto Pernambuco, estamos entregando várias ferramentas inéditas no Brasil, como a inclusão de data book (documentação das etapas da obra) nos fornecedores, verificação e medição de todos os componentes enviados. Isso tem nos permitido alterar nossa relação com os fornecedores, alçando novos patamares de atuação”, afirma. Um dos compromissos da Política de Qualidade Comau é atender as expectativas dos nossos clientes, a adoção de novos parâmetros de qualidade gera, também nele, maior expectativa do produto que está recebendo. “Percebemos isso claramente no Projeto Pernambuco, principalmente no que se refere à confiança dele na nossa expertise. Não vemos este projeto como um novo empreendimento, mas como uma oportunidade de mudança de uma mentalidade da própria Comau. Para a organização isso é ótimo, pois iremos, a partir de então, adotar este novo processo em todas as nossas entregas”, considera Riso.

Equipe Líderes de Linha e Equipe Comau na planta em Goiana.

Os próprios colaboradores já perceberam essa mudança de patamar. “Eles acabam olhando com outros olhos o produto a ser entregue. Em uma usinagem, por exemplo, pensamos no melhor acabamento que pode ser dado ao processo, adotando, ainda, um controle mais rigoroso de sua própria atuação”, conta responsável de Qualidade. Bruno Fagundes, analista de qualidade do Projeto Pernambuco, aponta um olhar diferenciado do processo produtivo, funcionando como um parceiro do fornecedor. “Entendemos que, ao adotarmos novos parâmetros de qualidade, nossos fornecedores também passam a exigir maior qualidade dos seus parceiros, gerando uma cadeia de fornecedores envolvidos com excelência no produto final”, analisa. Todos os participantes do projeto “compraram a ideia”. Um exemplo disso é a unidade Comau Industrial Operations (CIO), que foi uma das que mais se envolveu no processo e que passou a adotar novos padrões de qualidade em suas atividades, ligadas a construções de calderaria, usinagem e montagem final dos produtos.

Dieison Sena, CIO Leader do Projeto Pernambuco

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Unidade Comau em Cabo de Santo Agostinho.

Comprometimento da equipe Comau foi reconhecida pelo cliente.

Por fim, ainda de acordo com o superintendente da Comau, Gerardo Bovone, o maior cuidado com a qualidade do produto a ser entregue é um caminho sem volta. “Percebo isso claramente. Criamos um novo valor na Comau que gera ganhos em escala para todos os envolvidos: para o cliente final, para nossos fornecedores e, principalmente, para nós mesmos. O Projeto Pernambuco deixará esse legado para a Comau”, afirma Bovone. Também, o trabalho conjunto de profissionais de diferentes países mostra o valor que a multiculturalidade possui na Comau. Este trunfo, aliado ao know how da companhia em construção de linhas de produção e o esforço de todos os envolvidos – colaboradores, parceiros, fornecedores e cliente – são o tripé que confirmam o sucesso do Projeto Pernambuco.

Gustavo D’Angelis, Pier Franco Luciani e Davide Monastra na nova planta

O Porto de Suape é um porto brasileiro localizado no estado de Pernambuco, entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife.

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Projeto Pernambuco

CURIOSIDADES Pernambuco em números O PIB do estado, em 2013, foi de R$125,7 bilhões, tendo como principais destaques, o setor de serviços (principalmente ligados ao turismo) e a indústria (alimentícia, química, metalúrgica, eletrônica, automotiva e têxtil).

Turismo Trata-se de um dos estados que ofertam uma das maiores diversidades de atrações turísticas do país. Quem quiser ir para Pernambuco pode optar por um roteiro de atrações históricas, naturais e culturais.

Fotos: Prefeitura de Recife

Poucos lugares do Brasil reúnem, tão perto um do outro, as belezas naturais de Fernando de Noronha, os prédios históricos do Recife Antigo e, claro, o carnaval de bonecos gigantes de Olinda. Por falar em carnaval...

