A morte do planeta (psicografia wera krijanowskaia espírito j w rochester)

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A MORTE DO PLANETA J. W. ROCHESTER Supramati percebeu que havia chegado o momento decisivo e levantou-se prontamente. Os adeptos rodearam-no e o vestiram numa malha, parecida com a de seda, mas fina como teia de aranha. Por fim colocaram uma túnica branca e curta com cinto vermelho. A cabeça ficou descoberta, mas entre os dois fachos do mago agora reluzia, feito um brilhante gigante, uma cruz, invocada do espaço por Ebramar. Ebramar e o hierofante postaram-se nos dois lados de Supramati e saíram da gruta, na entrada da qual os aguardava uma numerosa multidão. O cortejo perfilou-se e à frente dos hierofantes, quatro adeptos carregavam uma espécie de lume, onde ardiam crepitando ervas e substâncias que difundiam um aroma surpreendentemente vivificante. Atrás seguiam os sacerdotes, entoando cânticos e cobrindo o caminho dos magos com pétalas de flores. O cortejo parou junto à gruta sagrada de Osíris; os que carregavam o lume retiraram-se, colocando-o sobre a cuba de mármore no meio da gruta. No local permaneceram apenas os hierofantes e Supramati, que carregava a cruz dos magos. Seu rosto belo e extasiado denotava concentração. Diante do lume erguia-se uma mesa do altar e nela resplandecia o cálice da irmandade do Graal, encimado pro uma cruz. O altar era rodeado por cavaleiros em suas armaduras prateadas; entre eles estava Dakhir. Supramati ajoelhou-se nos degraus do altar, sendo seguido por todos os presentes; fez-se um silêncio solene, apenas quebrado por um canto baixo e suave que vinha de fora. O superior da irmandade do Graal pegou o cálice com as essências fumegantes da vida e da luz e passou-o a Supramati; e quando este tomou do cálice, o Superior pôs as mãos sobre a cabeça do missionário e fez uma oração. Em seguida aproximou-se Ebramar, e retirando do altar um instrumento estranho, entregou-o a Supramati. Era algo parecido com uma harpa, só que de suas cordas vertiam cores do arco-íris. - Leve com voce este instrumento de consolo e de apoio. A harmonia divina que voce extrair dele o erguerá acima dos infortúnios quotidianos – disse Ebramar, beijando Supramati. Tomado por alegria, Supramati, agradecido, pegou o instrumento e beijou em despedida os presentes. A última e mais longa despedida foi com Dakhir. Em seguida,

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