DESCARTE DA LATA DE TINTA OFFSET - CONCLUSÃO DE CURSO - TCC FATEB 2012

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Design Sustentรกvel

Faculdade de Ciencia e Tecnologia de Birigui

2012



Descarte de Latas de Tintas Offset Desenvolvimento do Projeto do Produto III

Guilherme Chiessi Moreno Afonso Antonio Martins

Design SustentĂĄvel

Orientado por Prof. Me. JosĂŠ Eduardo Zago


Folha de Aprovação

de a o h l ã ç Fo a v Apro

Banca Examinadora Prof. Me. José Eduardo Zago Instituto Faculdade de Ciência e Tecnologia de Birigui

Prof. Me. Marco Aurélio F. Furtado Instituto Faculdade de Ciência e Tecnologia de Birigui

Prof. Me. Benjamim Shiro Yagi Instituto Faculdade de Ciência e Tecnologia de Birigui

Assinatura:

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Agradecimentos

Agradecemos a realização desse projeto aos nossos familiares e amigos por todo apoio e incentivo e as grandes ideias de nossos professores, onde foram fundamentais para a finalização. Especialmente ao professor e Orientador José Eduardo Zago que desde o inicio, nos esclareceu duvidas e nos indicou o caminho certo a seguie e também a Industria Printbill Gráfica que nos forneceu varios dados e materiais para a execução do projeto.



Resumo

Um projeto com finalidade econômica, social e principalmente sustentável, que previu certo problema a ser resolvido, que ocorre na região situada (Birigui) onde existem Indústrias que serão ajudadas a resolver problemas com certos tipos de descartes em um meio que será também sustentável e reaproveitando seus próprios recursos, que no momento não tem um fim ecologicamente correto. Os materiais a serem utilizados serão as latas (Aço) de tinta para offset utilizadas para impressão em papel cartão (Embalagens) que depois do uso não há um descarte correto das mesmas. O projeto segue como meta reutilizar esse material para desenvolver um produto que possa ajudar em um ponto importante, auxiliando a educação infantil, levando até a criança em instituições que funcionam com esse propósito. O produto para essa ideia é um estojo feito com a reutilização das latas, promovendo e indicando o aprendizado com pintura, o estojo traz uma total acessibilidade para o armazenamento e utilização de tintas (como tinta Guache) pincéis, paleta de cores e limpeza dos mesmos, e ainda sem perder seu uso normal para armazenamento dos acessórios escolares padrões. .


Abstract

A design with purpose economic, social and sustainable especially, who predicted some problem to be solved, which is located in the region (Birigui) where there are industries that will be helped to resolve problems with certain types of discharges in a way that is also sustainable and reusing their own resources, which currently does not have an ecologically correct order. The materials to be used will be cans (Steel) for offset ink used for printing on cardstock (Packaging) after use that there is no proper disposal of the same. The project follows the goal to reuse this material to develop a product that can help in an important point, assisting early childhood education, bringing up children in institutions that work for this purpose. The idea for this product is a kit made ​by reusing cans, promoting learning and indicating with paint, the kit provides full accessibility to the storage and use of inks (as Gouache paint) brushes, palette and cleaning the same and yet without losing its normal use for storage of accessories school standards. .


Lista de Figuras

Figura 01 - Pintura Caverna...........................................................................................27 Figura 02 - Homens das Cavernas...................................................................................27 Figura 03 - Cerâmica Egípcia.........................................................................................27 Figura 04 - Maquiagem..................................................................................................27 Figura 05 - Mesopotâmia...............................................................................................27 Figura 06 - Sumérios......................................................................................................27 Figura 07 - Cerâmica Chinesa.........................................................................................27 Figura 08 - Arca..............................................................................................................27 Figura 09 - Pintura em Murais........................................................................................28 Figura 10 - Palácio Creta.................................................................................................28 Figura 11 - Grécia...........................................................................................................28 Figura 12 - Fábrica..........................................................................................................29 Figura 13 - Dinastia........................................................................................................29 Figura 14 - Pintura..........................................................................................................29 Figura 15 - Mineração....................................................................................................33 Figura 16 - Coqueira.......................................................................................................33 Figura 17 - Alto Forno.....................................................................................................34 Figura 18 - Laminação a Frio...........................................................................................35 Figura 19 - Metais..........................................................................................................37 Figura 20 -Ensino Básico.................................................................................................41 Figura 21 - Ensino Infantil..............................................................................................42 Figura 22 - Ensino Infantil...............................................................................................42 Figura 23 - Ensino Infantil...............................................................................................42 Figura 24 - Ensino Fundamental.....................................................................................45 Figura 25 - Ensino Fundamental.....................................................................................45 Figura 26 - Ensino Médio................................................................................................46 Figura 27 - Ensino Médio................................................................................................46 Figura 28 - Ensino Médio................................................................................................46 Figura 29 - Limpezas de Latas.........................................................................................53 Figura 30 - Limpezas de Latas.........................................................................................54


Figura 31 - Limpezas de Latas.........................................................................................54 Figura 32 - Limpezas de Latas.........................................................................................54 Figura 33 - Limpezas de Latas.........................................................................................54 Figura 34 - Limpezas de Latas.........................................................................................53 Figura 35 - Esboços........................................................................................................57 Figura 36 - Esboços........................................................................................................57 Figura 37 - Esboços........................................................................................................58 Figura 38 - Esboços........................................................................................................58 Figura 39 - Esboços........................................................................................................58 Figura 40 - Render..........................................................................................................61 Figura 41 - Render..........................................................................................................61 Figura 42 - Imagem Ilustrativa........................................................................................62 Figura 43 - Imagem Ilustrativa........................................................................................62 Figura 44 - Imagem Ilustrativa........................................................................................62 Figura 45 - Esboço..........................................................................................................63 Figura 46 - Esboço..........................................................................................................63 Figura 47 - Esboço..........................................................................................................63 Figura 48 - Vista Lateral Tampa.......................................................................................65 Figura 49 - Vista Frontal Tampa......................................................................................65 Figura 50 - Vista Superior Tampa....................................................................................65 Figura 51 - Vista Lateral Fundo.......................................................................................66 Figura 52 - Vista Frontal Fundo.......................................................................................66 Figura 53 - Vista Superior Fundo.....................................................................................66 Figura 54 - Vista Lateral Paleta........................................................................................67 Figura 55 - Vista Superior Paleta.....................................................................................67 Figura 56 - Vista Superior Berço....................................................................................68 Figura 57 - Vista Frontal Berço........................................................................................68 Figura 58 - Vista Lateral Berço........................................................................................68



Sumario

Resumo......................................................................................................................................07 Abstract......................................................................................................................................08 Lista de Figuras...........................................................................................................................09 1. Introdução..............................................................................................................................14 1.1 Historia.................................................................................................................................15 1.1.1 Tintas no Brasil...................................................................................................................15 1.1.2 Tintas no Mundo.............................................................................................................17 1.1.2.1 Arte Pré-Histórica...................................................................................................17 1.1.2.2 Primeiros Matérias Egípcio................................................................................18 1.1.2.3 O Período Clássico.........................................................................................19 1.1.2.4 A Arte no Oriente........................................................................................19 1.1.2.5 Material dos Índios Americanos...............................................................20 1.1.2.6 A Europa Medieval.................................................................................20 1.1.2.7 Renascença na Eupora..........................................................................21 1.1.2.8 A Revolução Industrial.........................................................................21 1.1.2.9 Desenvolvimento no Século XX...........................................................22 1.1.3 Informação............................................................................................24 1.1.3.1 Tinta...................................................................................................23 1.1.3.2 Resina.................................................................................................23 1.1.3.3 Acrílica................................................................................................23 1.1.3.4 Alquímicas............................................................................................23 1.1.3.5 Epoxidicas..............................................................................................23 1.1.3.6 Pigmento.................................................................................................25 1.1.3.7 Aditivo........................................................................................................25 1.1.3.8 Solventes....................................................25 1.1.4 Linha do Tempo..........................................27 1.1.5 Para que Usarmos...................................31


