GRIP Nº4 - Portuguese Version

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N.ยบ 04 Novembro 2012

Carolina Diego miss grip

PARIS

Millennium

Ryan Greenspan entrevista

Emboscada Diamond Conflict cenรกrio

DAM review

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16-40 Millennium

14-15 Perfil

162-167

MagFed

CN

66-73

Entrevista Assala

índice 06–07 Equipa 9 Editorial

10–11 Destaque Momento decisivo

12–13 Notícias

16–40 Millennium

52–63 TOP 5

42–44

66–73 Entrevista

Disney - Paris

Regras Domingos Leitão

46–47

Tática João Anjos

14–15 Perfil

48–50

Cyril Job

Nuno Lourenço

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índice

Técnica

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Assala

74–85 Galeria Millennium Series 2012

86–103 Entrevista

Ryan Greenspan


148-161

104-109

Emboscada Diamond Conflict

CPS

86-103 Entrevista

Ryan Greenspan

10-133 138-147

Miss GRIP - Carolina Diego

174-177 Review - DAM

104–109 Champions Paintball Series 110–133 CN

Malveira da Serra & Maia

134–136

Girl Paintballer Hailey Adrienne

138-147 Miss GRIP

Carolina Diego

148-161 Cenário

Emboscada Diamond Conflict

162-167 Cenário MagFed

168-173 Cenário

Troca Tintas

174-177 Review DAM

178-180 Review

Potes GI Sportz

182-184 Review E-FLEX

186-189 Review

JT SplatMaster

190-193 Backstage 194-195 Passatempos índice

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RICARDO CAMPOS Estar com a máquina em campo é a sua paixão É fotógrafo e respira paintball desde pequenino.

RITA PEREIRA Responsável pela paginação da GRIP. É designer de comunicação.

PEDRO SIMÕES Editor de fotografia da GRIP. Fotojornalista credenciado e conhecido pelo seu mau feitio.

ZANE KJ MA Se não estiv disparar est magia no co A loucura e genialidade numa única

JOÃO ANJOS Vai ser o professor na GRIP. Tácticas, métodos de trabalho e mentalidade de jogo são com ele.

ANDRÉ FARIA O homem do cenário. Se mete camuflados, réplicas de armas e diversão, este homem está lá.

GIL BELFORD Com um nome destes só podia ser tradutor… ou então era dono de uma casa de waffles.

NUNO «OSSO LOURENÇO Um dos melh jogadores po explica-te co e melhorar o desempenho

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equipa


AÑASCO ver a tá a fazer omputador.

DANIEL TEIXEIRA O miúdo da GRIP. Responsável por todas as novidades do mundo da tinta.

HAILEY ADRIENNE A menina bonita do paintball mostra-nos o lado feminino do nosso desporto.

DUARTE GOMES O grande mecânico de serviço. Poucos percebem tanto de marcadores e acessórios de paintball como ele.

DOMINGOS LEITÃO Chefe de campo no Millennium e na Liga Portuguesa. Explica-te o bê-á-bá das regras.

ANDRÉ GOMES Um dos «putos» da equipa. Domina o Inglês e ajuda-nos a traduzir alguns milhares de palavras por edição.

e de design a pessoa.

OS»

hores ortugueses omo treinar o teu o.

RITA RISCADO A nossa «irlandesa» traduz e atura-nos à brava com as nossas dúvidas. Sem ela, vocês não nos entendiam!

equipa

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Propriedade de André Filipe Sobreira Garrido NIF: 227215290 Redacção: Rua General Taborda Nº3 - 1º 1070-137 Lisboa Registo na ERC: Nº 126231 Periodicidade: Trimestral

DIRECTOR André Garrido (mail@grippaintball.com) EDITOR André Garrido (mail@grippaintball.com) MARKETING E PUBLICIDADE Carla Peixoto (carla.peixoto@grippaintball.com)

A GRIP - Paintball Magazine ou André Filipe Sobreira Garrido não são responsáveis pelo conteúdo dos anúncios nem pela exatidão das características e propriedades dos produtos e/ou bens anunciados. A respetiva veracidade e conformidade com a realidade são da integral e exclusiva responsabilidade dos anunciantes e agências ou empresas publicitárias.

INTERDITA A REPRODUÇÃO DE TEXTOS E IMAGENS POR QUAISQUER MEIOS publicidade

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editorial


editorial Por André Garrido Director GRIP

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esta vez, a morte de um «general» fez com que mais uma vez toda a comunidade chorasse a perda de mais um jovem. Para memória ficam as suas palavras no relatório do jogo da Paintugal. Que te unas a todos os «nossos» que já partiram! Chegámos ao final da época com o sentimento de dever cumprido. Esta aventura começou há sensivelmente mais de seis meses e conseguimos criar uma revista de referência internacional e com qualidade de excelência, algo que muitos disseram ser impossível nos tempos que correm. Neste novo número da GRIP dissipamos boatos e dúvidas que têm surgido acerca dos Dynasty, pela boca de Ryan Greenspan. Quisemos ainda conhecer Loïc Delestre, líder da única equipa do Gabão em solo europeu. Queres saber quem são os melhores jogadores da Europa? Nós também quisemos. Passámos onze horas enfiados num estúdio para fotografar o que todos os jogadores desejam, a nova Miss GRIP. Pior foi ter passado três dias no mais sério temporal a que o Millennium já assistiu para vos trazer a reportagem da terra do Mickey. No recreativo damos-vos a conhecer o novo estilo de jogo, o MagFed. Podem ainda ler a reportagem do evento da Paintugal, um dos jogos europeus pertencentes à Big Game Alliance. No final do ano saem sempre novos produtos: não quisemos deixar de testar o que anda aí de novo, desde a nova E-Flex às superdesejadas JT SplatMaster. Não percam também a nova coqueluche da DYE, a já famosa DAM, o primeiro marcador de recreativo desta marca. Temos prémios, como sempre, porque adoramos dar prendas aos nossos leitores! Até já!

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destaque

Fotografia: PhotoPaintball


Momento decisivo É espantoso como um animal consegue transmitir tanto sentimento num único olhar. Ficará sempre a dúvida no que estaria a passar pela cabeça deste pequeno Jack Russel Terrier enquanto via um jogo com o seu dono. Uma coisa é certa, este olhar, num dos momentos decisivos do dia, mostra como já foi mordido pelo bichinho do paintball. Tal como dizia Cartier Bresson: «O momento decisivo alinha-se na cabeça, no olho e no coração!»

destaque

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Novo estilo de roupa de competição Algumas marcas, como a DYE e a Empire, estão a lançar um novo estilo de roupa para competição. A roupa é cerca de 33% mais leve, muito mais fina e com pouquíssimas proteções, visto que muitas vezes os jogadores já as usam por baixo da roupa. A grande vantagem destas novas linhas é aumentar ao máximo a agilidade dos atletas de paintball, levando a um aumento de performance.

Vapor distribuído por G.I. Sportz

O marcador Vapor conhecido pelo seu design interessante e produzido pela empresa Machine passará a ter como distribuidor oficial a empresa G.I.Sportz. Assim o Vapor ficará disponível em todo o mundo esperando com isso a empresa alcançar um maior número de vendas. Relembre-se que o Vapor é um dos marcadores que tem visto as suas vendas a aumentar a um ritmo alucinante.

Campeonato do Mundo de Paintball A Federação Europeia de Paintball em colaboração com outras federações em todo o Mundo está a planear o primeiro Campeonato do Mundo de Paintball para 2013. A organização espera a participação de mais de 32 países e a GRIP sabe este evento se irá realizar em Milão, Itália. Segundo novos rumores, esta prova irá pertencer ao circuito do Millennium que se irá disputar nos seguintes locais: St. Tropez, Bitburg, Milão, Londres e Paris.

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notícias


JT Prime Goggles A JT voltou à carga e desta vez com uma nova máscara. A JT Prime Goggles é uma máscara desenhada principalmente para novos jogadores, no entanto pode ser utilizada por todos. Nas suas características destaca-se o campo de visão de 180º, bem como o tratamento anti-fog usado nas lentes.

Ladies Paintball Tournament

GoPro Hero 3 O Ladies Paintball Tournament 2013 já tem data marcada. A organização espera cerca de 20 equipas de todas as partes do mundo estando já pré-confirmadas a Rússia, França, Reino Unido e Malásia. O evento decorre entre os dias 7 e 10 de Março em Moscovo.

A GoPro Hero 3 foi lançada para o mercado e está disponível em três versões: Black, Silver e White. Na versão Black a câmara contará com Wi-Fi embutido e será 30% menor, 25% mais leve e duas vezes mais potente que os outros modelos. A marca espera mais uma vez a adesão dos jogadores de paintball, visto que é líder de mercado a nível deste equipamento.

Art Chaos limpam Europa Os Art Chaos venceram a última etapa em Paris, após um dos jogos mais emocionantes da época, frente aos Ramstein Instinct que obrigou a equipa Russa a ir a extra-time. Depois de vencerem o Champions Paintball Series, sagram-se assim também campeões do Millennium Series.

notícias

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Cyril Job P

oucas pessoas sabem que a alcunha do capitão dos Icon é o seu nome verdadeiro. Cyril Job tem um palmarés invejável, com vitórias pelos Tonton, Icon e tal como muitos dos grandes jogadores Europeus com a sua seleção nacional. A sua grande luta tem sido conseguir manter a equipa de verde como uma das melhores equipas na Europa nos últimos 7 anos. Embora seja por si só um feito enorme, Job diz que para ele

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perfil

os melhores momentos como jogador foi poder estar presente no primeiro jogo de X-Ball jogado em Pitssburgh em 2002, estar numa das finais de NPPL em Huttington Beach em 2003 e as duas finais que os Icon disputaram em CPL no Millennium. Visto que ele não tem medo de pôr as mãos ao trabalho, aceitou o desafio de treinar a seleção feminina francesa, a mesma que ganhou a taça nos últimos dois anos.


NICKNAME Job

DATA DE NASCIMENTO 16/03/1972

PROFISSÃO Engenheiro Informático

COMEÇOU A JOGAR 1991

EQUIPA ACTUAL Marseille Icon

PROVAS INTERNACIONAIS Millennium Series, CPS, Liga Regional de Paris e Liga Pro Francesa

PROVAS QUE GANHOU E COM QUE EQUIPAS Com os Icon: Prova do Millennium em Bitburg na antiga Div. 1 em 2006, Campeonato Europeu WTS em 2008/2009 e um Campeonato Francês em 2012. Com os Tonton: 2 Campeonatos Profissionais Europeus, o Campeonato Francês de Super 7 e a Taça de França

MAIOR REALIZAÇÃO NO PAINTBALL Ter conseguido manter os ICON no ativo ao longo destes últimos 7 anos.

Texto: André Garrido Fotografia: PhotoPaintball

perfil

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Disne PARIS

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ey Na etapa em que tudo estava em jogo, Paris foi literalmente inundada. Muitas surpresas, muitas vit贸rias, muita chuva e muitos festejos. Sabe tudo o que se passou na Disney. Texto: Andr茅 Garrido Fotografia: PhotoPaintball

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Paris é conhecida como a cidade da luz e do ouro, e é dessa forma que a organização do Millennium vê este evento. A prova realizada no parque de estacionamento da Disney é sem dúvida alguma uma das provas mais importantes do Mundo, não só pelo seu lado comercial, onde todas as empresas lutam por um espaço e por se mostrarem, mas também porque é a verdadeira Meca do paintball Europeu. Por muito que pensemos, não conseguimos imaginar melhor localização na Europa, poderíamos até arriscar dizer do Mundo, para realizar

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um torneio de paintball. Segundo a Organização Mundial de Turismo, Paris é a cidade com mais turistas do Mundo. E vendo bem, que local seria mais mediático, com melhores acessos e mordomias do que o parque de diversões mais visitado em toda a Europa? O que é certo é que esta mistura vale ouro para o desenvolvimento do paintball. A oportunidade de fazer valer este torneio é tanta que se chega a criar alguns exageros. E a principal demonstração disso é o facto de autointitularem o evento de World Cup,


não sendo de todo a verdade. O mais existirem autocarros que transportam perto que o Millennium tem de um World gratuitamente todos os clientes dos Cup é a Taça das Nações, e mesmo aí hotéis até à Disney Village. Da paragem seria pura publicidade enganosa. de autocarro até à porta do evento Nesta prova, mesmo tendo a são menos de dez minutos a pé, Taça das Nações para jovens fazendo alguma confusão a A com menos de 19 anos, muitos dos presentes, porque Disney é a estaria longe de ser uma é que continuam a manter verdadeira prova Mundial. Fica então um dos portões de acesso Meca do a pergunta no ar: Porque fechado, que tornaria o paintball é que provas como esta, a caminho mais curto e direto. Europeu. de Orlando ou a da Malásia Este ano a prova teve 44 insistem em autoproclamarequipas que foram de propósito se algo que não o são? jogar a Paris. Este número significa A política do Millennium em ter um aumento de 17% em relação á média alojamento muito próximo do evento das restantes provas. Além destas é mantida, com a vantagem de equipas, existem ainda aficionados e

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familiares de muitos jogadores que se vantagem às equipas mais endinheiradas, deslocaram até Paris para ver os melhores geralmente apoiadas pelas grandes jogadores do mundo e aproveitar a marcas. O que é certo é que continuam proximidade do parque de diversões. a existir algumas horas que não são Perante este cenário perfeito, onde reservadas, e mesmo para uma equipa o paintball se mistura com diversão e com pouco dinheiro, se dividir o treino mediatismo, só faltou um pouco de sorte com outra equipa, sai a cerca de 20€ por com a escolha do fim-de-semana. Se no jogador, o que não é uma fortuna para ano passado fizeram-se sentir mais de quem já gastou tanto em deslocações, 30ºC, este ano parecia que o diabo tinha alojamento e restantes despesas. subido á terra para fazer umas compras Os campos estavam dispostos de na Disney Village. Apesar de todos os uma maneira inteligente, dando mais avisos de mau tempo ninguém importância aos campos das três estava preparado para o Tal era primeiras divisões, enquanto que se fez sentir durante a chuva, existiam mais três campos aqueles dias. que parecia num espaço mais ao lado. Quinta-feira, muitos que o diabo Pela primeira vez, existe dos presentes olhavam tinha subido á um campo para cada para o céu à procura de terra para fazer divisão, devido ao grande alguma esperança nos umas compras número de inscrições. poucos raios de sol que na Disney. Também pela primeira vez apareciam. Tal como o tempo, foi montado um campo para o este dia foi calmo, com algumas «novo» estilo de jogo – Formula 5 – equipas a estudar os campos e visitar as de forma a testar esta vertente. mais de 20 tendas presentes. O layout do campo permitia um jogo Um dos assuntos mais comentados agressivo. Tal como nas provas passadas a nível internacional era o facto de os o jogo fazia-se pelas chamuças, deixando Nexus terem reservado cinco horas de a nova cobra como o típico ponto de treino apenas para eles, o equivalente a passagem. É interessante ver como 2000€ a reverter para a organização. Na alguns jogadores de topo mudaram a verdade este treino era uma reserva da sua posição de jogo, passando da cobra DYE para todas as suas equipas. para as chamuças, aproveitando as suas Esta política de alugar os campos capacidades de uma forma mais útil nas quinta-feiras foi uma aposta ganha para a equipa. O campo permitia ainda pelo Millennium, que há uns anos foi que fossem feitos avanços pelo meio do severamente criticada por, de alguma campo com alguma facilidade. forma e a troco de dinheiro, dar Como sempre, sexta-feira é o

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dia onde tudo começa e sábado onde novamente o mau tempo, fazendo com qualquer passo em falso pode ser a que as finais fossem das mais molhadas desgraça de qualquer equipa. No primeiro de sempre. Independentemente disto as dia o tempo foi favorável, tendo bancadas tiveram povoadas, tendo apenas chovido por curtos o público usado gabardines, Houve momentos ao longo do dia, ponchos, guarda-chuvas, um aumento mas no sábado a história tendas improvisadas e de 17% de foi completamente qualquer proteção que os equipas em diferente. Sábado choveu ajudasse a ver os jogos. relação às praticamente o dia todo e Este clima extremo restantes muito agressivamente. Na faz-nos pensar nas provas. parte da tarde era comum condições oferecidas pelo haver campos completamente Millennium aos profissionais alagados como se de uma piscina se que estão em campo. Se por um tratasse. O domingo foi mais suportável, lado os meios de comunicação estão lá e a palavra é mesmo essa. Choveu pouco por breves momentos e quando assim durante a manhã, mas a tarde trouxe o desejam ou precisam, o mesmo não

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se pode dizer da equipa de arbitragem. Num desporto que vive das difíceis decisões destes profissionais, é quase ofensivo pensar que a organização da prova fornece máscaras que embaciam ou não substituem equipamentos molhados no final de cada dia; parecenos que seria o mínimo a exigir. Alguns comentavam que as condições climatéricas sentidas no sábado deviam obrigar a um cancelamento da prova. Parece-nos descabido, pois enquanto todas as regras de segurança consigam

ser mantidas não há razão para adiar uma prova, ainda para mais, sendo a última etapa dum evento internacional. A nível competitivo tudo estava em aberto, principalmente nas divisões mais altas. Em CPL esperava-se que os Dynasty viessem garantir a passagem às finais de modo a ganhar o único campeonato a que estavam habilitados a ganhar, ao mesmo tempo que se esperava uns Art Chaos afinados e lutadores. Em SPL o desaire dos Polar Bears, logo na primeira prova, e dos Dogs D’ Amour em Londres, fazia

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com que estas equipas tivessem que lutar até Paris e perder jogos porque não leem as regras? cara a cara contra uns fortíssimos Vision. As equipas que se evidenciaram em Na divisão 3, devido ao elevado toda a prova, nesta divisão, número de equipas, foram foram os London Tigers 3, criados dez grupos de seis responsáveis por acabar com equipas. A luta era enorme, Os Nexus a senda de vitórias dos GFY principalmente numa reservaram Evolution 2, os Meteour divisão onde os jogos são cinco horas Auvers, os Furious Sneek e disputados a dois pontos. de treino a primeira equipa dos GFY Durante a primeira fase no campo Evolution. grupos temos de destacar principal. Os Meteor acabaram por a equipa de Paris – GFY perder com os Tigers 3, na Evolution 2 – que não perdeu mesma fase que os Furious Sneek um único ponto. ganharam por 2:0 aos GFY Evolution. Das 60 equipas presentes muitas Na final defrontaram-se os Tigers 3 têm um jogo muito fraco, algumas até e os Furious, cabendo a vitória à equipa mostrando não conhecer as regras. Não britânica. Em terceiro lugar ficaram será um desperdício de dinheiro viajar

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os GFY Evolution. as equipas Aggression, Scorpions, NPP e Numa divisão onde a presença em Relentless. Numa liga onde já se joga a todas as provas faz com que se consiga quatro pontos, a única equipa desta lista bons lugares na geral, também que ainda apanhou um susto foram é preciso saber manter-se os Aggression que perderam o no lugares de topo para seu segundo jogo da fase de Não se conseguir estar entre grupos contra os Extreme adia uma os primeiros. Apesar Neapolis. Todas as restantes prova da perca prematura, equipas passaram em se as regras deixando-os em 11º lugar primeiro dos seus grupos. de segurança na prova de Paris, os GFY Para azar dos NPP, perderam forem Evolution 2 acabaram por contra os Aggression nos 16 mantidas. ser campeões desta divisão. avos de final, o que os deixou O segundo lugar coube aos GFY completamente de fora pela luta Evolution e em terceiro lugar ficaram os do primeiro lugar. O mesmo resultado Maxs Family Frankfurt 2. tiveram os Relentless que perderam Na divisão 2 a luta era muita entre contra uns muito fortes Stockholm

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Ignition, que já tinham conseguido um primeiro lugar em St. Tropez. Na fase seguinte os Agression perderam contra os Elite, capazes de fazer frente a qualquer equipa, tendo ido até à disputa do quarto lugar. Com esta derrota os Aggression garantiram o quinto lugar, pontuação suficiente para celebrar o campeonato. De qualquer das formas os Scorpions Milano quiseram mostrar que não estavam para brincadeiras e lutaram ponto após ponto até à final. Na final defrontaram Incredi Knights Bamble, que apenas conseguiram marcar o ponto de honra. Resumindo, os Aggression foram campeões da divisão 3, enquanto os Scorpions e os NPP ficaram em segundo e

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terceiro lugar respetivamente. Na Divisão 1 existem sempre duas equipas que se oferecem para arbitrar a troco da pontuação máxima. Em Paris esta tarefa coube aos Ferox e aos Wildfire, que apesar de garantirem 100 pontos na classificação de pouco lhes serviu, pois já se encontravam no fundo da tabela. Também nesta divisão tudo estava indefinido, com a agravante que a luta era muito agressiva entre os Collision, que tiveram o mérito de estar em primeiro sem ter feito arbitragem, os ML Kings e os RMG. Estas três equipas desde a primeira prova estiveram no topo da tabela.


