Revista Mosaico 106 - Jan-Mar 2020

E ditorial

É

com imensa alegria que chegamos ao número 106, o terceiro da nova fase de relançamento do nosso principal meio de divulgação, a Revista Mosaico. Para além de uma renovação editorial, representa este feito a realização de um sonho, pois não é fácil fazer ressurgir um canal deste po e, praticamente na contramão da comunicação do mundo pósmoderno, no qual prepondera, com larga margem de vantagem, a instantaneidade da informação veiculada através da rede mundial de computadores e a utilização de equipamentos de tecnologia de ponta, ultravelozes.

Todavia, o maçom, comprometido que é com a utopia de fazer feliz a humanidade, não desanima ante as di culdades e se estimula a ultrapassar qualquer obstáculo ao sutil vislumbre de que, em assim o fazendo, poderá contribuir para o melhor bem do seu semelhante, indistintamente considerado, seja ele maçom ou não-maçom.

A presente edição põe em destaque a comemoração do aniversário de 92 anos da nossa Grande Loja, fulcrado em substancioso e esclarecedor a igo historiográ co da lavra do irmão José Linhares de Vasconcelos Filho, que narra, com riqueza de detalhes, os fatos e os meandros ínsitos no nascimento e na origem da Grande Loja Simbólica Escocesa Soberana para o Estado do Ceará, nos idos de 19 de março de 1928, e a ativa pa icipação de ilustres maçons do po e de Mário Behring, Álvaro Weyne e o Capitão José Rodrigues da Silva.

Ademais, esta edição prima por propiciar o deleite na leitura de temas relacionados às realizações da Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará (GLMECE), no primeiro trimestre do ano 2020. Como bem poderá avaliar o leitor, persevera no âmbito da nossa Grande Loja o mesmo clima de efervescência que contagiou os feitos materializados no semestre anterior, marcado, porém, por uma especial quali cação, no campo tanto das atividades administrativas, quanto das ações sociais, culturais e outras.

Sempre atento à integração, ao fo alecimento, à ampliação e ao apoio às Lojas Maçônicas da jurisdição, o Sereníssimo Grão-Mestre, Narciso Do a Ernandes Filho, compareceu e tomou pa e nas solenidades de iniciação de novos maçons, junto às Lojas: Deus e Harmonia II nº 32 (Barro); Deus e Humanidade nº14 (Juazeiro do No e); Defensores da Ordem nº 93 (Mauriti); Deus e Ipaumirim nº 49 (Ipaumirim); e Deus e Justiça nº 11 (Cedro).

Sem medir esforços, o Sereníssimo também prestigiou a festividade comemorativa do aniversário da Loja do Município de Cedro e visitou a Loja Bezerra de Menezes nº 117 (Jaguaretama), ali tratando de assuntos ligados aos interesses das O cinas que conglomeram o 44º Distrito e a comunidade maçônica circunvizinha.

Além disso, a GLMECE marcou presença na concorrida solenidade de posse do novo Grão-Mestre da GLERN, Robe Hook, rati cando os laços de amizade, há muito, rmados entre as duas Potências Maçônicas. O Sereníssimo GrãoMestre, Narciso Do a, ainda se fez presente na Conferência Nacional de Grão-Mestres, em Brasília-DF, palco do debate dos altos interesses da Maçonaria Brasileira e Universal.

No campo do Filoso smo, também no curso deste primeiro trimestre, vivenciamos a eleição e posse dos dirigentes dos Corpos Subordinados à Inspetoria Litúrgica da

1ª Região, do Supremo Conselho do Grau 33, do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República Federativa do Brasil, a saber: a Excelsa Loja de Pe eição Cônego Januário da Cunha Barbosa, a Excelsa Loja de Pe eição Rodolfo Ribas, o Sublime Capítulo Rosa Cruz, o Conselho Cavaleiros Kadosh Amaro Albuquerque, nº 3, e o Consistório de Príncipe Real Segredo Duque de Caxias.

Constituindo uma das metas prioritárias da atual administração da GLMECE, o zelo com as Ordens Paramaçônicas, ocorreu, no período de 10 a 12/01/2020, a Reunião Anual do Conselho Guardião Jurisdicional do Estado do Ceará, das Filhas de Jó Internacional, com a pa icipação do Bethel Princesas da Acácia, nº 11, sob o apoio da Loja Acácia do Vale, nº 51, em Tabuleiro do No e, bem como a instalação da segunda gestão do Capítulo Charlo e Mendenhall UD, no Templo do Humanismo, em Fo aleza-CE, e a posse dos novos dirigentes do Capítulo Vale do Jaguaribe, nº 37, ambos pe encente à interessante Ordem Estrelas do Oriente, sessões solenes amplamente prestigiadas pelo Sereníssimo Grão-Mestre Narciso Do a Ernandes Filho e pelo Eminente Grão-Mestre Marcius Tarcísio Sales.

Corroborando a constante preocupação da GLMECE, na ajuda ao próximo, uma vez que tal preocupação permeia o coração de cada obreiro e a meta de trabalho de cada Loja da jurisdição, poderá o leitor identi car, ao folhear a presente edição, que a fraternidade foi exercitada na sua mais nobre expressão, através de campanhas de coleta de sangue destinado a atender pessoas necessitadas, ligadas, ou não, ao contingente maçônico, a exemplo do que ocorreu no âmbito das Lojas Fraternidade Jaguaribana nº 16 (Jaguaribe), Loja Acácia do Vale nº 51 (Tabuleiro do No e) e Fraternidade e Justiça nº 48 (Fo aleza), cujo esforço humanitário resultou na coleta de mais de uma centena de bolsas de sangue, destinadas ao HEMOCE. Na seção destinada aos “Maçons Ilustres”, o leitor irá se deparar com a gura de Jaime Tomaz de Aquino, o maior empreendedor da cajucultura no Brasil; ex-combatente, à época, integrado ao 10º GAT-75 MM; caminhoneiro nas estradas do Brasil; visionário que identi cou a viabilidade econômica da castanha de caju do Ceará para o mundo; materializou a ideia da instalação de uma indústria de bene ciamento de castanha de caju; e fundou, em 1962, a CIONE, empreendimento fabril que gerava mais de 7.000 (sete mil) empregos diretos, com 90% da sua produção destinada aos mercados dos Estados Unidos, Europa, Líbano, Japão e América do Sul. O número que ora é disponibilizado, contendo as matérias acima destacadas e várias outras, foi elaborado de forma criteriosa, com muito esmero, carinho e respeito ao leitor, a quem dedicamos o trabalho empreendido e concitamos a pa icipar da magia consubstanciada na transformadora atividade da leitura, a qual esperamos que seja profícua, produtiva e a qual resulte, afora o objetivo informativo de pa e das realizações da nossa Grande Loja, no período de janeiro a março/2020, em agradável entretenimento, contribuindo, na medida do possível, para a elevação do padrão de FELICIDADE individual, familiar e social.

Bom proveito!

P alavra do Grão-Mestre

2020 + 20 DOIS MIL E VINTE, MAIS VINTE O que diria o Velho Capitão?

N

este mês de março, a Grande Loja Maçônica do Inevitavelmente, algo se destaca de pronto: o espírito Estado do Ceará completa noventa e dois anos desbravador e corajoso que provocou uma grande onda, de fundação e os seus obreiros têm todas as com re exos na propagação da maçonaria em direção razões para comemorarem. ao interior do Estado do Ceará. Em reduzidíssimo espaço Quase um século de aprendizado e construção. de tempo, foram surgindo as AARRLLSS Deus e Acaraú É por demais empolgante olhar para trás, no tempo, e nº 5 (Acaraú – 1932); Deus e Baturité II nº 6 (Baturité – contemplar os feitos dos nossos valorosos irmãos, ainda 1933); Nova Cruzada do No e Nº 7 (Fo aleza – 1933); no limiar do século passado. Mais empolgante, ainda, é Deus e Universo nº 8 (Quixadá – 1933); Deus e Caridade perceber que o espírito desbravador, empreendedor, nº 9 (Senador Pompeu – 1933); Deus e Liberdade nº 10 protagonista e, acima de tudo, de amor à causa da (Iguatu – 1934); Deus e Justiça nº 11, (Cedro – 1934); e maçonaria permanece vivo.

Liberdade V nº 12 (Fo aleza – 1935).

Durante esse quase século de existência, ilustres Um visionário de salutar ousadia. maçons dirigiram nossa Instituição. Todos eles, de Sabia o Capitão que o objeto da maçonaria, para alguma maneira, deixaram gravadas as marcas dos seus ganhar efetividade, depende da iniciação dos homens dedicados trabalhos, cujos frutos desfrutamos nos dias livres e de bons costumes. Sabia ele, também, que os atuais. Todos eles dignos de h o m e n s l i v re s e d e b o n s respeito e admiração, sendo, costumes estão por toda a “Durante esse quase século por isso, exemplos para nós, pa e. É possível imaginarmos maçons da atualidade, e para de existência, ilustres maçons quantas di culdades aquele aqueles que virão no futuro.

S e re n í s si m o Grão - M e st re dirigiram nossa Instituição.

Honrar o passado signi ca enfrentou para fundar tantas bem realizar no presente e lojas, em tão pouco tempo, com Todos eles, de alguma assegurar um bom futuro. uma in nidade de fatores a maneira, deixaram gravadas Dentre esses tantos serem vencidos, tais como: os as marcas dos seus dedicados p r e c o n c e i t o s d e o r i g e m personagens que iluminam a história de nossa GLMECE, um religiosa, muito mais fo es à trabalhos, cujos frutos deles se faz presente dentre época; as limitações dos meios desfrutamos nos dias atuais”. de comunicações existentes; a nós, de maneira ainda mais marcante, neste momento precariedade dos transpo es e especialmente desa ador para das estradas; en m, de fato, a maçonaria universal: José Rodrigues da Silva, o não deve ter sido nada fácil. Ce amente, a cada Capitão José Rodrigues, personagem com pa icipação desembarque do Trem, o Capitão José Rodrigues não decisiva no processo de fundação da Grande Loja encontrava na estação um grupo pronto e acabado, Simbólica Escocesa Soberana para o Estado do Ceará, ideal, para a composição de uma Loja Maçônica. É mais mais tarde, Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará, e provável que haja encontrado homens, social e espirituque viria a ser o seu Grão-Mestre, no período de 1932 a almente aptos para contribuírem na construção de uma 1935. nova Loja. É quase ce o que as condições não eram as O ex-Grão-Mestre José Linhares de Vasconcelos ideais.

Filho bem o de niu: “O Grão-Mestre da estruturação e Passado quase um século, o espírito corajoso e da regularidade”. desbravador do “velho Capitão” é chamado a operar O nome do Capitão José Rodrigues, quando invocanovamente dentre nós. A maçonaria em nada mudou do nas conversas dentre os maçons de hoje, provoca daquela época para cá. Seus princípios e o seu objeto sempre sentimentos de elevada admiração e respeito. permanecem intactos e as suas efetividades, obviamenAdmiração e respeito pelo homem e por suas obras. te, continuam a depender da iniciação dos homens livres

e de bons costumes. Para tornar feliz a humanidade, a maçonaria dispõe de ferramental próprio, guardando conhecimentos impo antes, à luz de aspectos puramente esotéricos. Não há como disseminar o conhecimento senão pela ação das suas Lojas e dos seus iniciados. Aquele ousado visionário já sabia disso no começo do século passado.

O trabalho do Capitão José Rodrigues precisa ser retomado. Há ainda muitos vácuos de maçonaria nos municípios do nosso Estado. Precisamos preenchê-los.

Há homens livres e de bons costumes por toda a pa e e a eles devemos oferecer a opo unidade de acesso aos tesouros que carregamos através dos tempos. É preciso compreender, fundamentalmente, que os critérios de qualidade e quantidade não são excludentes ou incompatíveis entre si. Há como se juntar, sim, quantidade com qualidade.

Honrar o passado signi ca enfrentar as di culdades atuais, com a mesma determinação com que enfrentaram aqueles heróis; sair da zona de confo o e vencer a inércia que imobiliza alguns; ter humildade para reconhecer não somente que não somos melhores do que os que “estão lá fora”, mas também que a iniciação, por si só, não nos torna maçons, mas as mudanças de atitudes que, eventualmente, pudermos esboçar; que os não iniciados, se livres e de bons costumes, merecem ver a luz; e que a maçonaria é do mundo e para o mundo e não apenas para o “nosso mundo”.

Guardadas as devidas proporções e com elevadíssimo respeito pela memória do Sereníssimo exGrão-Mestre, Ir.·. José Rodrigues da Silva, é possível supor que o Projeto 2020 + 20, em andamento em nossa GLMECE, cujo propósito é estimular a ampliação do número de Lojas e de Obreiros na jurisdição, bem como prospectar e fomentar a

Narciso Do a Ernandes Filho Grão-Mestre

criação de Lojas naquelas localidades que ainda não possuem empreendimentos de natureza maçônica, receba as bênçãos daquele iluminado.

O Capitão José Rodrigues vive em cada um de nós.

Viva o “velho Capitão”.

SAÚDE É FELICIDADE!

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GLMECE e você na prevenção contra o Coronavírus (COVID-19) Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por, pelo menos, 20 segundos. Se não houver água e sabonete, usar desinfetante à base de álcool para as mãos ;

Edição 106 • Ano 33 • Jan-Mar/2020

MOSAICO

Órgão oficial de informação trimestral da Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará Filiada à Associação Brasileira de Imprensa Maçônica (ABIM), sob o nº 008-J. Narciso Dorta Ernandes Filho Grão-Mestre

Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; Evitar contato próximo com pessoas doentes; Ficar em casa quando estiver doente; Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, com lenço de papel e joga-lo no lixo logo em seguida; Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.

