Pedro — pescador de homens
para afastar dele o cálice. Mas que cálice era esse? Por que Jesus rogou ao Pai para não beber esse cálice? Será que esse cálice era a sua prisão humilhante no jardim de Getsêmani? Será que esse cálice eram as cusparadas e as bofetadas sofridas no Sinédrio? Será que esse cálice eram os açoites sofridos no pretório romano? Será que esse cálice era a ignominiosa coroa de espinhos a ferir sua fronte? Será que esse cálice era caminhar pelas ruas de Jerusalém debaixo de apupos e vaias de uma mul tidão ensandecida e sedenta de sangue? Será que esse cálice era o sofrimento atroz da cruz? M il vezes não! Esse cálice era a ira de Deus, que deveria cair sobre a nossa cabeça, por causa dos nossos pecados. Jesus sor veu cada gota desse cálice amargo. Ele levou sobre si os nossos pecados. Ele foi golpeado pela lei em nosso lu gar. Ele foi ferido e traspassado pelas nossas iniquídades. Agradou ao Pai moê-lo. Ele morreu a nossa morte. Por três vezes, Jesus orou e nas três vezes colocou-se de forma submissa nas mãos do Pai para realizar sua eterna e santa vontade. Sexto, o Getsêmani foi o lugar da mais bendita consolação. O anjo de Deus vem do céu, na hora da mais profunda angústia, quando Jesus molhava o chão com suas lágrimas e regava a terra com seu sangue para consolá-lo. O Getsêmani é lugar não apenas de choro, mas também de consolo. Sempre haverá consolo de Deus para aqueles que se submetem à vontade de Deus. Sétimo, o Getsêmani é o campo da mais esplêndida vitória. Jesus ergueu-se de seus joelhos não como um homem vencido pelo desânimo. Mas ergueu-se firme, 48