Para que a luta continuasse acesa, época. Assim sendo a equipa Turca foi todas estas equipas ficaram em primeiro campeã, enquanto a equipa da Republica nos seus grupos e chegaram às finais Checa ficou no segundo lugar. sempre sem vacilar. Os RMG Comparar esta divisão com lutaram sem sucesso pelo SPL é como comparar David Não terceiro lugar contra os com Golias. A competição e é um Gold Coast, conseguindo rivalidade são enormes em desperdício de no entanto o terceiro SPL. Neste escalão já não dinheiro perder lugar da geral. Apesar existe margem para erro jogos porque de não alterar a ordem e muitas das equipas são não leem da classificação geral, a capazes de fazer frente a as regras? final foi um jogo sem tréguas equipas de CPL. que defrontou os Izmir e os ML Tal como nas restantes Kings. Os Izmir mostrando toda a sua divisões ainda tudo estava aberto, supremacia ganharam mais uma vez a desta vez entre os Vision, os Polar Bears final, a terceira seguida, tendo apenas e os Dogs D’ Amour. Os Vision, apesar de perdido um único jogo durante toda a estarem em primeiro lugar, não eram

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os favoritos. A equipa francesa manteveporquê de serem considerados os se em primeiro devido aos azares das melhores de SPL. Infelizmente para eles outras duas equipas que se descuidaram apanharam uns Polar Bears em forma nas provas anteriores, o que as afetou na que conquistaram o primeiro lugar pela pontuação final. Além disso os Polar Bears terceira vez consecutiva, garantido tinham ganho as duas últimas provas, assim o segundo lugar da geral. Não o que significava que qualquer deslize deixa de ser interessante reparar como dos Vision seria fatal. E esse deslize a melhor equipa em campo em três iria acontecer logo no primeiro jogo ao provas consecutivas pode perder um perderem 2:3 contra Drammen Solid. campeonato por um desaire na primeira Felizmente para eles não foi o suficiente prova. Mas como em todos os desportos, para os afastar do primeiro lugar do a consistência é que faz os vencedores. grupo. No caso dos gregos – Dogs D Amour Os Dogs fizeram o que lhes competia – venceram os três jogos sem grande ao vencerem os Silent Moscow ficando dificuldade, os russos perderam o assim em terceiro lugar da prova segundo jogo não sendo também e da geral. suficiente para os deixar Na liga de topo existiam Num fora do primeiro lugar. Nos duas competições grupo 16 avos de final a única distintas: A luta pelo demasiado equipa a sentir relativas primeiro lugar, entre os fácil para dificuldades foram os Dynasty e os Art Chaos, os Dynasty, Polar Bears ao ganharem e a luta pelos restantes o impensável por 4:2 contra os Cosilium lugares da tabela. A aconteceu. Dei. Tanto os Vision como os diferença de jogo destas Dogs venceram os seus jogos por duas equipas para as restantes 4:0, como se tivessem a passear no é abissal ao ponto de o quarto lugar parque. As vitórias continuaram até onde dos Art Chaos em Bitburg ter sido irremediavelmente duas das três equipas considerado uma surpresa por todos. teriam de se defrontar. A sorte de ficar de Os Dynasty, que têm tido um péssimo fora coube aos Vision tendo ganho 4:2 aos ano nos Estados Unidos, vinham com Silent Moscow. No grande embate os Polar uma vitória de NPPL no fim-de-semana Bears deixaram os gregos para trás, com anterior que lhes tinha elevado a moral. alguma facilidade, batendo-os por 4:1. Seria esta a vitória necessária para os Chegada a altura das finais já os dragões de azul voltarem a ganhar o Vision tinham conquistado o campeonato, brilho de outros tempos? Trouxeram a e festejado muito em campo, mas mesma base que na primeira prova do mesmo assim queriam mostrar o Millennium, que apesar de terem

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menos destaque estavam os Tonton, os conseguido um segundo lugar tiveram Instinct ou mesmo os Spa e os Syndicate. falta de dinâmica e jogo de equipa. Entre eles, os Tonton eram os que mais Os Art Chaos demonstravam estar vantagem tinham, ainda por cima tranquilos e sempre preparados. após a vitória de Londres. Das vezes que falámos com Na fase de grupos a eles parecia que sabiam As grande surpresa foram os que apesar do temporal, condições Heat, que durante o ano apesar de estarem oferecidas perderam literalmente atrás na classificação aos árbitros todos os jogos. Em Paris e apesar do adversário não são não só ganharam, como ser complicado, que a suficientes. ganharam bem, contra vitória seria deles. Este equipas como os Nexus e os sentimento chegava a ser Instinct. O facto de estarem no estranho porque bastava os grupo dos Damage, que mais uma vez Dynasty passarem a fase de grupos para não apareceram no Millennium, deugarantirem a vitória no Millennium. lhes o empurrão extra para ficar em Ainda na luta por lugares com

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primeiro lugar do grupo. Neste grupo os Instinct ficaram em segundos, deixando os Nexus devastados por terem ficado em terceiro lugar. No grupo C os Tonton fizeram o que lhes competia ganhando os três jogos com alguma facilidade, tendo os Icon ficado em segundo, que apenas perderam o jogo com os Tonton. Neste grupo ainda temos de destacar o Benfica que perdeu os três jogos de uma forma vergonhosa, que fez com que ficassem em último da geral e sejam relegados para a divisão imediatamente inferior. No grupo B não há muito a destacar. Os Art Chaos garantiram o primeiro lugar e os Syndicate o segundo. No entanto a

equipa que mais dores de cabeça causou aos seus rivais foram os Disruption que em todos os jogos lutaram sempre até ao buzzer tocar ganhando 3:2 aos Carnage e tendo perdido os dois jogos seguintes por 4:5 e 3:4, contra a equipa Alemã e Russa. O grupo A foi aquele que mais deu que falar. Num grupo demasiado fácil para uma superequipa como os Dynasty o impensável aconteceu. A equipa norteamericana começou por perder o primeiro jogo do grupo contra os Breakout por 4:5, seguido logo pela derrota contra os Outrage por 2:5, o que automaticamente fez com que não passassem à fase seguinte. Nesta altura já a equipa de azul sabia que tinha comprometido o seu

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primeiro lugar da geral, pois bastava aos Art Chaos chegarem à final para serem tricampeões Europeus. O clima nas pits era indiscritível, o modo como falavam e as suas caras diziam tudo. A equipa que nos habituou a prestações de luxo teve um ano negro e nem na prova que lhes competia ganhar estavam a ser capazes de sair por cima. A juntar a isto o mau tempo e uma arbitragem de qualidade muito duvidosa levou a que os Dynasty, no final do jogo contra os Outrage, entrassem em campo irados, chamando em plumões pelo Jaba para esclarecer o que se passava. Tendo razão ou não, já é

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conhecido o mau perder destes jogadores e por várias vezes esta situação já foi presenciada noutras provas. Valeulhes a vitória aos Ranger. Mérito para os Outrage e para os Breakout que passaram para a fase seguinte. A arbitragem foi uma tarefa muito dificultada pelas condições climatéricas, e como já referimos anteriormente, as condições oferecidas pela organização são insuficientes. No entanto houve muitos erros graves, como a eliminação de jogadores sem tiro e penalizações muito exageradas. O melhor exemplo deste último caso foi a penalização dada a um


que foi suficiente para gerar alguma jogador do Benfica, que estando a ser alvo de dois adversários, não tinha espaço gritaria entre o jogador e alguns dos árbitros. Não só os árbitros não podem para se mexer acabando por levar um manifestar-se desta forma, como têm tiro no pote enquanto estava a carregar; a obrigação de ser mais perspicazes e devido ao excesso de linhas de tiro que estudar toda a situação de jogo. Não tinha em cima dele, o jogador se podem aplicar penalizações nem o pote conseguia largar tão duras, que eliminam uma para colocar a mão na equipa inteira, sem ter cabeça. Um dos árbitros A Disney não plena consciência do que por várias vezes assinalou é nenhum se está fazer. a eliminação, atitude World Cup Nos quartos-de-final que o jogador assentiu como o grande jogo foi entre afirmativamente com a apregoam. os Syndicate e os Tonton. A cabeça variadas vezes, mas equipa francesa precisava de no momento em que larga o garantir o melhor lugar possível pote é-lhe atribuído um 3:1 por para aproveitar o deslize dos Dynasty tentar esconder o tiro que tinha no pote. e ultrapassa-los na geral. Ao contrário A situação piorou, porque no final do de Londres, que tiveram uma prestação jogo um dos árbitros veio dar um highperfeita, os Tonton não foram capazes five por o outro ter dado um 3:1, motivo

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final em CPL. Ninguém esperava o que de ganhar à equipa Alemã, tendo o iria acontecer nos próximos minutos. resultado ficado nos 5:3. O desalento era Não existem muitas equipas capazes de enorme na cara de todos os jogadores, disputar taco a taco contra os Russos, e após este jogo, pois eles sabiam o que foi exatamente isso que aconteceu. Os estava em jogo. Instinct puxaram dos galões e mostraram Nos restantes jogos todos os favoritos passaram à fase seguinte, falamos dos Art que se os Art Chaos queriam ganhar, teriam de se esforçar. O jogo foi longo, Chaos, Instinct e Breakout. por baixo de uma chuva que não dava Nas semi-finais os Instinct tiveram a tréguas a nenhum dos presentes. Foi um sorte de apanhar uns Syndicate que não dos jogos mais fantásticos que assistimos foram fortes o suficiente para ganhar o este ano. Eram movimentos constantes jogo, o que correu de feição aos Instinct pelas chamuças, pelo centro, pela que assim continuaram pela luta do cobra; tanto de um lado como de outro. terceiro lugar. O resultado deste jogo Descrever o jogo nestas páginas fixou-se nos 4:2. No outro jogos seria uma tentativa frustrada e os Art Chaos precisavam de medíocre do que se passou ganhar aos Breakout Spa Os naquele campo. Fica o para se tornarem campeões árbitros têm resultado: 4:3, para os Art europeus, coisa que de ser mais Chaos. fizeram sem qualquer perspicazes Acabou o espetáculo, dificuldade, ganhando por e estudar toda com a equipa Russa a 5:1. a situação agradecer aos fãs de uma Os jogos das finais de jogo. forma muito rápida para se foram extasiantes. A luta poderem ir secar e festejar de pelo terceiro lugar opôs os uma forma mais privada. Syndicate e os Breakout, e a luta foi Já dissemos que nos faz alguma sempre difícil. A chuva intensa não confusão chamar a esta prova World ajudava, mas ninguém queria perder, Cup e o mais próximo que tem de um não é só uma questão de pontuação e campeonato do Mundo é ter a Taça das posição no ranking, mas sim uma questão Nações para jovens até aos 19 anos. de orgulho e mostrar que perder não é No entanto achamos que esta Taça é opção. Infelizmente para os Breakout, essencial para o crescimento do nosso não conseguiram ganhar, tendo perdido desporto, de forma a trazer mais e por 4:5. melhores jogadores jovens ao desporto. Já os Art Chaos eram tricampeões Esta competição em nada difere europeus quando os Instinct entraram da Taça das Nações realizada em em campo para disputar a sua primeira

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Londres, tirando o facto de estarem apenas jogadores muito jovens em campo. É engraçado ver miúdos ainda com bochechas rosadas tentarem ser os guerreiros da sua equipa e mostrar que a sua nação é a melhor. Por questões óbvias existem muito menos equipas do que nas seleções principais, pois também existem muito menos jogadores que cumpram os requisitos mínimos de idade. Ao todo eram dez seleções sendo elas: Rússia, Grécia, França, Reino-Unido, Suíça, Noruega, Bélgica, Áustria, Alemanha e Holanda.

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Tal como em Londres existiu uma ronda de qualificação, nesta defrontaram-se a Suíça com a Holanda e a Grécia com a Áustria. As equipas vencedoras nesta fase foram a Holanda e a Áustria. Assim ficaram definidos os quatro grupos compostos por duas equipas cada. Saíram quatro vencedores desses grupos que se defrontaram na fase imediatamente seguinte. Nessa fase o Reino-Unido ganhou por 3:0 à Rússia e a Áustria continuou o seu caminho vitorioso contra a França. Não deixa de ser interessante como duas equipas de topo têm miúdos muito


longe da qualidade dos seus pares com onde duas equipas se confrontam tendo mais idade. A luta pelo terceiro lugar um buzzer no meio do campo. A equipa coube a essas mesmas duas nações, que carregar no buzzer adiciona tempo onde a seleção francesa ganhou com ao seu próprio relógio até que a equipa um resultado avultado de 4:1. adversária volte a carregar. Ganha Na luta pelo ouro estava o quem tiver mais tempo no Reino-Unido e a Áustria, Em final. O jogo é um pouco onde a equipa inglesa não Paris foi confuso e muito agressivo, deu qualquer hipótese testado pois o buzzer passa a ser ganhando por 4:0 e o novo um alvo constante e é tornando-se a nação formato comum ver jogadores a campeã de jovens. Classic. serem regados de tinta. Neste evento ainda estava A nível de campo é muito disponível um novo campo, fechado, com muito espaço com um novo estilo de jogo que o para os jogadores se esconderem, Millennium chamou de Divisão Clássica. ao mesmo tempo que obriga a um grande Esta divisão não era mais que um campo consumo de bola. Sinceramente não experimental baseado na Formula 5, prevemos grande futuro para esta nova

millennium

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modalidade, mas como todos sabem as pressões comerciais obrigam a certos compromissos. O futuro logo nos dirá. A nível de equipas presentes eram maioritariamente jogadores da velha escola como os Assala ou velhas glórias dos Tonton que contavam com três equipas. Os jogos foram distribuídos durante o Sábado e Domingo e na verdade não foi dada uma grande importância aos vencedores, sendo mais um torneio para o divertimento de todos, apenas tendo sido estragado pelo grande temporal. No entanto fica para registo que os vencedores foram os Tonton Acyd. Acabou assim mais um ano de Millennium, desta vez apenas com

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millennium

quatro provas. Este número de provas parece curto e prejudica claramente o nível competitivo, mas com a atual crise económica ajuda e muito os jogadores. Parece que o próximo ano terá mais uma prova, desta vez em Milão, que será onde se vai realizar a primeira Taça do Mundo no seu verdadeiro sentido da palavra. Segundo alguns rumores, além de Milão, irão ser mantidas as provas de St. Tropez e Bitburg, e serão procurados novos locais para realizar provas em Londres e Paris. Ainda esta prova mal acabou e já sentimos falta do cheiro da tinta, do barulho dos marcadores e dos berros das redes. Que venha 2013. •


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Banir ou não banir? Por Domingos Leitão Nesta edição vamos falar um pouco sobre a decisão mais rígida que um árbitro ou um organizador pode tomar num jogo ou torneio de paintball: a expulsão! A grande maioria das expulsões acontece dentro das 4 linhas. São sobretudo condutas antidesportivas, como é o caso da ofensa verbal ou gestual a árbitros ou adversários; contacto físico provocado com o intuito de desencadear uma luta; reentradas em campo; marcadores ilegais, sendo esta uma das mais frequentes; quebra de regras básicas de segurança, como por exemplo atirar o marcador ao chão ou acções que põem em causa a integridade física dos intervenientes, falo claro de overshooting ou disparar de forma maliciosa. Existem no entanto outras situações previstas nas regras e regulamentos que podem provocar a expulsão de um

jogador da prova, nomeadamente: - A recusa de entregar um marcador a um árbitro para inspecção; - O registo na prova com uma identidade falsa; - O transporte de marcadores passíveis de disparar sem tapa canos fora do campo de jogo; - Ou no caso da divisão M5 sair da deadbox sem autorização de um árbitro. E se pontualmente ainda se veem jogadores a passear com um marcador

Existem muitas regras que podem

provocar a expulsão de um jogador.