Marcius Tarcísio Sales Grão-Mestre Adjunto Odival Francisco Batista Lima Grande Secretário de Cultura e Divulgação Raniere Noronha de Carvalho Grande Secretário de Cultura e Divulgação Adjunto Conselho Editorial: Narciso Dorta Ernandes Filho Marcius Tarcísio Sales Luiz Ronaldo Pereira Ribeiro João Carlos de Oliveira Uchoa Raniere Noronha de Carvalho Franck Monteiro Ananias Pinheiro Granja Gerson Sabbado Ehrhardt Jornalista Responsável: Ivelise Maia (CE 1886 JP) Projeto Gráfico, Diagramação, tratamento e edição de imagens: Germano S. Abreu Revisão: Josenir Alcântara de Oliveira Ana Cecília Viana Departamento comercial: Luiz Antônio Quaglio (85) 98841.1092 Franck Monteiro (85) 99924.8492 Impressão: Expressão Gráfica e Editora (faleconosco@expressaografica.com.br)

Av. do Imperador, 145 Centro • Fortaleza-CE (85) 3105.6100 • (85) 3105.6109

Fonte: Ministério da Saúde

glmece.org.br/revistamosaico mosaico@glmece.org.br

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MOSAICO 106 • Jan-Mar/2020

8.000 exemplares • Distribuição dirigida

N esta edição Pág.

16 Pág.

14 Pág.

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Entrevista WALDONYS Ser Mulher

Pág.

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O caju do Ceará e suas curiosidades

92 ANOS DE GLMECE

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28 19 Cultura | AMLEC expande quadro de Membros Correspondentes

34 Opinião | A pe eição nossa de cada dia 36 Cidadania | Rebolar plástico no mato 40 Cidadania | Câmara Municipal de Fo aleza 42 Opinião | A comunicação a i cial - O futuro já não é como era antes

44 Maçons ilustres | JAIME AQUINO, orgulho de muitos

49 Paramaçônicas | Capítulos da Ordem da Estrela do Oriente no Ceará têm novas gestões

50 Paramaçônicas | Tabuleiro do No e é sede da Reunião Anual 2020 das Filhas de Jó

54 Filoso smo | Presidentes dos Corpos Subordinados tomam posse

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D o Leitor Esta seção é destinada à você, nosso estimado leitor. Através dela, poderemos receber suas manifestações e sugestões.

Além de enviar correspondência para o nosso endereço (ver expediente), você também poderá enviar seu e-mail para mosaico@glmece.org.br e, para facilitar a seleção, no campo assunto, comece colocando, em maiúsculas, a palavra DO LEITOR. Estamos esperando!

ERRATA Na capa da edição 105, onde informamos Ano 19, o correto é: ANO 33; Na página 11, na seção É Notícia da edição 105, onde informamos os números de campanhas de coletas de sangue dos últimos 5 meses da Loja Maçônica de Paraipaba, o correto é: 5 ÚLTIMAS CAMPANHAS;

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Na página 11, na seção É Notícia da edição 105, onde informamos o nome da Loja de Eusébio, o correto é: UNIÃO E FRATERNIDADE DO EUSÉBIO Nº 157; Na página 17, no anúncio da A print Fardamentos, o telefone correto é: (85)98751.1597; Na página 38, da edição 105, onde lê-se, no título: Escoçês, o correto é: ESCOCÊS.

É notícia GRÃO-MESTRE NO CARIRI

O Sereníssimo Grão-Mestre, Narciso Do a, pa icipou, ao lado dos Irmãos Maçons da região do Cariri, da Sessão de Iniciação na Loja Deus e Harmonia II nº 32, no município de Barro-CE, em 18 de janeiro de 2020. Momentos de muita felicidade!!!

A Loja Maçônica Acacia do Vale nº 51, através do Venerável Mestre Carlos Rômulo Filgueira Maurício, agradece a direção da Escola Estadual Francisco Moreira Filho e ao maçom Osiel Chaves de Andrade, funcionário da instituição, pelo apoio prestado durante todo o dia de campanha.

DOAÇÃO DE SANGUE NA LOJA FRATERNIDADE JAGUARIBANA Nº 16

DOAÇÃO DE SANGUE NA LOJA ACÁCIA DO VALE Nº 51 (TABULEIRO DO NORTE) A Campanha de doação de sangue realizada no dia 18 de janeiro de 2020 pela Loja Maçônica Acácia do Vale nº 51, da cidade de Tabuleiro do No e, arrecadou 142 bolsas de sangue, com 6 cadastros para doação de medula e 177 cadastros gerais.

O evento aconteceu na Escola Estadual Francisco Moreira Filho, onde pa iciparam mais de 20 pro ssionais, entre eles, a equipe do HEMOCE de Quixadá e de Fo aleza.

A Loja Fraternidade Jaguaribana nº 16, da cidade de Jaguaribe-CE, realizou no dia 21 de janeiro de 2020, a campanha de doação de sangue em sua sede. Foram realizados 240 cadastros de doadores e a captação de 159 bolsas. Pa iciparam da campanha, além dos membros da Loja, as cunhadas e os sobrinhos.

Foi a primeira campanha realizada no Vale do Jaguaribe onde os processos de coleta de dados e cadastramento de doadores foram feitos online, com a informatização de todas as etapas.

O evento contou com a pa icipação dos membros da Loja Acácia do Vale nº 51 e apoio dos DeMolays do Capítulo Príncipe do Vale nº 873.

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GLMECE NO CEDRO

Na sexta-feira Narciso entregou uma placa de homenagem ao Sereníssimo Grão-Mestre da GLERN, irmão Robe o Di Sena, que transmitiu o cargo ao GrãoMestre eleito, Robe Hook, que também recebeu uma placa de homenagem da GLMECE. 3ª AÇÃO FRATERNAL DA LOJA FRATERNIDADE E JUSTIÇA Nº 48

No dia 25 de janeiro, a GLMECE pa icipou da Sessão de Iniciação e Aniversário de 86 anos da Loja Deus e Justiça nº 11, da Cidade de Cedro-CE, com a presença do Sereníssimo Grão-Mestre, Narciso Do a, do Eminente Grão-Mestre Adjunto, Marcius Tarcísio Sales, e o Grande Orador da GLMECE Ronaldo Ribeiro. Momentos de muita harmonia, com a presença de mais de 130 Maçons.

GRÃO-MESTRE NARCISO DORTA NA POSSE DO GRÃO-MESTRE ROBERT HOOK (GLERN )

Nos dias 15 e 16 de fevereiro de 2020, a Loja Maçônica Fraternidade e Justiça nº 48 realizou a 3ª Ação Fraternal para doação de sangue. O evento aconteceu no Palácio Maçônico Moisés Santiago Pimentel, no bairro Prefeito José Walter.

Narciso Do a Ernandes Filho, Grão-Mestre da GLMECE, juntamente com sua esposa Rose Neide Santos, pa icipou, em 8 de fevereiro, da cerimônia de Posse do Grão-Mestre eleito da Grande Loja do Estado do Rio Grande do No e (GLERN), Robe Hook.

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É notícia Foram 205 voluntários à doação de sangue e 135 bolsas captadas, além de 3 cadastros para o banco de doadores de medula óssea.

Durante a ação, foram ofe ados serviços como aferição de pressão a erial e teste de glicemia, com 211 pessoas atendidas. 32 crianças carentes realizaram exames de visão. Destas, 7 foram constatadas com necessidade de lentes corretivas e as receberam em forma de doação. 60 crianças passaram pelo atendimento odontológico e receberam kits para cuidados com a saúde bucal. Foi disponibilizado o serviço de co e de cabelo para 103 presentes, consultas com nutricionista e exame de bioimpedância para 42 pessoas, massoterapia com 19 atendimentos e 2 consultorias jurídicas.

GLMECE EM MAURITI

GLMECE VISITA CIDADE DE IPAUMIRIM

A comitiva da Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará (GLMECE), liderada pelo Sereníssimo GrãoMestre, Narciso Do a Ernandes Filho, com apoio do Eminente Grão-Mestre Adjunto, Marcius Tarcísio Sales, esteve presente no sábado, 29 de fevereiro, na Sessão Magna de Iniciação na Loja Maçônica Deus e Ipaumirim nº 49, na cidade de Ipaumirim, a 417Km de Fo aleza.

AMLEC PRESENTE NA POSSE DA CADEIRA 24 DA ACADEMIA CEARENSE DE LETRAS

Em 15 de fevereiro de 2020, o Sereníssimo GrãoMestre, Narciso Do a, esteve na Sessão Magna de Iniciação na Loja Defensores da Ordem nº 93, em Mauriti-CE, a 496Km de Fo aleza. Na ocasião, foram iniciados 10 novos Obreiros, já dentro do Programa de incentivo da GLMECE 2020+20 (dois mil e vinte mais vinte).

COMITIVA DA GLMECE VISITA JAGUARETAMA Na noite de 17 de fevereiro, o Sereníssimo Grão-Mestre, Narciso Do a, e o Grande Delegado Especial do GrãoMestre para o 44º Distrito, Francisco de Assis Pinheiro, pa iciparam da Sessão Econômica realizada na Loja Bezerra de Menezes nº 117, na cidade de JaguaretamaCE. A reunião contou com a presença de membros de várias Lojas da Região.

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A Academia Maçônica de Letras do Estado do Ceará (AMLEC) representada pelo presidente Luiz Ronaldo Pereira Ribeiro, vice-presidente João Carlos de Oliveira Uchôa e o acadêmico Gerson Sabbado Ehrhardt esteve presente na posse da Acadêmica Laéria Bezerra Fontenele, titular da Cadeira 24, da Academia Cearense de Letras (ACL). A solenidade aconteceu no dia 05 de março de 2020, na sede da ACL, no Centro.

A mesa dos trabalhos foi conduzida pela presidente da Academia Cearense de Letras Angela Maria Rossas Mota de Gutiérrez.

Ta m b é m e st i ve ra m pre s e nte s : o Re itor da Universidade Federal do Ceará Cândido Albuquerque, o presidente do Instituto do Ceará Lúcio Alcântara, o secretário do meio ambiente A ur Bruno, entre outras autoridades.

O vice-presidente da Academia Cearense de Letras, Juarez Leitão, saudou a escritora e professora Laéria Fontenele, destacando a sua trajetória. A sessão contou com a presença de acadêmicos, familiares e amigos.

GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DO CEARÁ NA CONFERÊNCIA NACIONAL DE GRÃO-MESTRES EM BRASÍLIA Na quinta-feira, 5 de março de 2020, Grão-Mestres do Brasil reuniram-se em Brasília-DF, para a Conferência Nacional de Grão-Mestres.

O evento aconteceu no Hotel Golden Tulip e contou com a pa icipação do Sereníssimo Grão-Mestre, Narciso Do a Ernandes Filho, representando a Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará (GLMECE), ao lado de outros Grão-Mestres do Brasil.

Entre os assuntos debatidos na conferência, temas como: Orçamento e Finanças; Editora CMSB; UNICMSB EAD; Tratados e Reconhecimentos Interpotenciais; a Conferência Mundial de Grandes Lojas que acontecerá este ano em Israel e outros assuntos de interesse da Maçonaria Brasileira.

E ventos

Muita folia no

A

alegria tomou de conta do Salão de Eventos da Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará na tarde do sábado, 15 de fevereiro. O Bloco da Feliz Idade reuniu cerca de 70 pa icipantes que recordaram as tradicionais marchinhas de carnaval.

Não faltou diversão e brincadeiras na programação, conduzida pela Primeira-Dama da GLMECE, Rose Neide Santos Rodrigues Ernandes.

Ao nal, foram escolhidos, através de votação dos presentes, a Rainha e Rei Momo do Bloco da Feliz Idade. A rainha foi a cunhada RITA JUREMA JUCÁ, esposa do Maçom Ioannes Magalhães de Alencar, da Loja Nobres e Excelsos Cavaleiros do Templo da A e Real nº 64, e o Rei Momo, o maçom EDILSON ALVES DE LIMA, da Loja Fo aleza nº 3 e membro da Grande Comissão de Bene cência Maçônica

Dias antes do sábado de folia, as Samaritanas do Ceará dedicaram seus esforços ...

... para preparar decoração do ambiente e alegorias usadas no desfile do Bloco da Feliz Idade.

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A Rainha Rita Jurema e seu Cunhado, o Rei Momo Edilson Lima.

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E ntrevista

O sanfoneiro cearense Waldonys foi entrevistado pelo sistema de comunicação da Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará (Rádio Felicidade Está no Ar, GLMECE TV e Revista Mosaico) em um papo bastante descontraído com a Jornalista Ivelise Maia, no dia 12 de fevereiro de 2020, em sua casa. Ao lado do amigo e também sanfoneiro João Bandeira Jr., Waldonys contou um pouco da sua história, carreira, família, seu respeito pela instituição maçonaria e falou do início de sua paixão como piloto acrobático.

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Waldonis José Torres de Menezes nasceu em Fo aleza, no dia 14 de setembro de 1972. “Waldonys” é cantor, sanfoneiro, paraquedista e piloto acrobático. Seu pai, Eurides, era acordeonista amador e o incentivou a iniciar seus estudos musicais com aulas pa iculares a pa ir dos 11 anos.

Posteriormente teve aulas teóricas no Conservatório Albe o Nepomuceno.

Nessa época, conhece Dominguinhos, que o apresenta a Luiz Gonzaga, pa icipando em 1988 da gravação do LP “Aí Tem”, na música “Fruta Madura”, na qual seu nome é citado por Luiz Gonzaga. Waldonys também gravou um clipe da música “Sonho de Ícaro” com a Esquadrilha da Fumaça.

IVELISE MAIA: Waldonys, vamos começar falando sobre a sua história de vida.

WALDONYS: Sou cearense da gema, com muita honra, com muito orgulho. Filho de Sanfoneiro, eu não diria um exímio sanfoneiro e nem um sanfoneiro que se pro ssionalizou nunca no instrumento, mas um apaixonado pela sanfona. O amor do meu pai pelo instrumento, pelo forró é algo fora da curva.

E graças a esse amor dele, eu tive a so e de ouvir ainda no berço, exatamente: Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Marinês, Trio Nordestino, todo esse time de forrozeiros eu ouvi ainda na barriga da minha mãe. O sonho do meu pai era ser um sanfoneiro pro ssional e não deu ce o. Mas ele se realiza muito no que eu faço, vai aos shows quando pode e isso é m u i t o b o m . Co m e c e i a t o c a r triangulo no grupo do meu pai, depois reco reco, agogô, instrumentos percussivos. Um dia eu olhei pra sanfona e ela olhou pra mim, mas eu tinha muito medo de tocá-la, porque eu e meu irmão tivemos uma criação muito dura, apanhávamos muito.

