Fleet Magazine 18

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“Tentámos criar um programa onde a forma de conduzir fosse avaliada, medida e comunicada aos colaboradores”, explica João Gaspar. Existe um prémio de produtividade atribuído aos colaboradores da área de distribuição, sujeito a alguns parâmetros de avaliação um custo de financiamento com contrato de manutenção”. Se encarassem por um AOV puro, explica o gestor de frota, as rendas teriam custos elevados. As viaturas fazem, em média 75 mil quilómetros por ano em vários tipos de circuitos. A atividade da empresa exige um enorme desgaste das viaturas, que seria depois refletido nas rendas. Só nos pneus, teria que haver substituição quase duas vezes por ano. Com a contratação dos serviços noutras empresas, a gestora fica apenas a financiar o bem, deixando a renda muito mais leve. Nos pneus, por exemplo, a compra é feita diretamente aos instaladores. Dada a sua concentração geográfica, torna-se possível ter poucos fornecedores. Já na viatura de substituição, existem duas alternativas. Uma delas passa pelo fornecedor de seguros, que garante ele próprio a viatura. Noutros casos, é a própria marca que fornece a viatura de substituição. Nos casos onde existem, por exemplo, reparações prolongadas, a CARF tem protocolos com o parceiro onde realiza essa reparação. Por outro lado, mantendo a sua atividade exclusivamente centrada na distribuição de peças de automóveis, a empresa tem que ter sempre a frota disponível para as entregas, que chegam a ser quatro por dia por cada cliente. Não há margem para erros. A CARF tem poucos disponibilidade para ter os carros parados nas oficinas. “Não podemos esperar para

marcar uma revisão ou ter um carro parado um dia para marcar pastilhas”, diz João Gaspar, responsável de frotas na empresa. “Os nossos parceiros têm que entender esta nossa realidade e adaptarem-se a ela”. Sendo uma empresa de prestação de serviços, neste caso de distribuição logística, um dos maiores centros de custos é a frota. E rapidamente João Gaspar percebeu que a melhoria de vários pontos está na mão dos utilizadores. Os custos onde o condutor tem alguma influência são os pneus, danos nas viaturas ou peças de rotação rápida. Para fazer frente a esses custos, a CARF criou um programa de responsabilização dos seus condutores. “Tentámos criar um programa onde a forma de conduzir fosse avaliada, medida e comunicada aos colaboradores”, explica João Gaspar. Existe um prémio de produtividade atribuído aos colaboradores da área de distribuição, sujeito a alguns parâmetros de avaliação. “Percebemos que muitos dos nossos motoristas nem sequer reparavam no impacto que o seu estilo de condução tinha nos custos”, diz João Gaspar. Numa dessas acções de sensibilização, tentou-se mostrar, com dados de consumo e tempo, como existe diferença na forma como se conduz. Os resultados foram consideráveis. A empresa conseguiu reduzir os consumo em cerca de 35%. A sinistralidade, que está afecta à avaliação de desempenho, tende a diminuir.

Tipologia Frota

46 viaturas

Tipo

Comerciais ligeiros (41) e ligeiros de passageiros (5)

Financiamento AOV (100%)

Propulsão Diesel

Responsabilização do condutor Sim, na avaliação de desempenho CARF João Gaspar Telefone 219809640 Email joaogaspar@carfnet.com Internet www.carf.pt

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