O ACESSO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AS ESCOLAS E CLASSES COMUNS DA REDE REGULAR

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O ACESSO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA ÀS ESCOLAS E CLASSES COMUNS DA REDE REGULAR Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão Brasília, setembro de 2004


O desafio da inclusão • Melhoria da qualidade da Educação Básica e Superior. • Transformações consideradas primordiais: – Aprendizagem como o eixo das escolas; – Garantia de tempo e condições para que todos possam aprender; – Atendimento educacional especializado na escola; – Envolvimento de todos na escola; – Estimulo, formação continua e valorização o professor.


Mudanças na organização pedagógica das escolas Uma das mais importantes mudanças visa estimular as escolas para que elaborem com autonomia e de forma participativa o seu Projeto Político Pedagógico, diagnosticando a demanda.    

Quem são, Quantos são, Onde estão e porque alguns evadiram, Se têm dificuldades de aprendizagem, de freqüentar as aulas,  Recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis.





Escolas Especializadas

4,4%

Classes Especiais

6,9%

Escolas Comuns com Apoio Especializado

27,9%

Escolas Comuns sem Apoio Especializado

60,8%




DI

44,30%

Condutas típicas

14,60%

DF

11,40%

Baixa Visão

9,20%

Surdez

7,30%

Síndrome de Down

6,00%

DA

3,30%

Autismo

1,70%

Cegueira

1,40%

Surdo-cegueira

0,40%

Superdotação

0,40%


Sorocaba - 2006 DEFICIÊNCIAS MENTAL AUDITIVA

VISUAL

FÍSICA

MÚLTIPLAS

DOWN

OUTRAS

AUTISMO

SEM DIAGNÓSTICO

BERÇÁRIO I

-

1

2

1

-

-

-

1

BERÇÁRIO II

-

-

-

-

-

-

-

2

MATERNAL I

1

-

1

-

2

-

-

-

MATERNAL II

-

-

5

2

-

2

-

-

1ª FASE

8

9

4

2

2

2

3

9

2ª FASE

12

7

5

4

3

12

2

21

3ª FASE

7

9

8

6

6

17

3

9

1ª SÉRIE

5

16

8

3

5

20

1

12

2ª SÉRIE

11

12

8

2

4

25

-

19

3ª SÉRIE

13

10

7

1

5

21

-

20

4ª SÉRIE

10

3

4

5

3

13

-

2

5ª SÉRIE

3

1

3

-

2

3

-

-

6ª SÉRIE

2

1

1

1

-

-

-

-

7ª SÉRIE

3

-

2

1

-

4

-

-

8ª SÉRIE

5

1

-

3

-

1

-

-

1º MÉDIO

4

-

-

2

1

1

-

2

2º MÉDIO

2

-

-

1

-

1

-

-

3º MÉDIO

2

-

1

1

-

1

-

-

Alfa Vida I

2

3

6

1

4

10

-

12

Alfa Vida II

-

-

1

-

-

7

-

8

TOTAL

90

73

66

36

37

140

9

117

TOTAL GERAL

568



Mudanças na organização pedagógica das escolas “Desejamos que as intervenções do professor sejam direcionadas para desequilibrar, apresentar desafios e apoiar o aluno nas suas descobertas, sem lhe retirar a condução do seu próprio processo educativo.” A inclusão não prevê a utilização de práticas de ensino escolar específicas para esta ou aquela deficiência, mas sim recursos, ferramentas que podem auxiliar os processos de ensino e de aprendizagem. Os alunos aprendem até o limite em que conseguem chegar


Ensino Alguns

Todos

Indisciplina, Competição, Discriminação, Preconceitos, Categorização de“bons” e “maus”

Desafio ao sistema educacional. Comunidade escolar e toda uma rede de pessoas

Bulling Mudança do “alguns” em “todos”, da “discriminação e preconceito” em “reconhecimento e respeito às diferenças


