L-12 Hemorragia e Ferimentos em tecidos Moles

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Curso de Resgate e Emergências Médicas

Lição 12 HEMORRAGIAS E FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES

OBJETIVOS: Proporcionar aos participantes conhecimentos e habilidades que os capacitem a: 1. Reconhecer e demonstrar 4 (quatro) diferentes técnicas para estancar as hemorragias externas; 2. Enumerar 5 (cinco) sinais ou sintomas indicativos de choque hipovolêmico; 3. Demonstrar as primeiras providências a uma vítima com choque hipovolêmico; 4. Indicar as regras para a aplicação de curativos; 5. Executar os procedimentos operacionais para as vitimas que apresentem: 

Ferimentos abertos no crânio, face e pescoço;

Ferimentos abertos no ombro;

Objetos cravados;

Ferimentos nas nádegas;

Ferimentos em extremidades.

6. Executar o tratamento adequado no caso de amputação traumática; 7. Executar o tratamento apropriado para a evisceração abdominal.

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HEMORRAGIAS Pacientes traumatizados apresentam freqüentemente ferimentos penetrantes (abertos) ou fechados que acompanham o extravasamento de sangue. A perda contínua de sangue ativa mecanismos de compensação do próprio organismo, na tentativa de proteger o fluxo sangüíneo para órgãos fundamentais como o cérebro e o coração. Quando os mecanismos protetores não conseguem manter uma circulação satisfatória, a perfusão dos órgãos fica comprometida. Este comprometimento pode tornar-se irreversível e a perda da(s) função(ões) do(s) órgão(s) evolui para a morte do organismo. O reconhecimento precoce da hemorragia através da visualização direta ou da suspeita da hemorragia interna ao avaliar sinais e sintomas, bem como o mecanismo de lesão pode ser uma etapa fundamental para uma conduta préhospitalar decisiva na sobrevivência do paciente. O choque hemorrágico é um exemplo do quadro sindrômico denominado Choque. Outros

exemplos

são

o

choque

neurogênico,

cardiogênico,

séptico.

O

reconhecimento do choque hemorrágico pode ser uma etapa tardia e nem sempre o resultado de esforços consideráveis no tratamento dos pacientes chocados será bem sucedida. Portanto, o reconhecimento precoce da hemorragia, assim como um controle do sangramento, aumenta a chance de sobrevida. Não retarde o encaminhamento dos pacientes para um local de tratamento definitivo, pois a evolução para o choque hemorrágico diminui a chance de sobrevida dos pacientes com hemorragias não controladas. È importante lembrar que sangramentos gastrointestinais e obstétricos são casos comuns de hemorragia também.

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FUNÇÕES DO SANGUE Para melhor compreender o significado de uma perda sanguínea, é importante relembrar as seis funções do sangue. São elas: -

Transporte dos gases: oxigênio e gás carbônico através da ligação com a hemoglobina;

-

Nutrição: transporte de nutrientes através do plasma;

-

Excreção: de substâncias nocivas ao organismo;

-

Proteção: através dos glóbulos brancos;

-

Regulação: distribuição de água e eletrólitos para os tecidos;

-

Temperatura: controle de temperatura corporal.

Portanto, quando se tem uma perda sanguínea, não se está perdendo apenas o volume de sangue, mas também as propriedades que o sangue proporciona. A vítima que apresenta uma hemorragia abundante entra em estado de choque.

DEFINIÇÃO DE HEMORRAGIAS Hemorragia ou sangramento significa a mesma coisa, isto é, sangue que escapa de artérias, veias ou vasos capilares. As hemorragias podem ser definidas como uma considerável perda do volume sangüíneo circulante. O sangramento pode ser interno ou externo e em ambos os casos são perigosos. As hemorragias produzem palidez, sudorese, agitação, pele fria, fraqueza, pulso fraco e rápido, baixa pressão arterial, sede, e por fim, se não controladas, estado de choque e morte.

MECANISMOS CORPORAIS DE CONTROLE DE HEMORRAGIAS 1. vasoconstrição: que é um mecanismo reflexo que permite a contração do vaso sanguíneo lesado diminuindo a perda sangüínea; Revisão JAN/09

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2. coagulação: que consiste em um mecanismo de aglutinação de plaquetas no local onde ocorreu o rompimento do vaso sanguíneo, dando início à formação de um verdadeiro tampão, denominado coágulo, que obstrui a saída do sangue.

