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maio/junho 2017 ano 06 nº27

Mais de 300 mil pacientes atendidos em 5 anos Hospital é referência nacional de qualidade e contabiliza mais de 60 mil cirurgias realizadas de 2012 até agora Jovana Colombo

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m 2012, o Governo de Goiás tomou uma decisão inovadora e visionária: destinar a administração dos hospitais estaduais às organizações sociais. À frente do HUGO desde maio daquele ano, o Instituto Gerir completou cinco anos de gestão do maior hospital de urgências do Estado com uma série de melhorias implantadas. Neste período, a unidade de saúde se transformou e vive uma nova realidade. Abastecido com

insumos necessários e dispondo de corpo clínico altamente capacitado e infraestrutura moderna, o HUGO está habilitado para exercer com qualidade e segurança sua vocação - a assistência aos casos de média e alta complexidade. Desde então, mais de 345 mil pacientes passaram pela unidade, sendo 85 mil apenas na Emergência. Isso significa que, a cada mês, quase 6 mil vidas foram salvas. O número de cirurgias (60.190) também impressiona,

assim como a redução para menos da metade dos episódios de infecção relacionada à assistência à saúde. A busca por melhorias é uma constante e fez com que as diretorias da organização social e do hospital traçassem o objetivo de conquistar a Acreditação Nível 1 da ONA. A meta foi alcançada em novembro do ano passado. Confira algumas das várias melhorias que transformaram o HUGO em referência nacional no cenário da saúde:

2012 • Abastecimento total de medicamentos; • Contratação imediata de médicos e enfermeiras para completar as escalas de plantões; • Reforma completa da fachada externa do hospital; • Criação de 14 novos leitos de UTI; • Reformas de seis enfermarias e pronto atendimento; • Criação de 32 novos leitos de enfermaria; • Novo depósito de resíduos para separação e acondicionamento correto do lixo hospitalar; • Reforma da Central de Lavanderia e Hotelaria Hospitalar; • Redimensionamento de equipes técnica e administrativa; • Informatização dos sistemas administrativo e financeiro do hospital.

2013

2014

• Reestruturação do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH); • Implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP); • Reestruturação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).

• mais 70 novos leitos de enfermaria no 2º andar; • outros 38 leitos no 3º andar, que foi completamente reformado; • Recepção Social reestruturada; • Construção da capela ecumênica; • Revitalização geral.

2015 • Implantação do Projeto de Educação Continuada (capacitação); • Reforma do refeitório; • Projetos de humanização (HumanizaSUS).

2016

2017

• Adequação da UTI 2;

• Acupuntura e práticas integrativas;

• Certificação ONA 1 com Acreditação Hospitalar; • Criação da Árvore da Vida; • Implantação do Ponto Eletrônico; • Contratação de mais médicos.

• Visita Estendida para familiares na UTI 2; • Reabertura da Sala de Vacinas.


VOCÊ SABIA?

HUGO: Único hospital de trauma do País com visitas estendidas Projeto em nível nacional amplia tempo de permanência de familiares para 12 horas nas UTIs Monique Arruda Unidade de Terapia Intensiva (UTI) 2 do HUGO foi selecionada para integrar o “Projeto Visitas Estendidas”, que nasceu em 2015, no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS). Trata-se da única unidade de trauma do Brasil a participar deste grupo. O estudo está sendo realizado em outras 42 instituições de saúde do País, em parceria com o Ministério da Saúde, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento (PROADI-SUS). A infraestrutura e o corpo clínico altamente capacitado foram determinantes para escolha do HUGO. Há mais de um mês, os familiares dos pacientes internados nos 20 leitos da UTI 2 chegam às 7 horas e permanecem com seus entes queridos até as 19 horas. Líder do projeto do Hospital Moinhos de Vento, Regis Goulart Rosa avalia a participação do HUGO: “Além da condução exemplar, os colaboradores contribuíram com ideias inovadoras. Tradicionalmente, as visitas em UTIs brasileiras ocorrem em horários restritos e que duram de 30 a 40 minutos. A experiência tem sido ótima, já que a unidade é a única com atendimento a politraumatizados que integra esse estudo piloto. Isso é muito importante para construção de um modelo nacional de visita familiar na UTI”. Com um perfil majoritariamente composto por homens em produtividade, entre 40 e 50 anos, vítimas de acidentes graves e politraumatizados com intervenções cirúrgicas nas

