ILUSTRAÇÕES DE JEFFERSON COSTA O D O O M E S C A O
e o Poderoso Encanto da Perdição
TEXTO DE CAMILA PIVA
ILUSTRAÇÕES DE JEFFERSON COSTA
O D O O M E S C A O
e
o
Poderoso Encanto da Perdição
Copyright © 2024 Camila Piva (texto)
Copyright © 2024 Jefferson Costa (ilustração)
Copyright desta edição © 2024 Editora Yellowfante
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editora responsável
Sonia Junqueira
assistente editorial
Julia Sousa
revisão
Julia Sousa
diagramação
Guilherme Fagundes
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Piva, Camila
O homem do saco e o Poderoso Encanto da Perdição / Camila Piva ; ilustrações de Jefferson Costa. -- 1. ed. -- Belo Horizonte : Yellowfante, 2024. (Série Quebradas e coladas, v. 1)
ISBN 978-65-6065-048-0
1. Lendas - Brasil - Literatura infantojuvenil I. Costa, Jefferson. II. Título. III. Série.
24-199692
CDD-028.5
Índices para catálogo sistemático:
1. Lendas : Literatura infantil 028.5
2. Lendas : Literatura infantojuvenil 028.5
Tábata Alves da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9253
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Camila Piva
Para Marcia Guidin, que me encorajou a acreditar, e Ignez Karkoski, q ue sempre acreditou.
Jefferson Costa Dedico à minha família. Aos que foram, a os que estão e aos que virão.
Alice Damião Mustafinha
ERA UM DIA ESPECIAL na casa das gêmeas Ana Cosme e Alice Damião. O sol brilhava todo contente no céu, anunciando o dia da festa do aniversário de adoção do Caramelo.
EITA! JÁ ACORDARAM?
As duas meninas saltaram da cama assim que o despertador tocou. Cheias de animação, mal podiam esperar pelas brincadeiras, pelos doces e, é claro, para ver o Caramelo usando seu chapeuzinho de festa.
Na cozinha, a mesa estava repleta de ingredientes cheirosos, esperando para serem transformados em um delicioso bolo de chocolate com confeitos coloridos. Vovó Alcina havia prometido que começaria a preparar o bolo logo cedo, e as irmãs estavam ansiosas.
Mas havia alguma coisa esquisita no ar... O que seria? Que sensação estranha...
O quê... Epa! Vovó não estava ali! Onde será que ela estava?!
Telefonaram, telefonaram, telefonaram... e nada!
– Será que a Dona Cuca, aquela danada, tem algo a ver com isso?! –Alice pensou em voz alta.
TAMBÉM QUERO VER!
Procuraram no banheiro, no quarto, no quintal... e nada da vovó Alcina!
As histórias sombrias sobre Dona Cuca eram conhecidas por toda a comunidade Nova Z, o lugar onde Ana Cosme e Alice Damião moravam.
Ana Cosme correu e pegou seu celular e sua inseparável mochila, que encontrou no barracão de reciclagens. Alice Damião apertou os parafusos de sua perna mecânica e colocou na cintura sua pochete de ferramentas.
Estavam prontas para procurar Vovó Alcina. Caramelo também: colou nas duas e foi atrás.
Enquanto caminhavam em direção à casa da temida vizinha, a Dona Cuca, as meninas sentiam o nervosismo aumentar, mas precisavam de respostas e tinham que encarar a situação.
CREDO! QUE CRIATURA ASSUSTADORA!
Alice deu duas batidinhas na porta, e logo a velha apareceu, com a expressão carrancuda de sempre.
– Ora essa, o que querem, miúdas? Estão a atrapalhar a minha faxina! –exclamou com seu sotaque de Portugal, demonstrando impaciência.
Rapidamente, Ana informou que estavam procurando pela vovó Alcina.
Muito esperta, Cuca percebeu a desconfiança das meninas e foi logo dizendo: – Pois saibam que eu não apanhei ninguém. Eu não me interesso por velhinhas, quem as aprecia é o lobo mau! E olhem lá, estou bastante ocupada a limpar tudo, até arranjei espaço para um quarto nesta casa com tantas coisas que retirei de dentro dela.
Caramelo, por via das dúvidas, rosnou um pouco para a vizinha saber que, se tentasse alguma coisa contra as irmãs, ele estava ali para defendê-las.
Mesmo não gostando da visita, Dona Cuca contou que tinha visto a avó das meninas mais cedo, saindo de casa. E, para a surpresa delas, informou que até tinha emprestado um batom para a vovó Alcina. Essa informação deixou as garotas ainda mais confusas. Agradeceram e partiram em busca de mais pistas sobre o paradeiro da avó.
As gêmeas lembraram que, muitas vezes, a avó gostava de se envolver em diversas atividades pela comunidade. Era uma mulher ativa e cheia de energia, sempre pronta para ajudar.
Então, percorreram as ruas em volta com olhos atentos, procurando por qualquer sinal dela. Foi quando, entre as pequenas casas coloridas de madeira, avistaram um homem que nunca tinham visto e que carregava um saco enorme nas costas. Intrigadas e esperançosas, as irmãs se aproximaram.
– Com licença, senhor – começou Ana, com a voz suave –, viu uma senhora pretinha de cabelos brancos, nossa avó, por aqui?
ARRE, ÉGUA, QUE CONVERSA MAIS SEM PÉ NEM CABEÇA!
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