LIVRO DIDATICO DE EDUCAÇÃO FISICA

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Educação Física Esporte: entendido como uma prática motora/corporal: A) orientada a comparar um determinado desempenho entre indivíduos ou grupos; B) regido por um conjunto de regras que procuram dar aos adversários iguais condições de oportunidade para vencer a contenda e, dessa forma, manter a incerteza do resultado; C) com regras institucionalizadas por organizações que assumem (exigem) a responsabilidade de definir e homogeneizar as normas de disputa e promover o desenvolvimento da modalidade, tem o intuito de comparar o desempenho entre diferentes atores esportivos (por exemplo, em nível mundial). O esporte pode ser entendido como a transformação das atividades da cultura corporal das classes populares e da nobreza inglesa em práticas corporais pautadas pelas características do esporte anteriormente citadas. Esse processo iniciou-se no século XVIII, desenvolvendo-se mais intensamente no final do século XIX. Foi contemporâneo dos processos de industrialização e urbanização da Inglaterra, e nele tiveram papel fundamental as escolas públicas. A sua origem na Inglaterra é interpretada como um produto da ascensão da nova forma de organização social capitalista daquela época. O processo de transformação de práticas corporais originadas em contextos não competitivos e, particularmente, não institucionalizadas em modalidades esportivas, assumindo os códigos do esporte de rendimento (comparação objetiva de desempenho, regras oficiais únicas, institucionalização, racionalização das práticas/treinamento na busca da maximização do desempenho), possibilita um grande referencial comparativo do que possa diferenciar o jogo do esporte. n FENSTERSEIFER, P. E. e G.; Fernando J. (orgs). Dicionário crítico de educação física. Ijuí: Editora Unijuí, 2005. p.170-173.

Já é possível, para você, diferenciar jogo de esporte? Entremos, então, no último questionamento apresentado.

z Os esportes e os jogos só se aplicam de maneira competitiva? Você compreendeu que em nosso cotidiano várias situações se manifestam de modo que temos que assumir papéis diferenciados, os quais nos conduzem, ou não, à competição? Em determinados momentos não temos como evitá-las, mas em outros, é possível trabalhar de maneira conjunta, buscando resultados benéficos a uma coletividade a partir da soma de forças (cooperação). Se não podemos afirmar que o homem é naturalmente competitivo, podemos afirmar então que é naturalmente cooperativo? Mas seria também o jogo cooperativo, competitivo? Vamos discutir essas questões a seguir.

n www.diaadiaeducação.pr.gov.br

z Jogos cooperativos: um exercício de convívio social O jogo cooperativo é um contraponto ao espírito competitivo exacerbado pela sociedade capitalista. Nela, o fenômeno da competição Competir ou cooperar: eis a questão!

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