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Carnaval Você sabia que a maior festa de carnaval do mundo é realizada em Pernambuco, pelas ruas de Olinda e Recife? Todos os anos, mais de dois milhões de pessoas curtem o carnaval ao som de bandas de frevo (ritmo considerado pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade) e deixam, nos cofres do estado, mais de R$787 milhões, segundo dados do Ministério do Turismo.

Igrejas históricas A cidade de Goiana possui um rico acervo histórico, com mais de uma dezena de igrejas, algumas construídas no século XVIII, tombadas pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1938. Para quem quer descansar e repor as energias, a cidade reserva belas paisagens. São 18 quilômetros de orla marítima, com seis praias: Carne de Vaca, Tabatinga, Catuama, Barra de Catuama, Atapuz e Ponta de Pedras, a mais visitada delas, devido à prática do mergulho ecológico (há dois navios naufragados no local, onde cresceram corais) e ao Farol Pontal de Santa Helena, datado de 1918. Goiana está localizada no litoral norte de Pernambuco, próxima à divisa com o vizinho estado da Paraíba. São 65 quilômetros até Recife ou 51 quilômetros até João Pessoa. Junho 2014

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Inspiração

Caminho livre para criar “N

o meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho.” Os versos do poeta Carlos Drummond de Andrade usam a expressão popular adotada para expressar dificuldades. Mas, para quem sabe onde quer chegar, não há pedras suficientes... É o caso de dois colaboradores Comau: Jorge Marques e Délio Dias. Com histórias de vida completamente diferentes, eles compartilham do mesmo sonho: publicar suas histórias e ver seus livros contribuírem para tornar o mundo um lugar melhor. Esse sonho, na vida de Jorge, começou a se rascunhar há mais de 30 anos, mais precisamente em 1983, durante uma edição do Festival de Águas Claras, evento musical que contou com a participação de importantes músicos brasileiros e que foi realizado nos anos de 1975, 1981, 1983 e 1984, na fazenda Santa Virgínia, na cidade de Iacanga, interior de São Paulo.

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“Ali, conversando com alguns amigos, tive a ideia de criar algo que pudesse ser um instrumento para que jovens escritores pudessem ter um lugar ao sol. Surgiu uma vontade muito grande de trabalhar com a publicação de livros”, rememora. Trinta anos após aquele festival, Jorge conseguiu transformar seu sonho em realidade. Nascia então a Mundo Produções, editora que ele criou com o objetivo de publicar as suas palavras e, principalmente, as letras de outros. “O primeiro livro que lancei só possuía textos meus, mas a ideia, desde o início, era de ser um abrigo de palavras novas. Esse sonho estamos realizando”, diz Jorge. Se o livro inaugural da editora só possuía textos dele, no segundo, ‘Eu, você e os nossos escritos – a nossa antologia – livro 2’, outros sete jovens autores se unem ao colaborador da Unidade de Negócio Powertrain. “Pode parecer um paradoxo para um escritor, mas faltam palavras para explicar o que é ver o olhar do autor ao sentir, nas mãos, sua obra imortalizada. Não há nada mais gratificante”, diz.


Palavras novas

A história de Délio teve começo diferente. Enquanto Jorge teve sua inspiração ao participar de um festival que reuniu milhares de jovens com ideais de paz e amor, Délio ouviu o seu dom religioso e seus mais de oito anos como pastor, na região do Parque Riachuelo, em Belo Horizonte. Seu livro de estreia se chama “O Reino e os reinos”.

Para quem ainda não conhece, a obra de Délio pode ser solicitada pelo e-mail deliopr@ gmail.com. Já os livros da editora de Jorge estão disponíveis no e-mail mundoproducoes65@ gmail.com.

“Sempre quis divulgar a palavra de Deus, mas percebia sempre uma dificuldade para que as pessoas assimilassem as metáforas e mensagens que a Bíblia possui. Foi então que um dia eu me sentei e decidi escrever algo que pudesse ser uma ferramenta nesse sentido”, explica o ferramenteiro da Comau, do Centro de Negócios Fiasa, em Betim (MG).

Nem tão diferentes assim..