3. Referencia............................................................................... .....70 2.10 Considerações Finais....................................................................... .....69 2.9 Desenho Técnico.......................................................................................... .....65 2.5 Ergonomia.....................................................................................................63 2.8 O Produto Estojo...................................................................................................... .....59 2.7 Desenvolvimento de Ideias........................................................................................................55 2.6 Limpeza da Lata.........................................................................................................................53 2.4 Painel Semantico.......................................................................................................................51 2.3 Lista de Requisitos.....................................................................................................................50 2.2.2 Especifico......................................................................................................................49 2.2.1 Gerais.....................................................................................................................49 2.2 Objetivos..............................................................................................................49 2.1 Definição do Problema......................................................................................47 2. Desenvolvimento...........................................................................................47 1.2.5 Ensino Medio.........................................................................................46 1.2.4 Ensino Fundamental II..........................................................................45 1.2.3 Ensino Fundamental...........................................................................44 1.2.2 Ensino Infantil....................................................................................42 1.2.1 Educação Basica...............................................................................39 1.2 Sistema Eduacional.............................................................................39 1.1.7.3 Reciclagem de Aço.........................................................................38 1.1.7.2 Composição..................................................................................38 1.1.7.1 Historia...........................................................................................37 1.1.7 Tipos de Aço...................................................................................37 1.1.6.8 Laminação a Frio.............................................................................35 1.1.6.7 Tensões Residuais.............................................................................35 1.1.6.6 Laminação a Quente..............................................................................34 1.1.6.5 Lingotamento Contínuo...........................................................................34 1.1.6.4 Aciaria.....................................................34 1.1.6.3 Alto Forno.............................................34 1.1.6.2 Coqueira e Sinterização..........................33 1.1.6.1 Preparo das Matérias Primas..........33 1.1.6 Processamento Siderúrgico........33


1. Introdução

O mundo vem passando por várias mudanças nos últimos anos, e mudanças agressivas ao meio ambiente, tais mudanças que refletiram diretamente as pessoas, fazendo com que se tenha um modo de pensar que já se deveria ter a muito tempo. Esse modo de pensar é nada mais que manter-se um equilíbrio com a natureza, com o meio ambiente é configurar a civilização e atividades humanas de uma forma que não polua, não desmate, não destrua o meio ambiente, porém o mundo já tem muitos problemas que foram provocados por falta desse pensamento, o pensamento que mostra que se deve pensar em maneiras sustentáveis para todas atividades, tanto sociais quanto principalmente industriais. Com esse princípio, identificou-se uma grande área que sem qualquer duvida precisa de novas ideias, ideias que resolvam grandes problemas ao meio ambiente, porém com uma solução simples de ser aplicada e que se torne auto sustentável dentro do meio em que é aplicada. Hoje em dia tudo que se vende, se fabrica para uso industrial ou pessoal é adquirida uma embalagem para sua conservação, e também para o marketing do produto, para que seja atrativo visualmente no ponto de venda. Esse é um ramo que sem duvida não há como imaginar um dia seu fim, ou uma mudança drástica para mudar esse ciclo. Visualizando as gráficas que seguem essa rotina há inúmeras formas de descarte e reaproveitamento que ainda não foram pensados para melhorar isso, e a sacada da sustentabilidade com certeza é a solução para isso.

Introdução 14


1.1 Historia no Brasil 1.1.1 Tintas no Brasil A história da indústria brasileira de tintas tem dois começos, igualmente dignos, igualmente significativos. O primeiro, em 1886, na cidade de Blumenau, Santa Catarina. O segundo, em 1904, na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Os 18 anos e os mil quilômetros que separam as duas iniciativas não representam grande diferença, se considerarmos as semelhanças entre os empreendedores e suas realizações. Os pioneiros são Paulo Hering, fundador das Tintas Hering, e Carlos Kuenerz, fundador da usina São Cristóvão. Emigrantes alemães, eles encontraram no Brasil pátria e lar. Ao novo país doaram talento, trabalho, espírito criativo e inovador. Traçando seus caminhos na virada do século XIX, eles foram espectadores e personagens dos primórdios da industrialização do país acrescentando, cada um a seu modo e vocação, uma parcela de progresso à nossa cultura e desenvolvimento econômico. Mais de cem anos após a fundação da pioneira Hering, um balanço histórico do desenvolvimento da indústria de tintas no Brasil mostra a existência de alguns ciclos bastante definidos. A primeira fase, dos grandes

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pioneiros, tem início com a fundação da Usina São Cristóvão, em 1904, e se estende até a implantação no Brasil da Sherwin-Williams, em 1944. É o tempo das grandes aventuras empresariais, história de homens obstinados, cuja vida se confunde com a própria obra. É o tempo do auto-didatismo, da criatividade , do artesanato que se transforma em manufatura e atinge o estágio industrial. É a fase dos imigrantes, especialmente os de origem alemã, que aportam alguma tecnologia e muito trabalho. É o tempo dos Renner, dos Horst, dos Hilpert, dos Kuenerz, dos Muller, dos Marques da Costa, dos Barros, dos fernandes, dos Marvin, dos Sparapani, de gente que fecundou com trabalho seus sonhos e ambições. O segundo período engloba os eventos compreendidos entre a chegada da Sherwin-Williams e a implantação da Glasurit no Brasil. Significativamente são duas empresas internacionais que, com diferença de mais de 20 anos, entram no mercado através da aquisição do controle acionário de indústrias brasileiras:


a Superba, em 1944, e a Combilaca, em 1967. São, da mesma forma, dois marcos mercadológicos bastante definidos. Os americanos da “escola” Sherwin-Williams trazem a indústria brasileira para a realidade tecnológica do século XX. A entrada da Glasurit no Brasil, associação promovida pela Combilaca, vai iniciar um processo de concentração industrial irreversível (característica da terceira etapa). A tônica desta Segunda fase é a transição entre o trabalho individual de empresários de muita garra que entram no setor (Bueno, Hesse e outros), e o início da implantação de fábricas modernas, com projetos próprios, planejamento mercadológico e tecnologia avançada (Coral e American Marietta). É também o momento em que pequenas empresas implantadas por pioneiros da primeira fase, auxiliadas por circunstâncias favoráveis da expansão do mercado, se transformam em indústrias poderosas, ainda que mantendo características administrativas de empresas individuais ou familiares. Caso da Ideal, da Condoroil, da Globo, da Polidura, da R. Montesanoe da Renner Herrmann, entre outras. É ainda um período em que muitas indústrias de expressão desaparecem por inadequação aos novos tempos: Horst, CLI e Usina São Cristóvão são algumas delas.

A terceira fase da história da indústria de tintas no Brasil está claramente marcada pelo progresso de internacionalização que presidiu a economia do país a partir da segunda metade dos anos 60. Antes disso, é claro, algumas empresas internacionais já haviam se estabelecido no país. Além da Sherwin-Williams, já tinham vindo a Internacional e a Atlantis (na década de 20), a American Marietta (nos anos 50) e outras de menor expressão. Mas a partir da entrada da Glasurit que o processo de aquisições, fusões e associações se precipita. São grandes transações, muitas vezes decorrentes de trocas de controle acionário de grupos externos (por esse sistema, a Ypiranga mudou duas vezes de mãos). Dentre as grandes indústrias brasileiras, o crescimento marcante é da Renner Herrmann, que não só absorve grande número de indústrias concorrentes (brasileiras e estrangeiras) como também se expande para o exterior, instalando fábricas no Uruguai e Argentina. Hoje, o mercado se encontra claramente definido, compreendendo três tipos de empresas no setor de tintas: grandes conglomerados (nacionais e internacionais), empresas de porte médio, com administração de caráter familiar, e pquenas e médias indústrias voltadas ao atendimento de segmentos específicos do mercado.

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1.1.2 Tintas no Mundo

Por muitos séculos, as tintas foram empregadas pelo seu aspecto estético. Mais tarde, quando introduzidas em países do norte da América e da Europa, onde as condições climáticas eram mais severas, o aspecto proteção ganhou mais importância. Sua utilização nas áreas de higiene e iluminação é resultado da ciência e da mecânica moderna. Por essa razão, descreveremos primeiramente a história e o desenvolvimento dos revestimentos através do tempos até atingirmos a moderna tecnologia. 1.1.2.1 Arte pré-histórica Os arqueólogos têm descoberto desenhos em cavernas e gravuras sobre rochas que datam de antes da Era Glacial. Alguns desenhos foram feitos em monocromia, com óxidos de ferro naturais ou ocre vermelho. Outros artistas paleolíticos usavam um conjunto de materiais que consistia de cal, carvão, ocre vermelho

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ou amarelo e terra verde. A técnica empregada era simples, pois as cores eram preparadas com os próprios dedos e algumas vezes prensadas entre as pedras. Naturalmente esses desenhos não possuíam nenhuma durabilidade a não ser em ambientes favoráveis (como os desenhos das cavernas). Os melhores espécimes foram achados em Altamira, Espanha, onde um desmoronamento, provavelmente no final da última Era Glacial, havia selado uma caverna por milhares de anos. Os trabalhos de duas escolas daquela época foram ali encontrados, e constatou-se que haviam sido desenhados por duas raças distintas. (Se essas raças eram capazes de se comunicar entre si, não diferiam muito dos nossos quando discutimos o que chamamos Arte Moderna. A técnica desses artistas ainda é empregada em desenhos feitos com os dedos e em trabalhos com aquarelas).