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regras

sem tapa canos, por mera distração, corrigindo a situação assim que são chamados à atenção, já muito raramente os mesmos recusam um teste ao seu marcador quando um árbitro o requisita. A questão da identificação é muito sensível. Se por um lado é um facto que até hoje nunca presenciei ninguém ser expulso de um torneio por ter


apresentado dados falsos também é verdade que facilmente em torneios com centenas de participantes esta situação possa acontecer. Não compete a um árbitro controlar o registo do jogador

e a sua acreditação à prova mas sim á organização. Se esta situação ocorrer e ninguém detectar teremos dentro do campo adulteração da verdade desportiva. Ao árbitro compete unicamente verificar

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se a acreditação que lhe foi atribuída está em conformidade para o jogo que irá decorrer no seu campo. Outra questão que julgamos ser importante vincar é de que consoante o torneio existe um número limitado de pessoas que podem tomar a decisão de expulsar um jogador da prova. Num corpo de árbitros somente o chefe de campo é que pode ter esse poder ou fazer parte de um comité ou concelho técnico para deliberar sobre esta matéria. Aos restantes árbitros compete, como em qualquer outra matéria relevante, comunicar ao chefe de campo a informação necessária para que o

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regras

mesmo decida se existem factos que justifiquem a expulsão. Para desdramatizar um pouco o tema estivemos a analisar alguns dados disponíveis e verifica-se que o número de expulsões está a decrescer de ano para ano o que revela uma maior maturidade por parte dos jogadores de paintball, bem como o desenvolvimento de capacidades sociais como o respeito mútuo pelos outros intervenientes no jogo como é o caso dos árbitros, organização, empresas e espectadores, com a consciência de que as expulsões dão uma imagem negativa que não se pretende do paintball.•


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Definições II Por João Anjos No número passado chegámos à conclusão que as equipas se dividem em dois tipos táticos: defensivos ou ofensivos. Tendo falado na parte ofensiva no número passado, venho desta vez terminar este tema com alguns exercícios para táticas defensivas. Estas táticas baseiam-se num tipo de paintball mais controlado, lento e com linhas pesadas que impedem a progressão da equipa adversária. Os ataques, se assim lhes podermos chamar, só são efetuados após terem sido feitas duas ou três eliminações e por norma os jogadores adeptos desta tática carregam muita tinta e são pacientes o suficiente para aguentar o jogo por largos minutos. Deixo-vos alguns exercícios para uma tática mais defensiva. Drill 1 – Montem com três obstáculos um layout em forma de triangulo separados com 10/15 metros entre si. Jogam três jogadores entre si. O objetivo deste exercício é treinar a excelente

colocação atrás de um obstáculo e acima de tudo continuar a ser efetivos atrás do mesmo. Permite ainda adquirir a capacidade de ir trocando de lado do obstáculo debaixo de pressão e ir permanecendo em jogo. Drill 2 – 2vs.4 – Dois jogadores defendem apenas, ficando presos aos mesmos obstáculos do início ao fim do exercício. O exercício tem a duração máxima de dois minutos. Os quatro jogadores que atacam só podem usar

As táticas defensivas baseiam-se num jogo controlado, lento

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tática

e com linhas pesadas. um loader e se forem eliminados voltam o mais rapidamente possível para trás e recomeçam do obstáculo central. Os jogadores que defendem usam um loader completo e devem carregar o maior número de potes que conseguirem, com o pequeno senão de que cada pote deverá


conter apenas dez a 15 bolas. Isto permite que estes jogadores consigam recarregar inúmeras vezes durante o exercício à medida que se tentam manter ativos em jogo. Drill 3 – Breakout a três - Muitas equipas optam por fazer breakouts pesados onde no início do jogo colocam três jogadores a disparar na posição central traseira, o que por vezes se pode tornar apertado em algumas situações de jogo. Assim façam breakouts de três jogadores vs. cinco. Os três são obrigados a ficar nessa posição central no breakout, deverão carregar o maior número de potes possíveis de forma a dificultar ainda mais a colocação no obstáculo. Os 5 deverão abrir todos de arranque, nenhum poderá ficar na posição central de início, deverão disparar para a posição dos seus adversários de forma a dificultarem a sua colocação no obstáculo central. O exercício tem a duração máxima de 15 segundos. Sendo que até ao fim desse tempo um dos três jogadores que defende já deverá ter tomado outra posição. Escolham um obstáculo difícil de jogar com três pessoas, algo como um templo pequeno ou um cake alto. Se este é o vosso estilo de jogo, pratiquem muito, pois podem ter tanto ou mais sucesso que equipas atacantes. Bons treinos e boa sorte! •

táctica tática

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Snapshooting Por Nuno Lourenço Snapshooting é o essencial do paintball, podemos jogar paintball sem correr, sem breakouts, sem dumps, só com uma mão, mas não podemos jogar sem fazer snapshooting, é impossível. É no snapshooting que se vê a diferença de um bom jogador e de um ótimo jogador. É o aspeto técnico individual que mais diferença faz dentro de campo, um bom snapshooting pode fazer com que um lado de um campo passe de dominado a dominador. Mas vamos por partes, para os mais inexperientes, snapshooting é o acto de estar atrás de um obstáculo «metido para dentro» e no mesmo instante colocar de fora o mínimo possível do marcador e do nosso corpo, dar um tiro na direção do adversário e voltar a recolher para nos protegermos. Existem duas formas de snap: o lateral que é o mais usado, e o vertical que é utilizado apenas em obstáculos

mais baixos ou na cobra. No que toca ao lateral existem duas escolas, vamos chamá-las assim, a escola mais old school e a escola russa. Apesar de ter sido o Max dos Joy Division a falar nela pela 1ª vez, a escola é russa e foi lá que ele aprendeu. A diferença basicamente está na forma como o nosso corpo se move para fazer o disparo, enquanto no snap mais antigo o movimento é mais lateral o que faz com que apareça um bocadinho

Um bom snapshooting pode fazer com que um lado de um campo

passe de dominado a dominador.

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técnica

do braço, o marcador, metade do loader e um bocadinho da cabeça, no snap russo é obliquo, ou seja o braço não aparece, mas aparece mais cabeça e mais loader. Na minha opinião não há forma melhor ou forma pior, tudo depende de como o vosso corpo está habituado. A título de exemplo existem dois grandes jogadores com um


ótimo snap em escolas diferentes, é o caso do Lang que usa o estilo old school e do Kirill que usa obviamente o russo. Apenas existe uma situação onde acho que é mais proveitoso usar o snap obliquo que é quando estamos na cobra a fazer snap lateral; o nosso ponto de equilíbrio é muito mais difícil de manter estando de joelhos, portanto o melhor é mesmo colocar um cotovelo no chão e usar o snap russo, cansa menos os rins e ficam mais baixos e protegidos dos tiros da cruzada. Exercícios para treinar snapshooting: Ex.1: O primeiro e o mais óbvio é colocar um alvo a cerca de dez metros e treinar o snap. Convém ir alternando a mão e o sítio onde saímos, em baixo,

em cima, a meio, para não ganharmos os vícios da repetição. Ao contrário do breakout, os snaps são sempre diferentes, portanto a memória muscular não é tão importante. Ex.2: Outro exercício muito bom e com bons resultados é colocar dois alvos a dez metros um de cada lado do obstáculo, e dar quatro tiros, um na linha e outro ao rodar o obstáculo, trocar de mão e repetir no lado, sempre a variar a altura onde se sai do obstáculo. Para este exercício ser ainda mais complicado, podem colocar duas ou três zonas de disparo idênticas à de cima descrita e no fim dos quatro tiros moveremse para ao segunda zona de disparo fazendo running and gunning para um dos alvos. Ex.3: Em termos de snap geral,

técnica

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o último exercício é fazer snap contra um colega de equipa, como se de uma situação real de jogo se tratasse. Quando digo situação real não é só para ter em conta que os dois vão disparar, mas sim que vão ter de se colar ao obstáculo como se estivessem a jogar para não levar tiro no battlepack. Ao fazer snap não devem recolher logo, o intuito é marcar o adversário ou pelo menos ganhar a posição e superioridade, logo se dão o tiro e recolhem logo como nos exercício anteriores, perdem a vantagem que poderiam ganhar com um bom tiro, portanto disparem e fiquem lá para garantir que ganham a posição. Ex.4: Um snap muito particular é o snap na cobra. Quem está na cobra perde um pouco a noção do campo e a localização dos adversários, ao contrário

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técnica

dos restantes jogadores que conseguem olhar para o lado. Na cobra só se vê, o chão e a cor do obstáculo. Sendo assim o que tem de ser treinado é a rapidez com que se levanta e se dá o tiro, a velocidade de reação a uma voz que diz para disparar no obstáculo X ou Y, e claro está, a pontaria. A melhor maneira será distribuir no mínimo quatro cones, dois no lado das chamuças, um no meio e outro na linha, e ter alguém que vá variando e dizendo o nome dos obstáculos para que o jogador na cobra seja eficiente na maneira que se coloca para disparar. Um bom exercício será pedir para disparar na linha e nos 50 do outro lado do campo, para logo a seguir estar a disparar na distribuição. Bom treino. •


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Pedimos a todos os capitães da div isão CPL do Millennium para votarem nos melhores jogadores de 2012. A escolha foi fácil! A diferença destes jogadores para os restantes é enorme! Fotografia: PhotoPaint ball

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Ryan an p s n e e Gr 30 anos a esquecer r a p o n a m er sido u an continua Apesar de t p s n e e r G n asty, Rya do. para os Dyn res do Mun o d a g o j s e r s melho os braços, r a ix a ser um do a b a c nun ado e sem c o f , o lm a C não perder r a t n e t a r o fim pa lutou atÊ a r Europeu. a g lu o ir e o prim

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l e x A n i d u Ga tal. 19 anos pido e mor á r , o n e u q e É jovem, p a divisão, ir e c r e t a n jogar s Tonton, o n Começou a a g o j e j o s Vision e h dos passou pelo n, nos Esta io g e L d e R e nos eiro lugar na Europa, im r p o a n ou os Tonto os Unidos. Lev um dos put a id v ú d m e eés os. em Londres róximos an p s o n a t n o a ter em c

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l i a h Mik v e z a Kny as i absoluto n e r 30 anos É . o s s u R m eiro tanque s que pode e r o d Um verdad a g o j s o poucos são a Knyazev. r t n chamuças e o c s a r r e ão anharam gu os e campe a h C dizer que g t r A s lo Europeu pe Tricampeão . uston Heat o H s lo e p P ? de PS lguma coisa a is a m r e iz É preciso d

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n i t n a t Kons v o r o d Fe o segundo u o 27 anos d a c e r r ll a do paintba a juntar ig s n o O príncipe c e u q dor o existe joga nica de jog c é t , lugar. Não o p m a c ro e fora de de invejar z a p estilo, dent a c o ã ç a s de improvis ev, é um do z a e um poder y n K o m o gador. Tal c uropeu dos E o t qualquer jo a n o e p am is pelo tric PSP pelos e responsáve d o t a n o pelo campe Art Chaos e at. Houston He top 5

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r d n a s k e l A v o k i n d r e B á 24 anos nikov não d d r e B r, o d a eiro pred al. Começa t a f o t Um verdad n e m mo istas até ao paz v s a n o it u m mpo e é ca a c o d n u f o o jogo n que a construir espera. Os m é u g in n o quando ra em camp t n e de explodir m e u Q :« . le disseram e n m a anhar-lhe!» r g a t m o e v e d a uld sabe a dific , le e a icampeões. r r t t n o m c ia r e s ão Art Chaos n s o le e m e S ed Legion. R s o n a g o j s Unidos Nos Estado 62

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Assala é a equipa com os jogadores mais velhos no Millennium mas têm o coração de um jovem de dezasseis anos e uma enorme vontade de festejar! Conhece Loic Delestre, o homem à frente da equipa do Gabão. Texto: André Garrido Fotografia: PhotoPaintball

GRIP: De onde surge o nome Assala? Loic: Assala é o nome de um elefante que vive nas nossas florestas. É mais pequeno e mais leve que o elefante dos bosques do Quénia. É mais feroz, porque vive escondido no seu meio-ambiente, o que o torna muito perigoso. GRIP: A vossa equipa é proveniente de África. O que vos faz vir jogar paintball na Europa? Loic: A maioria dos jogadores da nossa equipa nasceram na Europa e vivem no Gabão. Durante as férias costumávamos vir á Europa e descobrimos o paintball em França em 94. Em 95 jogámos o primeiro torneio no Camp Master, perto de Paris, e a nossa paixão nunca mais acabou. Após 4 anos e vários eventos descobrimos o Millennium Series e a sua equipa fabulosa. Foi o início de

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A uma história épica! GRIP: Vir de África para a Europa é um pouco dispendioso. Têm algum tipo de apoio financeiro? Loic: Tens toda a razão! É especialmente caro tendo em conta que são dos voos mais caros do Mundo. Temos muitos apoios no nosso


Assala país sendo os principais a Sobraga (cervejaria), NGP (imobiliária), Davum (empresa de importação e exportação) e mais doze. A Lufthansa é o nosso apoio internacional e no paintball somos apoiados pela Planet Eclipse, DXS e MAXs. Para os eventos fora da Europa somos geralmente convidados, o que é uma grande honra para o nosso clube.

GRIP: Parece que a vossa equipa tem grandes apoios para uma equipa não profissional. Podes dar alguns conselhos para que outras equipas consigam melhores patrocinadores? Loic: A primeira coisa a fazer é convidar os futuros patrocinadores para um jogo. Ver uma equipa a jogar não é suficiente, eles precisam de

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sentir o campo. Geralmente, as pessoas «normais» querem conhecer e jogar mais. Em segundo lugar mostrar-lhes que jogas e que pretendes ir a eventos onde os nomes deles possam ser vistos. Em terceiro lugar, é realmente preciso fazer publicidade. Estás nos eventos e na tua equipa para jogar mas nunca te esqueças que só o fazes porque eles te ajudam. No geral, o teu patrocinador precisa de sentir que existe um grande espírito

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na tua equipa, ele tem de se ver como parte da equipa. GRIP: A tua equipa é o que podemos chamar de uma verdadeira família. Têm os jogadores mais velhos em todo o circuito e ao mesmo tempo jogadores muito novos. É mais importante este sentimento de família do que a luta por melhores resultados? Loic: A nossa equipa principal é uma equipa «amadurecida».


de conseguir melhores resultados mas somos neste momento trinta anos mais velhos que os nossos adversários… O nosso cérebro permite-nos não estar nos últimos lugares e por vezes conseguimos ficar bem classificados: Os Assala nunca morrem.

«Assala é o nome dum elefante do Gabão.» Temos jogadores jovens mas não os conseguimos manter na equipa porque geralmente vão acabar os estudos na Europa. Devido a este facto, eles jogam connosco durante 2 ou 3 anos e depois acabamos por perdê-los. Tens razão, o sentimento de família é essencial. Todos os Assala ficam para sempre Assala. Mas eles jogam bem e os capitães de equipa responsáveis pelos jogadores mais jovens adoram a sua garra e o seu espírito. Gostávamos

GRIP: Outra característica muito conhecida dos Assala é o seu espírito para festejar. Parece que qualquer ocasião é propícia para colocar perucas, beber uns shots e gritar pelos Dynasty. Pensas que esta é a melhor forma para se viver o paintball? Loic: Sabes, nós somos uma família mas no mundo do paintball existem outras famílias com quem gostamos de estar e jogar nos eventos. Conhecemos muitos bons amigos nestes últimos vinte anos. Quando nós começámos tínhamos imenso prazer em estar nos eventos, e quando as outras equipas se apercebiam disso partilhavamno connosco. Acabou por se tornar a nossa imagem de marca. É certo que adoramos e é a maneira como o fazemos em casa. Não somos jogadores profissionais e nem o desejamos ser; somos sérios em campo e depois disso é curtir. Pode não ser a melhor maneira de viver o paintball mas eu vejo muitas equipas e jogadores partilharem o nosso modo de vida. O nosso conselho poderá ser: Lutem, fair-play, divirtam-se.

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«O teu patrocinador precisa de sentir que existe um grande espírito na tua equipa e tem de ver que faz parte dela.» 70

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GRIP: Na Europa vocês são provavelmente os fãs mais vigorosos dos Dynasty. Chega ao ponto de os próprios Dynasty vos agradecerem pelo vosso apoio sempre que vão ao pódio. Porquê esta paixão pela única equipa norte-americana na Europa? Loic: Conhecemos os Dynasty em 2000 no Camp Master em Paris. Foi a nossa primeira competição com marcadores semiautomáticos, antes jogávamos com pumps. Várias equipas emprestaram-nos de uma forma espontânea os seus marcadores para nós podermos jogar, penso que os Dynasty ficaram um bocado impressionados com esta atitude e ao mesmo tempo viram a nossa maneira de estar no paintball. Eles já eram Campeões do Mundo mas aceitaram fazer alguns jogos contra nós. Não estávamos nervosos e foi muito engraçado. Depois deste episódio encontrávamo-nos todos os anos nas provas do Millennium. Outras equipas Norte-Americanas já vieram à Europa mas eu penso que os Dynasty são a mais porreira, nunca nos desprezaram. Existem outros jogadores NorteAmericanos que também gostamos mas não a sua equipa como um todo. GRIP: Ainda há pouco disseste que a tua equipa tem uma média de idades elevada. Onde vês os Assala dentro de quinze anos com a dificuldade de arranjar novos jogadores?

Loic: O nosso jogador mais velho, Patrice Regnier, costuma dizer que «estes são os nossos últimos vinte anos de paintball!» Vamos continuar a jogar enquanto conseguirmos. Vamos experimentar o novo estilo de jogo que o Millennium irá ter na Disney, pois penso que será mais adaptado à nossa condição. Não sei onde é que os Assala estarão dentro de quinze anos mas de certeza que o nome Assala não vai desaparecer. GRIP: Disseste que os Assala são convidados para jogar noutros eventos. Quais? Loic: Fomos convidados para a PSP em 2009 e 2010 em Orlando, para o WCA em 2011 na Malásia e este ano para a NPPL em Las Vegas. Para o ano vamos a Caracas e depois ao Canadá. GRIP: Como é o nível de paintball no Gabão e quais são as condições que têm para treinar? Loic: No Gabão, não existe uma loja, uma federação e existem apenas dois clubes. É muito difícil treinar. Nós temos os nossos campos mas somos entre trinta e quarenta jogadores em Libreville e temos de nos gerir dessa forma. Treinamos o layout dos eventos onde vamos jogar e deixamo-lo ficar para alugueres de campo. Não existe um nível concreto no Gabão mas tentamos fazer o nosso melhor. Estamos

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em negociações para organizar uma competição internacional, usando as infraestruturas da Taça das Nações Africanas, mas ainda está no início. GRIP: Como são os treinos dos Assala? Loic: Treinamos todos os sábados e algumas vezes aos domingos porque todos os jogadores têm o seu próprio trabalho. Muito raramente conseguimos

treinar á noite, durante a semana. GRIP: O que gostavas que acontecesse no Gabão para que o paintball pudesse evoluir? Loic: Sonho com um grande evento para que os Gaboneses possam descobrir este desporto. Sabes, o paintball não é divulgado no Gabão, não passa na televisão, não existe

«Somos sérios em campo e depois disso é curtir.»

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qualquer transmissão desportiva, apenas alguns artigos no jornal diário nacional «L’Union» e em algumas outras revistas. As pessoas que vêm ter connosco e jogar um dia no nosso campo pensam que o paintball é um hobby e não imaginam que pode ser um desporto de competição. É um sonho… gostávamos de ter um evento desse calibre mas será difícil devido os custos de viagem e alojamento. GRIP: Visto que já jogaste no Millennium e em torneios nos Estados Unidos, e visto que pertences a um país neutro, quais são para ti as

principais diferenças entre ambos? Loic: Hoje em dia não existem grandes diferenças. Há 3 ou 4 anos os árbitros Norte-Americanos eram mais duros que no Millennium, muitas penalidades, sem qualquer discussão. Mas os árbitros do Millennium melhoraram e agora são por vezes mais rigorosos que nos Estados Unidos. A nível de organização dos eventos é praticamente igual. O tamanho é muito idêntico, talvez haja um pouco mais burburinho fora do jogo na Europa e nos Estados Unidos as lojas são maiores, acredito que seja devido às dúvidas económicas. E visto que já testei ambas, os gun-techs são muito mais afáveis e prestativos na Europa.• publicidade

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Fotografia: PhotoPaintball Design: Zane KJ Ma単asco

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Greenspan «Faço aquilo que amo!» 86

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Um ano muito negro para os Dynasty terminou com a perda do título Europeu na última prova. Ryan Greenspan falou com a GRIP sobre a sua carreira, maus resultados e os recentes boatos. Texto: André Garrido Fotografia: PhotoPaintball

GRIP: Quando alguém te pergunta qual é a tua profissão o que é que respondes? Ryan Greenspan: Eu respondo sempre que vivo do paintball, mas as pessoas não acreditam em mim, por isso digo que testo cadeiras de aviões. Se for na alfândega, nunca acreditam em mim e é aborrecido, por isso digo sempre que sou consultor. GRIP: Sejamos sinceros, és um dos jogadores de paintball com mais sucesso do Mundo… Dito isto: É

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possível ter uma carreira no paintball e ser economicamente independente sem ter que pensar muito no futuro? Ryan: No Mundo existe apenas um punhado de jogadores que podem fazer isso, e eu sou um deles. É bastante difícil e temos que ser capazes de lidar com todas as viagens e estar confortável com culturas diferentes. É a parte mais difícil desta profissão. GRIP: Matty Marshall disse que para ti, «ficar no mesmo lugar por mais de duas semanas é mentalmente impossível.» Achas que é este tipo de hiperatividade que te torna num vencedor? Ryan: (Risos) Nunca pensei nisso. Apenas sei que há tantas oportunidades para viajar e ver o Mundo… e detesto deixar escapar a oportunidade de alcançar os meus fãs no Mundo. Tenho muito para ensinar e muitos dos jogadores têm muito que aprender; e se eu não estou na estrada, não só não estou a promover o desporto, mas também não estou a fazer pela vida.

contar histórias porque essas durarão para sempre. Muitas das coisas que faço, na verdade eu não as desfruto totalmente, mas alguém lá fora poderá gostar da história que daí sai. Também gosto de um desafio e eu quero fazer tudo pelo menos uma vez. Se alguém lá fora estiver interessado em subir ao Kilimanjaro, mergulhar, ou qualquer coisa que eu faça, eu adoraria partilhar a experiência com eles. Gosto de estar disponível para todos os meus fãs e

«Vão deixar a NPPL

no próximo ano? Isso ainda

GRIP: O teu amor por viagens é bastante conhecido. Recentemente foste até ao Kilimanjaro e fizeste um vídeo que se tornou um grande sucesso na comunidade de paintball. Porque é que lançaste este vídeo de uma viagem privada? Ryan: Eu gosto de compartilhar o que faço e onde estive com todos. Adoro

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está para ser decidido.» todos os meus amigos de forma igual, por isso se alguém tiver uma questão sobre viajar ou qualquer outro assunto, eu gosto de tentar de lhes dar essa informação. GRIP: De todas as viagens que fizestes qual foi o momento mais especial que viveste? Ryan: Estar no topo de África está definitivamente na lista das coisas especiais que fiz. Também já mergulhei com tubarões brancos e foi incrível. Mas é difícil dizer qual foi a mais especial, porque sinceramente eu tento desfrutar de tudo o que eu tenho sido capaz de alcançar. Fazer algo que eu amo com alguns dos meus melhores amigos é algo


bastante especial também. GRIP: Podemos dizer que os workshops que fazes no Mundo são uma maneira de alimentar esse vício de viagens e aventura? Ryan: Sim, isso é parcialmente verdade. Tenho sido suficientemente afortunado ao visitar alguns lugares espetaculares

apenas para realizar um workshop. Mas também é uma ótima maneira de chegar a um grupo de fãs que apenas nos veem através da internet ou nas revistas. Portanto tento participar em tantos eventos promocionais e viagens quanto possível. GRIP: Falas muito sobre os fãs.