Meu pai tinha muito ciúmes da sanfona e meu medo é se ele me pegasse mexendo na sanfona, era uma surra ce a. E aí quando ele saia pra trabalhar eu começava a mexer na sanfona e comecei a dedilhar as primeiras notinhas da “Asa Branca” que era o que eu mais ouvia. Um dia

ele chegou mais cedo do trabalho e como mentira tem perna cu a, ele me pegou tocando na sanfona dele eu achei que ia levar uma surra, mas não foi bem assim. Quando ele chegou e me viu tocando, cou observando e gostou. Poucos dias depois contratou um professor pra

“Eu sou um admirador profundo da maçonaria.

Tenho muitos amigos maçons. Um dos meus amigos maçons me disse: ‘Waldonys, você é um maçom sem frequentar Loja.’ ” me dar aula de sanfona. Eu devo muito a esse cara, o Valmir. Ele tocava sanfona e teclado numa banda chamada “Banda Um”. Se eu sou alguma coisa hoje, musicalmente falando eu devo muito a ele. O tempo foi passando e eu conheci Dominguinhos na cidade de Mossoró, e ele falou de mim para o Seu Luiz Gonzaga, do menino tocando sanfona no Ceará. Naquela época, nos anos 80, era estranho ver um menino tocando sanfona. Isso foi bom pra mim, porque o seu Luiz Gonzaga cou na curiosidade e veio me conhecer. Aí eu toquei várias músicas dele: “O choro 13 de dezembro”. Ele me levou pra Iguatu,

pra uma grande festa. Meu primeiro show, porque eu só tocava no ginásio do colégio e nos aniversários dos primos, dos irmãos. E esse primeiro show que seu Luiz me levou pra tocar, era uma festa da maçonaria.

Depois ele me levou pra Exu, pra tocar no aniversário dele e de lá, pra outros programas de projeção nacional.

IVELISE MAIA: Como você vê a instituição maçonaria?

WALDONYS: Eu sou um admirador profundo da maçonaria.

Tenho muitos amigos maçons.

Um dos meus amigos maçons me disse: “Waldonys, você é um maçom sem frequentar Loja.” E eu não sou um maçom, eu digo o por que. Teve um irmão de vocês, grande Jaime Aquino, saudosa memória. Seria um grande padrinho na maçonaria, fora o seu Luiz

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E ntrevista Gonzaga, porque na época eu era menino. O seu Jaime Aquino chegou pra mim ce a vez, eu lembro demais e disse assim: “Olhe meu lho, consulte a Deus, consulte a você e consulte a sua senhora. Se você quiser eu serei seu padrinho.” Eu sempre quis ingressar na maçonaria, ser iniciado. Por Deus, por mim, tudo bem, mas quando chegou na minha esposa, pra fechar a santíssima trindade, ela não concordou. Mas eu sou um admirador profundo, eu acho que a maçonaria é uma instituição milenar, de tanto tempo e que tem uma historia muito bonita. Eu acho várias qualidades. Enumeraria muitas. Mas uma das maiores qualidades que eu vejo na maçonaria é o seu silencio, Doar sem aparecer, É bíblico: “Dar com a direita, que a esquerda não veja.”

me mostra tudo que eu tenho direito aí, que eu quero ver como é a sensação. Eu quis entrar na acrobacia pra saber e emitir minha opinião, baseada na minha experiência. Mas quando come çou a pa e das acrobacias e olhei e pensei: “Poxa vida, aqui é o meu lugar.” Eu me senti bem. Eu vi que eu nasci pra aquela sensação de voar. Eu não seria um bom médico, porque eu sou hemofóbico, que quando vê sangue, desmaia. Mas a acrobacia não me faz mal. Pelo contrário, me fez muito bem. E aí z o curso, depois fui à São Paulo, aprimorei meus conhecimentos, até chegar a nossa gloriosa “esquadrilha da fumaça”, que é o

IVELISE MAIA: Outra grande paixão na sua vida além da música e da sanfona é o céu, voar! Você é paraquedista e piloto acrobático.

Como surgiu essa paixão?

WALDONYS: Essa paixão ela vem dentro de mim de muito tempo e ao contrário da música, não tem nada haver com uma herança da família, A música na minha vida tem uma pa e hereditária grande, mas a aviação eu não sei explicar direito. Eu sempre tive o sonho de voar, de se ver livre como um pássaro. Quando eu estava tocando com a Marisa Monte, integrando a banda dela, já estava mais independente, comecei a andar no aeroclube como aeromodelista, que controla aviões de controle remoto. O piloto de aeromodelismo é um piloto. Depois fui para o ultraleve básico, intermediário, avançado, instrutor de vôo, até que chegou um dia um avião de acrobacia em Fo aleza. Ia passar seis meses e quem quisesse fazer o curso, pagava a hora. Eu olhei e paguei a hora e disse para o piloto, 18

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Ao nal da entrevista, Waldonys e João Bandeira Jr. tocaram “Acácia Amarela”, do maçom e Rei do Baião, Luiz Gonzaga.

melhor e mais prestigiado esquadrão de demonstração aérea do mundo. Eu tive uma aproximação muito grande com eles. Fui condecorado com membro honorário da força aérea e da esquadrilha da fumaça. Da mesma forma foi com o paraquedismo. Quando saltei, também fui picado pelo vírus do paraquedismo. Desde 1999 que eu salto de paraquedas e nunca morri.

Se você zer tudo dentro do padrão, você pode até morrer, porque chegou seu dia, assim como você pode estar em casa e ter um “piripaque” e morrer Colaboração: Ivelise Maia (Jornalista Profissional - CE 1886 JP)

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AMLEC expande quadro de Membros Correspondentes

Academia Maçônica de Letras do Estado do Ceará (AMLEC), através do presidente Luiz Ronaldo Pereira Ribeiro, com o intuito de expandir o quadro de Membros Correspondentes da Arcádia, solicita a indicação dos Veneráveis Mestres das Lojas Maçônicas da Jurisdição, excetuando-se Fo aleza, de dois maçons, para serem admitidos nessa categoria de sócio.

Lembrando não se tratar de representante da Loja junto à Academia. O Membro Correspondente é um acadêmico da AMLEC com ingresso previsto estatutar ia m e nte q ue , j u nta m e nte com os M e m bros Fundadores, Efetivos, Honorários e Beneméritos formam o seu quadro, com papel fundamental do cultivo e divulgação da língua po uguesa e da cultura maçônica.

Junto à indicação manifestada mediante correspondência, a Loja deve anexar o currículo maçônico e profano do indicado, a lista dos títulos das suas produções literárias, podendo ser: livros, crônicas, poesias, cordéis, músicas, palestras maçônicas/profanas; atestado da Loja comprovando ser o indicado possuidor de reconhecida cultura maçônica e/ou demais manifestações e; produções em nome da ciência e das a es ou ter o indicado prestado relevante serviço considerado de manifesto valor cultural.

O objetivo da AMLEC é valorizar a cultura maçônica em todas as Lojas que fazem pa e da Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará (GLMECE), divulgar e reconhecer a dedicação dos maçons do interior do Estado, que escrevem sobre temas dos mais diversos, seja em prosa e verso etc. maçônico ou não

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Entrevistas com ex-Grão-Mestres para o Museu da Imagem e do som da GLMECE

Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará está com um projeto em desenvolvimento para a reativação do Museu da Imagem e do Som. Serão realizadas entrevistas com os ex-GrãoMestres da instituição. No dia 22 de janeiro de 2020, no Templo da Verdade do Palácio Maçônico da GLMECE, o Sereníssimo Grão-Mestre, Narciso Do a, recebeu a visita do ex-Grão-Mestre Osmar Maia Diógenes, que pa icipou de uma gravação sobre a história da Maçonaria e da Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará. O projeto vai entrevistar os exGrão-Mestres da GLMECE e resgatar a história da nossa instituição que, em 19 de março de 2020, comemorou 92 de fundação

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O CAJU DO CEARÁ E SUAS CURIOSIDADES

O

Segundo informações de 2018, do IBGE, o Ceará é o maior produtor de caju do Brasil, respondendo por quase 60,8%, equivalente a 81 mil toneladas.

Foto: Ministério da Agricultura

cajueiro (Anacardium occidentale) ocupa lugar de destaque entre as plantas frutíferas tropicais e é encontrado, praticamente, em todos os estados brasileiros, adaptando-se melhor às condições ecológicas do litoral do Nordeste. O Ceará, estado conhecido como a terra do caju em todo o país, é considerado um dos maiores expo adores da castanha de caju do mundo e um dos principais redutos de empresas de bene ciamento do fruto no nordeste.

Segundo a FIEC (2019), a atividade da cajucultura é uma das mais impo antes para a economia do Estado, principalmente o bene ciamento e venda da castanha, que ocupa o 2º lugar na pauta de expo ação do Estado do Ceará.

De acordo com dados fornecidos pelo Sindicato dos Produtores de Caju do Estado do Ceará - SINCAJU ainda no ano de 2007, a cultura do caju era responsável pela geração de 30.000 empregos diretos e 100.000 empregos indiretos, sendo traduzida na culinária, no a esanato e nas manifestações populares. A expo ação da amêndoa do caju movimentava no campo mais de 300 mil empregos. Na indústria, seu bene ciamento empregava no Estado cerca de 10 mil pessoas. Em anos normais, o Ceará oferece 85.000 ton/ano de castanha, como matéria prima para as indústrias, enquanto que o Estado do Piauí contribui com 50.000 ton/ano e o Rio Grande do No e com 30.000 ton/ano.

O caju é uma fruta nativa do nordeste do Brasil, tendo sido sua semente levada no século XVI pelos po ugueses, para introduzi-la na Índia e depois na África. Fruto nativo dos tabuleiros e dunas do Brasil, sempre vizinho ao mar, é do francês André Thevet, em 1558, a mais antiga descrição do fruto, comparado a um ovo de pata.

Posteriormente, o holandês Mauricio de Nassau protegeu os cajueiros por decreto e fez o seu doce, em compotas, chegar às melhores mesas da Europa.

Profundos conhecedores da natureza, os índios foram os primeiros a descobrir o valor terapêutico da árvore genuinamente brasileira. Os silvícolas davam grande valor ao cajueiro, que consideravam uma árvore Jan-Mar/2020 • MOSAICO 106

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O caju é um fruto versátil, podendo ser transformado em diversos e deliciosos produtos culinários.

milagrosa não só pelos seus frutos alimentícios, mas também pela força curativa. Os negros, também da árvore se utilizaram para curarem suas mazelas.

O cajueiro é encontrado praticamente em todos os estados brasileiros, contudo adapta-se melhor às condições ecológicas do litoral do Nordeste. Existe no país uma tradição de aproveitamento do pedúnculo ou falso-fruto do cajueiro que reside na transformação em produtos variados como sucos, sorvetes, doces diversos (compota, cristalizado, ameixa, massa, etc), licor, mel, geleias, cajuína, refrigerantes gasei cados e aguardente. Há relatos de alguns desses produtos que datam do século XVII.

O caju é um dos símbolos da região nordeste e um dos principais produtos agrícolas, sendo a base da economia de muitos municípios do Nordeste brasileiro.

O bene ciamento da castanha do caju é a tônica de muitas cidades do estado, que já expo am para alguns países dos Estados Unidos e da Europa. A cajuína, o suco, os doces e as compotas são também bastante apreciados pela população e visitantes. Os produtos são comercializados em cooperativas, centros e lojas a esanais, barracas de praias etc.

O sucesso na exploração econômica do cajueiro nos diferentes agrossistemas, para onde ele tem sido levado, depende de sistemas de produção que incluam, fundamentalmente, indivíduos adaptados às condições de clima e de solo de cada situação, razão pela qual cabe ao melhoramento genético impo ante papel na viabilização da cultura, independente do ambiente onde ela for explorada.

Além da Amêndoa da Castanha de Caju (ACC), que é o produto de maior interesse e maior aceitação nos mercados do mundo inteiro, o cajueiro possibilita a obtenção do Líquido da Castanha de Caju (LCC), um subproduto com grande potencial de aproveitamento industrial, principalmente na indústria química, mas de valor econômico efetivo atualmente muito baixo por alguns fatores tecnológicos limitantes, razão pela qual não tem sido objeto de interesse momentâneo para melhoramento. O cajueiro oferece, ainda, o falso-fruto ou pedúnculo, cujo potencial de aproveitamento é muito expressivo pelas opções no mercado de frutas, tanto no consumo in natura como na fabricação de doces, sucos, refrigerantes, etc., mas sua expressividade econômica ainda é baixa quando comparada com o volume total de produção, o que tem gerado os menores indicadores econômicos da cultura em termos de expo ação.

A tecnologia do melhoramento da qualidade da cajucultura no Brasil está disponível para todo cidadão no Centro Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical - Embrapa Agroindústria Tropical, Fo aleza, CE, e pode ser obtida por treinamentos, consultorias e pela aquisição de propágulos.

O que se entende popularmente como "caju", constitui-se de duas partes: a fruta propriamente dita, que é a castanha; e seu pedúnculo floral, pseudofruto geralmente confundido com o fruto. Este constitui-se em um pedúnculo piriforme, amarelo, rosado ou vermelho, geralmente carnoso, suculento e rico em vitamina C e ferro, comestível, de onde se preparam sucos, mel, doces, passas e cajuína, uma bebida sem álcool. A castanha (o fruto verdadeiro do cajueiro) é a parte comestível dura, muita apreciada depois de torrada e salgada.

O Brasil é um dos líderes mundiais de produção e processamento de castanha de caju, reconhecido pela qualidade de suas amêndoas e pela con abilidade de seus fornecedores. Sua cadeia de negócios é concentrada nos estados nordestinos. No Ceará, a cadeia produtiva do caju é estratégica, sendo o segundo produto na pauta de expo ações. O parque industrial instalado tem capacidade para processar um volume superior a 300 mil toneladas/ano e gera 15 mil empregos na área da indústria. O caju está espalhado praticamente por todos os municípios do estado, com 50% da área cultivada no país. Produz na entressafra das demais culturas, criando milhares de postos de trabalho na fase mais crítica da agricultura. Esse número é ainda mais expressivo quando se consideram as indústrias de sucos, doces e as minifábricas de castanha.