regiões do abdômen e tórax, a UTI 2 tem uma rotatividade de cem pacientes por mês. Todos eles têm sido beneficiados com este projeto, que mobiliza uma equipe de 120 profissionais. “Para o paciente, há o benefício de não desenvolver o quadro clínico de delirium. Além disso, reduzimos o tempo de internação, mortalidade, infecções e custos, já que usamos menos sedativos”, atesta o coordenador e médico intensivista da UTI 2, Alexandre Amaral. O paciente José Evangelista Gomes de Souza, 51 anos, vítima de acidente de moto, é um dos beneficiados pela iniciativa, contando com a presença da esposa, Karla Fátima da Silva. “Estamos passando por um momento difícil.

Quando chego, ele fica mais calmo. Vejo a diferença imediata nos olhos dele, que transbordam de alegria e conforto ao me ver”, ressalta ela. Enfermeira intensivista e coordenadora da UTI 2, Lilian Siqueira revela o segredo para o sucesso do projeto: “A empatia é tudo. Se fosse um familiar ou amigo nosso, gostaríamos de estar com ele neste momento de luta pela vida”. Já a coordenadora de Psicologia do Programa, Ana Paula Menezes, conta que os familiares ficam mais tranquilos, seguros e gratos em estar ao lado de quem amam, em uma infraestrutura de primeiro mundo, disponibilizada em um hospital público. Monique Arruda

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Equipe multiprofissional da UTI 2 acolhe familiares e pacientes

FIQUE DE OLHO

Maio Amarelo movimenta hospital Jovana Colombo

Os corredores do HUGO durante o mês de maio foram sinalizados por folders, cartazes e laços amarelos, em alusão à Campanha Maio Amarelo, que teve como tema “Atenção pela vida”. Realizada pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) em parceria com o Detran, a ação abordou os 1.700 funcionários da unidade de saúde, que foram orientados

sobre o respeito às leis de trânsito, atenção à condução de carros e motocicletas e utilização correta do cinto de segurança e da faixa de pedestres. A iniciativa tem como objetivo prevenir os acidentes de trabalho no trajeto de deslocamento da residência dos colaboradores até o HUGO. Por isso, é importante que o profissional mantenha seu endereço atualizado junto ao SESMT.

Os pacientes que precisam agendar seus retornos ambulatoriais dispõem agora da comodidade de poder marcar o dia e horário na Central de Agendamento do HUGO, que passa a funcionar todos os dias, das 7 às 17 horas. O agendamento na Central - localizada no andar térreo, na Recepção da Classificação de Risco - pode ser feito pre-

sencialmente ou pelos telefones (62) 32014413 e 3201-4345. Dos 68.996 atendimentos prestados na unidade de saúde em 2016, mais de 30 mil foram de pacientes assistidos pelas consultas de retorno, que ofertam 15 especialidades médicas, como cardiologia, ortopedia, neurologia, infectologia, geriatria, endocrinologia, entre outras.

Monique Arruda

Central de Agendamento agora funciona das 7 às 17 horas


EM FOCO

Residências batem recordes de inscrições e boas notas

HUGO registra mais de 20 candidatos por vaga em Anestesiologia. Já residentes de Ortopedia ficam acima da média nacional em prova de titulação Jovana Colombo lém de ser um hospital de relevância na saúde pública do País, no que se refere ao atendimento a vítimas de politraumatismo, o HUGO também destaca-se no cenário nacional de ensino e pesquisa. Em virtude do perfil de assistência, da infraestrutura moderna e do corpo clínico atuante e capacitado, a unidade é referência no processo de escolha de profissionais em busca de capacitação. É o que acontece, por exemplo, com a especialidade de Anestesiologia, que bateu recorde de 64 inscritos para apenas três vagas disponíveis, o que resultou numa concorrência de 21 candidatos por vaga. O processo seletivo independente foi realizado no início deste ano. Jéssica Meireles foi uma das participantes que disputaram a vaga em Anestesiologia. Aprovada em primeiro lugar, a mineira formada em Medicina pela Universidade de Uberaba (Uniube) foi classificada e, agora, colhe os frutos de seu esforço na capital de Goiás. “Me encantei quando cheguei aqui. A estrutura física é surpreendente e nosso coordenador médico é nota mil, muito didático e de um conhecimento técnico impressionante” revela. O médico ao qual Jéssica se refere é Luiz Flávio França, coordenador e preceptor da residência de Anestesiologia. Segundo ele, o HUGO é ideal para quem tem disposição em aprender. “Pelo perfil do hospital, trabalhamos com pacientes graves e, com isso, nos vemos sempre diante de casos que despertam a vontade de melhorar e estudar ainda mais. Isso favorece e atrai pessoas interessadas em se capacitar”, relata o médico. A residência também proporciona momentos de descontração. Em seu primeiro ano no HUGO, Jéssica já coleciona histórias. “Mesmo com o paciente sedado, conversamos com ele durante a cirurgia. E o engraçado é que

