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Falar sobre sexualidade não é necessariamente falar sobre sexo
O mercado de trabalho teve uma evolução para agregar colaboradores de gêneros e opções sexual diferentes?
Embora tenha ocorrido uma evolução com a inclusão de minorias e diversidades nas empresas, ainda existe um despreparo para lidar com algumas questões inerentes, ou seja, na mesma velocidade que cresceram os números de empresas querendo agregar a diversidade, em contrapartida, aumentaram os problemas relacionados. Existe uma iniciativa em querer funcionários trans, por exemplo, mas não há um preparo da equipe como um todo para saber lidar com essas contratações.
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Sendo assim essas empresas deveriam procurar ajuda e consultoria em ongs, coletivos e demais órgãos especializados em lidar com a diversidade, sendo esse um dos maiores trabalhos realizados pelo nosso Coletivo na região metropolitana de Sorocaba, pois acreditamos que a maior arma contra o preconceito é a informação.
O tema LGBTQIA+ ainda é tabu nas escolas. Porque ainda não é abordado junto as crianças e adolescentes com uma proposta explicativa e orientativa sobre o tema? Qual é o papel dos pais neste processo?
Apesar de toda revolução sexual, da globalização e dos meios de comunicação terem contribuído muito para uma modificação nas atitudes morais e nas questões ligadas ao sexo e sexualidade, esse assunto continua sendo um tabu.
Falar sobre sexualidade não é necessariamente falar sobre sexo. Acreditamos que, uma das características importantes de se falar sobre sexualidade nas escolas seja inclusive a prevenção de danos. De maneira resumida, pode-se dizer que conforme últimos dados estáticos dos anuários da violência do Brasil, mais da metade das vítimas de estupro no país são meninas de até 13 anos. E o mais alarmante é que mais de 75% dos abusadores, são pessoas conhecidas ou próximas da vítima. De forma que, a conversa sobre sexualidade pode ser feita inclusive no ambiente escolar, com profissionais preparados para lidar com o tema, pois os jovens devem ter conhecimento amplo sobre seu corpo e suas transformações.
De outro lado, falar sobre gênero nas escolas, também deve se pautar por esse aspecto da prevenção, uma vez que o bullying é muito presente no ambiente escolar. Acreditamos que a conversa sobre sexualidade deve se iniciar no âmbito familiar. A maioria dos pais acham constrangedor conversar sobre sexo com seus filhos, ora pela educação recebida de seus pais, ora pela repressão social. Ou apenas por não saberem como abordar o tema. Assim, os filhos ficam sem respostas para suas dúvidas, gerando conflitos ou acidentes inesperados por terem informações errôneas ao con - sultar variadas fontes impróprias, incluindo a internet.
Por fim, o cenário ideal seria que o tema fosse abordado sem tabus ou melindres em ambos ambientes, tanto familiar quanto escolar, onde um complementa e auxilia o outro.
Quais as ações e eventos são previstos pela Codisei ao longo de 2022, mesmo com todas as restrições impostas pela pandemia?
Nosso Coletivo pretende manter alguns dos produtos já criados como o Fala aí e o Debate Cabelo, que são palestrar, rodas de conversa e debates sobre temas relevantes para a comunidade. Almejávamos a realização de tais ações com encontros mensais, seguindo os protocolos sanitários, quais seja, uso de máscaras, álcool e distanciamento. Todavia, neste momento, devido ao aumento de casos da covid 19 bem como a epidemia de influenza, optou-se pelo formato online. Podendo as ações presenciais serem retomadas conforme determinações sanitárias do governo.
Entre as ações que ainda pretendemos realizar, destacam-se: Feira da DiverCidade, Parada da Diversidade, Fórum da Diversidade, prêmio biscoitando, bem como a comemoração dos 04 anos do Codisei.