Mas, apesar dos números positivos, o setor enfrenta problemas, agravados ultimamente, com sérios re exos na sua sustentabilidade e competitividade. A redução no preço internacional da amêndoa, associada à comercialização altamente intermediada da matéria-prima, re ete no baixo preço da castanha. Além disso, problemas de produtividade e qualidade, no campo e na indústria, associados à elevação dos encargos e do custo de produção, inviabilizam várias unidades produtivas, principalmente no setor agrícola, onde predominam o monocultivo e o uso intensivo de capital.

Os problemas da cajucultura no Ceará não são novos. Apesar da grande impo ância do cajueiro para a economia do Ceará e de outros estados do Nordeste, o setor vive uma crise que se agrava a cada ano. Entre os fatores causadores dessas di culdades está a ausência de uma política pública global para a cajucultura, gerando a falta de integração no meio dos elos da cadeia produtiva. O resultado é o desperdício quase total do pedúnculo do caju, a baixa qualidade da matéria-prima fornecida às indústrias e a falta de atualização das tecnologias usadas nos processos de bene ciamento.

Jaime Tomaz de Aquino, considerado o “Rei do Caju”.

A ausência de um líder, de um incentivador e de um apaixonado pela cajucultura também é sentida entre os cajucultores cearenses. O exemplo do Rei do Caju Jaime Tomaz de Aquino cou na história (Saiba mais sobre Jaime Aquino em Maçons Ilustres, na pág. 44).

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MUSEU DO CAJU O Museu do Caju é um espaço cultural de inclusão sócio cultural, ambiental e turístico – O caju como instrumento de mudanças para o Ceará. Viajar no imaginário do caju, saber da sua origem, dos usos e costumes, das histórias populares,... investigar a economia da cajucultura, a diversidade, as curiosidades...

Esse roteiro se constituiu numa visita ao Museu do Caju do Ceará, em Caucaia, que tem assumido a missão de trabalhar diversos aspectos dessa cultura em nosso Estado. Opo unidade de provar delícias de uma culinária que tem como base esse fruto regional, além de adquirir belas peças de a es, a esanatos e brindes com a temática do caju elaborados por cearenses (a esãos, a istas plásticos e poetas) de cerca de 20 municípios.

O Museu do Caju foi idealizado em 1995 pelo educador, turismólogo e pesquisador Gerson Linhares. O equipamento cultural foi instalado e inaugurado no dia 01 de setembro de 2007 em uma bela chácara na Região Metropolitana de Fo aleza, no bairro Parque Guadalajara, no município de Caucaia. O Museu do Caju é cadastrado no Ministério da Cultura através do Ibram – Instituto Brasileiro dos Museus.

A ONG Caminhos de Iracema, a Embrapa do Governo Federal, o Instituto Caju Brasil e as empresas Caju & Cia, Caju Cardeal, Editora Georotas, Cajuína O Mariano são também parceiras desse projeto. A empresa Tribos Ceará Turismo também apoia as atividades do Museu do Caju – direcionando grupos de estudantes, terceira idade, funcionários públicos e turistas a visitarem o espaço cultural.

O Museu do Caju do Ceará - MCC visa promover e divulgar a cultura do caju como um dos principais produtos de inclusão sócio, educacional, cultural e econômica do Estado do Ceará. Um novo espaço cultural 24 MOSAICO 106 • Jan-Mar/2020

que proporciona educação, cultura, lazer e diversão para o público da terceira idade, estudantes, funcionários públicos, comunidade em geral e turistas.

O projeto é pioneiro e único no Brasil, na área da cajucultura, no segmento de criação de museu atrelado ao tema. O Museu do Caju é uma homenagem singela aos agricultores , cajucultores e as impolutas e destemidas pessoas que amavam o Caju do nosso Ceará –Nordeste. Destacando a Sra. Rita Miranda Linhares (1930-2014) natural de Ipu – benfeitora do espaço cultural (in memoriam) e o Sr. Jaime Tomaz de Aquino (1924-2015) natural de Jaguaribe - maior plantador de cajueiros do mundo (in memoriam).

O Museu do Caju desenvolve trabalhos sócio culturais com as comunidades de dois bairros populosos: Conjunto Ceará ,Fo aleza e a Grande Jurema, Caucaia; além de pessoas oriundas de 20 municípios diferentes do Ceará. (Cultura do caju, educação patrimonial, a esanato, culinária, a es, literatura popular, manifestação popular, etc). A chácara é um local simples, verdejante, tranquilo e bastante acolhedor. Já são 70 pessoas na Região Metropolitana de Fo aleza atendidas com o projeto – idosos, pessoas com de ciência, a istas e a esãos fazem a es e a esanatos com a temática do caju de janeiro a julho e produtos derivados do caju de agosto a dezembro. Um sucesso de inclusão sócio cultural e ambiental.

O projeto trabalha também com 20 comunidades com cerca de 150 pessoas do interior, dos 60 municípios que trabalham a cajucultura no Ceará - que já enviam peças de a es, a esanatos com a temática do caju e produtos derivados da fruta para serem divulgados e comercializados no espaço.

O Museu do Caju, no dia 01 de setembro de 2020, completará 13 anos dedicados à educação patrimonial relacionada com a temática do caju no Ceará, uma ação pioneira que já recebeu, em média, 150 mil pessoas –

público maior de cearenses entre crianças, jovens, adultos e pessoas da terceira idade, além de turistas do No e e Nordeste do país em sua maioria, que visitam Fo aleza e Caucaia. Segundo a Secretaria da Cultura do Estado, o Museu do Caju é um dos mais visitados da região. A criação do museu, em 2007, foi bastante opo una, contribuiu para o fo alecimento do produto turístico cultural CAJU, além de incentivar toda uma cadeia produtiva (industriais, microempresários, plantadores, a esãos, culinaristas e cozinheiros) e de impulsionar o segmento do turismo cultural no Ceará.

O passeio de VLT até o espaço cultural em parceria com o METROFOR, é também uma inovação e um grande diferencial no turismo metropolitano – Turismo Ferroviário. São apenas 25 minutos da Estação Ferroviária Linha Oeste Centro de Fo aleza a Estação do Conjunto Ceará. Possibilitamos também aos pa icipantes, a opo unidade da prática do turismo ferroviário e social à periferia da Região Metropolitana de Fo aleza.

Para 2020 existe um projeto de transformar a Estação do Conjunto Ceará na Estação Caju – adaptar a estação com uma reforma e adornos com a temática do Caju Cajueiro. A Rota Trem do Caju - será a primeira Estação turística ferroviária do Ceará.

Em 2017 o Museu do Caju teve uma Premiação Nacional – foi contemplado com o Edital Patrimônio da Caixa Econômica do Governo Federal, o prêmio dotou a sede com uma linda exposição temporária intitulada de Meu Caju Cajueiro, abrigando 7 alas distintas com enfoque no a esanato, a es plásticas, peças de reciclagens, literatura com a temática do caju e produtos derivados. A exposição cará em ca az até o ano de 2021 devido ao grande sucesso de publico.

O Projeto de Lei da criação do Dia do Caju – foi idealizado pelo Presidente da Subcomissão da Cajucultura, o Deputado Estadual Manuel Duca da Silveira Neto – Duquinha e sancionado pelo Governador Cid Ferreira Gomes, o qual tornou-se na Lei n° 271/ 2011, que: “Institui o ‘Dia do Caju’ no Estado do Ceará a ser comemorado, anualmente, no dia 12 de novembro.

Nesse dia, como preceitua o A 2º, poderão ser desenvolvidas várias ações para conscientização da impo ância da Cajucultura, da utilização do fruto e de seus derivados, como também programações e eventos direcionados ao turismo e a cultura cearense”.

No dia 12 de novembro de 2018, em comemoração ao Dia do Caju foi criado o Troféu Meu Caju Cajueiro em homenagem ao Sr. Jaime Tomaz de Aquino – a cada ano o Museu do Caju irá presentear quatro pessoas e instituições ligadas a cajucultura nacional, bem como, realiza a grande Feira do Caju – CAJUCULTURA no Museu do Caju, evento que envolve pessoas que trabalham com a cultura do caju – agricultores, a esãos, a istas plásticos e empresários.

Fuscaju, uma das atrações disponíveis aos visitantes do Museu do Caju.

Desde 2007, a instituição luta pela criação do Memorial Jaime Aquino e pela instalação de um monumento do cajucultor em sua sede, um reconhecimento vivo de sua luta e uma marca de valorização pela sua perseverança e dedicação ao fruto nordestino.

Tramita, desde 2019, o reconhecimento pela Assembleia Legislativa do Estado do Ceará do Museu do Caju, como Patrimônio Turístico Cultural do Ceará, Lei 313/2019 projeto de autoria da Deputada Estadual Érika Amorim e, em paralelo, ser também o título pela Prefeitura de Caucaia, através da Secretaria de Turismo e Cultura de Caucaia como Patrimônio Turístico Cultural do Município de Caucaia.

Em 2019 foi criado em Fo aleza o Instituto Caju Brasil com o objetivo principal de incrementar as ações de educação, promoção e divulgação da cajucultura brasileira. Juntamente com o Museu do Caju, a cultura do caju no Ceará ganhou mais um defensor para essa bela e promissora atividade. O caju é um produto turístico invejável, uma dádiva de Deus e deve ser divulgado para toda a comunidade cearense e também junto aos visitantes que apo am em nossas terras alencarinas Colaboração: Gerson Linhares (Aprendiz Maçom, Turismólogo, Educador, Guia de Turismo, e Diretor do Museu do Caju)

INFORMAÇÕES: Serviços: Visita ao Museu do Caju; Quando: Segunda a Sexta (Grupos fechados) Sábado e Domingo (Abe o ao público em geral das 9h às 16h) Onde: Rua San Diego, 332 - Parque Guadalajara - Caucaia-CE (Acesso pela Av. Mister Hull e Av. Dom Almeida Lustosa) Contato e Informações: (85) 3237.2687 - (85) 98835.9915 (Whatsapp); Museu do Caju (Instagram e Facebook) Jan-Mar/2020 • MOSAICO 106

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O pinião

Ser Mulher

N

ão quero começar a e s c re ve r c o m o t o d o s , falando da mulher vítima da violência e injustiças, nem da mulher fo e, poderosa, imbatível. Quero falar da MULHER que existe no dia a dia.

Somos lhas, irmãs, amigas, namoradas, cantes, esposas, separadas, devotadas, descrentes, amargas, alegres, desmotivadas, empolgadas, sinceras, medrosas, inseguras, conscientes, prudentes, tolerantes, impacientes, con dentes, assustadas, preocupadas, desinteressadas, interessantes, cansadas e, talvez, desgostosas da vida!

Apesar de todas as lutas e alegrias, vamos em frente, buscando uma nova opo unidade para seguir com a vida.

Temos a mente abe a para muitas coisas, mas fechada para, talvez, colocar limites na vida.

Limites à família, aos parceiros, aos colegas de trabalho, às amigas insistentes...e continuamos em frente!

“Temos a mente abe a para muitas coisas, mas fechada para, talvez, colocar limites na vida.

Limites à família, aos parceiros, aos colegas de trabalho, às amigas insistentes...e continuamos em frente!”

Percebo que nós, mulheres, temos mais resistência do que imaginamos. Pensem nisso, pensem em vocês e em suas lutas diárias: quantas vezes vocês abandonaram o b a rc o ? Q u a nt a s v e z e s v o c ê s renunciaram algo, que consideravam impo ante, porque o outro estava carente? Quantas vezes vocês desistiram de suas carreiras por não poder abandonar a ajuda nanceira que dão a alguém?

Quantas vezes vocês pensaram em fazer uma viagem e abandonaram a ideia por não querer chatear uma pessoa querida? Posso fazer muitas considerações sobre isso, mas o principal é perceber que as mulheres do dia a dia levantam a cabeça e superam as di culdades, na maioria das vezes!

Claudia Blaia

É óbvio que temos momentos de tristeza e, até, de depressão. Como em um passe de mágica, porém, damos a volta por cima e pa imos para mais um dia.

Sofremos quando o outro sofre; quando alguém perdeu o emprego; quando um lho s e machuca; quando a mãe começa a perder a memória; quando a irmã passa por muitas di culdades; quando a lha se desilude com o namorado; ou quando a amiga sofre a perda de alguém próximo.

Psicóloga, psicoterapeuta, psicodramatista e consultora de empresas na área compo amental desde 1980. Pósgraduada em Administração de Recursos Humanos; em Psicodrama Terapêutico pela ABPS e em Marketing pela ESPM. Especialista em Psicologia Clínica e em Psicologia Organizacional. Especialista em Mentoring Executivo, Grupo e Familiar. Palestrante, educadora e Sócio Fundadora da CMGB Consultoria & Treinamento.

Sofremos quando não somos correspondidas ou quando percebemos tardiamente que somos mal amadas. Sofremos quando um lho ca doente e não podemos cuidar por ele estar distante de nós.

Sofremos quando as pessoas não percebem nossa força interior e nos criticam de qualquer maneira.

Sofremos! Mas continuamos a jornada. Sempre!

A mulher do dia a dia não desiste do lho, da mãe, da família e do amor. A mulher doa amor!

A mulher do dia a dia é incansável em sua busca por algo melhor ou mais seguro. Ela sonha, acredita e tem fé em que tudo cará melhor. É essa mulher do dia a dia, que merece toda atenção e consideração.

A mulher que faz de cada dia de sua vida e da vida de quem ela cuida um dia melhor, e melhor, e melhor.

Somos, exatamente, essa MULHER! Lindas! Marcantes! Exuberantes!

Contagiantes! Empolgantes!

Somos, SIMPLESMENTE, MULHER!

C apa

92 ANOS DE G Como nasceu uma das potências mais respeitadas do cenário maçônico nacional

Colaboração: José Linhares de Vasconcelos Filho (Grão-Mestre de Honra e AdVitam da GLMECE e Soberano Grande Inspetor Litúrgico para a 1ª Região do Estado do Ceará)

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LMECE

Fachada do Palácio Maçônico Professor Francisco Dias da Rocha, em registro fotográfico da década de 60.