Se o tema abordado pelos escritores é diferente, as queixas com relação ao mercado editorial são similares. “Lançar um livro nem é tão difícil. Complicado mesmo é conseguir comercializá-lo”, desabafa Délio. “Se você não tiver uma força de vontade muito grande, é muito fácil desistir. As livrarias não dão abertura para o novo, preferem apostar nos de sempre”, conta Jorge. Há outra semelhança entre os dois autores: a persistência e a certeza de que estão fazendo a diferença, cada um para seus leitores. “Vou publicar outros três livros, ainda esse ano, todos de novos talentos da literatura brasileira. Essa dificuldade de vender nosso sonho não será empecilho para continuarmos”, enfatiza Jorge, com quem Délio concorda plenamente: “Apesar dessa falta de apoio na comercialização, não será tão fácil assim me fazer desistir. Já tenho outro livro pronto, de contos com cunho religioso, que lançarei ainda este ano, se Deus quiser”, diz. Se Drummond via nas pedras do caminho um obstáculo, Jorge e Délio veem nos percalços a chance de serem felizes, deixarem suas marcas no mundo, servindo de inspiração para outros.

Délio e Jorge, dois sonhadores que encaram os problemas como oportunidades para fazer a diferença


Service Automotive

Comau realiza Encontro de Líderes Service Automotive 2014 Objetivos 2014

A

diretoria Service da Comau organizou o Encontro de Líderes Service Automotive 2014 para discutir temas estratégicos da companhia e incentivar e fortalecer a implementação do WCM – World Class Manufacturing, metodologia que busca garantir a excelência de seus processos. A cada seis meses, os colaboradores da área se reúnem e tratam de diversos assuntos de interesse, como o desempenho de segurança, mapeamento de competências, desenvolvimento de líderes, desafios para a excelência, o programa Field Engineer (que oferece a capacitação para os líderes com a intenção de formá-los com o conhecimento das ferramentas metodológicas e os processos de manutenção), Centro de Formação Comau Service (centro para capacitação técnica e metodológica dos colaboradores), além das metas projetadas para 2013, os objetivos para 2014 e a definição dos vencedores do Prêmio Innovatore (leia mais sobre a premiação no box ao lado).

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Franco Baratta, diretor Comau Service Automotive, ressalta que os números são parte de um trabalho diário de todos os colaboradores da diretoria. Ele ainda apresentou os principais objetivos a serem alcançados em 2014, dentre eles a meta de redução de 30% do número de falhas das máquinas nas plantas; a utilização massiva do documento P.O (Performance Operacional) técnico, que avalia os indicadores de eficiência técnica da manutenção e determina um plano de ação para que seja possível alcançar as metas estabelecidas; a aplicação do WCM em 100% das máquinas críticas, que são equipamentos que causam muitas paradas e que geram grande perda produtiva, levando a construção de um plano de manutenção preventiva para evitar a paralisação dessas máquinas por quebra; efetuar o mapeamento de competências; e aumentar o nível de conhecimento e habilidade dos colaboradores de manutenção. Segundo Baratta, “nosso valor é respeitar os compromissos. O encontro foi marcado pela exposição de um vídeo com analogias às lideranças dando ênfase a frase ‘eu quero, eu posso, eu faço’, que deve ser incorporada a rotina de trabalho de todos, como forma de se alcançar as metas e objetivos propostos pela organização”, pontua.


Evento contou com a presença de diversos profissionais da Comau Service Automotive.

Prêmio Innovatore Criado em julho de 2013, o Prêmio Innovatore possui o objetivo de reconhecer os colaboradores que mais se destacam nos seguintes critérios: • Engajamento da equipe; • Inovação; • Persistência no alcance do objetivo; • Energia para realizar; • Compartilhamento das informações; • Coragem para mudar; • Constância de propósito; • Realização do que se propõe.

Ana Paula (esq.) e Haroldo Cezário (dir.) recebem seus prêmios de Franco Baratta.

