Amor e ódio irresistíveis christina lauren

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Duas semanas atrás isso não teria parecido uma coisa ruim porque (vamos ser honestos) eu estava bem interessada no que ele tem entre as pernas. Mas depois do jeito rabugento com que Carter cancelou nosso encontro – Vamos jantar, ah, espere, você tem uma lista melhor do que a minha, nada de jantar para você! –, estou começando a pensar que a melhor estratégia é nunca mais interagir com ele no escritório. O que… surpreendentemente, não seria tão difícil. Com os novos clientes e novos colegas de trabalho sendo prioridade na minha agenda, eu estou completamente atolada. Na última semana e meia, cheguei ao trabalho às oito e fiquei até muito depois de o escritório esvaziar, tive nove almoços de trabalho, onze reuniões depois do trabalho em bares, e passei o tempo todo com clientes durante o horário comercial. Mal encontrei Carter. Exceto quando o vejo sair do seu escritório e encontro um jeito de olhá-lo por trás até o fim do corredor… Tenho uma pequena pausa entre um almoço de trabalho, uma reunião externa e espero que consiga falar com ele por alguns minutos. Como a probabilidade de eu me atirar em cima dele por raiva ou desejo são mais ou menos equivalentes, decido usar o fato de que Daryl me deve uma por ter me abandonado na festa de Steph e a chamo para servir de dama de companhia, ou possível testemunha. Sou a melhor amiga do mundo. Paramos em frente à porta dele e eu levanto a mão, batendo só uma vez de forma hesitante. Normalmente, Carter não é um cara de portas fechadas. Pelo que vi até agora, ele está sempre no corredor falando com pessoas ou tem dois ou três outros agentes em seu escritório. Entendo que é apenas um jeito diferente de trabalhar. Eu tendo a ser mais direta, amigável porém breve, enquanto ele conversa e passeia. Todo mundo gosta de Carter. Sei que ele tem estado loucamente ocupado essa semana também, mas ele sempre parece ter um tempo para cumprimentar alguém, para parar e socializar um pouco. Percebo que isso torna nossos estilos complementares e sinto uma sensação morna na barriga. Não seria legal se pudéssemos colaborar um com o outro? Não seria legal se ele não tivesse se transformado de uma hora para outra num idiota ameaçado e competitivo? – Pare – diz Daryl, e eu olho para ela. – Parar com quê? – Você está hesitando. Deveria ser a durona aqui. Pessoas duronas não hesitam. E não me olhe com essa cara; foi exatamente por isso que me trouxe.


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