o sistema estadual de inovação do estado do rio de janeiro

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FIGURA 5.  Relações entre as vantagens produtiva, comercial e tecnológica Relação entre vantagem comercial e vantagem tecnológica

2,0

2,0

1,5

1,5 VCR(EXPORT)

VCR(VTI)

Relação entre vantagem produtiva e vantagem tecnológica

1,0 0,5 0

1,0 0,5 0

0

1

2

3

4

VCR(PATENTES)

fabricação de coque, refino de petróleo.10 A questão aqui é a representatividade do indicador de vantagem comparativa construído a partir de informações de patentes concedidas. De acordo com as informações apresentadas no Quadro 26, de 567 empresas respondentes da questão relativa a métodos de proteção das inovações na pesquisa de 2003 e 661 empresas respondentes na pesquisa de 2005, somente 68 (12%) e 54 (8%), respectivamente, afirmaram utilizar patentes como recurso de proteção para inovações. Ou seja, este indicador, ainda que de interesse para compreensão do esforço tecnológico, é muito pouco representativo de sua configuração. Sendo assim, com base na análise anteriormente realizada, os setores com maior vantagem produtiva e de exportações, definidos por meio de uma análise mais restritiva, seriam aqueles apresentados no Quadro 27.11 Efetivamente, são apenas quatro os setores no nível de dois dígitos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), o que denota a relativa especialização da indústria do Rio de Janeiro. Entretanto, outros setores podem ser destacados considerando-se a evolução desses mesmos indicadores de vantagem competitiva para o período de 2000 a 2007. O Quadro 28 mostra os setores que apresentaram, ao longo da década de 2000, uma evolução positiva em algum dos três indicadores de vantagem competitiva selecionados. Como se pode ver, o

0

1

2

3

4

VCR(PATENTES)

indicador que permitiu a seleção de um maior número de setores foi o de produtividade do trabalho (6 setores), seguido de dois outros, selecionados a partir do VCR de exportações, e de um setor com base no VCR de valor industrial transformado. Não há setor que tenha apresentado evolução positiva nos três indicadores em conjunto, sendo o maior número de intersecções entre os indicadores de VCR (EXPORT) e VTI/ PO para os setores de fabricação de artigos de borracha e material plástico e fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos. Caso a relação entre a evolução da produtividade dos setores e os demais indicadores de vantagem competitiva seja interpretada como uma condição necessária para o estabelecimento de novas vantagens competitivas, esses setores poderiam ser classificados como aqueles de maior vantagem potencial dentro da indústria do Rio de Janeiro. Ainda há que se considerar, na análise de setores com maior agregação, conforme indicado na análise de comércio exterior — que ressalta 10  Foram estimados modelos de regressão simples e multivariada em que o VTR era a variável dependente, e nenhuma das variáveis de vantagem comparativa, diferencial de produtividade ou rentabilidadede mostraram-se estatisticamente significantes em ao menos um nível. Por isso, optou-se por omitir esses resultados, já que não trazem informação adicional à informação gráfica. 11  Por restritiva entende-se que apresentavam no ano de 2007, entre os indicadores de VCR(VTI), VCR(EXPORT) ou VTI/PO relativo, dois ou mais indicadores superiores a um (1).

Segmentos econômicos nos quais o estado do Rio de Janeiro tem vantagens competitivas reveladas ou potenciais

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