Durante o encontro, foram anunciados os vencedores da 2ª edição da premiação. São eles: Ana Paula Bento, analista de Tecnologia Industrial e Haroldo Cezario, coordenador de Célula de Engenharia. De acordo com ele, foi uma surpresa tal reconhecimento. “Sem o suporte da nossa equipe e a liderança envolvida, nada disso seria possível. Além disso, vem em boa hora, quando completo 25 anos de trabalho para o grupo”, ressalta. Para Ana Paula, também foi uma surpresa. Com apenas um ano de Comau, ela destaca que tratase de um desafio. “Mesmo com pouco tempo de empresa, encaro esse reconhecimento como uma motivação para seguir na busca de surpreender meus gestores e clientes. Fiquei muito motivada com este reconhecimento”, relata.

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Novos Negócios

Comau atua na Usiminas em Cubatão A

qualidade dos serviços prestados pela Comau, além de agregar valor e aumentar a produtividade dos seus clientes, abre novas possibilidades de negócios. Após a consolidação do excelente trabalho para a unidade argentina do grupo Ternium/Techint, onde um contingente da ordem de 1200 colaboradores realizam trabalhos de manutenção eletromecânica, civil, limpeza técnica e em equipamentos, agora as empresas estabeleceram um novo vínculo, para realizar atividades similares na planta de Cubatão/SP da Usiminas.

Inicialmente, o contrato previa somente a manutenção da área de eletromecânica da usina. Com o andamento das negociações, informa Naldi, novos itens foram adicionados ao escopo.

Para o diretor Comercial Service, Milton Naldi, “esta parceria com a Usiminas mostra nosso know how e capacidade de atuar em diversas frentes da indústria. Não é por acaso que estamos presentes em grandes multinacionais do mercado”, assegura. Para se ter uma ideia do tamanho da empreitada, esta unidade da Usiminas produz, anualmente, cerca de 12% da produção nacional.

Outro diferencial apontado por Lázaro está na relação aberta entre as duas empresas. “Buscamos sempre o melhor relacionamento entre os diversos níveis hierárquicos das empresas, discutindo-se os temas de forma aberta, na busca permanente da melhor solução”, pontua.

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Já Lázaro Regonha, diretor da Comau Service Brasil, percebe esta como uma oportunidade para a Comau do Brasil, na medida em que será possível demonstrar a expertise em atividades de maior valor agregado para outras empresas do segmento siderúrgico, além de crescer a relevância da Comau em outras unidades da Usiminas.


A área Comercial Service da Comau, dirigida por Milton Naldi, é uma das principais responsáveis pela conquista deste e de novos contratos da empresa. A prospecção de clientes é um trabalho contínuo, o que permite vislumbrar parcerias com novas indústrias, nos mais diversos segmentos desse setor, apresentando os variados serviços prestados pela Comau, assim como a sua qualidade, eficiência e profissionalismo.

Um grande número de colaboradores Comau foi alocado nas instalações da unidade da Usiminas na Baixada Santista.

Nestes contratos, foi alocado um grande contingente de colaboradores Comau, com diversas especialidades, para atendimento pleno de todas as atividades. Com isso, serão desenvolvidos trabalhos ligados à manutenção de linhas férreas, responsável pelo escoamento de toda a produção da unidade; manutenção eletromecânica, responsável em garantir o funcionamento dos ativos e instalações e também por parte da manutenção civil, que garante melhores condições de trabalho nas áreas industriais. Somente neste último, para se mensurar a relevância do contrato, são mais de 1,5 milhões de m2 de área coberta.

A Comau foi escolhida não só devido à sua boa relação com a unidade argentina da Usiminas, mas também devido à expertise da empresa, uma vez que já presta serviços similares em outras companhias. O diretor Milton Naldi ressalta, por fim, que há uma enorme expectativa de ampliação do contrato. “Conforme formos avançando na implementação da nossa metodologia de trabalho para execução das atividades na unidade, a proposta é de agregar demandas de outras partes da planta de Cubatão e mesmo para as outras unidades da Usiminas no Brasil”, vislumbra.