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Muitos jogadores dos Dynasty têm este discurso sobre os fãs, especialmente na Europa. Qual é a importância desses fãs para todos vocês? Ryan: Bem, os fãs são o motor desta equipa. Se ninguém gostasse de nós, então não seriamos ninguém. Eu gosto de me aproximar dos fãs, porque na verdade eu jogo para eles. Recebo muitos e-mails com o apoio deles quando jogamos bem e quando não jogamos bem. Tivemos uma temporada especialmente difícil este ano, e recebemos bastante apoio dos fãs dizendo para mantermos as

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nossas cabeças erguidas e voltar à «guerra». É um sentimento muito bom ter pessoas a torcer por nós quando se ganha ou se perde. GRIP: Sentes que os fãs Europeus são diferentes quando comparados com os dos Estados Unidos? Ryan: Os fãs e os jogadores na Europa são um pouco mais intensos, acho que é a cultura desportiva na Europa. Vocês ficam loucos pelas vossas equipas de futebol e eu adoro essa intensidade que trazem. Os fãs na América também são excelentes;


temos muito mais fãs na América do que na Europa, isso é a certo! GRIP: Voltando um «pouco» atrás na tua vida, ganhaste cinco Ford Mustangs na mítica Spyder Cup. Foi esse o momento em que percebeste que querias ser um jogador de paintball profissional? Ryan: O ponto de viragem aconteceu nessa altura. Efetivamente foi nessa altura que a minha mãe decidiu que eu podia seguir o sonho de jogar paintball profissionalmente. Ela tem sido a minha maior apoiante, por isso tinha que me certificar que estava tudo bem pelo lado dela! GRIP: Essa era a minha próxima questão. Como foi contar aos teus pais que querias ser um jogador profissional de um desporto que há dez anos atrás todos consideravam um hobby? Ryan: As pessoas ainda hoje consideram o paintball um hobby. Dito isto, eu quero salientar que é extremamente difícil fazer vida jogando paintball. Portanto se decidirem seguir a carreira de jogador de paintball profissional, por favor, tenham um plano B. Eu sugiro frequentar a faculdade. Convenci a minha mãe indo à escola e fazer as duas coisas ao mesmo tempo. GRIP: Esse é um bom conselho… Qual é o teu plano B? Ryan: Frequentei a faculdade e estudei

Gestão Internacional. Também sou dono parcial do franchise Dynasty, por isso a equipa continuará por muito tempo depois de eu me retirar. GRIP: Só por curiosidade, onde estão esses carros agora? Ryan: O Yosh vendeu o último há pouco tempo, que era o Mustang prateado e isso foi o fim da história. Portanto, alguém em San Diego está a conduzir uma parte da história do paintball e provavelmente não o sabe.

«Custa mais de $100.000 gerir os Dynasty.» GRIP: Foi uma venda para apoiar financeiramente a equipa? Ryan: Não, não, era o seu carro. Mantemos todos os prémios que obtemos. A equipa é gerida apenas com patrocínios. GRIP: Disseste que as pessoas ainda consideram o paintball um hobby. Não achas que o paintball deveria evoluir para um desporto mais sério do que ser apenas um desporto de fim-de-semana? Ryan: Adoraria que isso acontecesse. É difícil porque o estilo de vida não é aceite da mesma forma como o surf, skate, entre outros. Até isso acontecer, os dólares não serão tão grandes. Também é difícil pois todos os programas televisivos que existem, têm dificuldades em

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ser promovidos. Acho que a Paintball Access faz um trabalho tremendo com o Webcast da PSP. Assim que isso se tornar mais mainstream, acho que muita coisa irá mudar. Todas as pessoas que viram, gostaram. GRIP: Não achas que o paintball é difícil de explicar às pessoas que não estão familiarizadas com o desporto? Por vezes, nem os jogadores entendem porque é que estão a ser penalizados… Poderá ser esta a dificuldade em promover o nosso desporto? Ryan: As penalizações são difíceis de explicar, mas se virem o webcast da PSP, o Matty Marshall faz um ótimo trabalho a explicar as coisas. O principal problema com o paintball ao ser filmado, é que não existe apenas um ponto focal, por isso, é fácil perder uma jogada chave. Com outros desportos existe uma bola ou algo onde focar a atenção. GRIP: Em 2010 foste nomeado embaixador do desporto na Austrália. O que é isto significa para ti após dez anos de carreira? Ryan: Foi uma honra tremenda e realmente aprecio tudo o que existe na comunidade australiana de paintball. Já lá fui várias vezes e divirto-me sempre. GRIP: Sentes-te especial de alguma forma neste desporto? Ryan: Tenho estado envolvido no desporto há bastante tempo e gosto

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de pensar que fiz muito por ele. Se me sinto especial? Nem por isso, penso que devo ao desporto o facto de ser positivo e de ajudar pessoas. Se somos bons em algo, então porque não ajudar pessoas com isso? Como eu disse, gosto de partilhar com as pessoas, portanto, faço-o com gosto. GRIP: No site dos Dynasty tu consideras-te o teu próprio ídolo de paintball. Em outras entrevistas


havia muitos jogadores que fossem mentores para nós quando éramos mais jovens. Todos nos queriam ganhar ou olhavam-nos de lado. Para mim, para o Yosh e para o Alex, nós jogávamos uns com os outros e melhorávamos assim. Eu nunca idolatrei um jogador específico. Tendo dito isto, nós também não tínhamos a cobertura da internet nem acesso aos jogadores e aos eventos, como existe agora. Por isso era difícil seguir ou até mesmo idolatrar jogadores naquela altura. Não me vejo como o melhor jogador. Para ser honesto, nem sequer me considero bom, mas sempre nos motivámos a nós próprios e dependíamos fortemente de nós. Talvez não quisesse escrever isso tudo na secção «Paintball Idol», por isso disse que era eu, como uma piada.

disseste, de uma forma direta e simples, que jogaste fenomenalmente em um determinado evento. Consideras-te um dos melhores, mas que é sorte. Não tens medo de seres considerado arrogante? Ryan: Isso está fora do contexto. É difícil encontrar um ídolo no paintball quando se está envolvido no desporto há tanto tempo. Eu tenho um enorme respeito pelos jogadores que competem e que dão no duro. Mas realmente não

GRIP: És um dos proprietários da marca Dynasty. Quais são as tuas responsabilidades? Ryan: Executo toda a contabilidade e ajudo com as obrigações dos meios de comunicação, como este tipo de entrevistas. Também administro a nossa página no Facebook. Temos um gestor que lida com a negociação dos nossos contractos, e opino sobre eles, o mais possível. GRIP: Um dos assuntos mais difíceis de falar é sempre a questão do dinheiro. No caso dos Dynasty, estamos a falar de imenso dinheiro. Quanto vale a

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equipa? Ryan: As finanças da nossa equipa têm sofrido bastante com a crise económica. Mas o valor da equipa é sempre difícil de calcular. Temos um valor aproximado daquilo que pensamos que valemos, mas não consigo dizer ao certo. Sei que custa mais de $100.000 para gerir uma equipa profissional, e nós temos que agradecer aos nossos grandes patrocinadores por essa ajuda. GRIP: Esse dinheiro paga tudo? Viagens, alojamentos, inscrições e comida? Ryan: Exatamente!

se estivéssemos num pequeno tabloide. Só porque não ganhámos todos os eventos ou todas as ligas existentes, as pessoas pensam que é o fim da equipa. Ganhámos PSP o ano passado. Prometo que ainda temos algum gasolina no depósito. GRIP: Outro: abandonar NPLL no próximo ano? Ryan: Isso ainda está para ser decidido. A equipa tem que criar um plano mais eficiente para se focar nos eventos. Somos a única equipa que joga em

«Os adeptos e jogadores na

GRIP: Os vossos resultados no último ano foram atípicos. No site dos Dynasty dizes que não sabes qual é o pior momento da tua carreira. Achas que estás a passar pelo teu pior momento? Ryan: Não totalmente; tudo irá passar e eu nunca penso que alguma coisa seja o pior momento da minha carreira. Gosto de pensar de um modo otimista e sei que as coisas melhorarão. Temos tido tempos difíceis nas nossas carreiras e conseguimos ultrapassá-los!

Europa são mais intensos.

GRIP: No último mês têm havido muitos rumores acerca dos Dynasty. Podes confirmar alguns deles? O mais estranho deles é que os Dynasty terminarão no final desta época… Ryan: Nem pensar! As pessoas gostam de especular e de criar rumores. É como

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Vocês passam-se!» três ligas e temos sido muito bons a conjugar as coisas nos últimos dez anos. Atualmente sentimos que nos esticamos demasiado. Nenhuma equipa compete como nós e por vezes acho que isso prejudica o nosso desempenho. GRIP: Isso prejudica o vosso desempenho? O ano passado vocês ganharam PSP, NPPL e foram segundos no Millennium… Ryan: É difícil manter a concentração e a motivação para treinar. E nós somos a única equipa que faz isso! Esquecime que vencemos ambas as séries nos Estados Unidos o ano passado.


Vês como isto é difícil! Até a minha memória piora! (Risos) GRIP: Último rumor: E quanto ao Lang abandonar os Dynasty outra vez? Ryan: Que eu tenha ouvido não… ele tem muito em que se concentrar com a sua vida e o seu negócio. Tanto quanto sei, ele ainda vem aos últimos eventos! GRIP: Parece que quando ele se mudou para os Ironmen e até mesmo depois

de voltar para os Dynasty as coisas não ficaram como estavam no passado. Antes falavas sempre sobre o Alex, Yosh e Ollie, e agora maioria das vezes é só Alex e Yosh. Alguns ressentimentos vindos do passado? Ryan: Não, de todo! Como eu disse, as coisas passam e eventualmente voltam ao normal. Acho que não foi um problema. O Alex e o Yosh são também os meus parceiros de negócios, por isso muitos dos assuntos da equipa

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passam por eles. GRIP: Visto que estamos a falar sobre deixar os Dynasty; Mike Hinman, o vosso antigo treinador, considerado um dos melhores na história do paintball, abandonou a vossa equipa. Achas que ele é uma das razões pelos vossos maus resultados? Ryan: É difícil dizer. Como disse, a nossa concentração poderá estar comprometida pelo nosso calendário demasiado pesado. Desejamos ao Mike o melhor com a sua nova equipa. Acho que temos uma onda mais positiva na equipa e estamos prontos a mudar as coisas com o nosso novo treinador, Rusty. GRIP: O Mike é conhecido por dizer o que lhe vai na cabeça à frente de todas as pessoas. Esta atitude foi um problema numa equipa de estrelas como os Dynasty? Ryan: Acho que lidámos bem com isso. Nós somos bastante rijos, podes perguntar a qualquer um dos nossos antigos treinadores.

«Mike Hinman já estava em

conversações com os Ironmen

GRIP: Ele vai treinar os Ironmen no Campeonato do Mundo. Não tens ressentimentos por ele já estar com outra equipa num evento tão importante? Ryan: Ele nunca esteve sobre nenhum tipo de contracto, por isso ele é livre de fazer o que quiser.

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enquanto nos treinava.» É um pouco difícil de engolir que enquanto nos treinava já estava em conversações com os Ironmen. Roça o conflito de interesses, mas não tenho ressentimentos. Ele também está a tentar recrutar alguns dos nossos jogadores para os Ironmen, mas não


quero saber, isto é desporto, certo? Tenho a certeza que quando nos defrontarmos ele vai querer ganhar. GRIP: Que jogadores queria ele levar? Ryan: Apenas os mais novos. Acho que ele não me quer a mim! (Risos) GRIP: Na NPPL notaram um estilo muito diferente com ele? Ryan: Sim! O Rusty é muito mais calmo e foi capaz de ler as nossas falhas e lidar com os nossos problemas mais facilmente do que o Mike no passado.

GRIP: O que esperas dele no futuro? Ryan: O Rusty tem um conhecimento enorme do desporto e ele vai ser um bom treinador. Estou ansioso para ver o que ele tem a dizer e como lida connosco. Não espero que o treinador ganhe os jogos, mas que esteja preparado para chamar os jogadores e jogadas certas. E também que seja bom a gerir o tempo. GRIP: Têm um treinador na Europa? Ryan: Não, vamos improvisando. Os jogadores americanos ajudam-nos na

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Europa; é tudo pela diversão.

no nosso desporto.

GRIP: Vocês venceram três triple crowns, sete títulos da NPPL consecutivos, mais de 50 eventos, e tu já ganhaste mais de 100 provas. São e continuarão a ser, pelo menos durante os próximos dez anos, a melhor equipa de paintball que o mundo alguma vez viu. O que vos motiva a continuar? Ryan: Essa é uma pergunta difícil. Realmente gosto de jogar bem e ganhar. Ver os meus colegas contentes quando ganhamos é um sentimento fantástico. Também é espetacular pertencer a uma equipa que tem tido um enorme impacto

GRIP: Qual é o título que falta? Ryan: Hmmm, boa pergunta. Para ser sincero, acho que não falta nenhum. Tem sido uma boa viagem e apenas estou agradecido por tudo que tem vindo através do paintball. O resto é apenas um bónus! Talvez quando houver um hall of fame, todos nós possamos ser incluídos.

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GRIP: Lembro-me dos Dynasty a jogarem em 2003 e vocês pareciam os Deuses do paintball. Um torneio inteiro parou para vos ver jogar. Atualmente, este tipo de atenção


diminuiu mas o que é que vos fez ser tão superiores naquela altura? Ryan: Felizmente estávamos à frente do tempo. Inovámos o desporto e reescrevemos o paintball de competição naquela época. Nós estávamos lá, no ponto de viragem do paintball, quando mudou do mato para o airball. GRIP: Ok… Mas havia muitas outras equipas na vossa posição… foram os únicos que «sabiam» como jogar o jogo?! Ryan: Acho que na época éramos a única equipa jovem que existia e tínhamos algo novo para trazer ao jogo. Agora todas as equipas são jovens e somos nós os veteranos.

realmente eu acredito que promovemos alguns dos melhores produtos existentes. Todos nesta indústria são bastante competitivos e inovadores e gosto do facto de estarmos na vanguarda dessa parte da indústria. GRIP: Os Dynasty foram campeões do Millennium três anos consecutivos entre 2002 e 2004. Em 2005 abandonaram este circuito, voltando apenas em 2008. Qual o motivo desta ausência? Ryan: Era muito caro para nós e queríamos concentrar-nos no circuito americano. Também vínhamos de uma sequência de vitórias, por isso,

«Não sei se temos orçamento para contratar o Fedorov.»

GRIP: Quando começaste a jogar profissionalmente, alguma vez pensaste que a tua equipa teria esta dimensão? Ryan: Não, de todo! Apenas nos queríamos divertir e fomos afortunadamente muito bons naquilo que fizemos. GRIP: Como todos sabem, vocês jogam com equipamento oferecido pelos patrocinadores. Acreditas verdadeiramente que jogas como o melhor equipamento ou maioria das vezes o que conta é o negócio por trás? Ryan: A um nível profissional deve-se jogar com o melhor equipamento e

queríamos fazer uma pausa nas viagens Europeias. Algum pessoal estava a ficar cansado de voar constantemente. GRIP: E porquê o regresso em 2008? Ryan: Regressámos para expandir a marca e aproximarmo-nos dos nossos fãs. Na altura também era parte do nosso contrato de patrocínios. GRIP: Muitas equipas como os Phillys, XSV e Damage, vêm à Europa e acabam por desistir. Os Dynasty, para além de continuarem no Millennium, são a equipa com mais títulos Europeus.

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Qual é o segredo para o sucesso no velho continente? Ryan: Penso que é o mesmo em qualquer parte; basta mantermo-nos positivos e tentar vencer custe o que custar. GRIP: Vêm com uma equipa conjunta que não treina os layouts antes dos eventos e mesmo assim ganham. Os Dynasty/Impact têm melhores resultados do que os Dynasty. Esse sucesso não é estranho? Ryan: A malta dos Impact é boa e nós temos sorte por nos estarem a ajudar! GRIP: Mas isto é um desporto de equipa! Tens dito ao longo dos anos que o paintball nos EUA é bastante melhor do que na Europa, devido à «oferta» de jogadores e porque não há barreiras linguísticas. Este é o caso de um grupo de jogadores norteamericanos muito bons que veem à Europa mostrar às outras equipas como se joga paintball? Ryan: Não, de modo algum. Queremos apenas nos divertir e o facto de não treinarmos o layout pode tornar as coisas mais difíceis a longo prazo. Não estamos aqui para ensinar ninguém quando jogamos. Acho que o facto de termos unido forças, apenas mostra que regressar à essência de nos divertirmos realmente prevalece no final do dia. GRIP: Mas ainda achas que as equipas norte-americanas são melhores do que

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as europeias? Ryan: Sim, sem qualquer dúvida! O nível de jogo e exposição que os jogadores norte-americanos obtêm é muito superior, logo os jogadores sobressaem muito mais depressa nos Estados Unidos. GRIP: Mas os Art Chaos venceram o


maus, apenas que o nível de jogo e de competição nos EUA sempre foram superiores. GRIP: Então como explicas que os campeões do Mundo venham à Europa… e tenham resultados terríveis? Ryan: Azar? Torneios que correm mal? Não sei muito bem, mas as estatísticas não mentem. GRIP: Para nós, Europeus, existe uma coisa que não faz sentido. Como é que uma equipa ganhe o circuito PSP, tal como vocês fizeram o ano passado, e os campeões do Mundo são aqueles que ganham apenas uma etapa desse evento? Ryan: Também não compreendo! Eles dizem que é o campeonato do Mundo e se vencermos essa prova, então somos campeões do Mundo… eu não consigo perceber a maneira de pensar dos promotores e como eles fazem isto!

