Como e para que Ser Alquimista

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II O Eleito Hermes Trismegisto, o três vezes grande, disse: O que estava oculto e escondido se fará manifesto. Quem foi eleito para entrar a trabalhar na Obra do Pai, é como o sacerdote, que foi revestido com as faculdades próprias de seu cargo. Aguardam ao aspirante a alquimista provas e dificuldades próprias do nível em que se encontre. De alguma maneira, aquele que inicia a cozer a semente, para poder conseguir o composto necessário, retira-se da vida vulgar, os lugares de entretenimento desta época já não lhe motivam, fazem parte de um passado escuro e pelo mesmo carente de luz, as línguas de duplo sentido, o insulto e a blasfêmia, não são boas conselheiras, para quem foi eleito para trabalhar como alquimista, começa a morrer a uma vida mecânica... Onde a ilusão faz parte da vida junto a fantasia Onde a falta de consciência, é o comum denominador da sociedade. Onde a falta de valor na palavra é moeda de todos os dias. Onde a mentira é o meio para justificar nossa negligência. Onde o orgulho, faz-nos sentir superiores aos demais Onde vemos a nosso irmão o homem como um ser inferior. Onde nos aproveitamos das debilidades dos demais para nosso benefício. Onde as limitações culturais de quem não foi educado como nós nos é motivo de superioridade. Onde as necessidades de quem tem menos é motivo para escravizá-lo e assim conseguir nossos caprichos egoicos. Onde a ironia, converte-se na burla sutil de quem se considera com boa educação. Onde o aborrecimento, é consequência de uma apatia cada vez mais densa. Onde os ciúmes, não nos permitem viver, nem deixamos que os demais vivam em liberdade, convertendo-nos em réus de nossa fantasia. Onde a infidelidade é tão normal que nos parece natural. Onde a acumulação, faz que nos convertamos em avarentos Onde a preguiça, tem-nos tão impedidos que estamos presos a um condicionamento falso e torpe, que se manifesta em nosso estado não só físico, senão também mental. Onde a ira, embebeda-nos em nossos ódios e destruímos o que mais queremos. Onde a luxúria, submete-nos a esta vida, resgatando de nosso subconsciente as mais baixas paixões, assim os instintos sexuais não controlados nos induzem a cometer atos pasionais, fora de toda ordem. Onde a gula, faz-nos viver desmedidamente. Onde a inveja, não nos permite aceitar nossa própria realidade, fazendo-nos sofrer por aquilo que outros têm. Onde os nacionalismos nos impedem aceitar os valores de outros povos. Onde... Admitindo esses estados psicológicos e emocionais ou outros cuja raiz é o ego, (que assim mesmo, fazem parte de nossa realidade diária) o eleito pode chegar a sua própria morte psicológica, fazendo que sejam sepultados todos os inquilinos não desejados, que de alguma maneira são uma obstrução para chegar a nosso segundo nascimento.

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