Revista SPWays

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SPWAYS EDIÇÃO 01 - DEZEMBRO 2015

AV. PAULISTA Cartão postal da cidade também é considerado grande polo cultural

FEIRINHA DA MADRUGADA Será o fim do maior shopping popular da capital?

CULTURA NO METRÔ? Conheça o amplo circuito-cultural que é frequentado por milhões de Paulistanos diariamente AGENDA CULTURAL Salve o seu fim-de-semana com nosso Guia!


SUMÁRIO Avenida Paulista: Babel das Artes PG. 04

Cultura no Metrô?

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Agenda Cultural PG. 07

CARTA AO LEITOR Primeiramente, quero parabenizar à toda equipe pelo desempenho em produzir um material tão interessante e, ao mesmo tempo, tão descobridor, que traz à quem lê um motivo a mais para olhar a cidade e o Estado de São Paulo com um ‘’olhar’’ diferente. As matérias estão sensacionais e, na minha opinião, coerentes com o tema que foi abordado. A matéria que mais gostei, sem dúvida, foi ‘’Avenida Paulista: Babel das Artes’’, pois me excede a vontade de querer andar e conhecer cada vez mais

um pouco daquele povo que contribui culturalmente com a nossa história. É incrível como pode ter tanta gente diferente em um único local, e o melhor, ninguém perde a sua identidade, a essência que os faz ser parte daquela avenida. Acho bem bacana alguém divulgar um fato à respeito de seu trabalho, afinal o esforço deve ser retribuído de alguma forma.

A Feirinha da Madrugada pode acabar? PG. 09 A maneira como os assuntos foram abordados, as imagens, a forma como os textos foram distribuídos entre as páginas, abrilhantaram mais o conteúdo e deram mais vida ao que muitos considerariam como um ‘’assunto chato’’. É uma revista que, com certeza, eu compraria. Vale a pena dar uma conferida, afinal, um pouco de cultura em meio à uma feira, no meio da madrugada, uma avenida lotada e um metrô com deficiência operacional, nunca é demais.


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EDITORIAL: SP WAYS Siga São Paulo. Seja São Paulo. Por Gabriela Santa Fé & Esdras Ramos.

Expediente Revista SP WAYS Edição 01 - ano 01

Que todos nós temos um curto tempo de espaço para lazer, é fato. E que nem sempre temos dinheiro na mão, para quando há espaço para o lazer também. Mas o que têm faltado para nós, paulistas, é o olhar curioso.

Redator Chefe Esdras Ramos

Numa metrópole tão variada de culturas, tanto nacionais como estrangeiras, não é difícil arrumar uma boa programação para se divertir, aprender e compartilhar com seus amigos e família. São Paulo, com o passar dos anos, tem se aberto como um leque de opções culturais das mais variadas.

Redatora Gabriela Sfé

É inevitável a surpresa, quando você se dá conta de que muitas atrações interessantes fazem parte de sua rota diária ao trabalho, faculdade entre outros caminhos que todos paulistanos têm. Sem contar que, a maioria não sabe quais os gêneros entram nesse nicho cultural e onde encontrar essa diversidade ao longo do dia. Em diversos locais da cidade, por exemplo, encontramos pessoas que além de mostrar o seu belo trabalho, carregam toda uma história, trocando experiências que acabam dando ao seu produto um toque especial e assim contribuindo com a movimentação da venda na cidade.

Repórter Laisa Almeida Diretor de Arte Raul Paixão Designer Thiago Duarte

A troca de culturas é fundamental para o crescimento pessoal, porque ela nos torna maleáveis e amplifica nossa comunicação. Passamos a compreender, aceitar e até nos adaptar ao que não fazia parte de nosso convívio cultural. Nem mesmo o que já faz parte da nossa cultura é tão fácil assim de reconhecer, todavia, quando abrimos a mente, ela acaba tendo outro significado e isso pode mudar o seu comportamento, acredite!

Fotógrafo Guilherme Rodrigues

Sabemos que você, caro leitor, não conhece uma boa parte dessas opções que sua cidade oferece e é por isso que a SP Ways se prontificou a mudar sua visão dessa cidade de pedras, afinal, ela é mais flexível e interessante do que aparenta!

Contato: agenciaaffinita@gmail.com

Vamos?