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Exemplo de Superação

Doação de órgãos, uma realidade cada dia mais brasileira

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rês meses depois de ter iniciado seus estudos na Universidade da Califórnia, como bolsista do programa federal Ciência sem Fronteira, Yuri Souza vivia momentos importantes e especiais em sua vida, quando dores agudas no fígado o levaram a buscar ajuda médica local. Como os exames não chegaram a um diagnóstico, os médicos norteamericanos solicitaram uma biópsia. Preocupado, ele preferiu se submeter ao procedimento perto da família. Voltou para Belo Horizonte e descobriu que suas dores tinham relação com o coração, que não estava funcionando adequadamente e que o procedimento mais indicado seria um transplante. “Nos assustamos muito com tudo isso. Alguns meses antes, ele era um jovem normal, que namorava, jogava futebol, se divertia com os amigos. Foi tudo muito rápido”, conta Francisco Souza, pai de Yuri, analista de Tecnologia Industrial e colaborador da Comau há mais de 36 anos. Entre o diagnóstico e a cirurgia, Yuri ficou três meses na fila de transplantes. Um tempo considerado curto se comparado à realidade de alguns anos atrás. Pesquisas mostram que o brasileiro anda cada dia mais consciente da importância de autorizar a doação de órgãos.

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De acordo com o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), houve um aumento expressivo da quantidade de doadores por milhão de habitantes. O número de doadores aumentou e a aceitação das famílias também. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil levou mais de duas décadas para atingir 9,9 doadores por milhão de pessoas. Nos últimos três anos, esse número cresceu para 13,5. A mãe de Yuri, Márcia de Souza, no entanto, acredita que o principal problema no que se refere à doação de órgãos no Brasil ainda é o desconhecimento da população. “Nós mesmos, antes do problema do Yuri, nunca havíamos prestado atenção no assunto. Por isso, desde então, sempre nos empenhamos para que todos entendam os benefícios que um gesto como esse acarreta ao próximo”, conta. Tudo deu certo e Yuri recebeu um coração novo. Superados os momentos mais críticos após a cirurgia, hoje ele vive uma nova etapa, ao lado da família, com a vida, aos poucos, voltando à rotina. Aos 24 anos, Yuri agora conta os dias para retomar os estudos na Universidade Federal de Minas Gerais, onde estuda Engenharia Elétrica. “Se Deus quiser, daqui a poucos dias começo em um novo estágio e no final do ano me formo pela UFMG”, planeja.


Francisco Souza, colaborador da Comau há 36 anos, ao lado do filho Yuri, alguns dias antes da cirurgia de transplante de coração. Um ano depois, vida normal como todo jovem de 24 anos: sonhos, amores e conquistas.

Cuidados fundamentais Para a gerente de Saúde Ocupacional da Comau, Lílian Paim, este aumento se deve a uma maior compreensão da população sobre os cuidados que são tomados para se declarar a morte cerebral do paciente e sua consequente liberação para a doação de órgãos. “Atualmente existem procedimentos e protocolos médicos muito avançados que devem ser seguidos antes de se decretar morte cerebral do paciente. Além disso, todos os exames são realizados, no mínimo, duas vezes. E a confirmação do quadro deve ser validada por dois médicos, pelo menos”, explica. Além de médica, Lílian possui um envolvimento pessoal com o transplante de órgãos. “Tive um tio que, desde criança, apresentava problemas nos rins. Tanto que, aos 17 anos, ele teve que se submeter a um transplante, com o órgão sendo doado pela sua própria irmã. E, 30 anos depois, ele teve que receber

Momentos antes da cirurgia: ansiedade e esperança

outro órgão, doado por outro irmão. Felizmente, ambos eram compatíveis. “Ele morreu cerca de seis anos atrás, devido a um problema sem relação com seus rins”, conta. Ela ainda complementa que seus três tios – os dois doadores e o que recebeu – sempre levaram uma vida normal. Na página do Ministério da Saúde no Facebook, mais de 229 mil internautas já manifestaram a vontade de serem doadores. Para se declarar, compartilhar ou divulgar a ideia, acesse facebook.com/DoacaodeOrgaos.