Descobertas no deserto da Líbia revelaram um tipo de desenho que seria utilizado muitos anos depois pelos egípcios. Ele teria dado origem ao sistema de hieróglifos dos egípcios e, depois, ao alfabeto fenício. Este tipo de desenho e sua técnica, de uma forma geral, ainda são empregados por várias tribos do centro da África. No oriente, o homem desenvolveu lápis coloridos com propósitos decorativos por volta de 4000a.C., feitos pela mistura de pigmentos com caulim. 1.1.2.2 Os primeiros materiais egípcios O clima seco do Egito não s e r v i a c o m o e s t í m u l o p a ra o desenvolvimento de revestimentos protetores, exceto para os navios. Entretanto, os egípcios são exemplos nas artes decorativas, utilizadas em pinturas de paredes, sarcófagos ou em papiros manuscritos, os quais pertencem à Arte Egípcia do período de 8000 a 5000 a .C.. Foi durante esse período que surgiram os primeiros pigmentos sintéticos, embora algumas

das primeiras cores egípcias fossem derivadas de solo natural. O que hoje é conhecido como Azul do Egito era composto de óxido de cálcio, alumina, sílica, resíduos de soda e óxidos de cobre. Era preparado segundo o método de Vitruvius, arquiteto e engenheiro romano, pela calcinação de uma mistura de areia, soda e cobre. Este pigmento tornou-se um importante item de exportação durante os períodos posteriores. As cores naturais incluíam cores vermelho e amarelo, hematita, calcário amarelo, ouro em folha, malaquita (carbonato básico de cobre), carvão, negro de fumo e gesso natural. Os egípcios também desenvolveram um pigmento orgânico, formado por uma base preparada com uma planta da região misturada com gesso natural. Os egípcios empregavam goma arábica, clara e gema de ovos, gelatina e cera de abelha tratada como preparos para seus veículos (ligantes). Piches e bálsamos naturais eram usados como revestimento protetor para seus navios.

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1.1.2 Tintas no Mundo

1.1.2.3 O Período clássico Os materiais utilizados pelos gregos e romanos eram similares àqueles empregados pelos egípcios. Cola e albumina de ovo eram usados como ligantes. Além dos pigmentos comuns aos egípcios, os romanos conheciam outros artificiais, tais como chumbo branco (alvaiade), litargírio, zarcão, óxido amarelo de chumbo, verdete e ossos escuros. Pigmentos orgânicos oriundos de madeira, plantas e misturas com argila e mel eram bastante comuns. O piche era utilizado, durante esse período, para vedação de seus navios e sai mistura com cera, para o fundo dos mesmos. Resina e óleos eram empregados apenas como linimentos. Não há nenhuma indicação do uso de vernizes nos escritos desse período, exceto um material à base de betume. Muitas das pinturas de Pompéia foram preparadas com massa de óxido de cálcio por artesãos comuns, e a maioria das paredes, pintadas em

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em monocromia. Os romanos haviam perdido o espírito artístico dos gregos, que em vão tentavam copiar. Duas escolas de arte existiam, entretanto: uma impressionista e uma realista. A civilização bizantina usava albumina de ovo, o que acarretou o tradicional uso destes ligantes pelos italianos durante o século XIV. 1.1.2.4 A arte no Oriente A técnica de suspender pigmentos em água, com ou sem ligantes, era muito comum desde os primórdios da Europa Renascentista, adquirida através dos italianos. A mes ma p rática p revalecia n as decorações das antigas cavernas do Oriente. Os persas utilizavam goma arábica como ligante e os chineses, uma cola fraca com o mesmo propósito. Na Índia, as tintas eram aplicadas com estiletes e trincha, e os lápis de cor eram feitos com arroz cozido. Tanto os antigos chineses quanto os japoneses utilizavam uma


série de pigmentos para a preparação de suas cores, tais como azurita, carbonato básico de cobre, malaquita, azul ultramarino, zarcão (vermelho de chumbo), litargírio, caulim, negro de fumo, pó de ouro e outros, provenientes de plantas da região. Muitos desses pigmentos, quando misturados com um ligante adequado, geralmente goma arábica, serviam como pintura sobre finas porcelanas, preparadas pela notável arte oriental. 1.1.2.5 Material dos índios americanos Os índios americanos e os da costa oeste do Canadá usavam carvão vegetal como pigmento preto para suas canoas e outro tipo de carvão para sua pintura facial. Utilizavam também negro de fumo natural, grafite e lignita em pó, como pigmentos negros. Para a cor branca, usavam diatomita retirada do fundo de alguns lagos ou de ossos calcinados de animais silvestres. Os vermelhos eram obtidos a partir da calcinação do ocre amarelo ou de fungos das pináceas; os azuis e verdes eram preparados do carbonato de cobre e peziza (material

proveniente de um fungo que cresce nos restos em decomposição de algumas madeiras). Os ligantes empregados pelos índios eram ovos de salmão ou óleo de peixe. A banha de carneiro era usada como ligante para seus cosméticos. Os Maias, na América Central, também possuíam sua maneira própria de preparar revestimentos. Seus pincéis eram feitos de penas ou plumagem de pássaros e nas melhores pinturas eram adicionados ovos de faisão. Muitas dessas pinturas tinham excelente durabilidade. 1.1.2.6 A Europa medieval Os manuscritos são a principal fonte de informação sobre tintas e vernizes usados durante a Era Medieval na Europa. Aetius, um médico escritor do século VI, foi um dos primeiros a sugerir o uso de óleos para vernizes. O manuscrito de Lucas, da catedral do mesmo nome, escrito muitos anos depois, indica que o uso de cera e cola era um bom ligante para revestimentos. Teophilus, um monge

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1.1.2 Tintas no Mundo

do século XI, fez a primeira descrição sobre a preparação de um verniz óleoresinoso, com base no cozimento de uma resina natural com óleo de linhaça. Albumina de ovo era ainda um ligante tradicional entre os principais artistas desse período, inclusive no século XIV. 1.1.2.7 A Renascença na Europa Após a Renascença, cresceu o interesse pela utilização de óleos. Durante esse período, cada artista era seu próprio fabricante de pigmentos e veículos. Vernizes à base de breu e óleo de linhaça foram descritos por Cennino Cennini, por volta do século XV, e alguns desses manuscritos estão preservados até hoje no Vaticano e em Florença. Artistas como Rembrandt e Cuyp, pintores holandeses do século XVII, usavam como ligantes vernizes óleo-resinosos. Leonardo da Vinci, arquiteto, engenheiro, cientista e artista italiano do século XVI, também empregava um veículo similar, substituindo os vernizes naturais por óleos. Petitot de Gênova foi um dos primeiros a sugerir, em 1644, que os

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secantes possuíam valor prático nas tintas, embora o efeito dos secantes sobre os óleos vegetais tenha sido mencionado por Galen, já no século II, e por Marcellus durante o século IV. Naquele período, os óleos eram purificados pelo cozimento com água, e os secantes usados como agentes desidratantes. O fato de o sulfato de c o b re p ro m o v e r p ro p r i e d a d e s secativas devia-se, provavelmente, às impurezas que continha. 1.1.2.8 A Revolução Industrial Watin, em 1773, foi o primeiro a descrever tecnicamente a indústria de tintas e vernizes como a conhecemos hoje. Copal e âmbar eram as principais resinas durante a época da Revolução Americana. As resinas e óleos eram fermentados antes da incorporação, para purificá-los. Terpenteno era empregado como diluente e os pigmentos eram moídos com uma grande pedra de forma cilíndrica. As primeiras fábricas de verniz foram estabelecidas na


Inglaterra, em 1790; na França, em 1820; na Alemanha, em 1830 e na Áustria, em 1843. Mas a Grã-Bretanha e a Holanda foram as primeiras a produzir vernizes com técnicas mais apuradas. J. Wilson Neil, em 1833, foi o primeiro a fornecer detalhes para a produção de verniz. Um dos produtos por ele d e s c r i to s e ra fa b r i ca d o n u m a proporção de oito libras de resina para dois ou três galões de óleo de linhaça. Por muitos séculos a formulação de uma tinta foi uma arte sigilosa, cuidadosamente guardada e passada de geração a geração. Como as tintas eram preparadas em quantidades pequenas, utilizando-se moinhos arcaicos e métodos de misturas manuais e trabalhosos, elas eram caras e apenas disponíveis para um pequeno segmento mais abastado da sociedade.