M

açonaria é um sistema de Moral, velado por alegorias e ilustrado por símbolos. Assim, os rituais de nem a Sagrada Instituição, que utiliza formas de trabalhos peculiares, chamadas de ritos. Cada rito maçônico representa um sistema de ações litúrgicas para a ensinança dos arcanos da Real A e. É consenso internacional que a maçonaria se fundamenta nos graus simbólicos, aprendiz maçom (grau 1), companheiro maçom (grau 2) e mestre maçom (grau 3) e nos graus losó cos, que englobam os demais graus. As Grandes Lojas ou os Grandes Orientes administram os graus 1, 2 e 3 e os Supremos Conselhos, os demais, até ao grau 33.

O Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA) e o Rito de York ou Rito de Emulação são os mais utilizados no mundo. No Brasil, utilizam-se, ainda, o Rito Moderno, o Rito Adonhiramita, Rito Schröder (alemão), o Rito Brasileiro e o Rito Escocês Reti cado. O Rito Escocês Antigo e Aceito, com seus trinta e três graus, detém a preferência da maioria dos maçons brasileiros. São formas de trabalhar diferentes, mas que mantêm os mesmos princípios losó cos, com pequenas discrepâncias.

No início do século XX, a maçonaria no Brasil era representada pelo Grande Oriente do Brasil, que, além de ser uma federação de ritos, mantinha e estimulava, no REAA, as chamadas Lojas Capitulares, trabalhando do grau 1 ao grau 18, em desacordo com o estabelecido internacionalmente, que determina a separação

Álvaro Nunes Weyne, 1º Grão-Mestre da GLMECE, entre 1928 e 1932.

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C apa

Flagrante, de 1976, da 1ª Assembleia Geral da CMSB no Ceará.

administrativa entre o simbolismo e o loso smo.

Mantinha, ainda, sob sua administração, as Lojas do Rito Adonhiramita, do graus de 1 a 13, no seu sistema litúrgico, os Conselhos de Kadosch, do grau 19 a 30 e os Consistórios, do grau 31 a 33, do REAA, além das Lojas do Rito Francês ou Moderno, composto de 7 graus.

Por força regimental, o Soberano Grão-mestre do Grande Oriente do Brasil acumulava também o cargo de Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do REAA. Maçom de qualquer Rito ou apenas Grau 3 do REAA, que fosse eleito Grão-mestre do GOB, seria, sem qualquer outra formalidade, elevado ao Grau 33.

Sobre a temática, o Grão-Mestre da Grande Loja do Ceará, à época, Dr. Germano Machado Holanda, em seu trabalho “Soberania e Legitimidade das Grandes Lojas Simbólicas”, defende que “existia, na realidade, completa absorção do Supremo Conselho (do REAA), por pa e do Grande Oriente (do Brasil)”.

No ano de 1922, assumiu o cargo de Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil o eminente maçom Dr. Mário Behring, que almejava uma maçonaria progressista e atuante, mantenedora dos princípios e costumes da Instituição, expressos nos Landmarks, nas Antigas A 2ª Assembleia Geral da CMSB no Ceará aconteceu em 1983.

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Constituições do Simbolismo e nas resoluções dos Supremos Conselhos, e respeitadora dos princípios internacionais de regularidade, sem interdependência entre o simbolismo e o loso smo.

Behring, por cinco longos anos, buscou dotar o GOB de uma Constituição moderna em sintonia com as normas internacionais de regularidade e com uma pe eita delimitação entre o simbolismo e o loso smo.

Entretanto, o pensamento conservador predominante obstaculou seu pleito, impelindo o Supremo Conselho do Grau 33, do REAA para os Estados Unidos do Brasil, a sair do Lavradio, proclamando, em 20 de junho de 1927, a fundação das Grandes Lojas do Brasil, No Estado do Ceará, os maçons sabiam das tentativas de o Supremo Conselho manter sua soberania e a independência do Rito Escocês, entretanto, acreditavam que as disputas restringiam-se ao Lavradio e não atingiriam as nossas quatro Lojas funcionantes.

O Delegado do Grão-Mestre do GOB, no Estado, em 30 de junho de 1927, reuniu, em Fo aleza, a Loja Capitular Igualdade (REAA), a Loja Liberdade IV (REAA) e a Loja Porangaba (Rito Adonhiramita), as quais decidiram declarar solidariedade ao GOB e a seu Grão-Mestre.

A Loja Deus e Camocim não compareceu à reunião supracitada e aguardou, até 26 de julho de 1927, quando recebeu correspondência do Supremo Conselho do REAA, a qual continha o manifesto às o cinas Escocesas no Brasil, o qual explicava a criação de Grandes Lojas Simbólicas Escocesas. Na opo unidade, a Loja rmou documento de adesão ao Supremo Conselho, mantendo o Rito Escocês nos trabalhos. A decisão foi rati cada em 19 de setembro de 1927, quando decidiu, por unanimidade, a solicitação de sua liação à Grande Loja Simbólica Escocesa do Estado da Bahia, visto não existir ainda uma Grande Loja no Estado do Ceará. Por essa atitude coerente com sua tradição de trabalho no escocismo e de independência, em relação à delegacia do GOB, em Fo aleza, tem o reconhecimento como a primeira loja no Estado a aderir às Grandes Lojas Simbólicas Escocesas.

Fac-simile da Carta Constitutiva da GLMECE.

TROFÉU SOLIDARIEDADE 2019 A honraria foi instituída em 2013 e é outorgada às 2 Lojas da capital e região metropolitana e às 2 Lojas do interior que mais se empenharam na arrecadação para o banco de sangue.

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C apa

A última Assembleia Geral da CMSB no Ceará foi realizada em 1998.

O Soberano Grande Comendador Mário Behring, em ca a datada de setembro, solicitou ao destacado irmão Álvaro Weyne que ele liderasse, na jurisdição, o movimento em favor do Supremo Conselho.

Enquanto o carisma e a respeitabilidade de Álvaro Weyne angariavam simpatizantes para a causa da Grande Loja Simbólica, o Capitão José Rodrigues da Silva divulgava sua nomeação como Delegado do Inspetor Litúrgico Escocês da Paraíba, no Estado do Ceará, e sua habilitação para receber a adesão de Lojas e Maçons ao Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito.

O grande passo na caminhada para a fundação de uma Grande Loja Escocesa no Ceará ocorreu no dia 16 de dezembro de 1927, quando a Loja Porangaba aprovou a mudança da liturgia dos trabalhos, do Rito Adonhiramita para o Escocês Antigo e Aceito, e a imediata adesão ao Supremo Conselho, através de liação à Grande Loja Escocesa da Paraíba.

A terceira Loja, necessária para compor o número mínimo requerido para a fundação de uma Grande Loja, foi fundada pela maioria de maçons oriundos da Loja Liberdade IV, em 7 de fevereiro de 1928, com o título distintivo de Loja Fo aleza.

Os maçons cearenses estavam eufóricos com a expectativa da fundação da Federação Maçônica Cearense.

Pelas páginas do jornal O Povo, edição de 17 de março de 1928, o Delegado do Inspetor Litúrgico, da 3ª zona do

Supremo Conselho do Grau 33 do REAA para os Estados Unidos do Brasil, Capitão Dr. José Rodrigues da Silva, convocou a Loja Deus e Camocim, a Loja Porangaba e a Loja Fo aleza e designou o dia 19 de março, do corrente ano, como a data da fundação da Grande Loja Simbólica Escocesa Soberana para o Estado do Ceará.

A fundação da Grande Loja Simbólica Escocesa Soberana para o Estado do Ceará e o primeiro GrãoMestre, o Irmão Álvaro Nunes Weyne, 33, foram aclamados por unanimidade.

Sob essa aura de entusiasmo e esperança, a Grande Loja Symbólica Escoceza Soberana para o Estado do Ceará iniciava sua trajetória de realizações em prol da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade

SAIBA MAIS SOBRE A GLMECE: Nº de Lojas:

Nº cidades com Lojas:

155 86 4.662 Nº de membros regulares:

Dados: Março/2020 32

MOSAICO 106 • Jan-Mar/2020

O pinião

A perfeição nossa de cada dia

P

Como sabemos, na nossa OR QUE ALMEJAMOS A sublime; tudo aquilo que a vida pode PERFEIÇÃO? A pe eição, ter de belo em seu mais fulgurante simbologia, a Pedra Bruta representa seguramente, é uma das esplendor. Isso traz uma sensação todas essas impe eições da razão e maiores ambições humanas, razão que invade nosso corpo, nossa do coração humanos. Quando de se escreverem verdadeiros mente e nosso coração, de tal ingressa na Ordem, o homem se tratados e de se mobilizarem ma n e i ra q ue ca ma rcada na assemelha a uma pedra. Ora, não memória. Talvez esteja aí a razão poderia haver melhor metáfora. milhões de pessoas.

As grandes e maravilhosas para gostarmos tanto de promover Assim, como esse bloco mineral, edi cações, as mais melodiosas essa busca incessante pela pe ei- quando extraído do seio da natureza, músicas, as palavras mais bem ção. A história da humanidade, com apresenta-se carregado de impe ecolocadas - e estas estão longe disso suas evoluções e involuções, é um ições e asperezas. O homem chega à -, tudo o que o homem pensa e faz ao percurso traçado rumo à pe eição, Maçonaria escravo de seus vícios e bem comum, ou, mesmo, a uma que acreditamos consistir, a um só das suas paixões mundanas, envolto simples satisfação pessoal, tem tempo, na emancipação, na liber- nas trevas da ignorância e com o caráter cheio de asperezas. Esses c o m o d i r e t r i z a p e e i ç ã o . dade e na responsabilidade. defeitos, tão próprios à sua Curiosamente, o inverso parece natureza, precisam ser desbast a m b é m s e a p l i c a r. J á s e “As grandes e maravilhosas tados e polidos, para que a mataram outras tantas pessoas edi cações, as mais p e d r a re c e b a u m a fo r m a em nome de um projeto de uma adequada, em direção à sua melodiosas músicas, as sociedade dita pe eita; já se g a s t o u , i n c l u s i v e , m u i t o palavras mais bem colocadas - inserção na obra do construtor.

O primeiro trabalho, que o dinheiro na busca de mutações e estas estão longe disso -, homem deve fazer, após a sua genéticas, capazes de gerar um tudo o que o homem pensa e iniciação em nossa Sublime ser humano pretensamente Ordem, é, po anto, burilar as pe eito. faz ao bem comum, ou, asperezas e as impe eições da Para Fernando Pessoa, mesmo, a uma simples sua própria pedra bruta moral e adoramos a pe eição porque satisfação pessoal, tem como e s p i r i t u a l . A o A p r e n d i z , não a podemos ter; seria motivo compete preparar a Pedra para repugná-la, se a tivéssediretriz a pe eição” Bruta, para que ela seja, depois, mos. Segundo ele, o pe eito é entregue ao Companheiro, desumano, porque o humano é encarregado de ape eiçoá-la, impe eito.

PRECISAMOS MESMO SER Todos nós já experimentamos PERFEITOS? Dalí disse, ce a vez, e, assim, prosseguir com o processo. um momento, uma sensação e uma para não nos preocuparmos com a Quando estiver com a sua pedra memória que, para nós, são pe ei- pe eição, porque nunca iremos moral e espiritual adequadamente tos. Um momento que reconhece- alcançá-la. Para além disso, a trabalhada, na forma ideal para mos pe eito pode ser o nascimento jornada em busca daquilo que ocupar o lugar que lhe cabe, o de um lho, o beijo tão ansiado consideramos pe eito nos torna homem estará pronto para ser naquela pessoa amada, a visita a um mais conscientes daquilo que é inserido no edifício maçônico, que é lugar inesquecível. Pode ser um impe eito. Os vícios, as paixões e a composto de pedras vivas, que breve instante ou uma fase da vida. ignorância são marcas indeléveis de somos todos nós, Maçons. Daí, Seja como for, é algo que parece nos nossa condição humana e, po anto, inicia-se uma nova etapa, a de deixar mais próximos do divino; é retratos cinzentos de nossa impe e- trabalho na obra mais impo ante de que um homem pode pa icipar: a a l g o q u e q u a l i c a m o s c o m o ição.

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Marcus Amorim construção de uma humanidade mais justa, mais igual, mais feliz.

Todavia, em Ana Karenina, Tolstoi nos adve e que, se estivermos procurando a pe eição, nunca seremos felizes. A insatisfação de percebermos que a pedra moral e espiritual ainda não está pe eitamente desbastada seja, talvez, a energia necessária para a perseverança no trabalho. Talvez não seja mesmo possível, aos olhos do homem, alcançar a pe eição, mas quem a busca, seguramente, colhe bons resultados.

S a i nt - Éx u p e r y d i s s e q ue a pe eição não é alcançada quando não há mais nada a ser incluído, mas, sim, quando não há mais nada a ser retirado. É, pois, a própria plenitude do ser. É supor que já se basta ou, em outras palavras, que não há mais nada a desbastar. É perceber-se, na condição de homem, inserido de modo milimetricamente ajustado à grande obra do construtor. Nós não precisamos mesmo ser pe eitos.

Todavia, apreciamos a sua ideia e a l i m e nta m os o de s e jo de s e r pe eitos, porque nos agrada a sensação de que podemos tanto nos integrar à obra do construtor quanto

tomar pa e de algo muito maior do que nós mesmos.

O QUE É, AFINAL, A PERFEIÇÃO? Drummond sentenciou que a ideia de pe eição constitui uma impe eição humana.

Nem mesmo o idealismo alemão, no qual Schröder parece ter-se abeberado para (re)construir o rito que

“O equilíbrio da vida está na prática constante do amor e da justiça. Talvez esteja aí o sentido incompleto, impe eito, que podemos atribuir à ideia de pe eição.” hoje praticamos em nossas Lojas, com as in uências, até então, não esgotadas de Kant, Schelling, Hegel e Fichte, conseguiu ncar um marco a salvo das intempéries do tempo, para nos deixar uma ideia acabada, pronta e de nitiva de pe eição. A própria razão, porque não mais do que uma capacidade humana, não se mostra su ciente para alcançar a pe eição.

Marcus Vinícius Amorim de Oliveira é Mestre Maçom da ARLS Rei Salomão nº 113, onde ocupa o cargo de 1º Vigilante. É Promotor de Justiça no Ministério Público do Estado do Ceará, titular da 97ª Promotoria de Justiça de Fo aleza, e professor universitário.