Jovana Colombo

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José Moisés Costa e Luiz Flávio França coordenam residências de Ortopedia e Anestesiologia

eles respondem, mas depois não se lembram. Outro dia, uma senhora me prometeu um bolo de morango com merengue. Brinquei com ela que não falasse isso, pois ela iria se esquecer e eu continuaria com vontade”, relembra.

Jovana Colombo

Êxito

Satisfeitos com o aprendizado, Eduardo Goulart e Jéssica Meireles vivem momentos distintos na residência

Coordenador de outra área do HUGO, José Moisés Costa está à frente da residência de Ortopedia e Traumatologia, que realiza cerca de 2 mil atendimentos ambulatoriais e 800 cirurgias ao mês. Com 13 residentes, os médicos em formação atuam em todas as áreas da unidade e são destaque nacional em aprovação no exame da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Na prova de 2016, quatro médicos especialistas do hospital se submeteram ao exame. Todos foram aprovados, sendo que, três deles com pontuação superior à média brasileira, que é de 7,1. “É uma prova extremamente difícil. Só obtém êxito quem realmente estiver capacitado. No

HUGO, temos uma grade curricular completa, que abrange conteúdo teórico e muita prática, o que colabora para que nossos médicos mantenham a nota de aprovação acima da média nacional”, observa o coordenador. Além disso, José Moisés afirma que o sucesso dos médicos em formação é comemorado por toda a equipe, que se viu orgulhosa das notas obtidas pelos últimos formandos no exame da SBOT: 8,2; 7,9; 7,3 e 6,5. Eduardo Goulart está finalizando os três anos de especialização. Para ele, o misto de ansiedade e expectativa para realização da prova é minimizado pela certeza de ter se submetido a uma qualificação de excelência. “Sei do histórico do HUGO nessa prova e me sinto responsável por ajudar a manter os bons resultados. Meus preceptores me oferecem tudo o que é necessário para ser aprovado na Sociedade e, mais que isso, entrar no mercado como um excelente ortopedista e traumatologista. O que vivi na unidade foi essencial para meu crescimento profissional e pessoal”, observa.


PERFIL: GUILLERMO SÓCRATES

Médico e homem do campo

Infectologista registra boas histórias do contato próximo e humanizado com pacientes Jovana Colombo uillermo Sócrates tem 39 anos, é casado há 10 e pai de dois filhos. Apaixonado pela Infectologia e pela vida no campo, ele gosta de se atualizar profissionalmente e, nas horas vagas, também aprecia um bom churrasco com os amigos. Durante a semana, Sócrates trabalha no HUGO como médico hospitalista nas Enfermarias do 4º andar, em consultas ambulatoriais e como chefe do Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (SCIRAS). Aos finais de semana, seu refúgio é a fazenda, onde descansa a mente e se renova para enfrentar a dura rotina de trabalho. Especialista pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), a graduação foi cursada na Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), no Rio de Janeiro, quando vislumbrou a Infectologia. Durante o estágio, atuou em

um hospital de doenças tropicais e via professores e equipe multidisciplinar atendiam com carinho de pacientes andarilhos. “Notei que podíamos mudar um prognóstico ruim e, junto com outros profissionais, transformar a vida daquelas pessoas. Enquanto uns prescreviam os remédios, outros cuidavam da aparência, faziam barba e cabelo, davam banho naqueles indivíduos. Isso me encantou e escolhi seguir nessa área”, explica Sócrates. Este zelo o acompanha até hoje, no trato com seus pacientes. Exercendo um atendimento humanizado, o médico cria uma relação de proximidade com o enfermo, o que faz com que ele tenha muitas histórias para contar. “Esses dias, um paciente me mandou uma foto da parede da casa dele, porque pendurou um retrato meu; outro me presenteou com um carneiro. Agradeci e pedi para