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50%

Mais de das famílias brasileiras, ao perder um ente, são favoráveis à doação de órgãos

De acordo com o Ministério da Saúde, este é o maior índice de aprovação à doação no mundo.

SISTEMA BRASILEIRO DE TRANSPLANTES

59.728

Em 2010, haviam pacientes aguardando na fila do Sistema Brasileiro de Transplantes

2003

2012

7.500

15.141

transplantes realizados

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transplantes realizados

38.759

2013, passou para pessoas, houve uma redução de 35%.

Você sabia? Para atender a quantidade de pacientes e cirurgias de transplantes, existem no país 27 centrais de notificação, captação e distribuição de órgãos, 11 câmaras técnicas nacionais, 748 serviços distribuídos em 467 centros, 1.047 equipes de transplantes, além de 62 Organizações de Procura por Órgãos (OPOs).


América Latina

Comau também se escreve em

español

A

Comau América Latina é composta por unidades no Brasil, Argentina e México. Assim como aqui, as Unidades de Negócios Service e Systems estão presentes nesses países de língua espanhola. Atuando em grandes clientes, a Comau Argentina presta vários serviços dentro das indústrias dos mais diversos segmentos, como dos setores petroquímico, de energia, siderurgia, indústria pesada, automotivo, de componentes, agroindústria e de logística. Além disso, grandes projetos que envolvem linhas de produção e automação estão em andamento. Já a Comau México conta, atualmente, com contratos da Service, destacando o Centro de Negócios Chrysler, em Saltillo, no estado de Coahuila, em um projeto que contempla a manutenção preventiva dos robôs que se encontram instalados nas linhas de montagem da planta.

Além disso, tanto a unidade da Argentina quanto a do México possuem as certificações ISO 9001 (Qualidade), ISO 14001 (Meio Ambiente), OSHAS 18001 (Saúde e Segurança) e ISO 50001 (Energia), o que reafirma o sucesso da aplicação dos procedimentos globais, importantes para se ter uma boa rotina de trabalho.

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Um Time Global

AS PÁTRIAS DE

A Comau é uma empresa multinacional, com 40 anos de experiência, que está presente em mais de 13 países, com operações integradas que envolvem profissionais de várias nacionalidades. Grandes projetos que já foram concluídos e os que estão em andamento contam com a experiência de diversos colaboradores com línguas e culturas diferentes, e é assim que se faz presente a multiculturalidade. Assim como acontece nos projetos envolvendo a Comau, em que se reúnem pessoas de muitos lugares em prol de um objetivo comum, na Copa do Mundo o clima amistoso não é diferente, mas, nesse caso, cada um torce pelas cores do seu país. Com a bola rolando, reunindo 32 seleções na disputa pela taça mais cobiçada do futebol,

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torcedores de pelo menos cinco nacionalidades diferentes estarão, na Comau, com mentes e corações voltados não só para as suas funções mas também para a atuação de seus países na competição. Além de Brasil e Itália, Argentina, Espanha e França têm cidadãos atuando profissionalmente nas unidades brasileiras. Administrar as preferências – ou pelo menos a manifestação delas – vai exigir de muitos a habilidade de Lionel Messi, a agilidade inteligente de Neymar Jr. e a categoria de Cristiano Ronaldo, já que estão em solo verde e amarelo. Mas tudo com bastante espírito esportivo. E é com esse espírito que alguns profissionais estrangeiros da Comau foram consultados para falar das suas expectativas em relação à Copa do Mundo.


ROBERT CAUMETTE Quem não se lembra dos últimos encontros entre Brasil e França? É impossível esquecer o baile que a seleção canarinha levou deles na final de 1998. E em 2014 não será diferente. Pelo menos essa é a opinião do diretor do Projeto Pernambuco, Robert Caumette, fã do futebol e do rugby (esporte mais difuso no sul da França), e torcedor do multimilionário Paris Saint-Germain, do craque Zlatan Ibrahimović. “A final será França e Brasil, e, claro, a França vencerá. Não porque a França seja melhor, mas porque tem sorte quando joga contra o Brasil”, afirma, mas logo se convence. “O Brasil é sempre o melhor, jogando a Copa aqui ou em qualquer outro país. Já a França, com certeza este ano ela não será a campeã”, opina.

