REGIÃO

“Amor quero eternizar Esses dois corpos a se conhecer Num bar chamar pra dançar Não sei se posso mas quero você

Eu hei de ir pro teu mar Com meus veleiros pra te navegar Quando essa onda rolar Eu vou me enroscar em você

Viver molhada de tanto prazer Eu vou me enroscar em você Viver molhada de tanto prazer Eu vou me enroscar em você"

Onda, Mc Tha PROPOSTA

CONCEITO

O cais do Porto Velho já foi um lugar de extrema importância para Rio Grande, foi ali onde a cidade se estabeleceu como principal porto da região sul do país. No entanto, hoje a paisagem do cais do porto é caracterizada pelo abandono e pela subutilização. Até mesmo os barcos que costumavam ficar atracados ao longo do cais foram sendo retirados. A cidade virou as costas para suas margens e precisa renovar seus votos de casamento com a água que a circunda.

Por estes motivos, pretende-se trazer um objeto arquitetônico que revigore e restabeleça o cais do porto como uma área de interesse dentro do contexto da cidade. Um lugar onde seja possível contemplar a beleza natural da lagoa e ter uma experiência mais imersiva de contato direto com a água, quase como se estivessemos dentro de uma embarcação. Um espaço construído que tenha uma relação tão íntima com a Lagoa dos Patos quanto a própria cidade de Rio Grande.

Ao mesmo tempo que se pretende trazer um novo marco visual para esta área degradada da cidade, busca-se inserir um objeto contemporâneo que não rivalize com o entorno. Afastando-o da margem de maneira que ela se mantenha livre e desimpedida. Sem que existam barreiras físicas entre o usuário e a água da lagoa.

Por fim, pretende-se ir além e propor um espaço no qual o usuário possa caminhar sobre as águas e observar a cidade sob outra perspectiva. Costumávamos ver a Lagoa a partir da cidade e agora veremos a cidade a partir da Lagoa.

PROPOSTA

DIRETRIZES PROJETUAIS

CONDICIONANTES ARQUITETÔNICAS

Para se entender as necessidades espaciais relativas ao terminal aquaviário de passageiros deve-se compreender tanto o fluxo de embarcações quanto de passageiros que circulam pelo terminal. Desta maneira, as dimensões das embarcações que costumam atracar e a quantidade de passageiros transportada são critérios determinantes nas decisões projetuais.

No caso do terminal riograndino, existem hoje em operação cinco embarcações com capacidades de 160 até 300 passageiros e dimensões em torno de 25 metros de comprimento por 9 metros de largura. O horário de funcionamento do terminal é das 5:30h às 23h e as saídas acontecem de 30 em 30 minutos com exceção dos horários de pico, nos quais costumam sair duas embarcações ao mesmo tempo. Segundo a Transnorte, empresa responsável pelo serviço na cidade, cerca de 1200 pessoas costumam utilizar o serviço de transporte diariamente.

Isto posto, precisa-se estimar um espaço de embarque e desembarque de passageiros que seja capaz de abrigar até duas embarcações de 25 metros de comprimento ao mesmo tempo. É importante também que o fluxo de passageiros seja claro e os acessos bem definidos para que o usuário consiga reconhecer facilmente os trajetos de entrada e saída do edifício.

Nesse sentido, o zoneamento do programa foi distribuido de forma que as atividades exercidas na edificação ficassem divididas em dois blocos e unidas por um acesso central. Desta forma, os fluxos de passageiros e visitantes ficam separados e não há conflito entre eles.

ZONEAMENTO E FLUXOS

CAIS TURISMO

HIDROVIÁRIA

ACESSO CONTROLADO

CICLOVIA SAÍDA

ENTRADA

ESTACIONAMENTOPONTO DE ÔNIBUS

COMPARTIMENTAÇÃO

Lojas Cafeterias Banheiros Depósitos Sala de espera Bilheteria Circulação

Casa de máquinas Cais público e guarda-volumes Espaço para funcionários Embarque/Desemb.