Millennium, colocando-vos no segundo lugar… e os Damage tiveram aquela história de abandonar a prova a meio após estarem a meio da tabela... Ryan: Sim, mas comparando, o que é que os Europeus ganharam nos Estados Unidos? Alguma coisa? Eu não estou a dizer que os jogadores Europeus são

GRIP: Equipas como os Tonton surpreendem-te com o primeiro lugar em Londres? Ryan: Sim, claro! Acho que foi a primeira vez que eles venceram uma prova, certo? É muito tempo a jogar apenas para ganhar um único evento. GRIP: Os vossos grandes rivais na Europa são os Art Chaos. Num certo artigo disseste que eles tinham um nome meio parvo e o Fedorov agradece no pódio à tua

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equipa sempre que vocês perdem contra eles. Isto parece ultrapassar rivalidade saudável… Ryan: É um grande respeito que nós possuímos um pelo outro. Ele é um jogador bastante bom e nós jogamos um contra o outro há bastante tempo. O nome da equipa não tem nada a ver com os jogadores da equipa. Apenas acho o nome engraçado. Essas equipas da Europa do Leste têm nomes interessantes. GRIP: Ele é provavelmente o melhor jogador Europeu. Alguma vez o convidaram para jogar com os Dynasty? Ryan: Ele sempre teve uma equipa para jogar, por isso nunca o convidámos. Além disso, não sei se temos orçamento que nos permita contratá-lo! GRIP: Após vencerem finalmente um evento nos EUA, perderam o evento mais importante do ano, para a vossa equipa. O que é que aconteceu? Ryan: Não estávamos preparados para a prova de Paris. Também recebemos muitas penalizações nos primeiros dois jogos, coisa que não esperávamos. O nosso problema é que não tivemos tempo para nos concentrar no Millennium; não é o circuito mais importante para nós jogarmos. É

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bastante difícil lidar com toda a viagem e esperar que joguemos bem logo à chegada. GRIP: Qual é o sentimento de estar em primeiro lugar quase o ano inteiro e perder o título no último evento? Ryan: É o que é, e não é assim tão importante. Apenas acho que desiludimos a outra metade da nossa equipa, a malta dos Impact. Gostaria que tivéssemos tido um evento mais justo e sinto que não o tivemos. GRIP: Uma das enormes diferenças na Europa é o buzzer em vez da bandeira.

Qual é o método que preferes? Ryan: Para ser sincero prefiro o buzzer, embora seja mais fácil para uma equipa ganhar caso esteja num um contra um, bastando tocar no buzzer no final. GRIP: Outra diferença é a corrida a cinco pontos em vez da corrida a sete. Qual é que é mais atrativa para os jogadores, público e para o desporto na tua opinião? Ryan: Acho que é a corrida a sete; assim as pessoas veem mais paintball. Também é mais fácil para uma equipa dar a volta ao jogo e os pontos não são tão importantes numa corrida a sete. • publicidade

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Champions Paintball Series Um novo torneio surgiu em Itália e, do nada, captou a atenção de todos. Equipas de topo, condições de excelência e preços chamativos. A GRIP conta-te como é o maior «rival» do Millennium. Texto: André Garrido Fotografia: Hybrid Foto

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O Champions Paintball Series (CPS), ao Millennium são os preços de além de ter um nome pomposo é inscrição que começam nos 350€ provavelmente o torneio internacional para a League One, enquanto que com maior crescimento em termos de a Super League fica pelos 400€. fama nos últimos anos. Sendo já os preços de inscrição, por Após o final do Centurio ou Grand si só, apelativos, outro facto é que Tour nunca mais houve um torneio as cidades onde se desenrolam os que rivalizasse com o Millennium jogos são geralmente servidos por Series. Não só é uma alternativa companhias áreas low-cost. em termos de prestação de serviços Apesar de existirem duas ligas, este mas principalmente de localização ano apenas foi montado um campo. No geográfica. entanto, devido ao forte crescimento Enquanto o Millennium se preocupa sentido espera-se montar dois campos com um mercado comercial muito em 2013, tendo em conta que irão estar forte, deslocando-se a grandes presentes cerca de 70 equipas na capitais europeias, o CPS cidade de Milão. É uma deslocou-se, neste Ao longo deste ano alternativa primeiro ano, a locais participaram mais de 50 na prestação de sonho para qualquer equipas no total, tendo de serviços turista. Desta forma uma média de 27 equipas e de localização aliam não só a vontade por prova. Um dos grandes geográfica. de ir jogar a um evento atrativos deste evento é a internacional de paintball, possibilidade de jogar contra como também o desejo de grandes nomes do paintball, ir visitar cidades que todos como é o caso dos Art Chaos, Icon, desejam conhecer. Tonton, Poison Ivy, Scorpion Milano e a O CPS é composto por quatro provas equipa da «casa» Empire Venice. distintas, seguindo as regras Millennium, Outra das diferenças prendetendo sido realizadas em Veneza, se com o facto de o roster não ser Viena, Pádua e Milão. Apesar de três trancado, dando liberdade às equipas das cidades serem italianas, Jaroslav de inscreverem diferentes jogadores de Ziugzda, organizador da prova, recusa prova para prova. Este é o sinal de uma afirmar que este é um torneio italiano prova que está a dar os seus primeiros com uma perninha na Áustria, é sim passos e que obviamente não pode exigir um torneio internacional recente que às equipas para se comprometerem com procura expandir-se. datas e eventos. Uma grande vantagem em relação Além do layout do campo ser o

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do Millennium, os obstáculos são exatamente os mesmos. Outro pormenor de luxo é o tapete estilo turf, que permite uma jogabilidade ao mais alto nível. Toda a postura da organização desta prova é de humildade que assume ter uma excelente prova, com equipas de topo, que serve como preparação para o Millennium. Para ajudar ainda mais as equipas, esta prova usa o mesmo sistema de grupos e finais da grande prova Europeia. A parte mais aliciante da prova são, como sempre, os prémios oferecidos às equipas. Tendo em conta o torneio lowcost que nos é apresentado, os prémios são humildes mas interessantes. Para a primeira divisão a equipa vencedora

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recebe um voucher de 500€ oferecido pela DYE, enquanto na segunda divisão são oferecidas botijas Safer e T-shirts. Os grandes campeões deste ano foram os Art Chaos, que desta forma acumularam os dois grandes títulos europeus – Millennium e CPS. Em segundo lugar ficaram os ML Kings e em terceiro os Outrage. Na segunda divisão o ouro foi para os Italian Idols, a prata para os ACT e bronze para os Scorpion Milano. Na segunda divisão nota-se que a consistência trás frutos, já o mesmo não acontece em SPL onde os Art Chaos e os Outrage apenas participaram em três provas. É ainda de salientar o grande número patrocinadores da prova, ao todos são 14, entre os quais grandes nomes como


a DYE, G.I. Sportz, Planet Eclipse, HK estamos habituados. Não é apenas um Army, Draxxus, entre outros. torneio familiar, e foge obviamente dos Slava, como é conhecido pelos típicos torneios locais ou nacionais. amigos, afirma que o CPS está longe Desta forma achamos que terá um das políticas do paintball e que apenas futuro promissor e será um marco na quer saber do desporto e história europeia do paintball, dos atletas, dando-lhes onde com um preço justo e Estão as melhores condições condições de topo permite presentes possíveis. Salienta ainda aos jogadores conhecer os grandes que um dos grandes novas equipas e novos emblemas orgulhos que tem, é europeus, tanto estilos de jogo. possibilitar que equipas Os locais da próxima a nível de menores possam temporada serão lançados equipas como defrontar grandes dentro de duas semanas, de marcas. emblemas internacionais, ficando as datas em standque de outra forma nunca by até que sejam divulgadas as seria possível. datas do Millennium. Por isso, se estás Este é sem dúvida alguma um interessado não deixes de estar atento grande torneio nos moldes a que todos às novidades deste torneio. •

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Malveira da Serra & Maia

Ainda num clima de mu da nova direção da Fed Portuguesa de Paintball realizar as derradeiras provas do Campe Nacional. Tudo estava em em todas as divisões! Nós Esti lá e contamos

Texto: André Garrido Fotografi

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udança deração ram-se eonato m jogo, ivemos s tudo.

fia: PhotoPaintball

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Malveira da Serra Povoação situada em pleno Parque Natural de Sintra, é o local preferido dos jogadores de paintball alfacinhas, não fosse a mesma estar a pouco mais de trinta quilómetros da capital. Esta prova é uma lufada de ar fresco para as equipas de Lisboa e para as equipas das localidades situadas mais a sul, pois o destino mais próximo das etapas anteriores foi Montargil que dista 120 quilómetros a noroeste de Lisboa. Tem sido um dos locais de eleição da Federação Portuguesa de Paintball (FPP) nos últimos anos, não só pela

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localização geográfica mas também por todas as condições oferecidas, das quais evidenciamos o relvado sintético, o bar, os balneários e a excelente área para estacionamento de viaturas. Uma das grandes novidades desta prova foi a apresentação da novíssima Caderneta de Cromos 2012, uma iniciativa única no mundo, criada pelo jogador do Benfica, Hugo Domingues, e tutelada pela FPP. Esta caderneta, com um excelente grafismo, conta com todos os jogadores e equipas da primeira e segunda divisão do Campeonato Nacional. O sucesso foi


tal que correm rumores do interesse ofereceu uma prova de excelente das provas internacionais adquirirem qualidade em termos de infraestruturas, este projeto. disponibilizando dois campos lado a Além desta grande lado, com uma zona vedada às novidade, houve sempre equipas que não estão a jogar. um grande burburinho A GRIP soube que durante Malveira devido à presença dos a sexta-feira, enquanto se da Serra dois representantes da montavam redes, uma das é a prova DYE – Fabrice Poujade estruturas cedeu devido mais a sul e Juan Nevado – que ao forte vento que se do Campeonato se deslocaram a Lisboa fazia sentir. No entanto, Nacional. para ver as condições o vento sentido durante o do Campeonato Nacional e resto do fim-de-semana não apresentarem Juan como o novo foi suficiente para trazer qualquer responsável DYE por Portugal, Espanha surpresa, embora dificultasse alguns dos e Itália. jogos realizados. Como já nos habituou, a FPP O calor que se fez sentir na

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Malveira da Serra em conjunto com o apanhar um susto quando nos três relvado sintético, repleto de borracha, primeiros jogos já tinham perdido dois fez com que fosse insuportável estar em deles. No entanto, após a segunda campo a certas horas do dia. derrota, ganharam todos os restantes No sábado realizaram-se, como já jogos, incluindo os três jogos das finais, é costume, as divisões M5 e o que lhes garantiu mais um Divisão 3 Liga GRIP. No total primeiro lugar. Em segundo e jogaram 12 equipas, quatro No jogo terceiro lugar ficaram os FB nas Divisão 3 e oito na Prophecy e os Mad Dogs. divisão mais baixa. vs. Triball, Na Liga GRIP, os Na última divisão mulher dá favoritos eram os tudo estava em aberto, sova a vencedores das duas pois era apenas a segunda marido. últimas etapas Blue prova, desde que foi Falcon Squadron. Numa liga adotado este «novo» formato que contou apenas com quatro no Campeonato Nacional. Os equipas, um dia mau pode deitar C4 RTU partiam em vantagem, pois por terra os desejos de ser campeão. conseguiram o primeiro lugar na prova A equipa de azul conseguiu passar em passada. Apesar de ser uma equipa segundo lugar para as finais, ganhando o muito consistente, não deixou de jogo nas semifinais contra os seus rivais

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diretos – Trolls Ink. Na final encontraram os XXL Fusion que saíram vitoriosos, ficando com o primeiro lugar da prova e segundo da geral. Desta forma a equipa do norte ultrapassou os Trolls Ink, que

ficaram em terceiro lugar após discutir o lugar com os XXL Raven. Com este sobe e desce tudo ficou por discutir na última etapa. O domingo é sempre aquele

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dia mais complicado: começa muito com uma vitória fácil. mais cedo, acaba mais tarde, envolve As equipas que passaram às finais mais equipas e é onde as decisões de foram os Rush, Motor Clube, Prophecy arbitragem são mais críticas e criticadas. e Triball. Neste dia jogaram oito equipas na Nas semifinais, o jogo Prophecy – Divisão 2ª Liga Jornal de Notícias e Triball colocou marido e mulher em lados outras oito na Divisão 1ª Liga O Jogo. opostos, tendo saído o lado feminino Na segunda divisão bastava aos vitorioso. Na outra semifinal os Rush Prophecy ficarem em primeiro lugar continuaram a sua senda de vitórias, para serem campeões. Começaram o dia ganhando ao Motor Clube. da melhor maneira, com duas vitórias, A final opôs os Triball e os Rush. A tendo perdido apenas o último jogo vitória pertenceu aos Rush que fizeram contra os Rush Vitória de Janes. uma autêntica festa uma vez que Começámos por ter algumas se encontravam a jogar em reticências, no início do ano, casa. A prova dos Rush relativamente à equipa foi fantástica, a equipa A DYE veio dos Prophecy. Pareciam apresentou-se muito apresentar a típica equipa formada agressiva e não deram o novo essencialmente por bons hipóteses às restantes responsável jogadores que acaba por equipas. Apesar de não Ibérico. não ter muito sucesso; contar com jogadores os Prophecy têm provado o de topo, excetuando contrário e de alguma forma obviamente a presença do Hugo têm mostrado ser consistentes. Quem Pires, esta equipa merecia melhores esteve muito forte durante toda a fase resultados noutras provas pela sua de grupos foram os Rush, ao ganharem os dedicação e pelo modo como vivem o seus três jogos. Uma equipa que nos tem paintball. surpreendido, mas pela negativa, são os Em terceiro lugar ficaram os Motor Titans; não só pelos fracos resultados Clube, ganhando aos Prophecy. Os prestados no CN, como também pela má Prophecy meteram desta forma o postura que têm constantemente em lugar do campeonato em risco, dando campo, insultando árbitros e adversários. espaço aos Triball e ao Belenenses Nesta prova sentiu-se a falta da para os ultrapassarem na última etapa, equipa Boavista, que segundo as nossas acabando por colocar os Prophecy num fontes decidiram acabar com a equipa, lugar desconfortável uma vez que teriam facilitando assim o grupo A desta divisão, que ir arbitrar a última prova. em que todas as equipas começavam Na primeira divisão, não houve

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grandes surpresas na fase de grupos. No grupo A o Benfica passou em primeiro do grupo, seguidos pelos Trolls. No grupo B os Metralhas Porto e os Paintland deixaram para trás o Leiria e os Metralhas Silver. Os Metralhas Porto venceram os Trolls nas semifinais. A mesma sorte teve o Benfica que defrontou o Leiria. Na disputa pelo terceiro lugar os Trolls deixaram o Leiria sair vencedores, que não foi suficiente para os ultrapassar na tabela geral. A final opôs as duas grandes equipas nacionais Benfica e Metralhas Porto. Os Metralhas têm sido uma das equipas mais criativas dos últimos anos. Após a

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entrada de Nunos «Ossos» no início da época passaram a ser sérios candidatos ao título, embora a equipa conte com verdadeiros atletas em ascensão como é o caso do Tiago Teixeira, André Marinho e Ricardo Ferreira. Do outro lado está o Benfica, jogadores campeões em título, que têm um jogo muito consistente, muito apoiado no jogo de equipa e na qualidade técnica de dois jogadores: Sven De Weerdt e João Anjos. A vitória coube à equipa do Norte que desta forma encurtam a diferença pontual que criaram depois do desaire da terceira prova. Tudo ficou em aberto para a etapa seguinte… O stress vai estar no ar na Maia!


Maia A última prova, e ao mesmo tempo a mais decisiva, foi realizada mais uma vez a norte, na Maia. Esta cidade, situada a pouco mais de dez quilómetros do Porto, mostrou ser capaz de receber a derradeira etapa do Campeonato Nacional Português, no complexo desportivo do Estádio Municipal da Maia. Uma das vantagens deste complexo foi o acesso poder ser feito por duas áreas distintas, tendo imensos lugares de estacionamento, principalmente na parte de trás. A nível de comida existia uma bar com muito espaço para os

jogadores poderem conviver, e atrás do campo existia uma bomba de gasolina onde os jogadores tinham a possibilidade de procurar outras ofertas culinárias. Esta prova teve várias datas planeadas. Tendo em conta que sextafeira, 5 de Outubro, era feriado, chegouse a ter em mente começar a prova neste dia e acabar no Sábado. Desta forma os jogadores poderiam ir passar o resto do fim-de-semana a casa. Esta mudança gerou bastante reivindicação por parte dos jogadores, o que fez com que os membros da FPP falassem com os capitães para ouvir a opinião de

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todas as equipas relativamente à data. Decidiu-se alterar a data para sábado e domingo, pois muitos jogadores já tinham planeado as suas vidas no inicio do ano.

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Tentando ainda aproveitar este fimde-semana alargado, a federação tentou, um pouco em cima da hora, arrancar com a Atlantic Cup. Esta taça tentava reunir algumas equipas estrangeiras,


oriundas principalmente de Espanha, mostrar que do lado de lá da fronteira tentando criar uma taça internacional também se joga bom paintball. com preços acessíveis, sendo uma O desenho do campo foi o mesmo alternativa light ao Millennium e CPS. que iria ser usado em Paris alguns Infelizmente para o panorama dias depois. Por essa razão a Português, esta prova não Foi FPP, a troco do pagamento foi realizada por não haver preciso de despesas e limpeza um número mínimo de reunir de campo, deixou equipas inscritas. Fica a com os capitães que algumas equipas promessa de ser realizada para decidir treinassem no final do para o ano, com mais a data final dia de Sábado, esperando tempo, mais recursos e da prova. assim que estas obtivessem havendo atualmente equipas uma melhor prestação no interessadas para 2013. estrangeiro. Excelente princípio Mesmo não tendo sido realizada da federação, que assim mostra que a Atlantic Cup, os espanhóis OverKilling apoia as equipas portuguesas, sendo essa decidiram deslocar-se à Maia para a sua verdadeira competência.

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Outro ponto negativo prendeu-se A nível de estruturas, como sempre, com a casa de banho que se situava no foi mantida uma zona de segurança entre interior do pavilhão, o que obrigava que os campos, mas desta vez a organização todos subissem dois lanços de escadas. teve de ser mais persistente para os Pode parecer preciosismo, mas além jogadores não estarem presentes sem da distância, subir escadas de ser nas alturas devidas. azulejo com pitons é mais Um dos grandes próprio de bailarinas da problemas desta prova foi Os Prophecy companhia de ballet russo a falta de profissionalismo não sobem do que jogadores de na montagem do sistema de divisão paintball. de ar. Além de ter tido por um Em termos de jogo, vários problemas ao longo ponto. o layout não era muito do dia, fazendo com que agressivo. As chamuças eram nem todos os jogadores o local mais forte do campo, conseguissem encher as suas onde se conseguia prender ou atacar o botijas, existiam cabos levantados jogo; contudo muitas equipas apostaram provocando alguns tropeções de quem tanto no M como na cobra, que ao passava. Além destes problemas, as contrário do Millennium é muito maior, centrais de enchimento não chegavam logo mais fácil de jogar. ao interior das boxes de jogo.