TIPOS DE HEMORRAGIAS 1. externa: o sangue arterial ou venoso flui através de um ferimento, é visível; 2. interna: não é tão óbvia de se constatar, pois não pode ser detectada visualmente. Pode-se suspeitar avaliando o mecanismo da lesão, constatando a presença de sinais e sintomas de choque.

CLASSIFICAÇÃO DA PERDA SANGUÍNEA Segue na tabela 1, uma classificação de hemorragia com seus respectivos sinais e sintomas para um paciente com 70 kg de peso: Grau I

Grau II

Grau III

Grau IV

Perda sangüínea

700 ml

Volume de sangue perdido

Até 15%

15 -30%

30-40%

> 40%

Freqüência cardíaca

< 100

Entre 100 120

>120

> 140

Pressão Arterial

Normal

Normal

PAS < abaixo de 100 mmHg

PAS < abaixo de 50 mmHg

Freqüência Respiratória

14-20

20-30

30-40

>35

Ansiedade, agitação, palidez, pele úmida e pegajosa.

Agonizante, cianose, semiconsciente ou inconsciente, FR aumentada, ausência de pulso palpável.

Assintomático Elevação Outros sinais moderada FC; e sintomas pele ligeiramente fria, tontura.

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750 - 1500 ml 1500 - 2000 ml

Sudorese, pele fria, sede, ansiedade, aumento FR, pulso fino.

> 2000 ml

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O volume de sangue normal corresponde a 7% do peso ideal em adultos e a 8-9% do peso ideal para crianças. Na tabela 1 os dados referentes à perda sangüínea (ml / %) são calculados para uma pessoa adulta, do sexo masculino e com peso de 70 Kg.

RECONHECIMENTO DE HEMORRAGIAS EXTERNAS Durante a análise primária, o socorrista deverá através da palpação e da visualização do corpo do acidentado, constatar: 1. Saída de sangue através de ferimentos abertos; 2. Presença de sangue nas vestes; 3. Presença de sangue no local onde a vítima se encontra.

ACESSÓRIOS PARA CONTENÇÃO DE HEMORRAGIAS 1. Compressa de gaze estéril; 2. Bandagem triangular; 3. Atadura de crepe.

MÉTODOS PARA CONTROLE DAS HEMORRAGIAS EXTERNAS 1. Compressão direta sobre a lesão:

Aplicar uma gaze estéril seca sobre o ferimento. Comprimir manualmente o local ou utilizar uma bandagem triangular ou atadura de crepe para a fixação do curativo, exercendo pressão direta sobre a área lesada. Se a compressa de gaze estéril saturar de sangue e a hemorragia persistir, não a remova, aplique outra compressa sobre a primeira e exerça maior pressão.

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0

Compressão direta

Aplicar mais compressas

2. Elevação:

Este método é usado em conjunto com a pressão direta. A elevação acima do nível do coração reduz o fluxo de sangue para a

ferida.

Somente

empregar

em

hemorragias no membro superior, se não houver fraturas e no membro inferior se não houver fraturas e/ou indícios de lesão raquimedular e/ou TCE.

3. Técnica de compressão de pontos arteriais: Se apesar de houver realizado a pressão direta e a elevação o sangramento continuar, comprima os pontos arteriais proximais à lesão. Não utilizar esta técnica quando houver suspeita de fraturas no local de compressão.

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Exemplos para aplicação da técnica de compressão de pontos arteriais proximais:

1. Operário com o antebraço preso em uma máquina: compressão da artéria braquial; Pontos arteriais

2. Múltiplos ferimentos em uma perna: compressão da artéria femoral. 3. Ferimento

no

couro

cabeludo:

compressão da artéria temporal.

4. Aplicação de torniquete: Só deve ser utilizado em situações extremas quando os procedimentos anteriores já foram tentados e falharam. Deve-se utilizar uma bandagem triangular em forma de gravata, posicionada 5 cm antes da lesão, protegendo a pele com compressas de gaze envolvendo o membro antes de sua aplicação. Colocar um bastão, girando-o até que cesse a hemorragia.

