Aprendendo valores étnicos

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a salvo de toda e qualquer forma de opressão, para que possam desenvolver-se integralmente. Sendo assim, é preciso combater as causas pelas quais milhares de pessoas são impedidas de exercer seus direitos. Nesse sentido é preciso combater o racismo, o sexismo, a xenofobia e o etnocentrismo e também lutar contra a fome, as doenças físicas e mentais geradas pela miséria; é preciso ter em mente que essas desigualdades não são naturais, não são predeterminadas, mas historicamente construídas. 6ª O combate às desigualdades, ao racismo, ao sexismo e à xenofobia não é tarefa exclusiva dos sujeitos que sofrem suas consequências. Presenciamos todos os dias fatos que comprovam que as desigualdades geradas por essas ideologias têm feito com que países inteiros entrem em colapso social, econômico e cultural. As guerras entre os povos, os conflitos e a violência tornaram-se cada vez mais cotidianos e pularam os muros das escolas. Chegamos em um momento em que não é mais possível que a escola feche os olhos para a existência de múltiplos processos de eliminação, de degradação e de marginalização a que estão expostos os estudantes. Também não há condições de seguir fingindo que as relações pedagógicas não contribuem significativamente para esses processos. 7ª É de extrema, inegável e absoluta importância que a educação contemple no currículo, nos projetos, nos rituais e no material escolar a diversidade da qual é composta a sociedade brasileira, e que o faça de maneira crítica. É necessário recontar a história das mulheres, dos indígenas e da população negra deste país, é preciso que os estudantes saibam que a história do Brasil está permeada de 14


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