Hoje Macau 12 DEZ 2017 #3953

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12.12.2017 terça-feira

“Os artistas já não a Começam hoje as celebrações do décimo aniversário da associação Art For All Society, que visa promover o trabalho de vários artistas locais. A AFA já esteve em Pequim, fechou portas, e agora gostava de ter uma representação em Hong Kong. Alice Kok, presidente, e José Drummond, um dos fundadores, recordam o momento em que um grupo de pessoas se juntou para debater ideias sobre o panorama artístico local

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E todas as casas que a AFA – Art for All Society já teve, aquela que estava junto às Ruínas de São Paulo foi a primeira. Um dia, artistas como Konstantin Bessmertny, José Drummond, Carlos Marreiros ou Alice Kok reuniram-se para discutir ideias que dariam origem a um novo movimento de revelação de novos artistas junto do público. Dez anos depois, a AFA prepara-se para celebrar a sua curta existência com uma exposição, uma palestra e um documentário. A história de algo embrionário conta-se com frames, imagens, palavras. “Hoje será a exposição do aniversário dos 10 anos e depois haverá uma palestra na quarta-feira. Na quinta-feira será transmitido um documentário sobre os artistas que nos têm acompanhado. O objectivo é olhar para aquilo que temos feito nos últimos dez anos, o que fizemos ou não fizemos, numa espécie de reflexão”, contou Alice Kok ao HM. A palestra visa ser um espaço de debate sobre o estado actual do panorama artístico. “Convidámos outras galerias de arte ou gestores de espaços de arte para discutirmos os desafios e os problemas que enfrentamos quando tentamos manter associações de arte ou outros negócios em Macau”, explicou Alice Kok. Já o documentário coloca os artistas a falarem do seu próprio trabalho. “É uma forma de olharmos para trás, para aquilo que temos vindo a fazer e deixar os artistas falar do seu trabalho em frente à câmara, para que o público possa compreender melhor o que é a profissão e o que significa ser artista”, contou a presidente da AFA.

A AUSÊNCIA DE COLECCIONADORES

Quando convidámos José Drummond a recordar o início de uma jornada, o artistas apenas disse que, no fundo, o tempo passa demasiado rápido sem darmos por isso. “É a prova de que a vida passa muito rápido. Parece que foi ontem que estávamos todos numa sala ao pé das Ruínas de São Paulo,

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ANIVERSÁRIO ART FOR ALL SOCIETY NASCEU HÁ DEZ ANOS

onde foi a primeira AFA, a debater ideias e a falar sobre as primeiras exposições. E já passaram dez anos e a AFA esteve em tantos espaços. A participação da AFA no meio artístico local continua a ser muito importante”, frisou. Drummond considera que, quando a AFA nasceu, faltavam em Macau coleccionadores de arte, algo que não mudou com o passar dos anos. “Há dez anos não havia tantos coleccionadores, mas isso não quer dizer que as coisas estejam melhores. Podem haver mais coleccionadores de arte não acho que, no geral, isso seja significativo, pois a vida encareceu muito mais. Os artistas que continuam a ambicionar viver do trabalho de artista plástico é

quase impossível em Macau. A luta continua a ser muita nesse sentido.”

A LUTA PELA ESTABILIDADE

Além da falta de coleccionadores que invistam em arte local, tem faltado o factor estabilidade. “Quando fechámos a nossa galeria em Pequim decidimos concentrar-nos em Macau. Não conseguíamos estar lá pessoalmente e era difícil gerir uma galeria de arte à distância. Por isso ficamos no Macau Art Garden, no centro da cidade. Temos sido bem sucedidos, mas estamos no início, pois temos sido obrigados a mudar-nos a cada dois anos. Nos últimos dez anos mudámo-nos cerca de cinco vezes”, recordou Alice Kok.

Além de garantir a estabilidade no espaço Macau Art Garden, a presidente da AFA confessa que há o desejo de criar uma representação da associação em Hong Kong. “Queremos garantir a nossa presença aqui de uma forma permanente. Para o futuro queremos primeiro garantir uma estabilidade e depois vamos procurar mostrar o trabalho dos nossos artistas lá fora. Gostaríamos de ir para Hong Kong, mas ainda não fomos à procura de nenhum espaço”, disse.

DEZ ANOS DEPOIS, O PESSIMISMO

Anos e anos de exposições depois, Alice Kok considera que continua a faltar uma educação das pessoas para aquilo que é arte.

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O ASSASSÍNIO DE LINCOLN - O CHOCANTE CRIME QUE MUDOU A AMÉRICA PARA SEMPRE • Bill O’Reilly, Martin Dugard

Na primavera de 1865, a sangrenta saga da Guerra Civil americana chega finalmente ao fim. As generosas condições do presidente Lincoln para a rendição de Robert E. Lee destinam-se a realizar o seu sonho de curar uma nação dividida e os Confederados são autorizados a reintegrarem-se na sociedade americana. Porém, um homem e o seu bando de cúmplices assassinos, não ficaram apaziguados. No meio das celebrações patrióticas em Washington D.C., John Wilkes Booth assassina Abraham Lincoln no Teatro Ford. Segue-se uma furiosa caça ao homem e Booth transforma-se imediatamente no fugitivo mais procurado do país. A empolgante perseguição termina num intenso tiroteio e numa série de execuções ordenadas pelo tribunal - incluindo a da primeira mulher executada pelo governo norte-americano, Mary Surratt.

A VIDA LOUCA DOS PRESIDENTES DE PORTUGAL • vários autores

De tudo se encontra neste livro. Poetas e escritores, crentes e ateus, bem casados e adúlteros, mal-amados e nas graças do povo, com uma legião de herdeiros e também com filhos ilegítimos, que destruíram as suas famílias, mas também aqueles que as souberam honrar e ainda as mulheres fortes que fizeram desses presidentes verdadeiras figurais políticas. Descubra os homens que, desde 5 de Outubro de 1910 até aos dias de hoje, construíram e erigiram a República Portuguesa.


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