buscar a caixa com a carne, pois iria colocá-la no freezer. Porém, o paciente me alertou que o animal estava vivo e amarrado em uma árvore, em frente ao HUGO”, diverte-se. “Sou muito grato a todas essas demonstrações de carinho”, emociona-se o médico. Jovana Colombo

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Guillermo Sócrates se realiza como infectologista e pai

DICAS DE SAÚDE

HUGO atendeu mais de 2 mil vítimas de acidentes de trabalho SESMT realiza ações e campanhas educativas para evitar ocorrências no ambiente hospitalar

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evantamento do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HUGO revela que, em 2016, um total de 2.176 pacientes vítimas de acidentes de trabalho foram atendidos na unidade de saúde. Segundo dados da Previdência Social, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de acidentes de trabalho. Em nível nacional, Goiás aparece em 7º lugar nas estatísticas, em número absoluto de óbitos. O Estado tem mais de 16 mil acidentes de trabalho por ano. Para evitar a ocorrência de acidentes no ambiente de trabalho do HUGO, que emprega cerca de 1.700 colaboradores, o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) promove uma série de ações e campanhas educativas. “Ao ser admitido, todo funcionário passa por um treinamento completo de segurança do trabalho, exames para avaliação do sistema imunológico, condições física e emocional e é orientado sobre as normas internas e regulado-

ras. Além disso, fornecemos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) gratuitamente”, explica o engenheiro de segurança do trabalho do SESMT do HUGO, Luiz Rogério Soares. Os acidentes mais comuns que ocorrem no ambiente hospitalar são aqueles com exposição ao material biológico – quando, por exemplo, o trabalhador perfura o dedo com uma agulha e entra em contato com sangue e secreções. Para evitar todo e qualquer tipo de incidente, Soares recomenda: “É preciso seguir todos os protocolos de segurança, usar luvas, toucas, máscaras, óculos, sapatos fechados e dispensar a utilização de adornos para uma higienização correta das mãos; trabalhar com atenção e sem afobação. No hospital, os trabalhadores ficam mais vulneráveis. Por isso, treinamos e fiscalizamos a equipe, pois, primeiramente ela precisa proteger sua vida, para poder salvar a vida do próximo”, assinala. Vitor Jungmann, fisioterapeuta das Enferma-

Marcos Coelho

Monique Arruda

Vitor Jungmann devidamente paramentado com EPIs para atuar como fisioterapeuta

rias do 2º andar, relata que manuseou um paciente enquanto não usava os óculos de forma correta. “O interno vomitou e a secreção traqueal espirrou no meu olho direito. Imediatamente, fui atendido, orientado e acompanhado pelo SESMT”, conta. Diariamente, o SESMT do HUGO atende uma média de 60 funcionários. Os nove colaboradores do setor trabalham das 9 às 21 horas.

EXPEDIENTE HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA Diretor Geral: Ciro Ricardo Pires de Castro Diretor Técnico: Ricardo Furtado Mendonça Diretor Clínico: José Joaquim Gomide Neto Diretor Administrativo: Hernani Kruger INSTITUTO GERIR Presidente: Eduardo Reche de Souza Superintendente Técnico: José Mário Meira Teles Superintendente Executivo: Edsamuel Araújo CORPO TÉCNICO Ciro Ricardo Pires de Castro, Luiz Fernando Martins, Nicola Paolo Bertolini e Ricardo Furtado Mendonça Produção: Duo Comunicação Jornalista responsável: Fabrícia Hamu (MTb 1148/GO) Edição e Coordenação: Fabrícia Hamu Reportagens: Jovana Colombo e Monique Arruda Contato: 62 3201-4339 e 3201-4377 Projeto Gráfico: Brandcompany

QUEREMOS SABER SUA OPINIÃO: Envie elogios, críticas, dúvidas ou sugestões para: comunicacao@gerir.org.br

www.hugo.org.br


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