FRANCISCO EXPOSITO Francisco Exposito é natural de Madrid, capital da Espanha. Nada mais natural que ele torcesse, durante a Copa do Mundo, para uma das seleções favoritas ao bicampeonato. Mas não é bem o que acontece na casa de Francisco. “Estamos, eu e minha mulher, torcendo pela França”, conta. A explicação é que com apenas um ano de idade, Francisco se mudou para Lyon, no sul da França, onde ficou até outubro do ano passado, quando ingressou na Comau e se transferiu para o Brasil. “Sou espanhol, mas possuo raízes culturais e afetivas muito mais ligadas à França”, considera. Não por acaso, sua esposa é francesa. “Gostaria que não acontecesse um cruzamento das seleções da Espanha, França e Brasil. Mas se acontecer, em primeiro lugar irei torcer pela França. Depois vemos como a coisa se desenvolve”, admite o gerente de Desenvolvimento de Negócios Powertrain.

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CLAUDIO RODRIGUEZ Como todo argentino, Claudio Rodriguez é um fã do futebol. Há 14 anos no Brasil, Cláudio é torcedor do Talleres, time da segunda divisão argentina, sediado na sua cidade natal, Córdoba. “Para acompanhar, só pela internet. Mas mesmo distante, não consegui me desligar do Talleres. No Brasil, não torço por nenhum time especificamente. Gosto daqueles que praticam um bom futebol, com vibração e técnica”, conta o responsável da área Contract Managment. Sobre o elenco da Argentina na Copa do Mundo, Claudio é categórico: “Nosso problema está na defesa. Não temos um bom goleiro, nem uma zaga confiável”, analisa. Diante desse cenário, um eventual confronto Brasil e Argentina deixa o profissional preocupado. “Vocês possuem um conjunto melhor do que o nosso. A única esperança argentina é que, no dia, o Messi acorde inspirado como em um confronto com o Brasil em que fez três”, brinca. Quando perguntado sobre quem é favorito ao título, ele surpreende. “Não coloco a Espanha entre eles. Seu meio de campo está velho. Acredito muito na Alemanha, seguida do Brasil, Argentina, França e Itália”, afirma.

Você já ouviu falar do jogador de futebol José João Altafini, o Mazzola? Nascido no Brasil, o ítalobrasileiro se destacou no Palmeiras e figurou nos famosos clubes italianos como o Milan, Napoli e Juventus nas décadas de 60 e 70. Na Copa de 1958 ele atuou pela Seleção Brasileira e, curiosamente, no mundial seguinte, em 1962, o jogador defendeu a Itália, sempre com boas atuações. Assim como a Comau, Mazzola é mais um exemplo do que a união entre os talentos de Brasil e Itália podem fazer juntos. Mas agora, deixando que as cores verde, amarelo, azul e branco se sobressaiam à afinidade entre as duas nações, que dê Brasil levantando a taça!

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17°

Investimento em Educação

Prêmio Fiat de Educação

Vencedores Comau do 17° Prêmio Fiat de Educação na cerimônia de premiação

A Comau parabeniza todos os 14 filhos e filhas de colaboradores da empresa, que foram vencedores na 17ª edição do Prêmio Fiat de Educação, pelo o empenho e dedicação, assim como todos os seus familiares. O Prêmio Fiat de Educação foi criado pela Fiat SPA (holding mundial do Grupo Fiat Chrysler) com o objetivo de incentivar a educação nos países em que

atua. Os premiados são selecionados entre filhos de colaboradores do Grupo Fiat Chrysler com base no desempenho escolar ao longo de sua vida acadêmica. Os valores em prêmios são: R$ 8 mil por vencedor, na Categoria Superior e R$ 4 mil por vencedor, na Categoria Ensino Médio.

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