Entretanto, um sábio bem mais antigo, Aristóteles, parece ter tocado o âmago da questão. Para o pensador grego, nós nos transformamos naquilo que praticamos com frequência. Assim, a pe eição não é um ato isolado, mas um hábito. O equilíbrio é a pe eição, um meio termo entre dois vícios: um por excesso, outro por falta. Algo que remete à doutrina do caminho do meio, de Buddha.

Então, se a pe eição se constrói no equilíbrio da condução da própria vida, essa pe eição se confunde com a justiça. E a justiça é o mesmo que harmonia. Dizer que está tudo justo e pe eito signi ca que todas as coisas estão em seus devidos lugares, que todos estão conscientes do que são e do que devem fazer, e, assim, que toda a obra está sendo bem conduzida. Como consta na ca a de São Paulo aos Colossenses, “e sobre tudo isto revesti-vos de amor, que é o vínculo da pe eição”.

O equilíbrio da vida está na prática constante do amor e da justiça.

Talvez esteja aí o sentido incompleto, impe eito, que pode-mos atribuir à ideia de pe eição. É a pe eição nossa de cada dia

Jan-Mar/2020 • MOSAICO 106

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C idadania

REBOLAR PLÁSTICO NO MATO

Do simpático, “cearencês”: rebolar no mato, essa atitude que significa: descartar lixo, perde a simpatia quando não é feita em local adequado, trazendo transtornos ao planeta

Colaboração: Ivelise Maia e Gabriel Maia (Jornalistas da Câmara Municipal de Fortaleza-CMFor) Matéria publicada na Revista Nossa Voz, da CMFor (Ano I - 2ª Edição - Jul/Dez 2019)

0,145mi

1mi

de toneladas de lixo plástico reciclado (1,28% do coletado)

de toneladas de lixo plástico não coletado (9%)

10,3mi

de toneladas de lixo plástico coletados (91%)

Fonte: WWF

“Quando compro comida em restaurante, por exemplo, levo um kit, assim não uso embalagens para viagem. Fiz um kit ecológico com ecobag, guardanapo, canudo de inox, talheres e sacolinha de algodão que carrego comigo. Minha escova de dente é de bambu e faço meu próprio desodorante, assim evito aquelas embalagens que não são reutilizáveis”, declara a jovem.

A estudante Clara Sampaio leva sempre consigo seu kit ecológico com ecobag, guardanapo, canudo de inox, talheres e sacolinha de algodão.

Foto: André Lima (CMFor)

O

cearense tem seu próprio dicionário. São palavras e expressões que só nós entendemos.

Por exemplo, será que quem não é cearense sabe o que é “rebolar no mato”? Essa expressão, signi ca jogar fora aquilo que não serve mais. O que vira lixo. O problema é quando a expressão é levada a sério e passa do sentido literário para o sentindo não gurado.

O plástico, uma das maiores invenções do último século, tornou-se grande vilão do meio ambiente.

Desca á-lo de forma correta e reduzir o seu consumo é necessário. No estudo “Solucionar a Poluição Plástica: Transparência e Responsabilização”, divulgado em 2019 pelo WWF, o Brasil aparece como o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás dos Estados Unidos, China e Índia.

Reduzir, reutilizar e reciclar. Precisamos cada vez mais conjugar e tornar esses três verbos um hábito em nossas vidas. De início, pode ser difícil, mas não é impossível. Há um ano, a busca por uma rotina saudável e também sustentável levou a estudante Clara Sampaio, de 19 anos, a gerar menos lixo.

“Percebi que o nosso bem interior está totalmente ligado ao mundo exterior, com a preservação do meio ambiente. Parei de usar absorventes, agora uso coletor menstrual, por exemplo. O pouco lixo que produzo, geralmente é reciclável e levado ao Ecoponto pe o da minha casa”, diz Clara.

De acordo com a pesquisa “Panorama do Consumo Sustentável no Brasil: desa os, barreiras e motivações”, realizada em 2018 pelo Instituto Akatu, 13,8% dos brasileiros dizem adotar novos hábitos sustentáveis como um estilo de vida.

Produzimos, por ano, cerca de 11,3 milhões de toneladas de lixo plástico, desse total, 10,3 milhões são coletados (91%), mas apenas 1,28% é reciclado (145 mil toneladas). Por ser resistente, o plástico demora séculos para se decompor, causando prejuízos irreversíveis ao planeta, poluindo oceanos e prejudicando a vida marinha. Consumir menos plástico, principalmente os descartáveis, com menor vida útil, tornou-se medida urgente.

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C idadania CONSUMIR COM RESPONSABILIDADE

Marília Diniz Analista de Negócios do Sebrae-CE

“Os recursos gerados pelo mundo já não atendem a demanda desenfreada da população, desta forma, precisamos – todos nós – nos preocuparmos com o que consumimos e o destino que damos aos nossos resíduos também”

Foto: André Lima (CMFor)

O século XX foi marcado pelo American Way Of Life (o jeito americano de viver). Na Sociedade do Consumo o desenvolvimento econômico priorizava a produção em grande escala e o acúmulo de coisas. No entanto, a superprodução das fábricas em 1910, principalmente nos Estados Unidos, levou a retenção de produtos em estoque, gerando a famosa crise econômica de 1929.

Hoje, os valores são outros. O consumo agora é sustentável. Pa e dos consumidores já levam em consideração os produtos que utilizam mais recursos naturais em sua produção, que garantam a geração de empregos, e que possam ser reaproveitados ou reciclados.

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“Os recursos gerados pelo mundo já não atendem a demanda desenfreada da população, desta forma, precisamos – todos nós – nos preocuparmos com o que consumimos e o destino que damos aos nossos resíduos também”, comenta a analista de negócios do Sebrae Marília Diniz.

Para ela, o primeiro passo deve acontecer dentro das empresas, de forma interna, para depois ser repassado como verdade ao cliente. “Comunicar as ações ligadas à sustentabilidade é impo ante, mas não pode parecer que a empresa está fazendo aquilo por fazer”.

EMPREENDEDORISMO SUSTENTÁVEL O impacto direto do estilo de vida do ser humano no planeta despe ou no mercado mais responsabilidade ambiental. Uma nova modalidade de empresários surgiu para suprir essas demandas: o empreendedor sustentável ou como alguns especialistas chamam “empreendedor orientado à sustentabilidade”, que tem como característica um negócio onde a geração de lucro tem ligação direta com responsabilidade social e preservação do meio ambiente.

Algumas dessas empresas não possuem um ponto xo, elas levam seus serviços e produtos direto ao cliente, seja por meio das redes sociais, ou em feiras de produtos sustentáveis espalhadas pela cidade. Um exemplo é a Ecobibi, especializada na venda de acessóri-

Uma das alternativas sustentáveis é a substituição de sacolas plásticas descartáveis por sacolas que possam ser, diversas vezes, reutilizadas.

Laís Costa e Renata Capibaribe criaram, em 2018, a La Feira Orgânica, voltada ao mercado sustentável.

os reutilizáveis, como canudos e copos po áteis, criada em setembro de 2018, pelos estudantes Cláudio Gabriel e Pietra Noronha, 20 anos. Em pouco mais de um ano eles comemoram com o sucesso da marca, que já vendeu aproximadamente três mil canudos reutilizáveis.

“Além de produtos sustentáveis, proporcionamos aos nossos clientes uma nova forma de ver o mundo, mostrar que ele pode ser um agente de mudança, adquirir um produto nosso é apenas o começo para outras iniciativas ecológicas”, conta Gabriel.

Outra empresa que nasceu indo até os clientes e hoje tem sede xa é a La Feira Orgânica, criada 2018, por duas advogadas, Laís Costa, 31 e Renata Capibaribe, 25, que largaram o mundo corporativo para empreender no mercado sustentável. Elas começaram com a entrega de caixas, por delivery, de produtos ho ifrúti orgânicos. A loja física foi inaugurada em setembro de 2019.

“Somo um mercadinho saudável, procuramos reconectar as pessoas à terra. Acreditamos que o mundo necessita de empresas que alavanquem esse tipo de produto. Visitamos regularmente nossos fornecedores e procuramos ser uma ponte entre o campo e a cidade, fo alecendo a agricultura familiar, praticando um preço justo, oferecendo aos nossos clientes alimentos autênticos que nutrem o corpo, a alma e o coração”, conta Laís.

A SOLUÇÃO TAMBÉM É POLÍTICA Estudos cientí cos de renomadas universidades apontam um futuro desastroso para o planeta caso medidas urgentes de redução de gases não sejam tomadas. Infelizmente, teorias negacionistas do aquecimento global, por exemplo, são credenciadas por grandes chefes de nações.

Apesar de retrocessos, pequenas medidas passaram a ser adotadas por alguns países e cidades. Proibir o fornecimento, consumo ou produção de plásticos desca áveis é uma dessas ações. Em Fo aleza, a Câmara Municipal aprovou, em 2019, a Lei nº 10.957/2019, de autoria do vereador Iraguassú Filho (PDT), que proíbe o fornecimento de canudos plásticos em estabelecimentos comerciais, incluindo o atacado e o varejo.

Para o professor e pesquisador em consumo sustentável da Universidade Federal do Ceará, Aurio Leocádio, essas leis são fundamentais.

“Chegamos num nível de consumo plástico que a restrição legal é necessária para diminuir os efeitos do desca e desses resíduos.

Embora alguns empresários critiquem. A indústria tem de se reinventar, buscar formas de produção que sejam rentáveis e adequadas às necessidades ambientais atuais”

Aurio Leocárdio Professor e Pesquisador da Universidade Federal do Ceará - UFC

Outras medidas impo antes que podem ser adotadas, de acordo com Aurio Leocádio é a adoção de incentivos scais a empresas que fabriquem produtos alternativos ao plástico comum, como os biodegradáveis, e investir mais em programas educacionais que desenvolvam o senso crítico da população em relação ao consumo de produtos que agridam menos o meio ambiente Jan-Mar/2020 • MOSAICO 106

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C idadania

CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA Conheça como funciona a Casa Legislativa da Capital Alencarina

A

Câmara Municipal de Fo aleza, escudada nas A função de Planejar objetiva, preventivamente, normas constitucionais de nossa Ca a Magna e projetar ações que se compatibilizem com as normas secundada pelos que estão inseridas em sua mandamentos da Lei Orgânica própria Lei Orgânica. “...representa o Poder do Mu n ic í pio de Fo a leza , A função de Julgar destina-se Legislativo Municipal, representa o Poder Legislativo a prolatar os julgamentos de Municipal, composta por todas as matérias que s ão composta por quarenta e quarenta e três Vereadores, os apreciadas e que são levantadas quais, no desempenho dos seus três Vereadores, os quais, no e questionadas, para o balizarespectivos mandatos, exercem desempenho dos seus mento de todas as suas nalidasuas funções de Planejar, Julgar des, dentro da estrita legalidade. respectivos mandatos, e Legislar.

Da função de Legislar, que é o exercem suas funções de Essa tríade funcional possui cerne do processo legislativo signi cativas impo âncias, regular, surgem todas as leis, que PLANEJAR, JULGAR e sendo que todas elas ocupam são sancionadas ou vetadas pelo LEGISLAR.” relevantes posições, diante de chefe do Poder Executivo e que, suas múltiplas atividades. de acordo com a soberania do

Foto: Acervo CMFor

Colaboração: Idalmir Feitosa (Vereador de Fortaleza)

40 MOSAICO 106 • Jan-Mar/2020

Foto: Acervo CMFor Visão geral do Plenário da Câmara Municipal, durante sessão.

A Sessão Legislativa compreenderá os períodos de 1º de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 30 de dezembro, conforme preceitua a redação modi cativa, prevista na Resolução nº 1.635 de 04-11-2014.

En m, múltiplas são as atividades das Câmaras Municipais, o que impo a em dizer que, na condição de PODER LEGISLATIVO, todas elas devem ser concebidas pelos preceitos constitucionais, estabelecidos em nossa Ca a Magna Em momento de discurso, o Vereador Idalmir Feitosa, atual 1º Secretário da Câmara.

Foto: Acervo Idalmir Feitosa

Plenário da Câmara, devem, ou não, ser amparadas para formação e criação das LEIS, devidamente elaboradas em seus legítimos procedimentos de suas inúmeras decisões.

A Câmara Municipal, afora as atividades normais dos seus variados procedimentos, representa o Poder Legislativo, realizando, po anto, sessões tanto especiais de comemorações, que destacam personalidades, quanto extraordinárias, para apreciar matérias que tenham urgência ou que abordem assuntos de excepcionalidades. Em outras palavras, a Câmara Municipal cuida de todos os assuntos ou matérias que lhes sejam submetidos.

A Câmara Municipal pode, por decisão absoluta do Plenário, realizar sessões em outro local, dependendo da relevância dos assuntos que deverão receber suas decisões.

A Câmara Municipal realiza sua sessão de instalação legislativa no dia 1º de janeiro, às 16 horas (dezesseis horas), conforme preceitua a resolução nº 1.635, amparada em 04-11-2014.

O pinião

A comunicação artificial - O futuro já não é como era antes

H

á 10 anos, você já se c o m u n i c a v a p o r re d e s sociais, lembra? Mas era um embrião do que temos hoje e uma pequena célula do que teremos daqui a outros 10 anos. Em 2010, conversávamos com a família e com os colegas de trabalho já pelo sma phone, mas os canais eram experimentos de comunicação de massa nas redes e quase tudo era analógico. Um pouco mais avançado era novidade.

No ritmo 4.0, em que a qua a Revolução Industrial copia a natureza com seu conjunto de te cnologias, com foco na automação, na troca de dados, parece estarmos avançando milhões de anos em um e tudo tende a ampliar aceleradamente dentro do processo de produção, a cada dia,

42 MOSAICO 106 • Jan-Mar/2020

mais ligado à fusão dos mundos físico, digital e biológico. Essa onda promissora precisa avançar, sem, contudo, tirar a autonomia do ser humano na sua capacidade de julgar

“Em 2010, conversávamos com a família e com os colegas de trabalho já pelo sma phone, mas os canais eram experimentos de comunicação de massa nas redes e quase tudo era analógico. Um pouco mais avançado era novidade.” o mundo real e de tomar decisões condizentes com o que a demanda pede. É preciso avançar, mas com

delidade à integridade da Vida e do Corpo Humano, bens jurídicos maiores, celebrados nas constituições democráticas.

