A soma de todos os beijos -Julia Quinn

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— Não acredito que só percebi neste momento, mas não, ninguém nunca pensou em perguntar se eu queria matá-lo. Sarah segurou sua língua por alguns segundos. Justamente isso. — Bem, você quis? — Atirei para matá-lo? Não, claro que não. — Você deve contar isso. — Ele sabe. — Mas... — Disse que ninguém nunca perguntou. — Interrompeu. — Não disse que eu tinha oferecido explicações. — Espero que o disparo em você também tenha sido acidental. — Nenhum de nós estava com nossas mentes no lugar naquela manhã. — Disse, com um tom totalmente desprovido de expressão. Ela assentiu. Não sabia o porquê, na realidade não estava concordando com nada. Mas foi como se devesse responder. Como se ele merecesse uma resposta. — Não obstante. — Disse Lorde Hugh, olhando para frente. — Fui aquele a desafiá-lo para um duelo, e quem atirou primeiro. Ela olhou para a mesa. Não sabia o que dizer. Ele falou novamente, em voz baixa, mas com convicção inconfundível. — Nunca culpei seu primo por minha lesão. E então, antes que pudesse sequer pensar como reagir, Lorde Hugh se levantou tão abruptamente que sua perna ferida esbarrou na mesa, espirrando um pouco de vinho para fora de uma taça esquecido por alguém. Quando Sarah olhou para cima, viu-o estremecer. — Está tudo bem? — Perguntou com cuidado. — Estou bem. — Disse em uma voz brusca — Claro que está. — Ela murmurou. — Os homens sempre estão bem. — O que é isso quer dizer? — Ele retrucou. — Nada. — Mentiu e ficou de pé. — Você precisa de ajuda?


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