Uma proposta pedagógica Descoberta, inventividade e autonomia Ambientes polissêmicos*, realidade, identidade social e cultural dos alunos X Enunciado desvinculado da prática social com ênfase no conhecimento pelo conhecimento. Ações educativas - solidariedade, colaboração, compartilhamento do processo educativo com todos os que estão direta ou indiretamente nele envolvidos. *Polissemia: Capacidade da linguagem para reunir numa palavra diversos sentidos


E as práticas de ensino? • Experimentação, a criação, a descoberta, a co-autoria do conhecimento. • Escolas - espaços educativos de construção de personalidades humanas autônomas, críticas • Valorizar as diferenças

Aprender a ser pessoa

•Convivência com pares • Exemplo de professores • Ensino em salas de aula • Clima sócio-afetivo

• Escola inclusiva Todos os alunos têm possibilidade de aprender, freqüentando a mesma turma.


Que tipos de atividades e quais os processos pedagógicos? • Atividades abertas e diversificadas - diferentes níveis de compreensão, de conhecimento e de desempenho dos alunos. • Atividades exploradas segundo as possibilidades e interesses dos alunos que livremente as desenvolvem. • Processos pedagógicos  debates, pesquisas, registros escritos, falados, observação, vivências.


Como realizar a avaliação? Acompanhar o percurso de cada estudante Apreciação de progressos

Evolução de suas competências, habilidades e conhecimentos Organização dos estudos, tratamento das informações e participação na vida social

Dinâmica, contínua, mapeando o processo de aprendizagem dos alunos em seus avanços, retrocessos, dificuldades e progressos


Como realizar a avaliação? Instrumentos:  Registros e anotações diárias do professor - portfólios  Arquivos de atividades dos alunos e os diários de classe.  As provas também  Auto-avaliação – reflexão



Finalmente... É fundamental que o professor estimule ao máximo seu aluno. O professor deverá propiciar O sucesso da aprendizagem está em explorar talentos, oportunidades para o aluno aprender atualizar possibilidades, a partir do que sabe e desenvolver predisposições chegar até onde foi capaz de progredir. naturais de cada aluno. Logo, as dificuldades, deficiências e limitações precisam ser reconhecidas, mas não devem conduzir ou restringir o processo de ensino


RECADOS

Aos pais ou responsáveis de crianças adolescentes com deficiência

os pais ou respons áveis de crianças e dolescentes sem deficiência ou qualquer utra necessidade especial. Aos professores


Aos pais ou responsáveis de crianças e adolescentes com deficiência Criança com deficiência  escola que o pai escolher, mais próxima de sua casa, em companhia dos irmãos e vizinhos. Dificuldades  local adequado, recusas, preconceitos • Procure outra escola • Denuncie (Conselho Tutelar e Ministério Público Estadual) (Lei 7.853/89). • Ações judiciais - danos morais Os pais/responsáveis que deixam seus filhos sem a escolaridade obrigatória, podem estar sujeitos às penas do artigo 246 do Código Penal, que trata do crime de abandono intelectual. Não Educar: solução a curto prazo, conseqüências a longo prazo.


Aos pais ou responsáveis de crianças e adolescentes sem deficiência ou qualquer outra necessidade especial. • O fato de educandos com e sem deficiência passarem a freqüentar a mesma turma escolar em nada prejudica a qualidade do ensino. • Melhoria das técnicas de ensino.


Aos professores O olhar para o novo. Ter consciência das dificuldades. Não a exclusão. Informação. Cobrança de dirigentes.


Referências / links.

• http://www.todosnos.unicamp.br/Diferencas/Conc • Silva, Maria de Salete; Alcântara, Pedro Ivo. O Direito de Aprender: Potencializar avanços e reduzir desigualdades. Brasília, DF: UNICEF, 2009. http://www.unicef.org/brazil/pt/siab_capitulos.pd


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