Publicação Latinidades 2010

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História da África, o módulo 2, História do negro no Brasil, o módulo 3, Literatura Afro-brasileira e o módulo 4, Educação e relações étnico-raciais. Eu trouxe dois kits desses para deixar com vocês da organização para divulgar. O curso é todo a distância, só tem dois encontros presenciais, mas nós temos que produzir o material de apoio para os professores; essa experiência tem sido muito interessante e nós temos desenvolvido no Ceao, não só pela formação, a tentativa de fazer mesmo a distância um curso de qualidade contribuindo para implementar a lei. Tem um diferencial que eu gosto sempre de destacar que é que na equipe de coordenadores, que inclui a coordenadora de tutoria, os tutores, os professores conteudistas, entre outros, nós incluímos muitos estudantes do curso de pós-graduação que nós temos no Ceao, que é o programa multidisciplinar de pós-graduação em estudos étnicos e africanos oferecendo mestrado e doutorado desde 2005. Várias pessoas da equipe que ofertam o curso são estudantes desse curso de pós-graduação, mestrandos e doutorandos, por exemplo. Eu sou a coordenadora geral, mas a coordenadora de tutoria, coordenadora executiva, que é especialista, está fazendo um doutorado sobre o tema da educação à distância e identidade étnico-racial. É a doutoranda Zelinda Barros, é uma estudante de doutorado que está coordenando todo esse trabalho com uma equipe grande. Eu faço a coordenação mais geral como docente da universidade, mas a grande responsável pela ges-

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tão, pela coordenação do curso é essa estudante de doutorado. Temos na equipe outros doutorandos, outros mestrandos. Interessante nesse caso a articulação que a gente conseguiu fazer nesse curso, que é uma atividade de extensão, e no curso de pós-graduação envolvendo essas pessoas. Embora tenha esse lado muito positivo tem sido muito difícil fazer a gestão desse curso por várias questões. Esse fluxo, essa linha que une o Ministério da Educação às instituições de ensino superior, que participam, e os docentes que estão fazendo o curso. Os professores lá na ponta têm um fluxo que não é muito contínuo, têm dificuldades de comunicação, exigências diferentes das agências do MEC, da própria universidade, resultando em muita dificuldade para fazer a gestão financeira do projeto. Não há recursos para divulgação, para garantir mais visibilidade ao trabalho, e o alcance ainda é pequeno, nós oferecemos para cerca de 600 professores de uma vez em uma edição, mas a população de estudantes da rede de ensino básico na Bahia é enorme, então a gente não conseguirá atender a toda essa população por meio de cursos com esse caráter. É a questão da dificuldade de inserir essas iniciativas na política institucional educacional de maneira mais geral e que nós já discutimos com o MEC quando chama para Brasília os coordenadores do curso de educação para as relações étnico-raciais. A gente já discutiu esse problema, tem um custo oferecer um curso como esse e, ao fim, por mais universidade que partici-

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