São mais de 4.000m² de área coberta com o melhor do Cinema, Teatro, Galerias.e exposições.

Mídia/Marketing Carol Sanchez


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Avenida Paulista: Babel das Artes Cartão-Postal e principal centro financeiro da cidade também abriga circuito cultural de entretenimento. Por Gabriela Santa Fé.

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Paulista é, de longe, um dos locais mais consagrados em nossa gigante “selva-de-pedra”, também conhecida como São Paulo, abrigando não só importantes sedes do poder econômico e financeiro da cidade, mas também a condição de polo cultural, cada vez mais frequentado por um número crescente de grupos sociais. Na mais famosa avenida brasileira, cultura e arte também se concentram ao longo de seus calçadões: um palco aberto com mais de dois quilômetros de extensão por onde musicistas, artesãos, mímicos, dançarinos, trovadores e o que mais pudermos imaginar se dispõem para o interesse e aprazer dos milhares de pessoas que ali circulam, diariamente. Dividindo espaço com os artistas-de-rua, a Paulista oferece em seu “cardápio-cultural”, grandes livrarias, cinema, alta-gastronomia e exposições culturais nacionais e estrangeiras, em locais como o Museu de Arte São Paulo – o MASP. Em seu vão-livre ocorre a Feira de Antiguidades, presente no local desde 1979, sempre aos domingos, pontualmente, das 10h às 17h, reunindo artefatos e objetos diversos de época.

Prefeitura de São Paulo põe em prática Programa Rua Aberta. O prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) anunciou no último dia 13 a implantação do Programa Rua Aberta que visa incentivar a apropriação dos espaços públicos da cidade e promover as relações sociais nos bairros. A Avenida Paulista será oficialmente aberta a pedestres, ciclistas e demais usuários das 9h às 17h aos domingos, com trânsito bloqueado em toda sua extensão, incluindo o transporte público que será desviado para vias alternativas. Haddad afirmou que o fechamento da Paulista permitirá que os cidadãos possam desfrutar de toda a “bandeja cultural” que o local oferece e disse também que essa decisão não causará impacto negativo na região, uma vez que testes já foram feitos anteriormente. A iniciativa já havia sido realizada em outros locais da cidade, como no bairro de Aricanduva (Zona Leste) e no M’Boi Mirim



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Cultura no Metrô? “Existe, mas tô nem aí”. Conheça o circuito-cultural frequentado por milhões de pessoas diariamente, mas que provavelmente você ainda não tinha ouvido falar. Por Esdras Martins.

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pesar do projeto Linha Cultural existir desde 1988 – isso mesmo, há quase 4 décadas – oferecendo um programa voltado para produções culturais diversas e ações continuadas para a promoção de diferentes formas de expressão artística, parece não receber a importância devida, quando se trata de “parar e admirar” as obras de autores (dos quais muitas vezes são “desconhecidos” pela massa) que usam do seu tempo para aliviar o estresse do trabalho alheio no horário de pico. Duvido que alguém, exausto ao voltar do seu trabalho, dentro de um metrô lotado, queira parar, passear e prestigiar as obras de arte que estão divididas entre as estações. Muitas vezes, a visão que o metrô constrói em relação ao transporte público, acaba fazendo com que a Linha Cultural não seja tão bem vista como deveria ser.

chegar perto da beleza do Universo”, diz Izabel, desejando que ao passar por cada obra, o coração do observador seja preenchido de cor, luz e gratidão pela vida. Muito “cult” pra você? Tudo bem, para os amantes da fotografia temos a exposição “Fotografia no Trianon-Masp: Milton Guran” (estação Trianon-Masp, linha Verde), um evento realizado pelo Museu de Arte São Paulo – o MASP – em parceria com o Metrô.

Mas vamos lá! Trataremos sobre as maravilhosas exposições que são oferecidas GRATUITAMENTE (sim amigo, de graça, “na faixa”, “no vasco”). Você pode encontrá-las nas principais estações que compõem o complexo metroviário da cidade de São Paulo – preparamos ao final deste artigo um mapa com as exposições mais relevantes.

A exposição exibe obras da Coleção Pirelli MASP de Fotografia. Guran além de fotógrafo é também doutor em antropologia e mestre em comunicação social. Com uma bagagem dessas é difícil dizer “não”. Então, sugiro que você vá lá dar uma olhada.