Observar aonde queremos e podemos chegar é olhar para os últimos 10 anos da década pass ada e encontrarmos o Whatsapp e todas as grandes redes que hoje dominam o mercado: Facebook, LinkedIn, Twi er e Instagram (que nascia em 2010), mas acessadas por um ou outro, aqui e ali. Hoje, essas redes estão tão corriqueiras em nosso cotidiano que quem, um dia, acessou não se sente capaz de se negar ao envolvimento com este admirável mundo novo, cujo avanço tecnológico já decide eleições e realiza venda de produtos físicos, como um notebook, e simbólicos, como a notícia.

Paulo Sérgio

Nessa tendência inevitável, vemos a TV e o rádio dentro da internet ou a rede mundial de computadores dentro deles, numa combinação que vai completamente contra os que apostavam que desapareceriam com a expansão do sistema binário.

Ao contrário, não só não desapareceram, mas também ressurgiram com mais força, confundindo-se com aplicativos e inteligência a i cial. Assim, não terão mais referência dos meios de comunicação as novas gerações, que têm, em média, 35 anos, nascidos nas décadas de 1980, 1990 e início dos

Paulo Sérgio Feitosa Cordeiro é Jornalista, trabalhou como repó er e apresentador da TV Assembleia do Ceará, repó er da TV Cidade/Record e che a de Radiojornalismo do Governo do Ceará. Vencedor dos prêmios de Jornalismo do BNB (Banco do Nordeste do Brasil - 2006) e da Associação Brasileira de Odontologia (2007). Atualmente é repó er, apresentador da TV Fo aleza e Acadêmico de Direito.

anos 2000. Daqui em diante, a geração de pessoas conectadas nascidas na última década vai exigir mais ofe as em instantaneidade, rapidez, integração, interação e personalização do vi ual, de tal modo que a Vida não terá que imitar o vídeo, mas os robôs imitarão a Vida com tamanha verossimilhança que as verdades dos fatos, que ocorrem ao nosso redor, precisarão passar por tratamento de verdade, numa espécie de antídoto contra o pósverdade, veneno criado a pa ir da própria tecnologia, para que não tenhamos uma geração conectada,

mas dependente de um mundo predominante no andar de baixo ou de cima, em relação ao piso onde repousará a realidade. Os gestores dos veículos de comunicação e os c o n s u m i d o re s d e c o n t e ú d o s noticiosos precisam entender que a tecnologia, mesmo a mais transcendente da matéria, nunca substituirá um real signo de uma realidade dita com a sua verdade, que há de ser menos relativa e mais elucidativa.

Assim sendo, mesmo com a Inteligência A i cial (IA), não deixemos que a comunicação vire um a ifício vazio e perigoso à humanidade

M aรงons ilustres

JAIME AQUINO, orgulho de muitos

Pintura de Jaime Aquino, da artista plรกstica Norma Vilela, exposta no Museu do Caju.

44 MOSAICO 106 โ ข Jan-Mar/2020

Um povo, uma classe e duas instituições orgulham-se, sobremodo, de narrar suas histórias, registrando o venturoso protagonismo de um homem em suas respectivas renques.

Alencarinos entregam-se ao bairrismo, confessando o orgulho que sentem do ilustre conterrâneo, ícone da cajucultura brasileira.

Caminhoneiros rati cam sua satisfação, vendo a saga desse homem, re etida nos seus cotidianos de molas-mestres do transpo e, conferindo a essa pro ssão a marca de base propulsora para o desenvolvimento do Brasil.

O Exército Brasileiro, através do 23º Batalhão de Caçadores, reconhece sua condição de exemplar

combatente, expressada no devotamento à Pátria, ao civismo e ao amor à pro ssão, valores amalgamados nos mais de quatro anos, em que, ali, serviu a Nação.

Sobre esse ditoso personagem, outro não poderia ser o elevado conceito que re gistra a Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará, Instituição, na qual se iniciou no dia 19 de abril de 1950, na Augusta e Respeitável Loja Simbólica Deus e Caridade nº 9, em Senador Pompeu-CE, sendo agente de benfazejas práticas, até seu passamento, ocorrido aos 16 dias de abril de 2015.

De personalidade única e inconfundível, marcou, por longos 41 anos, sua passagem pela Ordem Maçônica

AS ORIGENS aime Aquino era natural de Jaguaribe-CE. Nasceu no dia 26 de março de 1924 no Sítio Saco dos Frades, pequena propriedade localizada ao pé da serra de Pereiro-CE, atualmente Vila Aquinópoles, em homenagem à sua família.

Foi casado por 55 anos com a Sra. Maria Aílame Carneiro de Aquino. Não deixou prole.

Como soe acontecer, a o andade, experimentada na tênue idade dos 15 anos, deixaria marcas na sua alma e na sua vida, mudando, por completo, o rumo de sua trajetória.

Privado prematuramente da companhia dos pais, passou a morar com Dom José Terceiro de Sousa, na época vigário de Pereiro-CE, sob cuja tutela foi estudar na Escola Apostólica dos Jesuítas, em Baturité-CE, onde adquiriu fundamentais conhecimentos.

J

O PRIMEIRO EMPREGO Ao atingir a maioridade, conseguiu seu primeiro emprego, em rápida passagem, como funcionário de uma sorveteria de Fo aleza-CE.

com altruísmo, integridade, bondade, honestidade e muitos outros atributos, constituindo-se em exemplo e orgulho da Maçonaria cearense e Universal, provando que o trabalho voluntário requer vontade e não cargo.

Creditava, com frequência, à rme formação recebida do Exército Brasileiro e aos ensinamentos adquiridos na Maçonaria sua bemsucedida vida empresarial, que o colocou na condição de um dos maiores produtores de derivados de caju do mundo.

Falamos de Jaime Tomaz de Aquino ou, simplesmente, Jaime Aquino, exemplo de empreendedorismo e de honradez para o mundo.

Patrimônio e orgulho do Ceará.

Logo, in uenciado por um colega de trabalho, segundo seu próprio relato, no ano de 1942, foi prestar o serviço militar obrigatório no Exército Brasileiro.

Inicialmente, incorporou na Companhia de Material Bélico, do 23º Batalhão de Caçadores (23º BC).

Posteriormente, nessa incursão pelo Exército, o soldado nº 691, Jaime Aquino, alcançou, com a transferência para a 2ª Companhia dos Fuzileiros, a graduação de Cabo.

Finalmente, no ano de 1945, em plena II Guerra Mundial, foi licenciado da 10º GAT - 75 MM, no posto de 2º Tenente, como ex-combatente.

Não raramente, os ensinamentos colhidos na Maçonaria e na caserna eram retribuídos por Jaime Aquino na forma de leais testemunhos em prol da sua formação intelectual.

A par disso, mantinha incondicional apoio à Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará, na construção de templos, dentre outras ações positivas.

Da mesma forma, era contumaz colaborador das atividades do Exército de Caxias, em especial do 23º Batalhão de Caçadores (23º BC), unidade militar, à qual fazia questão de prestar seu achego.

M açons ilustres “Nenhuma fruta é mais bela e gostosa que o caju, dela nada se perde, tudo se aproveita“ O CAMINHONEIRO Possuidor de invejável tino comercial passou, ao deixar a caserna, a exercer a atividade de caminhoneiro, trilhando um caminho que vislumbrou ser auspicioso. E estava ce o! A estrada lhe faria protagonizar um episódio que mudaria a história da castanha de caju no Brasil e no mundo, assim como também ajudaria muita gente a criar, com dignidade, suas famílias.

Após dar baixa do Exército, experimentou efêmero malogro comercial em Jaguaribe-CE, logo seguindo para Recife-PE, ocasião em que adquiriu um caminhão nanciado.

Inicialmente faz frete de vasilhames de cerveja e guaraná para a Companhia Antarctica, em trajeto compreendido entre as cidades de Recife-PE e Campina Grande-PB. Em seguida, adquiriu outro caminhão, alargando seu campo de atuação para os Estados da Bahia e Ceará.

Possuidor de aguçado tirocínio empreendedor, chegou a negociar com compra e venda de veículos, através das revendas autorizadas GM e Ford, localizadas em Fo aleza-CE, Teresina-PI, Parnaíba-PI, Campina Grande-PB e Natal-RN, até que, um dia, uma fatia de bolo mudaria a história de sua vida para sempre e daria ao Brasil um dos maiores empresários de derivados do caju.

DA MAGIA DE UMA FATIA DE BOLO AO MAIOR CAJUCULTOR DO BRASIL E MAIOR PLANTADOR DE CAJUEIROS DO MUNDO Em suas andanças pelo Brasil, ce a vez, após assistir a uma missa no Largo São Bento, na cidade de São PauloSP, dirigiu-se a um restaurante localizado nas proximida-

des, em cujo balcão estavam expostas, dentre outras guloseimas, algumas fatias de bolo, confeitadas com castanha de caju, que lhe chamaram a atenção e lhe serviram de lanche.

A intuição comercial se manifestou no momento de pagar a conta. Do proprietário do estabelecimento, obteve duas impo antes informações: a condição de pagamento dada pelo fornecedor das castanhas de caju e que elas provinham de uma empresa sediada no Ceará.

Eureca! Foi dado o pontapé inicial da história que resultaria na mais bem-sucedida trajetória empresarial que um adolescente ó ão poderia protagonizar.

Em pouco tempo, estava fornecendo castanha de caju para o recém-conquistado cliente. Inicialmente, despachou, por um avião do Lloyd Aéreo, duas sacas de 16 quilos, encomendadas na cidade de Pacajus, no Estado do Ceará.

Aprovado o serviço, conseguiu não somente vender mais castanhas de caju para o dito restaurante, como conseguiu, através de indicações, vender para outros tantos comerciantes da região.

Descobe o o lão, manteve contato com confeitarias, padarias e com as fábricas de chocolates paulistas Sonkson, Falkes, Lacta e, posteriormente, a Neugebaur, de Po o Alegre-RS, e a Garoto, do Espírito Santo.

De duas sacas iniciais para abastecimento de um restaurante paulista, chegou a despachar, ao mesmo tempo, até três caminhões carregados da amêndoa para a novel clientela.

A di culdade encontrada na conservação das castanhas de caju, no trajeto para o sul do país, transformou-se em opo unidade.

RECONHECIMENTOS RECEBIDOS COMO EMPREENDEDOR E COLABORADOR: Sereia de Ouro - 1980 - Grupo Edson Queiroz Produtor Modelo - 1980 - Ministério da Agricultura Prêmio Produtor Rural – Ministro da Agricultura – 1981 Prêmio Produtor Modelo - Ministério da Agricultura - 1982 Medalha da Abolição - 1987 - Governo de Estado Medalha do Mérito Industrial - 1990 – FIEC Medalha Colaborador Emérito do Exercito – 1992 Medalha do Mérito Agropecuário João Mendes O. de Melo -1992 Diploma Parceiro de Visão – 1998 – Sec. de Turismo; Medalha João Lima dos Santos - 1995 Troféu da Comissão Despo iva Militar do Brasil - 1997 Troféu “Trompa do Caçador” 23 Batalhão de Caçadores – 1998 Prêmio Parceiros de Visão – Sec. de Turismo do Ceará - 1998 Troféu Mérito de Fruticultura - 1999 Medalha do Mérito Gen. Prof. Aryone Brasil – 1999 Título Benemérito da Federação de Paraquedismo - 1999 Diploma Sócio Fundador – SOAPOL - 1999 Medalha do Mérito da Industrial – FIEC – 1999 Medalha da Vitória – Assoc. dos ex-combatente do Brasil - 1999 Medalha Cidadão Barreirense – (Proj.de Lei 001) – 2000

Medalha José Ma iniano de Alencar - PMCe - 2000 Diploma Sócio Benemérito da Polícia Militar – 2000 Medalha do Paci cador – Exército Brasileiro – 2000 Medalha Marechal Trompowsky – Magistério Militar – 2000 Diploma Honra ao Mérito – Ag. Brasileira de Inteligência-2000 Troféu da Base Área de Fo aleza e da Aviação de Caça – 2001 Troféu 23º Batalhão de Caçadores Mar. Castello Branco - 2001 Diploma Empresário do Ano – Rotary Clube de Fo aleza - 2001 Diploma Batalhão Marechal Castelo Branco – 2001 Medalha Marechal Mascarenhas de Moraes – FEB – 2001 Diploma Rotary Clube de Fo aleza Planalto – 2001 Medalha Mérito Bombeiro Militar – Governo do Estado - 2002 Medalha do Mérito Rural – Prof. Prisco Bezerra – FAEC - 2002 Diploma Destaque Empresarial - 2002 Medalha e Diploma Delmiro Gouveia – 2002 Medalha e Diploma da Ordem do Mérito Militar – 2002. (Decreto 24.660 de 11.07.1934) Troféu Soja de Ouro Honorí co – Barreiras Bahia – 2002 Medalha Celso Nunes – Mérito Rotário Distrital. – 2004 Troféu Carnaúba – Associação Comercial – 2003

No que seria uma di culdade para muitos, intuiu a necessidade de construir uma fábrica de bene ciamento de castanhas de caju. Para esse projeto, adquiriu um terreno na Av. Mister Hull, 4261, Bairro Antônio Bezerra, em Fo aleza-CE. Em outubro de 1962, constituiu uma rma e, em 1º de maio de 1963, pôs em operação a Companhia Industrial de Óleos do Nordeste – CIONE, que permanece, até hoje, em atividade, e da qual era seu Diretor-Presidente.

A essa fábrica, agregou, no Ceará, as fazendas de cultivo de cajueiros denominadas: Uruanan – município de Chorozinho-CE; Fazenda Jacaju, Cicaju e Pimenteira – município de Beberibe-CE; Fazenda JK I, Fazenda JK II, Santos Dumont - no município de Aracati-CE; e a fazenda pa icular Tronco do Ipê - município de Parambu-CE. Além dessas, adquiriu, no Piauí, município de Pio IX, as Fazendas Boreasa, Caema e Esplanada, pe azendo, assim, um total de 171 mil hectares de terras cultivadas com cajueiro, nos dois Estados, o que fez com que o nosso homenageado conquistasse o mercado dos: Estados Unidos, Europa, Líbano, Japão, e América do Sul. Jaime Aquino era dotado de extremado altruísmo.