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Felizmente para o paintball português continuou-se a apostar-se na divisão de M5, onde participaram oito equipas. Num escalão que começou a meio do ano, aqueles que não faltam a nenhuma prova garantem logo um lugar de destaque na classificação. De qualquer modo para se ser vencedor é preciso ter uma excelente prestação, deixando cair o menor número de pontos possível ao longo da época. Apenas 11 pontos separavam os C4 RTU, em primeiro lugar da geral, dos Mad Dogs, logo ainda não havia um claro vencedor neste escalão. Em terceiro lugar estavam os CO2+M5, que depois de terem ficado fora das finais na

Malveira comprometeram por completo a conquista do título de M5. Os C4 RTU, com as suas duas vitórias, eram a equipa favorita ao título e desde cedo demonstraram que o seu objetivo era mesmo serem campeões nacionais. Foram praticamente perfeitos ao longo do dia tendo perdido apenas o último jogo, exatamente contra aqueles que menos podiam perder Os Mad Dogs. Por sua vez, os CO2+M5, tiveram uma prestação incoerente, onde perderam três jogos ao longo do dia, mas conseguiram intercalar as duas vitórias com as poucas derrotas. Os Mad Dogs começaram muito mal tendo perdido três jogos de uma forma um pouco

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imatura, conseguiram recompor-se e esta é a única divisão onde não se joga ganhar todos os jogos seguintes, o que X-Ball. Em segundo lugar da geral ficaram lhes permitiu passar em terceiro para a os Mad Dogs e em terceiro os CO2+M5. final, algo que no meio do dia já punham Na terceira divisão, era onde mais em causa. No último lugar passaram os rivalidade existia, não fosse a pontuação FB, também com três derrotas. final no início da etapa distanciar o Mesmo sendo a divisão mais fraca primeiro lugar do segundo em apenas do Campeonato Nacional, é de louvar oito pontos, e mais seis para o terceiro. que nenhuma equipa saísse só com O quarto lugar já estava fora da derrotas. Mesmo os Blue Falcon M5 e os 1º conquista pelo título pois estava a 87 Comando conseguiram ganhar dois jogos. pontos do primeiro lugar. Isto demonstra que esta liga apesar de Na verdade esta prova sempre foi estar a um nível inferior tem o seu nível uma disputa a quatro equipas: Blue de competição, e que qualquer equipa Falcon, XXL Fusion, Trolls Ink e XXL pode roubar alguns pontos quando menos Raven; havendo algumas participações se espera. isoladas de outras equipas, como As finais foram o espelho aconteceu nesta prova com do que se passou durante os EU4IA e os espanhóis Benfica o dia. Os C4 RTU foram Overkilling. e Metralhas muito superiores aos Os favoritos em prova, estão anos-luz restantes, devido á longa os Blue Falcon, desde das restantes experiência de jogo dos cedo mostraram receios equipas seus jogadores, tendo da responsabilidade que nacionais. conquistado o primeiro tinham, devido a ser o lugar com três vitórias. primeiro ano que estavam Em segundo lugar ficaram os em competição. Parece que CO2+M5 com quatro pontos, com o facto de pensarem que podiam uma vitória e um empate. Os Mad Dogs perder os levou a levar o jogo demasiado ficaram em terceiro, com uma única a sério e não jogar pelo que realmente vitória e no lugar mais ingrato ficaram os os trouxe até aqui numa primeira FB apenas com um empate. instância: a diversão. Em quatro jogos No final os C4 RTU foram campeões apenas conseguiram ganhar um, ditando nacionais, sendo provavelmente a equipa que ficassem de imediato fora das finais mais consistente de todas as divisões. com um 5º lugar na prova da Maia. Com O nível é fácil, a experiência dos seus a pequena diferença pontual que já jogadores obrigava-os a estar numa divisão falamos, a porta estava completamente superior, mas terão sempre a desculpa que escancarada para que os seus diretos

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rivais – XXL Fusion e Trolls INK – pudessem ultrapassa-los na classificação geral. Na primeira fase da prova, foi exatamente isso que fizeram ao ficarem os Trolls em primeiro lugar e os XXL Fusion a ocupar a segunda posição. Tiveram a sorte de não se defrontar e tiveram ambos quatro vitórias em quatro jogos. Em terceiro lugar passaram os Overkilling, com duas vitórias; e em quarto lugar os XXL Raven, com apenas uma vitória. Nas semifinais foi interessante ver o apoio dos Blue Falcon à equipa espanhola para que estes pudessem ganhar aos

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seus principais rivais XXL Fusion. Mesmo assim não houve surpresas e os XXL Fusion saíram vitoriosos, tornando-se de imediato campeões nacionais sem precisarem jogar a final. No outro jogo desta fase os Trolls Ink perderam contra os XXL Raven, o que ditou que as duas equipas da Associação de Jogos do Norte (AJN) se encontrassem na final, uma verdadeira felicidade para o presidente desta associação. No jogo pela luta do terceiro lugar os Trolls Ink precisavam ganhar para garantir contas mais complicadas e


ficarem em segundo da geral. Não tiveram entrega de prémios, como sempre oferta grande dificuldade em fazê-lo contra da Precisão Laser. os Overkilling e garantiram o segundo Como é habitual o Domingo, começa tropeção dos Blue Falcon num único mais cedo, tem mais equipas e é dia, relegando a equipa de azul tudo levado mais a sério. Os Blue para o terceiro posto da geral. Na segunda Divisão já Falcon A final entre as equipas se previa a necessidade apoiaram a da AJN foi um jogo de do uso da calculadora, equipa espanhola principalmente porque os nervos. Nenhuma equipa para que estes queria perder esta Prophecy iriam arbitrar ganhassem aos oportunidade, mesmo este evento. Os Prophecy seus rivais. sendo equipas irmãs. Muita estando escalonados para bola no ar, muitas jogadas arbitrar a primeira divisão arrojadas, ao mesmo tempo muita apenas podiam tentar fazer o contenção. A vitória acabou por ser, sem seu melhor trabalho e esperar que nem grande surpresa, dos XXL Fusion. os Triball nem O Belenenses ficassem nos Sábado terminou em festa com a dois primeiros lugares.

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Mais uma vez o Boavista não compareceu à prova, tendo dito que viriam por ser perto de casa. A sua ausência provoca que haja menos uma equipa num dos grupos e que o calendário avance mais de uma hora. Outra equipa que faltou mas por mais nobres razões foram os Rush, que tiveram de ir ao casamento de um dos seus jogadores. Numa disputa entre sete equipas, apenas quatro podem passar. Essa sorte coube ao Belenenses, Damaiense, Triball e Titans. O pesadelo dos Prophecy poderia estar a começar Será que ambas as equipas que lhe faziam frente poderiam ir à final? Visto que ficaram

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ambas em primeiro dos seus grupos essa possibilidade era viável. Para azar dos Prophecy as semifinais foram jogos muito fáceis para ambas as equipas rivais. Os Belenenses apanharam os Titans, que não foram opositores à altura e saíram derrotados. Pior foi o resultado do jogo dos Triball que opôs o Damaiense, onde a equipa Triball sovou o Damaiense por 4:0. Desta forma os Prophecy não só perderam a liderança como perderam a oportunidade de subir de divisão, ficando apenas a um ponto do segundo lugar. Fica por saber o que acontecerá a esta equipa, com muito talento e ambição, mas que de uma assentada perde toda a sua motivação.


Só faltava discutir quem seria o ganhando aos Belenenses, também por campeão nacional da Liga Jornal de 4:0. A diferença de jogo foi enorme, a Notícias. Lembrando a frase de quando ponto do Ruca no último ponto atirar eramos crianças: «Quem ganhasse era a toalha para campo ainda com campeão!». jogadores em campo. Alguns Na luta pelo terceiro jogadores criticaram esta A FPP lugar os Titans não foram decisão do seu capitão, abriu os suficientemente aguerridos, mas analisando de fora, campos sendo humilhados por uma foi uma atitude de raiva às equipas equipa não muito forte - O mas sensata, pois nada que quisessem Damaiense. Foi um jogo em podiam fazer para travar treinar que a equipa de amarelo e os Triball. no Sábado. preto soube aproveitar todas as Os Triball tornaram-se falhas dos Titans e ganhou por um assim os Campeões Nacionais largo 4:0. de segunda divisão logo seguidos No jogo onde tudo era decisivo, os pelo Belenenses. Como já dissemos, os Triball mostraram a sua superioridade Prophecy ficaram-se com o bronze.

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Como já dissemos no passado, a consagrarem Campeões Nacionais. primeira divisão divide-se em duas: Sentia-se no ar o desejo de o Benfica Benfica/Metralhas e o resto. A ficar pelo caminho, não só pela parte diferença é tão grande que dos Metralhas mas por outras ambas as equipas foram equipas que se deixam as únicas a conseguir toldar um pouco pela Nova um primeiro lugar. inveja. Na fase de grupos direção Mesmo os Metralhas o Benfica ainda causou dinamizou que ficaram em quinto algum suspense quando o paintball em Marco de Canaveses consegue apenas pontuar português. chegaram à Maia com um ponto contra o Leiria, mais 54 pontos que o ao perderem na morte Trolls que se encontravam súbita, e precisando de ganhar em terceiro lugar. O Benfica, por o último jogo contra os Paintland. sua vez, já tinha 31 pontos a mais Felizmente para a equipa da águia a que os Metralhas, o que significava vitória foi até bastante fácil. que bastava passar às finais para se Coube exatamente a estas duas

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equipas os primeiros lugares do seu grupo, enquanto no grupo B passaram os Metralhas Porto e o Sporting. Os Trolls ficaram fora das finais, o que comprometeu de imediato o terceiro lugar que ocupavam na geral, pois estavam apenas a dois pontos dos Paintland. Nesta fase já o Benfica era o derradeiro Campeão Nacional, no entanto os Metralhas queriam mostrar que podiam sair com três primeiros lugares e ficar à frente do Benfica no número de medalhas de ouro. A primeira semifinal opôs os Metralhas e os Paintland. E apesar da agressividade dos Paintland ninguém

esperava que o resultado final fosse tão díspar. Conseguir ganhar 4:0 à equipa do Porto, não é para qualquer um. E assim caiu o objetivo que faltava aos Metralhas, podendo apenas lutar pelo terceiro lugar. Ao mesmo tempo, os Paintland chegaram assim à sua segunda final do ano. No outro jogo da semifinal travou-se o derby entre Benfica e Sporting. Foi um jogo renhido, com alguma confusão e muitas penalizações. O momento mais caricato foi quando o Dani, jogador do Benfica, empolgado fala para dentro de campo estando do lado das boxes. Nesse momento um jogador do Sporting alerta para esta situação e gera-se algum

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burburinho sem ninguém saber que Metralhas, que lutam desesperadamente penalização aplicar. Num gesto de fairpelo título de Campeões Nacionais, e o play, Dani decide ceder o ponto, sendo bronze foi para os Paintland. de seguida penalizado por ter falado Foi um ano em grande para a prova para campo, pois o seu gesto em nada nacional. A nova direção trouxe uma contraria a aplicação da penalização. Este nova chama ao panorama português gesto ia criando algumas dificuldades na de paintball, não só com a «nova» equipa de vermelho que de um momento divisão M5, mas com uma maior para o outro perdeu dois pontos de transparência. Esperemos que assim seguida. Conseguiram no entanto ganhar, continue e que para o ano, apesar de indo disputar a final com os Paintland. todas as dificuldades económicas por que Na disputa pelo terceiro lugar os passamos, o paintball continue a ser Metralhas fizeram o que lhes o desporto de eleição para os competia, ganhar ao Sporting. que cá andam. O segundo lugar da geral, O Benfica Na nossa opinião é tempo que já era deles, ficou foi o de deixar as «pequenas» desta forma confirmado. Campeão cidades e concentrarmoO Sporting apesar de estar Nacional nos em três grandes zonas: mesmo acima da linha de 2012. Lisboa, Porto e alguma água já tinha pontuação cidade do Algarve. Deve-se suficiente para se manter, levar o paintball às massas e melhorando ainda mais com o seu não tentar que seja o contrário. quarto lugar nesta prova. Poupa-se em deslocações, alojamentos e Na final todos gostavam que os acima de tudo, em tempo. Paintland ganhassem ao Benfica pela Gostávamos ainda de ver o forma arrojada que a equipa das Caldas Campeonato Nacional adotar quatro jogou todo o ano. Seria merecido e boxes por campo como existe no compensador. No entanto, tal como Millennium. Não pela possibilidade de em Marco de Canaveses, o Benfica trazer mais equipas, mas para começar mostrou saber todo o jogo da equipa dos jogos mais tarde. Não faz sentido que Paintland. Além disso durante a prova um desporto radical obrigue atletas a esta equipa teve muitos problemas com levantarem-se às seis da manhã para a bola que usavam, chegando ao ponto saírem do recinto ao final da tarde. de terem potes onde as bolas não saíam. Concentrem jogos e evita-se o vazio de O Benfica não só já era Campeão gente que se verifica ao final do dia. Nacional como ficou em primeiro na 2013 está quase a começar! Que prova da Maia. A prata ficou para os venha ele! •

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celtic banshees Por Hailey Adrienne Parece que 2012 se tornou um ano de recordes em termos de participação feminina no paintball de competição. Não falo só numa região específica, mas globalmente, em comunidades por todo o Mundo. Equipas como as Poison Ivy, que causam impacto em ambos os lados do Pacífico, as Fat Lady Charms, e a ressurreição da equipa Destiny. A juntar-se ao grupo estão as Celtic Banshees (CB), vindas do Reino Unido. As CB são compostas por nove jogadoras e competem no Millennium. Este tem sido o primeiro ano das CB no Millennium e têm-se debatido, pois as meninas terminaram em 44º lugar num total de 48 equipas participantes, no evento realizado na Alemanha. Charlotte Simms é uma das senhoras talentosas que está com a equipa desde a sua concepção. Simms tem estado envolvida no paintball do Reino Unido durante a maioria da sua vida, pois o seu pai está na comunidade há mais de

24 anos. Embora exposta ao desporto durante vários anos, Simms só pisou o campo pela primeira vez há quatro anos. A sua devoção inicial ao desporto está directamente relacionada com a quantidade esmagadora de ansiedade, nervosismo e excitação que sente antes e durante cada jogo. Esses sentimentos depressa cresceram exponencialmente numa carreira cheia de viagens, competindo por toda a Europa. Ao longo da sua carreira de paintball,

O que um homem consegue fazer, uma mulher consegue fazer

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tão bem, senão melhor. ela jogou em equipas totalmente compostas por jogadoras, bem como em equipas onde ela era a única mulher. Simms sente que não há muita diferença em qualquer das situações e expressou que desde que se possua um conjunto sólido de pessoas com a mesma paixão


e os mesmos objetivos nada impedirá de obterem resultados. Como os entusiastas mais ávidos do paintball sabem, o nosso desporto pode ser uma tarefa bastante exigente fisicamente, especialmente para aqueles que querem trazer troféus e títulos para casa. Simms partilhou connosco como se mantém em forma, dentro e fora do campo: «Tento fazer bastante treino físico, por isso vou ao ginásio e treino com um treinador pessoal duas vezes por semana, onde trabalho força, agilidade e o físico em geral. Em relação ao treino, tento fazer vários drills de breakout e running and gunning. Como equipa, possuímos vários

métodos de treinos. Temos treinado com o Robbo (Pete Robinson) e Twizz (Mark Dale); ambos possuem uma vasta experiência e têm estado envolvidos no desporto há anos, por isso apreciamos as suas contribuições e ajudas.» Manter a boa forma física é apenas uma das coisas que não só as mulheres se devem preocupar, mas todos os atletas em geral. Simms prosseguiu dizendo que as habilidades não são avaliadas consoante o género, mas mais numa base individual: «Eu teria que argumentar que qualquer coisa que um homem consegue fazer, uma mulher consegue fazer tão bem, senão melhor. Uma mulher poderá ter de trabalhar

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mais arduamente mas ela será capaz se quiser. Na minha opinião, eu noto que mergulhar é difícil, enquanto os homens parecem achar fácil. Mas acho que é uma coisa pessoal; eu posso considerar os mergulhos difíceis mas sei que outras raparigas os acham fácil, mas elas debatem-se com outra coisa.» Em suma, Simms salientou que o único modo do paintball se tornar mais propício às mulheres, é ter mulheres dispostas a competirem a um nível nacional e tornarem-se exemplos para outras senhoras que poderão achar o desporto um pouco intimidante.•

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Máscara: DYE Casaco: Gluen Colar: H&M Soutien: Primark Cinto: H&M Cuecas: Primark

Fotografia: Carlos Rodrigues Modelo: Carolina Diego Styling: Filipa Leal Makeup & Hair: Sílvia Ferr Agradecimentos: DYE, André Faria, Rui Pereira, Emboscada

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Marcador: DYE Lenço: Caramelo Corpete: Benetton Pulseiras: Filipa Leal’s personal collection Braceletes: H&M Cintos: Primark Shorts: Wesc Botas: Only2Me

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Joelheiras: DYE Cotoveleiras: Dye Lenço: Filipa Leal’s personal collection Colar: Pull & Bear Camisa: Cheyenne Cintos: Primark Pulseiras e Anel: Filipa Leal’s personal collection Cuecas: Primark

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Colete paintball: DYE Marcador: Dye Colete: Gluen Colar: Filipa Leal’s personal collection Soutien: Primark Saia: Cheyenne Cinto: Filipa Leal’s personal collection Pulseiras: Filipa Leal’s personal collection Braceletes: Mango

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Colete Paintball: DYE Brincos: H&M Camisa: Onara Soutien: Primark Cintos e Braceletes: Filipa Leal’s personal collection Cuecas: Primark

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Cotoveleiras: DYE Mรกscara e Marcador: DYE Capacete: C.E.P. Casaco: Fracomina Colar: H&M Cinto: H&M Cuecas: Primark Colรฃs: Calzedonia Botas: Myst

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Máscara: DYE Marcador: DYE Blazer: Sucre et Sel Soutien: Primark Braceletes: Filipa Leal’s personal collection Shorts: Designed by Filipa Leal

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Calças: DYE Marcador: DYE Capacete: C.E.P. Colar: Primark Braceletes: Filipa Leal’s personal collection Bracelete Preta: Primark Luvas e cintos: Filipa Leal’s personal collection

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EMBOSCADA

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A GRIP deslocou-se a Proença-a-Nova, para dar os parabéns à Paintugal pelo seu oitavo aniversário, que como sempre brindou os presentes com um grande evento. Texto: André Faria Fotografia: Photopaintball

Os mais de 500 participantes deste evento puderam disfrutar de dois dias completos de ação. O primeiro dia foi preenchido com o jogo «Portugal Versus Resto do Mundo», atividades extra, um espaço comercial digno de um grande evento, apoio técnico gratuito e alguns torneios secundários. Nestes torneios podemos destacar os torneios Tippmann TPX Challenge e Tippmann Sniper Challenge, que obtiveram a participação de vários jogadores que no final foram presenteados com prémios da marca patrocinadora. É ainda de realçar o Workshop de Close Quarters Battle (CQB), sendo o primeiro torneio desta vertente em Portugal, que atraiu muitos jogadores e equipas. Durante estas duas atividades foi dado ênfase às técnicas de combate urbano. O troféu deste ano foi conquistado pela equipa SARTIM.

O primeiro dia foi finalizado com um confronto entre os generais das equipas do jogo de domingo, o vencedor escolheria o ponto de partida no jogo do dia seguinte. A festa da Paintugal não se demonstrava apenas em campo, mas também no centro da pacata vila, principalmente através dos concertos dos Soul Brothers Empire e de um DJ convidado. Como nada foi deixado ao acaso os jogadores podiam dormir no pavilhão

Foi realizado um jogo Portugal Vs.

