Página 12 - São Paulo, 18 a 24 de novembro de 2012
FOLHETIM
Dorival Colombero
Gazeta Penhense
São Paulo Leste
Incêndio na Penha deixa 600 pessoas desabrigadas Não houve vítimas. Na tarde do dia 15, boa parte dos moradores já trabalhavam na recuperação de seus pertences
PROPAGANDA
N
os idos dos 40/50, o coletivo que mais atendia as idas e vindas do paulistano de casa para o trabalho e para a sua locomoção pela cidade era o bonde, lamentavelmente retirado de nossas ruas e avenidas por atravancarem o trânsito de ônibus e carros que a partir de 60 começava a infernizar a vida do paulistano. O coletivo, literalmente apinhado de gente nas horas de pico, transportava dezenas de passageiros quer sentados nos bancos de madeira ou agarrados nos balaústres e equilibrados nos estribos laterais do veículo, num arremedo do que hoje acontece com os passageiros do metrô, o moderno meio de transporte do século XX, que, também nos horários de pico, e por ser várias vezes maior do que o velho bonde, transporta um numero de usuários devidamente enlatados feito sardinhas em seus vagões. Mas, o que vale lembrar, é que naquele tempo dos bondes éramos jovens e por isso mesmo tudo era festa na descoberta das coisas que havia na cidade, a começar pelos próprios bondes em cujo interior, ao longo das laterais logo abaixo da capota, cartazes variados ilustravam e distraiam os passageiros durante as desconfortáveis viagens pelas ruas e avenidas por onde o tramway passava. “Veja ilustre passageiro o belo tipo faceiro que o senhor tem ao seu lado. E no entanto acredite quase morreu de bronquite, salvou-o o Rhum Creozotado” Os cartazes, produzidos pela “Companhia dos Annuncios em Bonds”, em cores
fortes e textos objetivos, chamavam a atenção dos passageiros, incitando-os a poupar “Tostão em tostão faz um milhão” conforme o anúncio da Caixa Econômica Federal; a precaver-se do resfriado “Tosse bronquite e rouquidão, Xarope São João”; a cuidar da beleza com “Creme Rugol”, a combater as dores de cabeça tomando “Cafiaspirina” ou Veramon”; a deixar os assoalhos brilhando com “Cera Parquetina”; a eliminar os mosquitos com o inseticida “Flit” e dezenas de outros textos e gravuras chamativas que, dada a criatividade dos exemplares, praticamente se anteciparam ao início da indústria do desenho gráfico, efetivamente surgido em 1954 nas comemorações do 4º Centenário de São Paulo. USOFRUTO PERDIDO Um religioso caminhava pelo parque, aproveitando o ar despoluído da manhã, quando avistou um velho chorando muito, enquanto dava tapas num muro onde se amparava. Penalizado, o padre aproximou-se: - Ô tiozinho, o que aconteceu? Posso ajudar? O velho, soluçando, mal conseguiu informar: - Não, senhor. Ninguém pode me ajudar. Eu estou chorando por que tenho uma esposa bem mais moça do que eu, mas que me ama muito e demonstra esse afeto todos os dias, a qualquer hora do dia ou da noite... - Mas então por que tanto choro, tiozinho? É porque eu não lembro mais onde eu moro, seu padre...
Fotos: Flavio Tallmann
Pessoas tentavam salvar objetos No dia 14, por volta das 19h30, um incêndio destruiu 150 barracos da favela Fazendinha localizada na rua Guaiaúna, na Penha. No total, 20 carros do Corpo de Bombeiros e 68 homens foram enviados ao local. Cerca de 400 famílias estão desabrigadas. Em razão do fogo, a Compa-
No dia seguinte ainda havia fumaça
nhia de Engenharia de Tráfego (CET) bloqueou a rua Guaiaúna, na altura da Rua Aracati, a Rua Alfredo Franco com a Rua Cirino de Abreu, a alça de acesso ao Viaduto Alberto Badra, no sentido centro. Os Bombeiros só conseguiram extinguir completamente as chamas por volta das 4h
“VOMAT”, comemora sucesso do bingo beneficente Natal 2012
Foto: Divulgação
da madrugada. Aproximadamente 600 pessoas foram prejudicadas. Não houve vítimas. Na tarde do dia 15, boa parte dos moradores já trabalhavam na recuperação de seus pertences, no local que fica quase embaixo do viaduto Aricanduva (Eng. Alberto Badra). De acordo com Antonio Magalhães,
da Defesa Civil, nenhuma família pediu abrigo. A Defesa Civil, a Eletropaulo e o policiamento de área também estiveram no local. Os bombeiros ainda não tem informações sobre o que iniciou as chamas, mas há a suspeita de que tenha começado com algum curto-circuito.
Feira Cultural 2012 no Colégio da Polícia Militar Foto: Divulgação
No salão de festas Alvorada, da paróquia São Carlos Borromeu, o VOMAT, Associação de Voluntários do Hospital Leonor Mendes de Barros, promoveu no dia 11 de novembro, o bingo beneficente com exposição e venda de artesanato. A renda será revertida para as ações junto às volutárias do hospital. O buffet “Pérola del Mare” serviu delicioso lanche para mais de 350 convidados. A professora e artista plástica Silvia Helena Colombero, da escola Santo Alberto / Ateliê de Arte, a Rua Major Rudge, 75, pintou ao vivo uma
Premiada
tela em homenagem ao artista plástico Romero Brito, intitulada “Heart Kids”, sorteada no bingo para a convidada Thatiana Rós.
Professoras: Ana Cristina, Flávio Tallmann, Miriam, Janaína Soares e Janaína Pitz O dia do fotógrafo é comemorado em 15 de agosto. Contudo, no dia 10 de novembro, o Colégio da Polícia Militar organizou uma grande feira cultural, das 8h às 13h, com as turmas 3º A, B, C, e D. O tema foi “A Evolução da Fotografia” e o título da apresentação foi: “Sorria, você está sendo Fotografado(a)”. Foi uma manhã festiva com a presença de alunos, professores, pais e familiares. A palestra teve início às 11h, no auditório do colégio, e abordou a evolução da fotografia dos anos 50 até os dias de hoje. O palestrante foi o fotógrafo Flávio Tallmann, que tem 60 anos de profissão. Durante a palestra, foram exibidas no telão 52 imagens de seu museu, com máquinas, ampliadores e acessórios de laboratório preto e branco e colorido. Além de flashes de lâmpadas magnésio e flashes eletrônicos, e tudo mais que passou pelas suas mãos. No final, Flávio mostou uma caixa de filmes 120, 35 mm e finalizou com um chip digital. Um pouco de história Na revista do Seafesp do ano de 1988, o sindicato das empresas de Artes Fotográficas no Estado de São Paulo, na presidência de Hideki Hirashima, fez homenagem à tão bela arte, sua majestade, a “PHOTOGRAPHIA” ou fotografia, como é conhecida nos dias de hoje “1839-1989 - 150 anos”. Neste ano de 2012, completam-se 173 anos da “Bela Arte” com muita evolução. Tendo como seu inventor Hércules Florence. Note-se: uma fotografia vale mais do que mil palavras. Flávio Tallmann Fotógrafo Mat. Sind nº 0565 - 1997