1.1.2.9 Desenvolvimento no século XX Como a maioria das ciências, a indústria de tintas e vernizes, que tinha sofrido pequenas alterações ao longo do tempo, sentiu um tremendo impacto científico e tecnológico surgido no século XX. Novos pigmentos, melhoria dos óleos secativos, resinas celulósicas e sintéticas e uma grande variedade de agentes modificantes começaram a fluir dos laboratórios especializados e das linhas de produção industriais, transformando-se na base de uma corrente infindável de novos revestimentos orgânicos. O advento de emulsões aquosas e tintas com base em soluções aquosas proporcionaram uma outra dimensão para a variedade, utilização e complexidade no campo das tintas.

Com o surgimento da indústria de tintas e vernizes no século XIX, os revestimentos orgânicos ganharam, evidentemente, maior difusão popular.

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1.1.3.1 Tintas A tinta é um processo preparado, geralmente na forma líquida que cuja finalidade é a de revestir uma superfície ou varias camadas, para conferir beleza e proteção. Quando a tinta não contém pigmentos, ela é chamada de verniz, por ter pigmentos à tinta cobre as camadas enquanto o verniz deixa transparente. Os componentes básicos da tinta são: 1.1.3.2 Resina É a parte não-volátil da tinta, que serve para aglomerar as partículas de pigmentos. A resina também denomina o tipo de tinta ou revestimento empregado. Assim, por exemplo, temos as tintas acrílicas, alquídicas, epoxídicas. 1.1.3.3 Acrílica As resinas acrílicas são polímeros obtidos a partir de monômeros de ésteres dos ácidos acrílicos e metacrílicos. Os polímeros acrílicos mais utilizados na indústria de tintas são os poliacrilatos e polimetacrilatos. 1.1.3.4 Alquídicas: Resinas alquídicas são polímeros utilizados na indústria de tintas e, em virtude, de sua versatilidade e baixo custo, estão entre os maiores volumes produzidos atualmente no mundo. Sua síntese compreende duas etapas: alcoólise, envolvendo a transesterificação do óleo de soja com glicerol sob catálise básica com octoato de lítio à temperatura de 230250ºC e acidólise, onde o produto final da etapa anterior é misturado com poliácidos e polióis na temperatura de 180-250ºC levando a formação da resina. 1.1.3.5 Epoxidicas Definições de tinta e de verniz, segundo a norma ISO 4618: Tinta é um produto líquido ou em pó que quando aplicado sobre um substrato, forma uma película opaca, com 23 Historia


1.1.3 Informação

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1.1.3 Informação

características protetoras decorativas ou técnicas particulares. Verniz é um produto que quando aplicado sobre um substrato, forma uma película sólida transparente com características protetoras, decorativas ou técnicas particulares. Uma outra definição clássica de tintas é: Tinta é uma composição líquida que depois de aplicada sobre uma superfície, passa por um processo de secagem ou cura e se transforma em um filme sólido, fino, aderente, impermeável e flexível. Para o aço, a tinta é um produto que tem tanto a função protetiva como a decorativa. Na antiguidade, as resinas eram à base de compostos naturais, vegetais ou animais. Nos dias atuais são obtidas por indústrias químicas ou petroquímicas por meio de reações complexas, assim originando polímeros que conferem as tintas propriedades de resistência e durabilidade, assim sendo superior às antigas. 1.1.3.6 Pigmento Material sólido finamente dividido, insolúvel no meio. Utilizado para conferir cor, opacidade, certas características de resistência e outros efeitos. São divididos em pigmentos coloridos (conferem cor), nãocoloridos e anticorrosivos (conferem proteção aos metais).

10 25 08 Historia Historia Historia

1.1.3.7 Aditivo Ingrediente que, adicionado às tintas, proporciona características especiais às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Utilizado para auxiliar nas diversas fases da fabricação e conferir características necessárias à aplicação. Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes, como secantes, anti-sedimentantes, niveladores, antipele, antiespumante, etc. 1.1.3.8 Solventes Líquido volátil, geralmente de baixo ponto de ebulição, utilizado nas tintas e correlatos para dissolver a resina. São classificados em: solventes aditivos ou verdadeiros, latentes e inativos.


Historia Historia 09 26 09


1.1.4 Linha do Tempo

Séc. 400/250 A.C. Primeiras pinturas rupestres utilizando pigmentos terrosos naturais (ocres, óxidos, manganita , gesso) e negro de fumo ou osso, tendo como aglutinantes gorduras animais.

Séc. 100 A.C.

Fig. 01 - Pintura Caverna

O h o m e m d e i xa a s cavernas. A agricultura substitui a caça e surgem aldeias e cidades.

Séc. 50 A.C. Primeiras cerâmicas egípcias. O bronze já é utilizado

Fig. 02 - Homem da Caverna

na Mesopotâmia. Fig. 03 - Cerâmicas Egípcias

Séc. 40 A.C. Novos pigmentos são utilizados: malaquita verde, azurita azul e cinábrio vermelho. Os egípcios empregam a ardósia para produzir tintas verdes para maquiagem e pintura das sobrancelhas.

Séc. 35 A.C. Na Mesopotâmia

Fig. 04 - Maquiagem

surgem os primeiros tornos oleiros.

Fig. 05 - Mesopotâmia

Séc. 30 A.C. Sumérios e babilônios empregam materiais betuminosos para fins de Fig. 06 - Sumérios

decoração e proteção.

Séc. 25 A.C. Primeiras cerâmicas Noé reveste sua arca com alcatrão.

chinesas.

Os hebreus utilizam a coalhada como aglutinante. Fig. 07 - Cerâmica Chinesa

Séc. 23 A.C.

08 Historia 27 Fig. 08 - Arca


Séc. 10 D.C. Os vitrais coloridos passam a integrar a arquitetura das catedrais.

Séc. 5 D.C. Os chineses pintam com tinta nanquim sobre fundos de seda preparada com cola e alume. Na Índia, com técnica semelhante à européia, são pintados grandes afrescos búdicos.

Séc. 1 A.C. A pintura romana, a serviço da arquitetura, desenvolve técnicas de têmpera e afresco. Tintas especiais tingem revestimentos de mármore.

Séc. 3 A.C. Aristóteles elabora a primeira teoria das cores.

Séc. 4 A.C.

Na Europa Central são

No Egito, novos

produzidos vasos de argila de

aglutinantes são desenvolvidos:

Novos pigmentos passam a ser

colorido metálico, graças ao uso

goma arábica, clara de ovos,

utilizados: litargírio, mínio, alvaiade,

da grafita.

gelatina, cera de abelhas.

vermelho rúpia e azul índigo natural.

Fig. 09 - Pintura em Murais

Fig. 11 - Grécia

Séc. 5 A.C. Fig. 10 - Palácio Creta

Na Grécia Clássica são realizadas pinturas murais e cenográficas. Pela primeira vez são pintados quadros

astragalo e aplicadas com pincéis

é decorado com estuque sobre murais pintados a têmpera.

Séc. 9 A.C.

tintas preparadas com goma de

Em Creta, o Palácio

Séc. 15 A.C.

Império são feitas a têmpera, com

Séc. 16 A.C.

pigmento sintético: o azul egípcio. As pinturas murais do Médio

Séc. 17 A.C.

Séc. 20 A.C.

Produzido o primeiro

Um novo

móveis, em tábuas revestidas com giz e

pigmento passa a

técnica de têmpera a pincel. Surgem as

ser utilizado: o

molduras e o cavalete. Desenvolve-se a

vermelhão.

técnica da pintura com espátula sobre mármore. É inventada uma gradação de cores para uso dos artistas.

de pêlos ou hastes de juncos.

Historia 28


Fig. 13 - Dinastia Ming

Séc. 14 D.C. Sob a Dinastia Ming, os chineses desenvolvem esmaltes de chumbo e tintas resistentes ao fogo,

Séc. 15 D.C.

para uso em porcelanas.

Grande desenvolvimento na Europa da xilogravura e da gravura em cobre. Na Holanda é revolucionada a pintura artística: Hubert van Eyck utiliza pela primeira vez o óleo de linhaça como aglutinante.

Séc. 16 D.C.