Resto do Mundo. Portugal saiu a chorar!

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da cidade ou escolher entre as variadas ofertas hoteleiras presentes na Vila e em seu redor. O segundo dia do evento centrou-se no jogo principal de quatro horas, no convívio de equipas e jogadores dos mais variados pontos do país e estrangeiro, no sorteio de 3000€ de prémios e menções honrosas aos participantes.


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Portugal Versus... O tema deste jogo baseou-se nas invasões francesas e a luta da população de Proença-a-Nova, e respetiva soberania Portuguesa sobre o seu território, em 1807. Os pontos de interesse no terreno tiveram os nomes dos fortins usados nas batalhas dessa época: Alvito, Fróia e Catraia. Os exércitos de Napoleão foram comandados pelo General «Bolazos» de Espanha, e no lado Português estava o General «Alex». De um lado tínhamos cerca de 50 jogadores estrangeiros e outros tantos do lado português. O jogo foi disputado ao longo de uma hora e obteve uma esmagadora pressão por parte da fação não portuguesa, que dominou praticamente todo o jogo. Segundo alguns jogadores, o facto de metade da equipa portuguesa não ter comparecido em campo, ajudou ao desastre.

2 dias de jogos, 500 participantes, 56 equipas, concertos

e mais de 3000€ em prémio

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Foi sem dúvida alguma uma excelente oportunidade para conhecer o campo a ser usado no dia seguinte, testar material e pôr em prática algumas táticas preparadas para o jogo de domingo.


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Diamond Conflict Os jogadores das 56 equipas presentes, vindas de norte a sul de Portugal, Espanha, Inglaterra, Escócia, Holanda, Polónia e Finlândia, foram transportadas para um cenário de guerra civil e tráfico de diamantes na Serra Leoa. A frente revolucionária unida (F.R.U.) renovou-se com a ajuda estrangeira, e queria tomar conta de zonas que antigamente lhe pertenciam, ao mesmo tempo que queria dominar o capital resultante das vendas de diamantes. O governo da Serra Leoa tinha conseguido travar a guerra civil pelo poder das zonas ricas em diamantes, no entanto viu-se ultrapassado pela tecnologia adquirida pela F.R.U. Através do dinheiro dos contrabandistas, conseguiu investir no exército de Serra Leoa (E.S.L.) e tornarse um oponente à altura. Neste campo, para além das aldeias construídas para o efeito - Kailahun e Freetown - montou-se um campo de refugiados repleto de tendas e

personagens civis, com médicos sem fronteiras à mistura, representados pelos jovens atores e atrizes da Companhia de Teatro Montes da Senhora. Ainda foram colocados em campo outros adereços como dez diamantes e uma bomba relógio eletrónica. As personagens de um repórter de guerra e um contrabandista que iria negociar a compra de diamantes tornaram todo o

Atores passeavam no terreno a simular personagens civis.

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cenário ainda mais realista. O jogo desenrolou-se num terreno com cerca de 16 hectares, com um vale a atravessar todo o terreno e mato diversificado, «temperado» pelas construções que os Escuteiros do Agrupamento 157 do Corpo Nacional de Escutas realizaram. Após quatro horas de combates nas diversas zonas de interesse, tornou-se claro o domínio do E.S.L sobre Freetown


e o Aeródromo. Esse domínio não foi prejudicado pela mudança da entrada das equipas a meio do jogo. A F.R.U. para além de conseguir completar a missão da destruição da Antena com a colocação da bomba relógio, somou pontos com a venda de diamantes nas aldeias que possuía durante o jogo. A nível das eliminações, com contagem nos hospitais fixos e móveis, registámos alguma diferença, embora simbólica, com mais elementos F.R.U. eliminados do que do lado do E.S.L. Um dos elementos que ajudou o E.S.L. a conquistar o domínio da pontuação de jogo foi a venda de seis diamantes ao contrabandista, e o facto de não terem

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dominado Freetown, praticamente o jogo todo. Ainda tiveram a vantagem de dominarem o Aeródromo desde início. Como é apanágio da Paintugal, a segurança foi um dos elementos chave, com centenas de controles de radar feitos a todos os jogadores que entravam em campo e aleatoriamente dentro do mesmo. É de louvar esta atitude, principalmente quando noutros jogos europeus fazemno numa escala muito mais reduzida. Para além deste trabalho, os 27 árbitros em campo, número que bateu o record de qualquer evento, proporcionaram

ao jogador uma experiência única e mais justa, um dos claros objetivos da Organização deste evento. O espírito vivido ao longo deste oitavo aniversário da Associação Paintugal foi

Os escuteiros ajudaram a construir pequenos abrigos para o jogo.

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único. Ao perguntarmos opiniões no local todos concordavam que tinha sido um dos melhores jogos em que estiveram neste país. A área comercial era digna de um grande evento com o apoio de 35 entidades, como várias marcas de topo como a Tippman, DYE e Planet


PONTUAÇÃ0

Objetivos Relógios Eliminações Total

E.S.L. 2800

3316

463

6579

F.R.U. 750

919

312

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Eclipse; lojas locais como a Emboscada, Swell, Estratego, Raia Aventura e outros parceiros como a GoPro, Skyfuncenter, AJN e Lojas Caleiro. É ainda de salientar a presença pouco usual de muitas jogadoras neste tipo de modalidade, sendo uma das equipas presentes – Os Vipers – constituída apenas por senhoras. É sem dúvida alguma uma mais-valia para o nosso desporto. Para todos aqueles que tinha adquirido as t-shirts do evento ainda houve espaço para um grande sorteio de prémios avaliados em mais de 3000€. •

No passado dia 25 de Outubro recebemos a trágica notícia da morte do José Martins, General pelos E.S.L., mais conhecido por «Zéf», vítima de ataque cardíaco aos seus 27 anos de idade. Uma onda de choque varreu a comunidade Portuguesa de Paintball, fruto do seu ser. Humilde, dedicado, alegre, enérgico e de uma generosidade marcante para qualquer pessoa. O paintball português fica mais pobre com o desaparecimento de um ícone, mas é à família e aos amigos que apresentamos publicamente as nossas condolências pela perda. Como ele nos diria no seu espírito festivo: «O QUE É QUE SE BEBE AQUI?» Até sempre, Zéf! cenário

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Mapa de jogo

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General F.R.U. Paulo Rocha Este ano era complicado fazer uma estratégia, ou melhor, até sábado no final do duelo de generais tinha-mos ambos que ter duas estratégias para o jogo pois as hipóteses de começar de um lado ou de outro estavam em aberto. Consegui quanto a mim, após derrotar o meu adversário no duelo, ficar com a entrada que me parecia melhor - a entrada norte. Criei quatro equipas, duas mais pequenas, que teriam o objetivo de conquistar e aguentar o Paiol e o Aeródromo e duas equipas maiores, que tinham como objetivo conquistar a mina, Kailahun e a antena de Rádio. Conseguindo isto teria uma «cunha» com as minhas tropas em que facilmente se entreajudariam e me dariam pontos no paiol e no aeródromo e ainda fazer o meu objetivo dos 90 minutos - rebentar a antena rádio. Correu ma,l não a estratégia, mas sim a

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forma como foi encarada. Talvez tivesse sido culpa minha por não ter conseguido demonstrar aos homens que comandava, que os primeiros cinco minutos de jogo têm de ser feitos a uma velocidade muito grande para se conseguirem os objetivos e segurar as melhores posições. Tal não aconteceu e a equipa adversária foi mais rápida a conseguir chegar aos objetivos que se encontravam mais distantes. A partir daí foi um tentar inverter as situações com as situações do momento e não com objetivos antes calculado. A segunda parte de jogo foi o tentar chegar ao contrabandista que já se encontrava desde o início do jogo na posse do adversário, evitar que o adversário fizesse os seus objetivos e conquistar Freetown para pontuar com os diamantes que tinham-mos em nossa posse. •


General E.S.L José Martins Depois de analisado o mapa e os objetivos chegámos à conclusão que o ponto fundamental seria a Mina, devido à sua centralidade e à pontuação dos Diamantes disponibilizados nesse local. Adicionalmente, identificámos a zona de maior conflito, o corredor entre o Aeródromo e a Mina, devido à sua proximidade das entradas. Decidimos que iriamos dividir a fação em três esquadrões, um que ficaria encarregue da zona entre o Aeródromo e a Mina, outro para a zona da Antena e Kailahun e o terceiro ficaria na zona da Mina, tendo ficado cada fação com 55 jogadores cada. Com a entrada a Oeste iriamos o mais rápido possível formar uma linha desde o Aeródromo até à outra extremidade do campo em Kailahun, desta forma impedíamos a passagem

da FRU para a zona Sul do terreno e assim controlar o Campo de Refugiados e Freetown, bem como a Mina. O controlo do Aeródromo, Paiol, Antena e Kailahun era secundário. O importante era ter a linha. O hospital móvel seria colocado junto da Mina e o contingente inglês na nossa equipa (BEF) estava encarregue do transporte de Diamantes e dos Médicos. A partir da 2ª hora do jogo como passávamos a entrar a Norte a estratégia passava por recuar a linha de Sumana para servir de tampão junto à entrada da FR., Koroma faria uma linha junto do Campo de Refugiados de forma a não permitir que a FRU passa-se pela zona Sudoeste do terreno e Stronge conquistaria a Antena e Kailahun para impedir que a FRU tivesse reentradas no hospital de Kailahun. •

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MAGFED 3ª Vertente do Paintball

O paintball está a tomar um novo rumo na vertente recreativa. Começaram a aparecer marcadores com alimentação por magazines dando um novo realismo ao jogo. Aprende um pouco da história do MagFed. Texto: André Faria

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DYE

Há vários anos que o nicho de mercado mais virado para as réplicas de armas exigia soluções da indústria, para fornecer as necessidades dos eventos de cenário e, em especial para a vertente de Simulação Militar (MILSIM). Uma onda de novos marcadores, considerados réplicas de armas, inundou os mercados e eventos, como ainda alterou a maneira de se jogar paintball. Alguns destes marcadores e inclusivamente acessórios foram aparecendo no mercado pela mão dos próprios jogadores, criando assim micro empresas. Nos dias que correm as marcas primam pelo detalhe e soluções que

vão ao encontro dessas necessidades. Prova disso é o cardápio de soluções existentes, ou que irão sair num futuro próximo, que o jogador tem à sua disposição: - Kits de conversão magfed da Tacamo, para marcadores das marcas Tippmann, BT, Valken e US Army Markers. - Tiberius Arms: T4, T8, T9 - Dye: DAM - Milsig: K-Series, M-Series, Paradigm - Rap4: T68 - Kingman: MRX, MR5, Hammer 7 - Get Real: AT-4, AT-85, AT-416, AT-417 - Carmatech: SAR-12 - Tippmann: TiPX - Scarab Arms - TGR2

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Podemos afirmar, que para além dos primeiros marcadores stock class, a «alimentação» de marcadores por magazines começou em 1989 com um modelo da Tippmann, a SMG-68. Esta era alimentada com um clip de plástico, onde se colocavam as bolas, num carregador lateral. Em 1997 a Get Real Paintball lançou no mercado as incríveis ATS, capazes de disparar em full auto mecanicamente e alimentadas por magazines! O objetivo desta marca, era fornecer uma experiência realista não só na aparência do marcador, mas no funcionamento comparado com armas reais. O desporto seguiu outros caminhos com a consolidação da vertente de competição, e a sua base económica a centrar-se no consumo dilatado de bola, deixando pouco espaço para os marcadores magfed. Em 2002 a RAP4 começou a produzir um novo tipo de marcador, o R.A.M (real action marker) com destino ao mercado de treinos militares e jogos MILSIM. Ainda que para um calibre .43, ganharam fama rapidamente e não demoraram a introduzir os modelos para calibre .68. A grande concorrente desta é a Milsig, que apesar de vários projetos e estudos em anos anteriores, aparece em 2008 e produz dos marcadores mais resistentes do mercado. Em 2007 a Tiberius revolucionou o mercado não só com a sua pistola

com magazine, possuidora de uma robustez incrível, como em 2009, lança um marcador de dupla função – T9 – funcionando como pistola e carabina, com base na adição ou remoção de acessórios. Tiveram ainda a audácia para reinventar o projétil de paintball, criando a Firststrike, com uma cauda estabilizadora que permite tiros certeiros até 100 metros. Até aos dias de hoje as pistolas conquistaram o seu espaço, como marcador de backup em jogo, ou mesmo para jogos específicos só de pistolas! Ao contrário das alimentadas por tubo, estas são alimentadas por magazine com sete ou oito bolas de capacidade conforme o

Num jogo de magfed o consumo de bola é cerca de 90% menor.

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cenário

modelo da Tippmann ou da Tiberius Chegamos a 2012, o ano do magfed! São lançados modelos da Dye e Kingman, dissemina-se o uso dos kits de conversão magfed da Tacamo, que confirma a aposta de todos os fabricantes nos anos anteriores: a necessidade de maior realismo no jogo por parte dos jogadores. Muitas promessas para 2013, assentando na capacidade de disparar as Firststrike, ao mesmo tempo que bolas normais, capacitando os jogadores de verdadeiros equipamentos sniper. Outro dado interessante associado a um jogo de magfed é o consumo de


MRX

Spyder

MR5

cenรกrio

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bola que é cerca de 10% do consumo de um jogo recreativo normal, emagrecendo o custo geral de jogar paintball. A experiência do jogador em campo é melhorada com o realismo inerente ao aspeto do marcador e sua funcionalidade de recarregamento por magazines, como no limite de bola e capacidade de tiros por segundo. O jogo também mudou, com menos bola no ar este torna-se mais apelativo para quem quer entrar no desporto, e mais justo por dar valor às capacidades técnicas dos jogadores e equipas envolvidas. É notório o incremento de jogos de simulação militar por todo o mundo por

intermédio das soluções que retratamos neste artigo, e podemos afirmar que se no passado o paintball perdeu muitos jogadores para o Airsoft, nos dias que correm é de prever um movimento contrário!

O magfed aparece pela

necessidade de maior realismo

no jogo por parte dos jogadores.

TIPX

DYE

DAM 166

cenário

Tippman

Face às novas possibilidades de jogo, de funções dos jogadores em campo, do realismo nos marcadores e cenários, da aplicação de táticas de equipa e consumos mínimos de bola… estaremos perante uma 3ª vertente do Paintball? •


Spyder

Hammer

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POWER IT UP GET THE FULL SPEC

cenário

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© 2012 Copyright Planet Eclipse Ltd. Eclipse, the Estar Logo Device, Ego, Geo, Etek, Etha and EMC are all either design trademarks, registered trademarks or trademarks of Planet Eclipse Ltd. All other trademarks are property of their respective owners.


TROCA

Num dos cenários mais bonitos de Portugal encontra-se um dos campos de paintball mais antigos da Península Ibérica. Fomos conhecê-lo e ficámos fascinados. Texto: André André Garrido Faria Fotografia: ?????????? Texto: Fotografia: Troca Tintas

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cenário


A TINTAS Jogar paintball é um prazer, seja pela adrenalina ou pelo simples facto de ganhar um jogo entre amigos. No entanto existem cenários onde esse prazer pode ser aumentado pela qualidade do terreno e por todos os pequenos pormenores que não são deixados ao acaso por quem realmente se importa com este desporto. E todos sabemos como é fácil apanhar campos onde a qualidade é descurada e muitas vezes nem a segurança é tida em conta, mas esse não é o caso do parque Troca Tintas. O parque Troca Tintas começa por ser o segundo parque mais antigo de Portugal, o que lhe confere a experiência de longos anos de atividade e trás uma segurança extra para quem o frequenta. Este complexo situa-se nas Azenhas do Mar, perto de Sintra, a 30 minutos de Lisboa e temos de admitir que a viagem até ao local é de uma beleza extrema, passando por serras,

praias e aldeias do litoral português. O caminho é de tal perfeição que chega a dar vontade de encostar o carro para apreciar a vista. No Troca Tintas repara-se que nada foi deixado ao acaso. Logo à entrada existe um pequeno parque de estacionamento onde os clientes podem deixar os seus veículos. Mal se coloca um pé fora do carro, pode-se

No Troca Tintas repara-se que nada foi deixado ao acaso. apreciar uma zona de arborismo para crianças, outra das atividades deste parque. Ao todo estão disponíveis 12 atividades (paintball, arborismo, slide, escalada, rapell, geocoaching, caça ao tesouro, passeios a cavalo, karts a pedais, laser tag, jogos tradicionais e percursos pedestres) e alguns serviços como catering, construção de parques e serviços ao domicílio.

cenário

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Enquanto os clientes se dirigem para a zona de aluguer de material, podemse ver alguns dos campos de paintball e as mesas de picnic. Existem ainda casas de banho com uma qualidade muito acima do que seria de esperar num local destes. Um pormenor que salta à vista de imediato é toda a decoração do local, mais uma vez não deixada ao acaso, como se estivéssemos numa tribo africana. Tudo é construído em madeira, desde as casas de banho até os balcões de atendimento ao público. A grande vantagem desta área de repouso é sem dúvida o enorme espaço de sombra criado para que nos dias de maior calor todos possam descansar melhor.

