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GUARULHOS, 22 DE DEZEMBRO DE 2016
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RAFA ZAMPRÔNIO JÁ FOI ACUSADO DE FALSA IDENTIDADE O vereador eleito teria sido preso por crime de falsa identidade ao se apresentar como palhaço Patati
Apresentado como uma das bandeiras da chamada “nova política” e um dos políticos mais próximos do prefeito eleito Gustavo Costa, o Guti (PSB), o vereador eleito Rafael Zamprônio (PSB) já esteve envolvido em problemas com a polícia. Nesta semana, surgiram, nas redes sociais, revelações sobre o passado do parlamentar que poucas pessoas conheciam. Antes de ingressar na carreira política, Zamprônio – que se dizia ator – interpretava o palhaço Patati em eventos infantis. Entretanto, no dia 8 de dezembro de 2011, ele teria se envolvido em uma confusão na capital Salvador, na Bahia. Zamprônio foi preso por falsa identidade, já que seria um falso interprete dos palhaços. Na ocasião, mais de 500 crianças pagaram ingressos no valor de R$ 15 para assistirem a apresentação pensando que fossem os verdadeiros Patati e Patatá. Os advogados da dupla Patati e Patata originais ficaram sabendo do caso e comunicaram aos pais que os palhaços não eram os originais e sim covers e que tudo não passava de um calote dos palhaços e produtores do evento. Neste momento os pais se revoltaram com o responsável pelo evento e com os falsos palhaços e exigiram uma explicação. Uma grande confusão começou no clube onde aconteceria a apresentação, e que misturou gritos dos pais com choros das crianças. Rafael Zamprônio teria sido agredido durante o caminho para a delegacia, onde foi recebido sob gritos de ladrão. O ator que interpretava Patatá chegou a fugir com medo de agressão.
FALSA IDENTIDADE
Segundo o Código Penal Brasileiro, tipifica-se o crime de falsa identidade (Art. 307) ao atribuir-se ou atribuir à terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem. A pena pode chegar a detenção de três meses a um ano, ou multa.
REPERCUSSÃO
Na época, o suposto caso ganhou bastante repercussão, sendo veiculado no jornal Folha de S. Paulo (Link da matéria: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ ilustrada/50829-briga-de-palhaco.shtml) e no programa Brasil Urgente (Link da reportagem: https:// www.youtube.com/watch?v=EkXmsTChTUI&featur e=youtu.be), além de sites (Link da matéria: http:// www.otvfoco.com.br/falso-show-de-patati-patata-termina-em-confusao-no-suburbio-de-salvador/),
onde o nome de Rafael Zamprônio é citado. Até hoje, é possível encontrar matérias na internet sobre o caso. “As crianças não merecem isso. É uma fraude, um absurdo. Queremos todos esses caloteiros na cadeia”, afirmaram os pais na ocasião.
“ELES SE PASSARAM POR PATATI E PATATÁ”
O representante dos palhaços oficiais, Paulo Henrique Peres, chegou a comparecer a delegacia. “Eles venderam a anunciaram o show como se fossem os verdadeiros. Quando, na verdade, era covers. Nós ficamos sabendo através dos próprios moradores que ligaram pra gente em busca de informações. A partir daí, começamos a investigar e conseguimos embargar a apresentação, foi quando começou toda a confusão. O Patati Patatá verdadeiro não tem nada a ver com isso”, explicou na época.
HOMEM DE FERRO
Cinco anos depois, Zamprônio parece que não aprendeu com o susto que teria tido na Bahia. No último domingo (18), ele esteve fantasiado de Homem de Ferro, em festa realizada no Jd. Cumbica e que teve a presença do prefeito Guti. Apesar de ser comum em festas e eventos solidários a presença de pessoas fantasiadas com roupas de personagens e heróis, o fato, como já foi explicado, pode esbarrar em questões legais e de direitos de imagem.