Em 1704 é introduzido o uso do

Michelangelo pinta a obra

pigmento azul da Prússia.

Séc. 18 D.C.

Em 1737 instala-se a

prima da técnica do afresco: o teto da Capela Sistina. No ano de 1550 é

Fig. 12 - Fábrica primeira fábrica de tintas norte-americana. Na Europa multiplicam-se as indústrias de

introduzido o pigmento cochineal.

tintas para atender à demanda da Revolução Industrial.

Fig. 14 - Pintura

Séc. 19 D.C.

É o século

da química orgânica, que coloca à disposição do mercado de tintas dezenas de novos pigmentos. São industrializados, entre outros: amarelo de cromo, azul ultramar, óxido de zinco, amarelo de zinco, amarelo de cádmio, violeta de perkins, vermelho para, vermelho litol e índigo sintético. Nos Estados Unidos, em 1860, é registrada a primeira patente de uma tinta pré-misturada, tendo como principais componentes alvaiade, óleo de linhaça e água. No campo teórico, em 1871, Newton lança as bases da moderna ótica física, decompondo a luz nas cores do espectro. Ciência, pesquisa e indústria começam a caminhar juntas na

Séc. 20 D.C.

conquista da cor.

Depois da carboquímica é a vez da petroquímica revolucionar o universo das cores e das tintas. Nos primeiros anos do século são industrializados o litopônio e o vermelho toluidina. As tintas à base de caseína dominam o mercado nas técnicas iniciais. Novos solventes e diluentes são lançados.

A partir de 1920 surgem lascas e outros revestimentos à base de nitrocelulose. Inovam-se, em decorrência, os métodos de aplicação industrial. A partir de 1930 sucedem-se as gerações das resinas sintéticas. A pintura imobiliária a látex é lançada na década de 50. Em 1960 começa a ser empregada industrialmente a pintura eletrostática. A tina se torna uma das mais importantes atividades industriais do mundo.

10 29 08 Historia Historia


Historia Historia 30 09 09


1.1.5 Para que usarmos?

Múltiplas são as funções das tintas, protegendo, decorando, higienizando e auxiliando na distribuição da luminosidade, propiciando um toque final com excelente acabamento em diversos tipos de superfície. Na alvenaria, as tintas evitam diversos danos a superfície, tais como absorção de água e retenção de sujeira, impedindo o desenvolvimento do mofo e também distribuindo a luz e tendo fundamental participação na decoração de ambientes. Em madeiras, além do efeito decorativo, a tinta é a solução para a eliminação da absorção de água e umidade, que geram rachaduras e o apodrecimento.

Nas superfícies de metal ferroso, além do embelezamento, a tinta é a solução mais econômica que se conhece para combater a corrosão. Já nas superfícies galvanizadas e alumínio, a pintura é também recomendada para prolongar a sua vida útil. Finalmente , no PVC, que é muito utilizado hoje, onde a tinta tem a finalidade de decoração e sinalização, visando oferecer maior segurança em prédios, empresas, indústrias etc..

31 Historia


Historia 32


1.1.6 Aço - Processo Sirderúgico

O aço é um produto siderúrgico, que se define como liga metálica composta essencialmente de ferro e pequenas quantidades de carbono. Aços utilizados em construções civis, o teor de carbono é da ordem de 0,18% a 0,25%. O processo siderúrgico pode ser dividido em 4 grandes partes:

a) Preparo das Matérias-Primas (Coqueira e Sintetização) b) Produção de Gusa (Alto-forno) c) Produção de Aço (Aciaria) d) Conformação Mecânica (Laminação)

1.1.6.1 Preparo das matérias primas As matérias-primas necessárias para a obtenção do aço são: Minério de ferro, Hematita, Carvão mineral. Ambos não são encontrados puros na natureza, sendo então necessário um preparo nas matérias primas de modo a reduzir o consumo de energia e aumentar a eficiência do processo.

Fig. 16 - Coqueira

Fig. 15 - Mineração

1.1.6.2 Coqueira e sinterização A coqueificação ocorre a uma temperatura de 1300ºC em ausênciade ar durante um período de 18 horas, onde ocorre a liberação de substâncias voláteis. O produto resultante desta etapa, ocoque, é um material poroso com elevada resistência mecânica, alto ponto de fusão e grande quantidade de carbono. "O coque, nas especificações físicas e químicas requeridas, é encaminhado ao alto-forno e os finos de coque são enviados à sinterização e à aciaria. O coque é a matéria prima mais importante na composição do custo de um alto-forno (60%)". Na sinterização, a preparação do minério de ferro é feita cuidando-se da granulometria, visse que os grãos mais finos são indesejáveis e diminuem a permeabilidade do ar na combustão, comprometendo a queima. Para solucionar tal problema, adicionam-se materiais “fundentes” (calcário, areia de sílica ou o próprio sínter) aos grão mais finos. 33 Historia


Com a composição correta, todos estes elementos são levados ao forno onde é misturado e fundido. Logo depois, o material que se resulta, é resfriado e britado até atingir a granulometria desejada (diâmetro médio de 5mm). Então o produto final deste processo é denominado de sínter. 1.1.6.3 Alto Forno Esta parte do processo de fabricação do aço consiste na redução do minério de ferro, utilizando o coque metalúrgico e outros materiais fundentes, que quando misturados com o minério de ferrosão transformados em ferro gusa. Essa reação ocorre no equipamento denominado “Alto Forno”, e constitui uma reação exotérmica. Este resíduo formado pela reação, a “escória”, é geralmente vendida para a indústria de cimento. Após a reação, o ferro gusa na forma líquida é transportado nos carros-torpedos (vagões revestidos com elemento refratário) para uma estação de dessulfuração, onde são reduzidos os teores de enxofre a níveis aceitáveis. Também são feitas análises da composição química da liga (carbono, silício, manganês, fósforo, enxofre) depois disso o carro torpedo transporta o ferro gusa para a aciaria, onde ele será transformado em aço. 1.1.6.4 Aciaria Fig. 17 - Alto Forno

Fig. 22 - Aciaria

Na aciaria, o ferro gusa é transformado em aço através da injeção de oxigênio puro, sob pressão no banho do gusa líquido, dentro de um conversor. Essa reação, constitui na redução do gusa através da combinação dos elementos de liga existentes (silício, manganês) com o oxigêniosoprado oxigêniosoprado, o que provoca uma grande elevação na temperatura, atingindo aproximadamente 1700ºC. Os gases resultantes do processo são queimados logo na saída do equipamento e os demais resíduos indesejáveis são eliminados pela escória, que fica na superfície do metal. Após outros ajustes finos na composição do aço, este é transferido para a próxima etapa que constitui o lingotamento contínuo. 1.1.6.5 Lingotamento Contínuo No processo de lingotamento contínuo, o aço líquido é transferido para moldes onde se solidificará, E o veio metálico é continuamente extraído por rolos, e após isso resfriado e transformado em placas rústicas através do corte (com maçarico etc.). 1.1.8.6 Laminação quente Posteriormente, os lingotes devem passar pelo processo de laminação, podendo ser a Historia 34


1.1.8 Aço - Processo Sirderúgico

quente ou a frio, onde se transformarão em chapas através da diminuição da área da seção transversal. Na laminação a quente, a peça com aproximados 250 mm é aquecida e submetida à deformação por cilindros que a pressionarão até atingir a espessura desejada. Os produtos laminados a quente podem ser: Chapas Grossas espessura: 6 a 200 mm largura: 1000 a 3800 mm comprimento: 5000 a 18000 mm Tiras espessura: 1,2 a 12,50 mm largura: 800 a 1800 mm comprimento-padrão: 2000, 3000 e 6000 mm 1.1.6.7 Tensões Residuais Devido ao resfriamento desigual das peças, essas chapas e perfis laminados a quente apresentam tensões que permanecem após o completo resfriamento. Em chapas, por exemplo, as bordas se solidificam mais rapidamente que o centro, servindo como um quadro que impedirá a retração da peça como um todo, fazendo com que o centro da peça permaneça tracionado. 1.1.6.8 Laminação a frio Ao contrário do processo de laminação a quente as peças laminadas a frio são normalmente mais finas, com melhor acabamento e sem a presença de tensões residuais. . Dimensões: espessura: 0,3 a 3,00 mm largura: 800 a 1600 mm comprimentos-padrão: 2000, 2500 e 3000 mm

35 Historia

Fig. 18 - Laminação a frio


Historia 36


1.1.7 Tipos de Metais a construção civil; Não Ferrosos: Aluminio, sua aplicação é em latas de bebidas, esquadrias; Cobre, sua aplicação é em cabos telefônicos e enrolamentos elétricos, encanamentos; Hoje existem vários tipos de metais, chegando ao total de sessenta e oito. Dentre eles existem alguns bem diferentes, como o mercúrio (que é líquido) e o sódio (que é leve). Os mais conhecidos e utilizados há muitos anos são o ferro, cobre, estanho, chumbo, ouro e a prata. Os metais podem ser separados em dois grandes grupos: os ferrosos (compostos por ferro) e os não-ferrosos.