Tinha como ponto de honra fazer de suas fazendas verdadeiras cidades, em prol do bem-estar de seus funcionários. Nelas construía casas para os colonos dotadas de água encanada, instalações elétricas e sanitárias, ruas pavimentadas, televisão comunitária, posto de saúde, atendimento odontológico, escola primária, igreja católica e templos evangélicos.

Esses empreendimentos chegaram a empregar, aproximadamente, 3.000 funcionários, elevando-se, no período da colheita do caju, para algo em torno de 8.000.

Considerado o maior plantador de cajueiros do mundo e o maior cajucultor do Brasil, Jaime Aquino, que desejava provar que a fruta era capaz de debelar a fome

no mundo, recebeu o título de “Rei do Caju”.

HOMENAGENS MAÇÔNICAS Em re conhe cimento aos grandes feitos e às realizações em favor da Ordem e da Humanidade, a M u i R e s p e i t á v e l Gra n d e L o j a Maçônica do Estado do Ceará outorgou ao irmão Jaime Aquino o título de Grande Benemérito da Instituição.

A ARLS Fraternidade Jaime Aquino, Pereirense nº 123, de Pereiro-CE, quando da outorga da Medalha de homenageou o conterrâneo Jaime Grande Benemérito Aquino, inaugurando, com seu da GLMECE. nome, o Templo daquela unidade maçônica.

Por sua vez, a Augusta e Respeitável Loja Simbólica Fo aleza nº 3, nas mesmas condições de reconhecimento, obteve da Grande Loja a autorização de instala-lo honori camente, Instalação que ocorreu no dia 16/07/2012.

Ainda na Loja Fo aleza nº 3 foi homenageado com a Medalha irmão João Lima dos Santos, comenda maior daquela Loja.

Na mesma esteira de aclamação àquele que sempre esteve de pé e a ordem para as demandas maçônicas e da humanidade, a Loja NECTAR nº 64 prestou-lhe homenagem com a outorga do Troféu NECTAR 64, por ocasião do 30º aniversário da Loja.

A Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará, pautada na fraterna e salutar prática de laurear ações meritórias, reconhece, no Irmão Jaime Aquino, a inconfundível disposição empreendedora do cearense, a coragem do intimorato caminhoneiro, a qualidade do soldado que combateu o bom combate e a grandeza do solícito e integérrimo maçom, fundamentos autorizadores desta homenagem desta edição

Fac-simile das placas do Templo Irmão Jaime Aquino, na Loja Maçônica de Pereiro-CE.

Colaboração: Luiz Ronaldo Pereira Ribeiro (Presidente da AMLEC)

Capítulos da Ordem da Estrela do Oriente no Ceará têm novas gestões

P aramaçônicas Instalada a 2ª gestão do Capítulo Charlo e Mendenhall UD da Ordem da Estrela do Oriente Na noite de 16 de janeiro, o Sereníssimo GrãoMestre, Narciso Do a Ernandes Filho, e o Eminente Grão-Mestre, Marcius Tarcísio Sales, pa iciparam da Instalação da 2ª Gestão do Capítulo Charlo e Mendenhall UD da Ordem da Estrela do Oriente, que aconteceu no Templo do Humanismo, na sede da Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará. A gestão será conduzida pela Digna Matriarca, Luziana Monteiro, e pelo Digno Patriarca, Franck Monteiro.

Capítulo Vale do Jaguaribe da Estrela do Oriente tem nova administração Na noite de 17 de janeiro de 2020, o Sereníssimo Grão-Mestre, Narciso Do a, e a Primeira-Dama Rose Neide Santos prestigiaram a Posse da Gestão 2020 do Capítulo Vale do Jaguaribe nº 37 da Ordem da Estrela do Oriente, na Cidade de Limoeiro do No e-CE, onde foi empossada a Digna Matriarca, Leleda, e o Digno Patriarca, Geremias. A Digna Matriarca, Luziana Monteiro, o Digno Patriarca, Franck Monteiro e demais membros do Capítulo Charlo e Mendenhall UD de Fo aleza também compareceram a instalação dos o ciais.

Colaboração: Ivelise Maia (Jornalista Profissional - CE 1886 JP) Jan-Mar/2020 • MOSAICO 106

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P aramaçônicas

Tabuleiro do Norte é sede da Reunião Anual 2020 das Filhas de Jó

N

os dias 10, 11 e 12 de janeiro de 2020, aconteceu, na cidade de Tabuleiro do No e – CE, a Reunião Anual do Conselho Guardião Jurisdicional do Estado do Ceará, das Filhas de Jó Internacional. O evento foi organizado pelo Jurisdicional Ceará em parceria com o Bethel an trião, Bethel 011 “Princesas da Acácia”, Tabuleiro do No e – CE. Na sexta-feira, 10 de Janeiro, aconteceu a cerimônia de abe ura, na qual as Filhas de Jó Ceará foram presenteadas com um cordel feito pelo Maçom Antônio Maurício Marinho, da Loja Acácia do Vale nº51 (Ver pág.

52). A mesa de abe ura foi composta por: Jéssica Ca v a l c a nt e e Ed v a n d o A n a s t á c i o , G u a rd i õ e s Jurisdicionais do Ceará; Renata Mendes, Honorável Rainha do Bethel Jurisdicional; Elker e Milena, Guardiões do Bethel 11 “Princesas da Acácia”, Tabuleiro do No e – CE; Tio Carlos Rômulo, Venerável Mestre da Loja Acácia do Vale nº 51; Ivelise Maia, Suprema Deputada Assistente das Filhas de Jó para o Ceará; e Laíse Almeida, Miss Filha de Jó Ceará.

O evento contou com a pa icipação de membros de quase todos os Bethéis do Ceará e também comitivas de outros estados, como Paraíba, Rio Grande do No e e São Paulo.

A programação foi bastante enriquecedora, com palestras e atividades que puderam envolver todos os pa icipantes do evento. No sábado, dia 11, houve a palestra “Libras de Jó”, ministrada pela irmã Giany Pedrosa, SDA do Rio Grande do No e, na qual os pa icipantes tiveram a opo unidade de conhecer um pouco sobre a comunidade surda e o projeto Hike. Em seguida, houve a palestra “Sou Filha de Jó, e agora?”, ministrada pela irmã Marina Carlos, Miss Filha de Jó Simpatia Nordeste, na qual foram abordados os desa os que as meninas encontram ao entrar no novo mundo das Filhas de Jó e maneiras de superá-los. A irmã Érika Senigalia, Membro de Maioridade do Bethel 09 – Lírios de Campinas – Campinas – SP, no momento intitulado “Já pensou em ir à Suprema Sessão 2020?”, apresentou curiosidades e pacotes para pa icipação na Suprema Sessão de 2020, nos Estados Unidos.

Mesa composta para a cerimônia da abertura (da esq. para a dir.): Laíse (Miss Filha de Jó), Rômulo (VM da Loja Acácia do Vale nº 51), Renata (Honorável Rainha do Bethel Jurisdicional), Jéssica e Edvando (Guardiões Jurisdicionais do Ceará), Milena e Elker (Guardiões do Bethel 11 - Tabuleiro do Norte-CE) e Ivelise Maia (SDA para o Ceará).

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Bethel Jurisdicional do Ceará.

As Filhas de Jó puderam pa icipar ainda do momento “Toda Filha de Jó é uma Miss”, conduzido pelas Misses Estaduais, no qual trocaram suas experiências com os pa icipantes, bem como zeram as premiações de seus projetos. Depois foi ministrada a palestra “Janeiro Branco: quem cuida da mente, cuida da vida” pela psicóloga Maria Cláudia Maia Costa, que falou sobre a impo ância do cuidado com a saúde mental. Para descontrair, os pa icipantes se dive iram na o cina de forró conduzida pelo professor de dança Michael Barreto.

Em paralelo a esses momentos, aconteceram reuniões administrativas do Jurisdicional Ceará, visando o ape eiçoamento dos trabalhos, e reunião com os

Equipes participantes do I Torneio de Ritual do Ceará.

Conselhos Guardiões dos Bethéis do Estado, visando o fo alecimento e integração da Ordem no Estado, bem como a eleição do Conselho Guardião Jurisdicional 2020/2021, onde foram eleitos: Ivelise Maia (Guardiã Jurisdicional), Ivanildo Holanda (Guardião Associado J u r i s d i c i o n a l ) , M i l e n a G u e r ra ( Vi c e - G u a rd i ã Jurisdicional), Marcos Coelho (Vice-Guardião Jurisdicional), Cristina Amaral (Secretária Jurisdicional) e Tarcísio Benício (Tesoureiro Jurisdicional).

Ocorreu o Concurso de Miss lha de Jó Ceará 2020/2021, onde as irmãs Glória Mamédio, do Bethel 08 Campos Sales–CE, e Tereza Raquel, do Bethel 07 Mombaça–CE, foram agraciadas, respectivamente, com os títulos de Miss Filha de Jó Ceará e Miss Filha de Jó

P aramaçônicas Simpatia Ceará para a gestão 2020/2021. O Jurisdicional Ceará realizou também o I Torneio de Ritual do Estado do Ceará, uma pequena competição visando estimular o estudo do ritual da Ordem nos Bethéis. As equipes vencedoras do torneio foram os Bethéis 11, 01 e 07 como primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente.

Para fechar a programação do sábado, houve a festa “Luar do Se ão”, com música ao vivo e muita animação.

Tabuleiro do Norte é sede da Reunião Anual das ilhas de Jó

Versos das Filhas de Jó Tema do encontro "SERTÃO"

Sertanejo é um povo hospitaleiro Diferente em qualquer situação Quebra regras, não segue o roteiro Pra abraçar um amigo ou um irmão Nosso afago é justo e verdadeiro Sejam todas bem-vindas a Tabuleiro Aproveitem essa mega ocasião Sendo essa a reunião anual O encontro de todas suas filhas Um momento marcante sem igual Classifico de grande maravilha Um esforço que é recompensado Vocês todas juntinhas lado a lado O encontro dessa grande família A história na bíblia está escrito Que Jó foi um espelho da bondade Foi temente a Deus do infinito E um exemplo pra toda humanidade Suas filhas que estão aqui agora Dão relatos que a sua memória Não ficou esquecida no passado O exemplo que Jó nos ensinou Foi de sermos a Deus obediente Porque ele jamais se desligou Do seu Deus, esse ser onipotente A vós resta cumprir vosso papel Ser exemplo de filha pra o Bethel Como Jó foi a Deus obediente O Bethel teve sua fundadora A mãe Mick compriu o seu papel Escreveu uma história promissora Baseada em Jó, homem fiel Essa ordem brilhante juvenil Tem destaque em todo o Brasil Seu limite é da terra até o céu

Coroação da Miss Filhas de Jó Ceará e Miss Simpatia Filha de Jó Ceará.

No domingo, 12 de Janeiro, foi realizada a reunião ritualística do Bethel Jurisdicional do Ceará “Terra da Luz”, tendo como principal pauta a eleição das o ciais para a XIII gestão 2020/2021. Foram eleitas as irmãs: Yhanne Kelly (Honorável Rainha do Bethel Jurisdicional), Rayane Silva (1ª Princesa do Bethel Jurisdicional), Laura Carvalho (2ª Princesa do Bethel Jurisdicional), Carolina Novais (Guia do Bethel Jurisdicional) e Brenda Diniz (Dirigente de Cerimônias do Bethel Jurisdicional). O evento foi encerrado com um almoço de confraternização e despedida das comitivas.

Gratidão a todos os envolvidos, em especial ao Jurisdicional Ceará, ao Bethel 11 “Princesas da Acácia” da cidade de Tabuleiro do No e – CE, à ARLS Acácia do Vale nº 51 e à Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará – GLMECE, através do Sereníssimo Grão-Mestre Narciso Do a Ernandes Filho, por todo apoio e trabalho para a construção desse belíssimo evento Colaboração: Jéssica Cavalcante e Ivelise Maia

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Ser justo é fazer o bem Diz seu lema, que assim é A virtude é uma nobre qualidade Que grandemente honra a mulher Foi o Jó esse servo que ensinou Que o mais forte, mais puro e doce amor Dediquemos ao nosso Deus Javé Bethel é para nós lugar sagrado Diz os livros em sua tradução Pois quem guarda e protege esse recinto É o nobre Conselho guardião E sem ele, nada, nada acontece Não se entra, não reza nem a prece Nem tão pouco haverá reunião Pois as filhas de Jó são referências Detentoras de várias qualidades Os maçons admiram a competência de vocês mesmo com tão pouco idade Vocês são a luz guia do Bethel São as líderes guerreiras tão fiel Um exemplo pra toda humanidade O Bethel Princesa das Acácias no 11 Agradece a vocês nesse momento Recebê-las com um caloroso abraço É uma mistura de vários sentimentos Para nós o momento é só de glória Vai ficar registrado na história E gravado em nossos pensamentos

F iloso smo

Presidentes dos Corpos Subordinados tomam posse

E

m concorrida sessão presidida pelo Soberano Grande Inspetor Litúrgico, José Linhares de Vasconcelos Filho, com a presença do nosso Sereníssimo Grão- Mestre, Narciso Do a Ernandes Filho, ocorreu, no último dia 02/03, no Oriente de Fo alezaCE, a posse dos presidentes dos Corpos subordinados da Inspetoria Litúrgica da 1ª Região do Ceará.

Na ocasião tomaram posse os Irmãos: João Carlos de Oliveira Uchoa, na Excelsa Loja de Pe eição Cônego Januário da Cunha Barbosa, nº 11;

Hélio Salvador das Neves, na Excelsa Loja de Pe eição Rodolfo Ribas; Régis Feitosa Bom m, no Sublime Capítulo Rosa Cruz Padre Mororó, nº 8; Ivan Vieira Carneiro, no Magní co co Conselho de Cavaleiros Kadosh Amaro Albuquerque, nº 3; e José Wilson Nobre Freire, no Consistório do Príncipe do Real Segredo Duque de Caxias, nº 5 Colaboração: Luiz Ronaldo Pereira Ribeiro (Presidente da Academia Maçônica de Letras do Estado do Ceará)