Uma das obras que mais me chama a atenção é a Exposição “Cores da Alma”, da artista Izabel Litieri (estação Jardim São Paulo, linha Azul). “A exposição é uma maneira de convidar os visitantes a brindar à vida, à arte e à oportunidade. Por intermédio do dom da pintura,

Além dessas obras, existem várias outras atividades extraordinárias espalhadas pelas galerias do metrô que com certeza merecem a sua atenção. Acredito que a


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divulgação de tais obras e exposições deveriam ter maior estrutura de divulgação, de forma que aguçasse ainda mais o interesse e curiosidade dos usuários. Marcar eventos, distribuir panfletos ou até mesmo utilizar o próprio sistema de comunicação dos trens para isso – os chamados DOOHs (aquelas “mini-TVs” que ficam dentro dos vagões, sabe?). De fato, o metrô ainda tem muito o que melhorar; oferecer um acerto cultural gratuito já é um excelente começo, mas é preciso tirar a má impressão que o transporte público traz à vida dos usuários. Mas isso quando? Quem sabe algum dia.

Fique ligado... Embora a idéia de transformar as estações do sistema em galerias de arte e aproximar o cidadão dessas manifestações cultuais tenha surgido em 1968, ano de fundação da Companhia, foi com a inauguração da estação Sé, em 1978, que ela foi posta em prática. Esculturas e murais de artistas consagrados = como Alfredo Ceschiatti, Marcelo

Nietsche, Renina Kaz, Cláudio Tozzi e Mário Gruber – colocaram o Metrô na vanguarda da arte pública. Esse foi o embrião do projeto “Arte no Metrô”, formalizado em 1988, que passou a estabelecer critérios e organizar o acerto de obras de arte contemporânea do Metrô. A intensa procura fez com que o complexo instituísse em 1990 a Comissão Consultiva de Arte, formada por representantes da Pinacoteca do Estado, do MASP, do Museu de Arte Moderna e também por representantes das áreas de Marketing e Arquitetura do Metrô. A função dessa comissão é de assegurar um processo de seleção criterioso e consistente para a escolha de projetos de arte contemporânea, bem como sua adequação para ser instalada em espaço público do Metrô de São Paulo. Com isso, o projeto aprimorou-se e permitiu aos usuários e à população, em geral, o contato com obras que, ocasionalmente, só são encontradas em museus e galerias. Isso estimulou o respeito e a noção de conservação dos espaços coletivos.


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AGENDA CULTURAL Salve o seu fim de semana! Dá pra ser melhor do que assistir outra maratona de séries de TV. Por Thiago Duarte & Raul Paixão.

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Confira neste guia prático algumas das principais atrações culturais oferecidas pelo Metrô de São Paulo através do programa Linha da Cultura. Parte do grande acervo de obras disponíveis para visitação é permanente e pode ser visitado sempre que sobrar um tempo na sua agenda. O “ingresso” é seu bilhete de embarque e tem opção de meia-entrada!

A - ELIANA LINDENBERG

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“Solaris”, escultura mista produzida em ferro e espuma poliuretano, de 1996 localizada na estação Pedro II (Linha Vermelha). NOME DA OBRA B Breve descrição da obra e indicação da estação de metrô em que ela se localiza. C - ANTÔNIO PETICOV “Momento Antropofágico com Oswald de Andrade”, painel misto em azulejo, madeira, aço e vinil de 1990, na estação República (Linha Vermelha).

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D - MÁRIO GRUBER “Como Sempre Esteve, O Amanhã Está em Nossas Mãos”, mural de pintura sobre parede produzido entre os anos de 1979 e 1987, na estação Sé (Linha Azul). E - ANTÔNIO CORDEIRO “Figuras Entrelaçadas”, escultura em cerâmica de alta temperatura feita no ano de 1990, na estação Pedro II (Linha Vermelha.)