Metais Pesados: Chumbo, sua aplicação é em bateria de carros, lacres; Níquel, bateria de celular; Zinco, telhado, bateria; Mercúrio, lâmpadas fluorescentes, baterias; 1.1.7.1 Historia

Ferroso: Ferro, sua aplicação é em utensílios domésticos, ferramentas, peças de automóveis estruturas de edifícios, latas de alimentos e bebidas;

O ferro foi descoberto ainda na préhistória, porém, o aço, como conhecemos atualmente, só foi desenvolvido em 1856, alcançando grande repercussão no meio industrial. Isso porque o aço é mais resistente que o ferro fundido e pode ser produzido em grandes quantidades, servindo de matériaprima para muitas indústrias.

Aço, sua aplicação é em latas de alimentos, peças de automóveis, aço para a

Com o avanço tecnológico dos fornos e a crescente demanda por produtos feitos de ferro

Veja abaixo os principais tipos de metais e suas aplicações:

37 Historia Fig. 19 - Metais


O ferro e o aço são encontrados na agricultura (ceifadeiras, colheitadeiras, semeadores, arados, etc.), nos transportes (caminhões, carros, navios, aviões etc.), na construção civil, na indústria automobilística, em embalagens, aparelhos domésticos e muitas outras utilidades. As latas de aço e flandres são amplamente utilizadas no mercado nacional de embalagens principalmente para o armazenamento de alimentos, óleos lubrificantes, tampas metálicas e outros. 1.1.7.2 Composição Para a obtenção das chapas de aço é necessário extrair da natureza o minério de ferro, denominado hematita, e a partir de sua redução com carvão vegetal, produz-se uma chapa com alto grau de pureza.

muitos outros. Nas áreas de armazenamento, as latas são prensadas para aumentar sua densidade e melhorar as condições de transporte. São enviadas às indústrias siderúrgicas junto com as demais sucatas metálicas, para se transformarem em tarugos ou folhas de flandres. As latas de aço lançadas na natureza sofrem oxidação num prazo médio de 3 anos, transformando-se em óxidos ou hidróxidos de ferro. Se recuperadas, podem ser recicladas infinitamente. Se considerarmos os índices de reciclagem de carros velhos, eletrodomésticos, resíduos de construção civil, ou seja, todos os segmentos do aço, e somarmos aos índices das embalagens de aço, o Brasil recicla cerca de 70% de todo o aço produzido anualmente.

As latas de aço produzidas com chapas metálicas, conhecidas como folhas de flandres, são compostas por ferro e uma pequena parte de estanho (0,20%) ou cromo (0,007%), materiais que as protegem contra a oxidação (ferrugem). 1.1.7.3 de aço

Reciclagem

A reciclagem de aço remonta à própria história de utilização do metal. Reciclado, mantém suas propriedades como dureza, resistência e versatilidade. As latas normalmente jogadas no lixo podem retornar a nós em forma de novas latas, ou como vários utensílios - arames, partes de automóvel, dobradiças, maçanetas e

Historia 38


1.2 Sistema Educacional

1.2.1 Educação Básica A educação básica é o primeiro nível do ensino escolar no país e compreende três etapas: a educação infantil (para crianças de zero a cinco anos), o ensino fundamental (para alunos de seis a 14 anos) e o ensino médio (para alunos de 15 a 17 anos). Ao longo desse percurso, crianças e adolescentes devem receber a formação comum indispensável para o exercício da cidadania, como aponta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Também é um objetivo da educação básica fornecer os meios para que os estudantes progridam no trabalho e em estudos posteriores, sejam eles no ensino superior ou em outras modalidades educativas. Apesar da correlação existente entre a idade dos alunos e o nível e as modalidades de ensino, as leis e regulamentos educacionais garantem o direito de todo cidadão freqüentar a escola regular em qualquer idade. No entanto, também é uma obrigação do Estado garantir os meios para que os jovens e adultos que não tenham freqüentado a escola na idade adequada possam acelerar seus estudos e alcançar formação equivalente à educação básica. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas em Educação Anísio Teixeira (Inep), cerca de 51,5 milhões de estudantes freqüentam a educação básica. Nesse montante, estão incluídos também os alunos das modalidades de ensino técnico, educação especial (para pessoas com deficiência) e educação de jovens e adultos. Etapas Cada uma das etapas da educação básica possui objetivos próprios e formas de organização diversas. A educação infantil tem como foco o desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social da criança. As atividades realizadas são um complemento à ação das famílias e das comunidades. Crianças de zero a três anos podem freqüentar as creches ou instituições equivalentes. No caso de crianças entre quatro e cinco anos, o ensino é

39 Sistema Educacional


Sistema Educacional 40


realizado em pré-escolas. Os pais não são obrigados a matricular as crianças de zero a cinco anos, mas o Estado deve garantir a possibilidade de que freqüentem uma instituição educacional. Pela legislação brasileira, os municípios são os responsáveis pela oferta da educação infantil pública e gratuita e pela gestão das instituições privadas. Já o ensino fundamental é obrigatório. Isso significa que toda criança e adolescente entre seis e 14 anos deve estar na escola, sendo obrigação do Estado oferecer o Fig. 20 - Ensino Básico ensino fundamental de forma gratuita e universal. A obrigatoriedade do ensino fundamental também implica reconhecê-lo como a formação mínima que deve ser garantida a todos os brasileiros, de qualquer idade. Em sua conclusão, o estudante deve dominar a leitura, a escrita e o cálculo. Outro objetivo desta etapa é desenvolver a capacidade de compreender o ambiente natural e social, o sistema político, a tecnologia, as artes e os valores básicos da sociedade e da família. A partir de 2006, a duração do ensino fundamental passou de oito para nove anos. Esta medida busca aumentar o tempo de permanência das crianças na escola, mas principalmente melhorar a qualidade da formação inicial, especialmente no que diz respeito à alfabetização. Municípios e estados devem trabalhar de forma articulada para oferecer o ensino fundamental. Já o ensino médio, com duração de três anos, é de responsabilidade dos estados. Nesse período, são aprofundados os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, buscando articular o conteúdo com a preparação básica para o trabalho e a

41 Sistema Educacional


cidadania. Outra função do ensino médio é propiciar a formação ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico e a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos. Tudo isso permite ao estudante concluir a educação básica dominando conhecimentos e habilidades que possibilitem escolher rumos na vida adulta. Ele deve estar preparado para a inserção no mercado de trabalho e também para poder seguir o caminho do ensino superior.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, organizado pelo Ministério da Educação (MEC), as creches e préescolas devem educar, cuidar e proporcionar brincadeiras, contribuindo para o desenvolvimento da personalidade, da linguagem e para a inclusão social da criança. Atividades como brincar, contar histórias, oficinas de desenho, pintura e música, além de cuidados com o corpo, são recomendadas para crianças que freqüentam a escola nesta etapa.

1.2.2 Ensino Infantil A educação infantil, primeira etapa da educação básica, ajuda no desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social da criança, complementando a ação da família e da comunidade. É oferecida g rat u i ta m e nte e m c re c h e s o u instituições equivalentes para crianças de até 3 anos de idade e, posteriormente, em pré-escolas para crianças de 4 a 5 anos.

Fig. 21 - Ensino Infantil

Fig. 22 - Ensino Infantil

Fig. 23 - Ensino Infantil

Sistema Educacional 42


Segundo dados do Censo Escolar 2010, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 6.756.698 crianças estão matriculadas na educação infantil, sendo 71,8% em creches e pré-escolas municipais (4.853.761), 1,06% em estaduais, 0,04% em federais e 27,1% em instituições privadas. O número de crianças que freqüentam creches aumentou consideravelmente nos últimos anos. O Censo Escolar 2010 registrou um aumento de mais de 168 m i l c r i a n ça s m at r i c u l a d a s e m comparação com 2009 e 79,1% a mais do que em 2002. Na pré-escola, o número de matrículas vem caindo desde 2004. No último ano, foram 174.227 matrículas a menos em relação ao período anterior. Isso ocorre por conta da implementação do ensino fundamental de nove anos, que passa a receber os alunos de 6 anos de idade. Melhorias em creches e préescolas O Pro Infância – Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição

43 Sistema Educacional

de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil – foi criado para ampliar e melhorar as instalações das creches e pré-escolas, incluindo a compra de equipamentos, móveis e reformas que garantam a acessibilidade, como a construção de rampas, banheiros maiores e outras adequações. O programa faz parte do Pla n o d e D es envo lvim ento d a Educação (PDE) do MEC. Com o ingresso do Pro Infância, em 2011, na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), serão financiadas 6.427 escolas de educação infantil distribuídas em municípios das cinco regiões até 2014. O objetivo proposto é universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 a 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.


