Irresistíveis Cretino Irresistível # 5

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meu avô reconhecer isso. – E quero que você também tenha algo assim, Pipps. Quero um cara que note tudo em você quando se conhecerem, mas que perceba tudo o que está faltando quando você não estiver por perto.

Will atendeu a porta pouco depois das seis horas na quarta-feira, mas Hanna veio logo atrás, atravessando o corredor acompanhada por uma cachorra enorme, de pelagem amarelada. – Pippa! – ela cantarolou, me abraçando. Quase fomos derrubadas pela cachorra, que pulou e apoiou as patas nas costas de Hanna. – Vocês têm uma cachorra? – perguntei, abaixando-me para acariciar a orelha da criatura quando Hanna deu um passo para o lado. – Esta é Penrose! Ela ficou as duas últimas semanas na casa dos meus pais, por causa da festa de aniversário e da viagem. – Ela fez um sinal para a cachorra abaixar e, quando Penrose obedeceu, Hanna puxou um petisco do bolso de sua blusa. – Ela tem um ano, mas ainda estamos trabalhando no adestramento. Hanna lançou um sorriso para Will por sobre meu ombro. – Suponho que esse nome seja uma homenagem ao famoso matemático? – arrisquei, sorrindo. – Isso! Finalmente alguém que aprecie o nosso lado nerd! – exclamou, guiando-me pelo corredor, em direção à cozinha. – Venha, eu estou morrendo de fome! Como já tinha vindo aqui duas vezes, eu estava familiarizada com a disposição dos cômodos. Mas, dessa vez, a casa parecia mais… um lar, muito embora não houvesse uma multidão de crianças gritando e a expectativa de longas férias no ar. Em vez disso, havia apenas sinais de Will e Hanna, em casa, ao fim do dia: a capa do laptop dela dependurada no corrimão e a mesa do escritório de Will – no final do corredor – lotada de papéis, publicações médicas e Post-its. Dois pares de tênis descansavam lado a lado próximo à porta principal. Uma pilha de correspondências esperava, ainda fechada, para ser analisada em uma pequena mesa no corredor de entrada. Na cozinha, o aroma delicioso de alguma coisa sendo marinada e o queijo derretendo no forno. Depois de um abraço apertado, Will voltou à ilha da cozinha e a dedicar sua atenção à salada que estava preparando. E, notei, não havia nenhum outro convidado aqui. Estávamos apenas nós quatro na cozinha: Will, Hanna, eu e a adorável e estabanada Penrose. Devo perguntar? – Como está o seu avô? – Will perguntou primeiro, colocando um punhado de pepino em uma tigela escura de madeira. – Ele está bem – respondi. – E eu estou muito feliz pela viagem que fizemos. Adoro visitar meu avô, mas já sinto que estou incomodando. Acho que ele só gosta de receber visitas por alguns dias. É um homem apegado à rotina. – Conhecemos alguém assim – Hanna comentou rindo, deslizando seu olhar na minha direção. Bem, agora eu tenho que perguntar. Depois de respirar fundo, arrisquei: – Jensen vai jantar com a gente esta noite? Hanna fez que não com a cabeça. – Ele disse que precisa trabalhar.


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