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9 Conheça o METRÔ NEWS Presente na Capital desde a década de setenta, o jornal Metrô News é um tablóide periódico de distribuição interna que trata de assuntos de relevância ao sistema metroviário que venham a interessar seus usuários. Nos seus primórdios, as matérias ressaltavam o trabalho de operários e o avanço de São Paulo ao abrir o primeiro Metrô do Brasil. O Metrô distribui 1.000.000 de exemplares de seu jornal METRÔ NEWS diariamente nas estações. O projeto pioneiro em 14 de setembro de 1974 teve sua primeira edição em um momento histórico da cidade de São Paulo; a inauguração dos sete primeiros quilômetros de Metrô, que ligava o Jabaquara á Vila Mariana teve sua primeira edição chegando às bancas pelo preço de cinquenta centavos de cruzeiros e com 24 páginas. Caminhando ao lado das expansões do Metrô, o METRÔ NEWS teve seu crescimento. A publicação inicialmente semanal, passou a ser diária, levando mais informação para a Metrópole.

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F - ANTÔNIO CORDEIRO Detalhe da obra permite aos visitantes, ao se aproximar, visualizar através do painel metálico a figura refletida nas paredes do painel. G - MARCELO NITSCHE “Garatuja”, escultura em chapa de ferro metalizada com placas de aço, feita em 1978 na estação Sé (Linha Azul). H - LUÍZ HERMANO “Século XX1 - Resíduos e Vestígios”, estrutura em ferro soldado com vergalhões, feita em 1991, localizada na estação República (Linha Vermelha).

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I - ALDEMIR MARTING “A Inter-Relação Entre o Campo e a Cidade” - Painel em cerâmica, feito em 1993, na estação Tatuapé (Linha Vermelha). QUER MAIS? O Metrô disponibiliza gratuitamente em seu site um guia digital completo com todas as obras fixas espalhadas por todo o seu circuito cultural.


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A Feirinha da Madrugada pode acabar? Tradicional reduto do comércio no Brás sofre com infra-estrutura precária e ambulantes ilegais. Por Carolina Sanchez. A “Feirinha da Madrugada” é um circuito de compras composto por galerias e mini-shoppings distribuídos na região do Brás (Zona Leste da capital paulista) onde se faz presente por mais de uma década, atraindo visitantes de todos os cantos do Brasil e América Latina. Os produtos comercializados são o grande atrativo da Feirinha. É possível encontrar uma diversidade enorme de presentes, roupas, calçados, artigos de decoração e eletrônicos – em sua maioria com um preço bem abaixo da média do mercado, o que atrai ainda mais os consumidores e também gera transtornos quanto à procedência do que é vendido. Após sofrer várias ameaças de “fechamento” ao longo de sua existência, o complexo comercial ainda abusa de práticas ilegais que vão desde a comercialização dos espaços para lojistas até a omissão de notas fiscais para os produtos vendidos.

Ele calcula que dos 4 mil boxes da feira, 1.500 ainda estejam fechados por falta de alvará para funcionamento. Segundo a Prefeitura, o centro comercial recebe cerca de 100 mil pessoas diariamente e a fiscalização é realizada de forma permanente e não só durante o dia.

“Posso fazer uma notinha, mas não é a nota fiscal. Essa a gente não emite, mas o produto é bom, pode confiar”, afirma Marta Ferreira, comerciante de produtos de informática. Quando questionada sobre possíveis ocorrências com a fiscalização afirmou que prefere trabalhar durante a madrugada: “É bem mais tranquilo esse horário”, disse. No ano de 2012, a Prefeitura de São Paulo realizou uma grande reforma no espaço, visando a melhoria na segurança e na regulamentação dos ambulantes não-legalizados. A obra custou cerca de R$20 milhões, mas não trouxe muitas soluções práticas. Um comerciante que pediu para não ser identificado afirma que diversas queixas já foram feitas à Prefeitura, mas que a administração não se importa com o problema. “A prefeitura não organiza, fica tudo bagunçado, não dá atenção nenhuma pra gente”, disse.

A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras afirma ainda que aqueles que forem flagrados atuando de forma irregular podem sofrer sanções previstas pela legislação, entre elas a perda total do alvará cedido para a utilização dos boxes no complexo. A Feirinha da Madrugada opera diariamente, de segunda à sexta feira, das 03h00 às 10h00.


1º SEMESTRE - TURMA A

CARÔMETRO 2015

Raul Paixão diretor de arte criação

RA 915202794

Carol Sanchez

Gabriela Sfé

Laisa Almeida

RA 915203787

RA 915203250

RA 415201283

mídia

redatora

repórter

Thiago Duarte

Esdras Ramos

Guilherme Rodrigues

RA 915207343

RA 915206236

RA 915201341

criação

redator

fotógrafo


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