1.2.3 Ensino Fundamental O ensino fundamental é obrigatório para crianças e jovens com idade entre 6 e 14 anos. Essa etapa da educação básica deve desenvolver a capacidade de aprendizado do aluno, por meio do domínio da leitura, escrita e do cálculo. Após a conclusão do ciclo, o aluno deve ser também capaz de compreender o ambiente natural e social, o sistema político, a tecnologia, as artes e os valores básicos da sociedade e da família. Desde 2005, a lei nº 11.114 determinou a duração de nove anos para o ensino fundamental. Desta forma, a criança entra na escola aos 6 anos de idade, e não mais aos 7, e conclui aos 14 anos, ou seja, no 9º ano. A nova regra garante a todas as crianças tempo mais longo de convívio escolar e mais oportunidades de aprender. A ampliação do ensino fundamental começou a ser discutida no Brasil em 2004, mas o programa só teve início em algumas regiões em 2005. Os estados e municípios têm até 2010 para implantar o ensino de

têm até 2010 para implantar o ensino de nove anos. Até 2009 92% dos municípios já implantaram o Ensino Fundamental de nove anos. Segundo o Censo Escolar de 2010, 31.005.341 de alunos estão matriculados no Ensino Fundamental Regular. A grande maioria (54,6%) na rede municipal com 16.921.822 matrículas. As redes estaduais correspondem a 32,6% dos matriculados, as privadas atendem a 12,7% e as federais a 0,1%.

Provinha Brasil Para garantir a alfabetização de todas as crianças até 8 anos, o ensino fundamental conta com a Provinha Brasil. O exame permite avaliar as habilidades relativas ao processo de alfabetização dos alunos e ajuda a evitar que as crianças cheguem à quarta série do ensino fundamental sem dominar a leitura e a escrita.

Sistema Educacional 44


1.2.4 Ensino Fundamental II Ao entrar no ensino fundamental-II, o aluno deverá desenvolver habilidades de adaptação para que tudo corra bem em seus estudos. Essas adaptações não irão acontecer de forma brusca, mas sim dando condições para que o estudante consiga vencer as etapas que se seguem. No primeiro contato, nos primeiros dias de aula, é possível notar que não terá somente um professor, mas sim um para cada disciplina. A nte r i o r m e nte o s p ro fe s s o re s diferentes ficavam apenas para as atividades extraclasses, como artes, educação física, inglês e outras. O contato com vários professores faz com que o aluno se torne mais independente, pois deixa de receber orientações de uma única pessoa. É importante manter a organização dos materiais, dos cadernos, pois misturar os mesmos poderá atrapalhar o desempenho, as tarefas de casa ou mesmo os estudos.

45 Sistema Educacional Fig. 24 - Ensino Fundamental II

Por volta dos onze anos de idade, o estudante consegue formular hipóteses acerca dos fatos sociais, podendo fazer referências com as disciplinas que estuda em sala de aula, associando-as à realidade. Portanto, é necessário manter-se em contato com revistas e jornais de qualidade ou pelo menos assistir a um jornal televisivo, de circulação nacional, para tomar conhecimento do que está acontecendo no mundo. Dessa forma, conseguirá perceber a importância do seu conhecimento para o coletivo. As amizades vão se tornando mais sólidas, o adolescente passa a conviver mais com seus colegas, buscando referências para as coisas que gosta, fora do meio familiar. Todas essas aprendizagens são excelentes maneiras de se enfrentar os desafios, pois deixa o estudante independente, seguro e com capacidade para enfrentar a vida.

Fig. 25 - Ensino Fundamental


1.2.5 Ensino Médio O ensino médio é a etapa final da educação básica e prepara o jovem para a entrada na faculdade. Com duração mínima de três anos, esse estágio consolida e aprofunda o aprendizado do ensino fundamental, além de preparar o estudante para trabalhar e exercer a cidadania. Ensina teoria e prática em cada disciplina, facilitando a compreensão das profissões, e desenvolve o pensamento crítico e a autonomia intelectual do aluno. Nesta nova etapa do ensino, é obrigatória a inclusão de uma língua estrangeira moderna, como o inglês ou o espanhol. Desde 2008, o ensino de Filosofia e Sociologia em todas as séries do ensino médio também são obrigatórios. As escolas de educação profissional, científica e tecnológica também fazem parte do ensino médio. Existem hoje 314 unidades voltadas

para este tipo de educação em todos os estados do Brasil entre Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, Centros Federais de Educação Tecnológica, Escolas Técnicas vinculas às Universidades Federais e Universidades Tecnológicas industriais. A expectativa é que mais 81 unidades sejam entregues pelo MEC até o primeiro semestre de 2012. Números do ensino médio Segundo dados do Censo Escolar 2009, um total de 8.337.160 estudantes está matriculado no ensino médio regular – 1,1% em escolas federais (90.353), 85,9% em estaduais (7.163.020), 1,33% em municipais (110.780) e 11,67% em instituições privadas (973.007). A região Sudeste tem o maior número de matrículas no ensino médio com 3.356.293 alunos, seguida pela região Nordeste, com 2.512.783. O Centro-Oeste tem o menor número de alunos matriculados nessa etapa de ensino, com 609.722 estudantes. Ainda segundo o Censo Escolar 2009, o ensino médio Brasileiro conta com 25.923 instituições.

Fig. 26 - Ensino Médio Fig. 27 - Ensino Médio

Sistema Educacional 46 Fig. 28 - Ensino Médio


2. Desenvolvimento

2.1 Definição do Problema Analisando tal problema, referente ao descarte na indústria gráfica, obteve-se o conhecimento de que há uma necessidade ligada ao meio ambiente e a responsabilidade sócia ambiental da própria indústria.

As indústrias muitas vezes entendem e veem certas irregularidades em seus produtos e ou matérias primas que tenham de ser descartados, porém por falta de alguns recursos ou funcionalidades ausentes na mesma, não conseguem desenvolver uma forma adequada para esse descarte.

Proveniente desse problema, ligado aos materiais a serem descartados na indústria gráfica tais como os analisados “Aço e Tinta (Lata de tinta Offset)” preveem-se um projeto para reutilização de maneira inteligente dos mesmos de forma adequada ao meio ambiente, trazendo um novo produto com funções que resolvam outras necessidades identificadas.

‘‘O Produto Industrial estabelece uma relação psíquica durante o processo ele uso.’’ Lobach 47 Definição


Definição 48


2.2 Objetivos

2.2.1 Gerais

2.2.2 Especifico A principal meta desse trabalho é interagir com o ambiente escolar infantil, onde possa auxiliar e estimular a educação de forma criativa. Assim reutilizando um material que depois do seu primeiro uso ficou sem destino, e então estava a degradar a natureza devido a ser um produto tóxico/perigoso ao meio ambiente, fazendo-se assim um projeto que aliado a sustentabilidade supra tal necessidade de reverter esse descarte inapropriado se tornar um produto importante para auxiliar nas atividades da educação infantil.

00 Objetivos 49 Objetivos


2.3 Lista de Requisitos

As principais ideias a seguir com o projeto são. · Evitar ao máximo o descarte de produtos e resíduos considerados perigosos ao meio ambiente diretamente a ele. · Promover dentro da indústria gráfica a reutilização de seus materiais que estão sendo descartados inadequadamente. · Desenvolver um produto de principal função em auxiliar a educação infantil, estimulando a criatividade com a pintura. · O uso consciente dos materiais para o projeto respeitando a questão da sustentabilidade.

Lista 50


2.4 Painel Semantico

51 Painel Sem창ntico


Painel Sem창ntico 52


2.6 Limpeza das Latas

A melhor maneira para a limpeza dos resíduos de tinta contidos na lata antes do processo para a transformação em estojo foi um processo pensado exclusivamente para a lata com tinta.