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cenário

Em termos de áreas úteis podemos dizer que são os 4 hectares mais bem aproveitados que vimos até hoje. Todos os campos estão separados por redes de segurança, e por norma toda a deslocação dos clientes é feita em corredores que separam os vários campos. Se dividirmos o complexo em dois, do lado esquerdo temos dois campos de arborismo, um para crianças e outro para adultos e um dos campos de paintball - o Campo das Torres. O nome deve-se às duas torres existentes em cada extremidade do terreno. Do lado direito temos então mais três campos: o campo de competição de paintball, imediatamente encostado à


zona de descanso; seguido do Campo dos Pinheiros, decorado com alguns elementos Incas. O último campo é o Campo da Casa, que como o próprio nome indica tem uma casa no cenário. Para que tenham uma melhor perceção do que estamos a falar podem visualizar a visita virtual no site da Troca Tintas: http://trocatintas. net/3dview/ Este é um dos locais de eleição de jogadores de futebol, atores de novelas ou grandes empresas que decidem vir passar um momento de descontração e adrenalina mesmo ao lado de uma das

costas litorais mais bonitas deste país. Ainda é de salientar a mais recente novidade realizada no primeiro domingo de cada mês, onde todos podem ir ao Troca Tintas sem necessidade de esperar

Salta à vista de imediato

a decoração do local como se

estivéssemos numa tribo africana. por um grupo bastando para isso fazer uma pré-reserva. Além de toda esta oferta, onde se pode realizar a festa de sonho de qualquer criança ou adulto, no meio da natureza, ainda se pode optar por levar

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CONTACTOS Telefone: 21 425 31 00 Telemóvel: 96 212 58 09 E-mail: reservas@trocatintas.net GPS: 38.846418, -9.454744 Morada: Rua da Bajada Comprida, Azenhas do Mar

a festa a qualquer outro local, para casa, para um jardim, para uma escola ou onde a imaginação o permitir. Neste conceito a oferta continua a ser bastante alargada, com atividades que vão desde o paintball, insufláveis, karts a pedais, cama elástica ou parede de escalada. Relativamente a preços começam nos 19€ no paintball com 100 bolas. Nas outras atividades a média ronda os 15€, o que nos parece preços muito aceitáveis para um campo desta qualidade. •

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DAM Andámos malucos a espreitar todos os cantos e mais algum do marcador e em cada canto, mais entusiasmados ficávamos. Mas vamos por partes e comecemos pelo visual. Foi uma boa aposta o design ser elaborado de origem. Tem como base as ideias de um marcador MilSim do próprio Dave Youngblood, afastando-se em parte da tendência de outras marcas em se basearem no desenho de armas reais. O design é único e apelativo, embora com semelhanças a uma arma vinda do futuro. É notório o tempo que foi gasto a pensar neste marcador para que a utilização seja a mais prática possível. Detalhes como alterar os modos de disparo, alternar de magazine feed para

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loader feed, remover o magazine, ligar e desligar o marcador, não foram deixados ao acaso. Existem três botões: ligar e desligar, operar os olhos e mudar de modos de disparo. Relativamente à mudança de modos de disparo é extramente fácil. Existem três luzes referente aos modos, podendo ser atribuídas às diferentes opções de disparo. Temos como opção: semi, three shoot burst, full auto e ramping psp; depois é carregar no botão e ir selecionando o modo que desejamos. Não é preciso desligar marcador nem nada, é no momento. Trocar de magazine é feito através


Adoramos o Outono! É a altura que nos enchem a redação de brinquedos pois as marcas lançam equipamentos novos. E o brinquedo novo desta vez foi a novíssima DYE Assault Matrix (DAM). Texto: Duarte Gomes Fotografia: DYE

de um botão á distância dos dedos. Mais uma vez vê-se a atenção ao pormenor, pois esta funcionalidade também está acessível para canhotos, existindo botões em ambos os lados. O marcador tem a opção de montar um feedneck para quem quer usar um loader, mas o brilhante é poder usar as duas opções em jogo. Mudar entre ambos os sistemas é tão simples como deslizar

uma patilha, que faz rodar o Eye Pipe. O Eye Pipe é idêntico aos usados em qualquer DM mas a abertura por onde entra a bola vai rodar para a entrada selecionada – magazine ou feed. Os ball detents ficam sempre alinhados evitando que sejam colocadas bolas a mais ou que a bola saia do sítio. Visto que os magazines estão preparados para serem carregados

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com projéteis First Strike, um jogador poderá carregar os mesmos com estes projéteis, dispondo de projéteis de alta precisão para aquele tiro mais importante, e usar o loader com bolas tradicionais de paintball. Desta forma vai alternando conforme a necessidade de jogo. O feedneck é instalado com a maior das facilidades: dois parafusos e está feito. Os magazines são feitos de um plástico bastante robusto e são práticos de desmontar para serem limpos. Podem ser carregados com 20 bolas cada, mas com alguma pena estão divididos em 10 bolas de cada lado, o que nos obriga a rodar o magazine de 10 em 10 tiros. O bolt usado é idêntico ao da Proto Reflex, sem LPR. Como não tem

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VANTAGENS

· Facilidade de transação de mag fed para loader fed · Customização · Facilidade de manutenção

DESVANTAGENS

·

Preço

macroline, inventaram um bocado e de uma forma bastante prática, o regulador foi colocado no interior do Rear Cap. Este regulador é o Hyper 3, o mesmo modelo usado em todos os marcadores da gama Dye e Proto. Para regular a pressão colocamos a chave na extremidade do Rear Cap; o Rear Cap é igual ao usado na DM12 para


retirar o bolt á mão, puxamos o Cap que está preso com o íman para evitar que esteja aos saltos e a fazer barulhos desnecessários. A manutenção é fácil. Pouco muda comparado com os outros sistemas da DYE, mas temos de ter atenção, porque tudo é desapertado no mesmo sentido e quando retiramos o Bolt Assemble podemos desmontar o regular por acidente e deixar cair as anilhas. O regulador como passou para o interior do corpo, para dar um ar mais real ao marcador, passamos a ter um Bolt Assemble composto por 3 partes distintas: Cylinder, Top Hat e a Rear Cap. A Rear Cap conta agora com o regulador no seu interior. Isto tudo no mesmo conjunto. O bolt é desmontado da forma como sempre fomos habituados, mas o regulador

é desmontado sem a utilização de ferramentas, simplesmente segurando o Rear Cap e rodando o Back Cap. Temos de ter em mente que tudo foi pensado para não se usar ferramentas e que o aperto dado com a força da mão é o necessário para depois poder voltar a abrir. A coronha é o máximo! Retráctil, com um compartimento de arrumação, tem uma tampa caso não queiramos usar a coronha para mantermos o seu aspeto estético. Caso usemos o marcador como loader feed, podemos usar o magazine pequeno, que é uma caixa de ferramentas, com o-rings, chaves e parafusos. Bastante prático, estes acessórios podem ser guardados na coronha, pois o compartimento tem espaço suficiente para isso. O shroud, que vem com o marcador, pode ser dividido em peças e customizar os vários rails que podem ser montados de diferentes formas. Tudo ao gosto de cada um e conforme as necessidades. Até à data temos informações que vão ser lançados acessórios em conjunto com o marcador, embora não tenhamos tido referência específica sobre os mesmos. Sabemos no entanto que magazines não vão faltar. Relativamente ao preço rondará os 1000€.•

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POTES GI. SPORTZ Na nossa redação sempre tivemos curiosidade em testar os «novos» potes da GI Sportz. Muito se tem falado acerca da sua resistência, mas não deixa de ser estranho para nós como é que um objeto que sempre teve alguma facilidade em partir passou de repente a ser um mito urbano de resistência. Passámos vários minutos a rir ao ver vídeos na Internet de pessoal a tentar partir os potes: dão pontapés, atiramnos ao ar, passam com carros e camiões

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por cima, mas a última foi sem dúvida a melhor – dar-lhes tiros com uma caçadeira. Como não somos de ficar quietos falámos com a GI Sportz que nos cedeu uns quantos potes para simplesmente satisfazer a nossa sede de destruição. Mal chegaram às nossas mãos, o primeiro instinto foi o de um verdadeiro homem das cavernas. «Deixa lá ver se umas pancadinhas aqui na mesa aguentam!», em poucos segundos estamos de pé a lançar os potes ao chão com o


Já ouviram falar dos potes inquebráveis da GI Sportz? Nós também… e pusemo-los à prova. Até com uma marreta de cimento levaram.

Texto: Duarte Gomes Fotografia: DR

máximo das nossas forças. Primeiro teste: Pote – 1, GRIP – 0. O passo seguinte foi atirá-los à parede, com a esperança que com alguns ressaltos conseguíssemos marcar o nosso primeiro ponto. Más notícias: Pote – 2, GRIP – 0. Decidimos então elevar realmente a fasquia e fomos buscar uma marreta com base de cimento. Pegámos num pote completamente novo e decidimos dar-lhe uma pancada seca contra o chão. Perdemos mais uma vez… Pote –

3, GRIP – 0. Completamente incrédulos, já em desespero, decidimos dar outra pancada similar. Finalmente conseguimos marcar o nosso primeiro ponto. O pote abriu pelo fundo ficando inutilizado. Pote – 3, GRIP – 1. Depois de termos levado o maior baile da nossa vida, aceitámos a derrota. Temos de convir que nenhum jogador anda às marretadas aos potes em campo e a não ser por pura estupidez, é que o irá fazer.

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Muitos devem perguntar mas que raio de pote é este? É um vulgar pote de 140 bolas, disponível nas cores preto, azul, vermelho e transparente. A grande diferença é que é feito de policarbonato, o mesmo material usado nas lentes das máscaras, óculos de sol e CD’s, permitindo esta resistência fora do normal. Em termos práticos, as tampas são feitas do mesmo material que o pote, o que lhe proporciona uma maior robustez. Quando testámos os potes em jogo, atirando o pote ao chão, nenhuma tampa se partiu, mas uma boa pancada ou pisadela na tampa vai fazê-la partir

na ligação. A abertura do pote é feita com facilidade, mas é firme o suficiente para não permitir que o pote seja aberto por acidente. Nos potes comuns a abertura desgasta-se com o tempo de utilização, neste caso devido à robustez do plástico, o fecho vai manter-se idêntico por mais tempo. Não é inquebrável, mas é sem dúvida alguma muito mais duradouro. Parecenos razoável que uma equipa, ou jogador, adquiram estes potes a pensar no futuro e uma forma de poupar no orçamento a longo prazo. •

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UNPARALLELED PERFORMANCE 180

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E-Fle A máscara mais aguardada dos últimos tempos chegou finalmente. Muitos tentaram comprála aos atletas patrocinados por preços abissais, outros correram para as lojas mal elas saíram. A GRIP analisou e diz-te tudo o sobre a E-Flex.

Texto: Duarte Gomes Fotografia: Kee Action Sports

Houve em tempos uma máscara que bateu todas as restantes durante largos anos. Estamos obviamente a falar da JT Proflex. Esta máscara estava na cara de todos os jogadores, simplesmente por três razões: nível de conforto, segurança e porque tinha um estilo do caraças. Ao longo do tempo começaram a aparecer mais máscaras, de diferentes marcas, e com melhores características que a famosa Proflex. Por norma as melhorias sentidas baseavam-se no conforto, facilidade de mudança de lente e obviamente o design. Mas uma coisa é certa, a Proflex ainda hoje está entre as melhores máscaras do nosso desporto. Ouvimos falar que ia surgir uma

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máscara nova da Empire, baseada na nossa favorita, e ficámos ansiosos. Quando começámos a ver as primeiras imagens da E-Flex pensámos que a ideia era tão básica que só podia ser excelente. Juntar o melhor de duas máscaras do mercado era algo que não só parecia fácil, como um verdadeiro sucesso. E quando dizemos que é juntar o melhor de duas máscaras, é literalmente pegar na parte de cima de uma e juntar à parte de baixo da outra. A parte de cima é baseada na E-Vents, com um sistema de mudança de lentes muito básico e bastante funcional. Só temos que retirar o travão, rodar a strap e puxar o encaixe e desta forma conseguimos


ex

limpar a lente ou mudar para uma nova em segundos. A lente é muito ampla e alta, permitindo um bom campo de visão. Outra das excelentes características é o facto de a lente simplesmente encostar à estrutura da máscara, sem qualquer encaixe, fresta ou fissura onde a tinta se aloje após algum impacto. Achámos no entanto que as espumas eram um pouco duras, talvez por serem novas. A proteção das orelhas é feito de um material mais robusto, não criando

peso extra na máscara, ao mesmo tempo que oferece um bom conforto e a proteção necessária às orelhas. A parte de baixo é baseada na Proflex, o que significa logo à partida a cópia do bocal mais extraordinário de sempre. Este bocal caracteriza-se pela sua leveza e conforto, ao mesmo

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VANTAGENS

tempo que é feito numa borracha maleável que lhe permite reduzir a probabilidade de partir após um impacto. Para quem não conhece ou não se lembra, outra das características da Proflex era poder dobrar-se o bocal

(embora isso com o tempo passasse a ser ilegal em jogo) dando uma melhor respiração, melhor dicção dentro de campo e o tal estilo que já falámos. Esperemos que a moda continue e

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· Leveza · Robustez · Facilidade em trocar a lente · Estilo DESVANTAGENS

· ·

Esponjas um pouco duras Preço exagerado

sejam feitos inúmeros bocais e straps com diferentes cores e temas para dar continuação a tradição que existia na Proflex. É uma excelente máscara e não deixa de ser mais um marco na história do paintball. No entanto preço é algo fora do contexto, algo exagerado, para o produto em questão, muito superior ao praticado na Proflex e na E-vents.•


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jt Splat Master A JT relançou o modelo SplatMaster para trazer jogadores mais novos ao desporto. Conhece o brinquedo mais desejado deste Natal. Texto: AndrÊ Garrido Fotografia: Kee Action Sports

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Ao olharmos para todos os grandes desportos, e acima de tudo para todas as grandes lendas desportivas, reparamos que a idade de entrada numa modalidade começa quando o atleta é muito novo. Hoje em dia, não são raros os casos em que crianças de seis anos começam a ser preparadas para se tornarem atletas profissionais de uma dada especialidade. E este é o passo que falta dar para que o paintball deixe de ser considerado uma brincadeira para passar a ser um desporto de competição respeitado.

Para contrariar esta tendência a JT lançou recentemente a JT SplatMaster. A SplatMaster é uma linha juvenil pensada para ser jogada por crianças com mais de nove anos de idade. Podem adquirir separadamente, ou em pacotes promocionais, uma pistola, uma caçadeira, alvos, máscara e obviamente bolas de tinta. A primeira coisa que salta à vista é a cor berrante dos marcadores. Temos alguma relutância em chamar-lhe marcador, pois o nome mais adequado será toy-gun. A pistola, mais pequena

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mas robusta é de cor azul e a caçadeira, vermelha. Desta forma percebe-se facilmente que se tratam de brinquedos, porque ambas teriam um aspeto muito real caso estivessem pintadas de preto. Outra diferença é o calibre de bola usado. Neste caso adotou-se o uso do calibre 50, sendo uma bola muito mais pequena do que aquela que estamos habituados. Parece-nos que foi uma ideia inteligente pois tem um custo de fabrico muito mais barato e de alguma forma transmite um ar mais inofensivo aos pequenos jogadores. Para testar os novos brinquedos pegámos num grupo de «crianças» entre os 9 e os 40 anos e fomos dar uns tiros. O primeiro teste foi o carregamento das toy-gun. Talvez devido ao tamanho das bolas, os mais novos têm uma maior facilidade em carregar tanto a caçadeira como a pistola. No caso da caçadeira basta puxar a mola até ao início do cano, onde tem uma pequena ranhura

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para a prender, e inserir um máximo de 17 bolas por um pequeno orifício. Na pistola o carregamento é mais complicado sendo necessário tirar o clip por baixo da coronha, puxar a mola até ao fundo, prende-la no final e carregar até um total de 8 bolas. Começamos por pegar nos alvos que vêm dentro das caixas das toygun e tentámos ver quem fazia melhor pontuação. Passados poucos minutos já estávamos aos tiros a umas latas de refrigerantes, porque precisávamos de um desafio maior. Tanto na caçadeira como na pistola o tiro é estranhamente certeiro a curta distância, mais do que alguns marcadores de topo do nosso mercado. Obviamente a caçadeira tem um tiro mais difícil devido ao tipo de imitação que é, mas garantimos que é muito mais divertido, pois sentimo-nos os verdadeiros «Al Capones».


O desafio seguinte foi ver quem era o Rei das SplatMasters, realizando duelos entre todos. O comportamento das toy-gun em campo é fantástico, nunca partiram nenhuma bola e são extremamente divertidas. O modelo de disparo usado é o estilo pump, sem uso de ar ou CO2, que no caso da caçadeira além de funcionar muito bem é extremamente intuitivo. No caso da pistola torna-se um pouco mais aborrecido, pois é necessário puxar a culatra atrás e empurra-la para frente para armar num movimento pouco natural. Uma das nossas preocupações foi a velocidade de tiro e distância alcançada, devido a ser uma «arma» para crianças. A quantidade de energia despendida é de um Joule, equivalendo a cerca de 120 pés por segundo. Quanto a distâncias vemos que consegue ter um tiro reto ao longo de 7 metros começando a descair após essa marca.

Quanto aos impactos são um pouco mais suaves que as bolas de tinta normais mas deixam sempre a sua marca característica. Não é indolor, mas também não é nada que uma criança de nove anos não aguente, principalmente se tiver bem protegida. Uma coisa que nos causou alguma estranheza foi o facto de as toy-gun não trazerem máscara, sendo necessário comprar em separado. O que nos faz ainda mais comichão é o facto da máscara desta linha apenas trazer proteção para zona dos olhos, sendo necessário comprar a parte da boca e das orelhas em separado. Durante todo estes testes reparámos que a bola é de excelente qualidade, mas devido ao seu tamanho parte-se com muita facilidade ao cair no chão. Para concluir, achamos que é uma excelente aposta para as empresas irem buscar novos jogadores e novos consumidores. É a «arma» perfeita para ter num campo recreativo, onde os custos com ar e bola são praticamente nulos e garantem uma maior segurança para os pequenos praticantes. Se tiverem indecisos entre que toygun comprar, escolham a caçadeira, pois é muito mais divertido e fácil de carregar.

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backstage Chegam, montam a tenda, passam 3 dias dentro dela, desmontam-na e vão-se embora. Não, não estamos a falar de um acampamento de ciganos, mas dos vendedores do Millennium.

1 – Como te tornaste vendedor na tua empresa? 2 – Se tivesses de criar um slogan para a marca que representas qual seria? 3 – Quais são as vantagens da marca que representas em relação às outras?

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backstage


JOERG HOEHLE Kee Action Sports

1 – Já estou no paintball há 12 anos e já trabalhei para a MAXs, JT Europe e ProCaps e finalmente estou a trabalhar para a Kee Action Sports, a empresa mais profissional do mercado. Adoro trabalhar para a marca Empire. 2 – Em apenas uma frase? Isso é muito difícil: «Somos os fabricantes líderes mundiais e levamos o paintball ao próximo nível, tentando trazer mais pessoas ao desporto, especialmente através da linha SplatMaster». 3 – Qualidade, variedade e a nossa penetração no mercado porque não estamos apenas focado num único produto mas sim em toda uma variedade. Somos ainda líderes no fornecimento ao Wallmart nos Estados Unidos e ainda estamos presentes no mercado tradicional. Tentamos ser líderes em qualquer tipo de mercado.

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KONSTANTINOS PAPAPANAGIOTOU Anthrax

1 – A Anthrax foi um projeto pessoal que começou há três anos. Atualmente transformou-se numa empresa real, em crescimento, e aqui estou eu! 2 – Bem… seria: «Nós fazemos melhor, nós fazemos mais rápido!» (risos) 3 – Honestamente acredito que o que trouxe a Anthrax até esta fase foi o serviço rápido e eficiente que fornecemos ao cliente. Estamos sempre disponíveis por e-mail, skype ou telefone e respondemos a tudo o mais rápido possível. Os nossos tempos de entrega são os mais rápidos do mercado e a qualidade dos nossos produtos falam por si. Por isso, não precisamos muito mais do que isto!

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JOSH MYERS HK Army

1 – Foi uma coisa do acaso. Não tenho a certeza se todos conhecem a nossa história, mas começámos como uma equipa de paintball. No início montávamos tendas nos eventos maiores para financiar a equipa. Com o tempo a equipa evoluiu para uma marca e nessa altura tivemos de assumir certas posições na empresa para que ela funcionasse. Foi nesta altura que decidimos que ocupações cada um teria e com alguma sorte eu já tinha realizado este trabalho para outra empresa. 2 – «Anda connosco ou colide connosco… HHH!» 3 – Penso que oferecemos algo diferente das restantes marcas que é o estilo de vida. Procuramos sempre promover o desporto e os nossos fãs através de vídeos e social media. Ainda temos pessoas envolvidas nas nossas clinicas Crash at the Coast e eventos de Streetball. É aqui que conseguimos apanhar o estilo de vida do paintball, fazer vídeos sobre o assunto e mostrar ao mundo o que fazemos.

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JERSEY DYNASTY

Queres a jersey mais desejada por todos? Não é difícil, só tens mesmo que gramar com as nossas fotos no Instagram. COMO GANHAR Adiciona a nossa conta do Instagram (grippaintball) e o vencedor será escolhido ao acaso, no dia 25 de Dezembro.

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ENTRADA GRÁTIS TROCATINTAS

Queres jogar sem pagar num dos campos mais antigos e com melhores condições da Península Ibérica? Pega na GRIP e faz-te à vida! COMO GANHAR Imprime esta página, leva dez amigos ao campo Troca Tintas e o teu pack sai grátis. Mais simples era impossível!

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AGRADECIMENTOS Domingos Leit찾o Guilherme Pires Jo찾o Ramos Pedro Batista Ricardo Catarino Rui Pereira S처nia Fernandes

Muito obrigado!

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