Com base em alguns levantamentos de processos já existentes, é feito um sistema parecido com centrifugação, onde junto da tinta, bate-se de forma giratória com areia grossa, obtendo o resultado que a areia

Fig. 29 - Limpeza de Latas

Latas de Tintas com Areia Grossa Fig. 34 - Limpeza de Latas

Latas Limpas 5300 Limpezas Objetivosdas Latas


se junta a tinta, assim conseguindo tirar a o resto de tinta com a areia, deixando a lata limpa e com possibilidades mínimas de riscos ao material da lata.

Depois essa areia será direcionada á fábricas do seguimento de abrasivos ou para uso em construções, utilizando-se para carga/volume conforme a necessidade.

Fig. 31 - Limpeza de Latas

Raspagem e Retiragem da Areia

Fig. 33 - Limpeza de Latas

Fig. 32 - Limpeza de Latas

Areia

Limpeza das Latas 54


2.7 Desenvolvimento de Ideias ‘‘Os produtos devem ser projetados para transmitir certos sentimentos e emoções.’’ Mike Baxter

EMOÇÕES!

SENTIMENTOS? ESCOLAS!

PROJETO

IDEIAS?

PRODUTO? GERAÇÃO! EDUCAÇÃO

FORMAS!

55 Desenvolvimento de Ideias

CONCEITOS ENCAIXAR


CARACTERÍSTICAS

PINTAR

CRIANÇAS!

PROJETO BRINCAR?

COLORIR? RACIOCINAR UTILIZAR ESTUDAR!

ESTOJO?

Desenvolvimento de Ideia 56


2.7 Desenvolvimento de Ideias

Fig. 35 - Esboรงos

Fig. 36 - Esboรงos

57 Desenvolvimento de Ideias


Fig. 38 - Esboรงos

Fig. 37 - Esboรงos

Fig. 39 - Esboรงos

Desenvolvimento de Ideia 58


2.8 O Produto Estojo

Com o material proposto, podemos desenvolver um estojo que pode facilitar e diferenciar o seu uso, principalmente para crianças, onde o uso desse produto estimula a criança e a faz se sentir diferenciada por ser um produto personalizado, com seu nome, e também por ser algo de uso diário no seu cotidiano. Atualmente, o estojo não é o objeto mais usado para estudantes do segundo e terceiro grau, a maioria prefere coisas mais rápidas, levando consigo, somente lápis, caneta e borracha, porém ainda existem alguns que usam o estojo, pois precisam da sua quantidade de armazenamento, dependendo de suas atividades. Uma grande possibilidade para a interação do estojo planejado é a aplicação em diversas instituições que abrigam crianças, como creches e escolas do ensino infantil, dando com esse produto um suporte na sua aprendizagem auxiliando em suas atividades. Então desenvolvemos um estojo capaz de efetuar essas possibilidades, feito de um material leve, uma liga de aço não oxidante, que foi reutilizada de latas de tinta gráfica, onde essas latas não tinham um destino correto, e eram descartadas de um modo errado, depois de passar por um sistema de limpeza, foi possível a utilização sem risco nenhum pelo material que estava contido anteriormente. As principais possibilidades propostas para a criança executar com o uso do estojo são: Uso de material para pintura com tinta guache com local para armazenamento dos potinhos de tinta, pincel, lápis de cor, lápis preto e outros materiais típicos do dia a dia escolar. Uma alça para a criança levar o estojo junto ao corpo, de casa para escola, para onde precisar. Uma paleta de para a mistura de cores. Reservatório para o armazenamento de água para a limpeza dos pincéis. Encaixe e desencaixe das duas partes do estojo de maneira que possa ser usado individualmente ou agrupado.

59 O Produto Estojo


O Produto Estojo

60


2.8 O Produto Estojo

Fig. 40 - Render

61 O Produto Estojo

Fig. 41 - Render


Fig. 43 - Imagem Ilustrativa Fig. 42 - Imagem Ilustrativa

O Produto Estojo Fig. 44 - Imagem Ilustrativa

62


2.5 Ergonomia

A ergonomia do produto “estojo” sempre foi pensada no manuseio simples e funcional, pois será para principal utilização de crianças, onde não deve haver complicações de visualização das suas funções. Foram adequados encaixes simples, da maneira mais inteligente possível para que mesmo assim possa ser algo diferente para a criança, de um modo que possa estimular o uso. Uma parte com baixo relevo para o armazenamento de tinta sem que aja confusão, ou engano na hora da utilização. E compartimentos onde se podem guardar vários outros tipos de materiais utilizados pela criança.

Fig. 45 - Ideias, Esboço

Fig. 46 - Ideias, Esboço

63 Ergonomia Fig. 47 - Ideias, Esboço


Existem dois segredos simples para o sucesso do projeto conceitual. Primeiro: faça o possível para gerar o maior número possível de conceitos. Segundo: selecione o melhor deles. Mike Baxter

Ergonomia 64


2.9 Desenho Técnico

183

108 75 65

53

115

62

62

R

7

R7 0,5 7

3

3

Fig. 48 - Vista Lateral Tampa

Fig. 49 - Vista Frontal Tampa

53

50 Fig. 50 - Vista Superior Tampa

*Peça Tampa 65 Desenho Técnico


190

60

67

14

15

63

0

R

10

R1

Fig. 51 - Vista Lateral Fundo

3

R2

Fig. 52 - Vista Frontal Fundo

6

3

,

5

43

60

15

33

116

Fig. 53 - Vista Superior Fundo

*Peça Fundo Desenho Técnico

66


2.9 Desenho Técnico

Fig. 54 - Vista Lateral Paleta

Fig. 55 - Vista Superior Paleta

*Peça Paleta de Cores 67 Desenho Técnico


43

5,5

10

65

1,5

Fig. 57 - Vista Frontal Berço

Fig. 56 - Vista Superior Berço

180

131 Fig. 58 - Vista Lateral Berço

*Peça Berço Desenho Técnico

68


2.10 Considerações Finais

Conforme tudo que se foi analisado, consideramos fazer um produto que possa atender alguns pontos que foram extremamente importantes para o projeto e que sempre seguimos como base desde o inicio, esses pontos são: Ter sempre um equilíbrio sustentável Considerar o fator econômico, sendo algo de baixo custo para um melhor enquadramento. Proporcionar que o órgão em que agimos possa iniciar uma atividade ajudando a sociedade com o produto que se obteve com o projeto. Assim a meta foi desenvolver um produto com essas três responsabilidades, então depois encontramos uma área excelente para atuar, oferecendo um produto para crianças, e que possam utilizar em atividades escolares, ajudando no aprendizado infantil do ensino fundamental.

OObjetivos Produto Estojo 696400 Considerações Finais


3 Referencia

BAXTER, Mike. Projeto de Produto. Guia Prático para o Desenvolvimento de Novos Produtos. São Paulo: Edgard Blücher, 1998. LOBACH, Bernd. Design Industrial. Bases para a Configuração dos Produtos Industriais. São Paulo: Edgard Blucher, 2001. Centro de Estudos de Engenharia Civil. Disponível em: <www.cesec.ufpr.br> Acessado em 8 de Junho de 2012. Centro de Informações Sobre Reciclagem e Meio Ambiente. Disponível em <www.recicloteca.org.br> Acessado em 8 de Junho de 2012. História da Tinta. Disponível em <www.abrafati.com.br> Acessado em 13 de Junho de 2012. Informações Gerais Sobre Tinta. Disponível em <www.lardastintas.com.br> Acessado em 15 de Junho de 2012. Informações Gerais Sobre Papel. Disponível em <www.bracelpa.org.br> Acessado em 15 de Junho de 2012. Informações Gerais Sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade. Disponível em <www.sustentabilidade.org.br> Acessado em 16 de Junho de 2012. Sistema Educacional - Ensino Basico. Disponível em <http://www.brasil.gov.br/sobre/educacao/sistema-educacional/educacao-basica> Acessado em 16 de Junho de 2012. Sistema Educacional - Ensino Infatil. Disponível em <http://www.brasil.gov.br/sobre/educacao/sistema-educacional/ensino-infantil> Acessado em 16 de Junho de 2012. Sistema Educacional - Ensino Fundamental. Disponível em <http://www.brasil.gov.br/sobre/educacao/sistema-educacional/ensinofundamental-ii> Acessado em 16 de Junho de 2012. Sistema Educacional - Ensino Medio. Disponível em <http://www.brasil.gov.br/sobre/educacao/sistema-educacional/ensino-medio> Acessado em 16 de Junho de 2012. Referencia 70



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