Outra opção: utilizar um manguito de esfigmomanômetro colocado cerca de 5 (cinco) cm antes da lesão e insuflar até que cesse o sangramento. Sempre se deve marcar a hora da aplicação do torniquete e informar ao médico que receber a vítima. Uma vez aplicado, nunca afrouxe o torniquete.

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Procedimentos operacionais:

1. Utilizar o torniquete somente nos membros inferior ou superior. 2. Utilizar uma bandagem triangular dobrada em gravata, posicionada 5 cm antes da lesão. 3. Envolver o membro com a bandagem, dando duas voltas e prendê-lo com apenas uma laçada.

4. Colocar um bastão, pedaço de madeira ou caneta e terminar o nó, dando outra laçada. 5. Torcer o pano com o bastão, girando-o, até que a hemorragia pare. 6. Segurar nessa posição sem aliviar a pressão em nenhum momento até chegar ao hospital. 7. Anotar a hora em que foi exercida a pressão. 8. Fixar um aviso de torniquete em lugar visível (exemplo: testa do paciente), informar a equipe do hospital.

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ATENÇÃO 

Nunca soltar o torniquete até chegar ao hospital.

Lembrar que o torniquete priva os tecidos de oxigênio e também comprime os nervos, podendo a vítima perder o membro em decorrência deste procedimento,

portanto

o

transporte

até

o

hospital deve

se

iniciar

precocemente. 

O torniquete é usado apenas como último recurso para controlar uma hemorragia que não cessou com os procedimentos anteriores.

Não aplicar torniquete em articulações.

COMPLICAÇÕES DA REMOÇÃO DO TORNIQUETE 

Perda adicional de sangue.

Liberação de coágulos de sangue ou glóbulos de gordura para a circulação podendo causar embolia pulmonar

Liberação de substâncias de degradação celular para a corrente sangüínea: toxinas, ácido láctico do metabolismo anaeróbio, etc.

IMOBILIZAÇÃO Importante técnica coadjuvante para todos os casos de hemorragias. Não se deve permitir a movimentação da área lesada. Um músculo lesado apresenta espasmos musculares, que por sua vez causam contrações nos vasos lesados impedindo ou retardando a formação do coágulo e aumentando a velocidade da perda sangüínea, agravando a hemorragia. A imobilização reduz os espasmos musculares, sendo fundamental para que não se aumente a lesão dos tecidos das proximidades e se aumente a hemorragia.

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HEMORRAGIAS INTERNAS De difícil diagnóstico, exigem que o socorrista tenha um bom nível de treinamento para pesquisar a história do acidente relacionado o mecanismo do trauma com a possibilidade de lesões ocultas e para realizar um exame secundário detalhado.

Suspeitar de hemorragia interna quando:

1. Ferimentos penetrantes no crânio; 2. Sangue ou fluídos sanguinolentos drenando pelo nariz ou orelha; 3. Vômito ou tosse com sangue; 4. Hematomas ou traumas penetrantes no pescoço; 5. Hematomas no tórax ou sinais de fraturas de costelas; 6. Ferimentos penetrantes no tórax ou abdome; 7. Abdome aumentado ou com áreas de hematoma; 8. Abdome rígido, sensível ou com espasmos; 9. Sangramento retal ou vaginal; 10. Fraturas de pelve, ossos longos da coxa e braço.

Nunca obstrua a saída de sangue através dos orifícios naturais: boca, nariz, orelha, ânus, vagina.

CHOQUE Conjunto de alterações orgânicas devido a uma inadequada perfusão e conseqüentes falta de oxigenação dos órgãos e tecidos, denominado choque hemodinâmico.

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PERFUSÃO Inicialmente devemos entender o termo “perfusão”, ou seja, a circulação de sangue dentro de um órgão. Dizemos que um órgão tem uma adequada perfusão quando o sangue oxigenado está chegando pelas artérias e saindo pelas veias. A perfusão mantém viva as células do corpo através do suprimento de nutriente e eliminação dos produtos da degradação gerados por eles. Se a perfusão é deficitária o órgão entra em sofrimento e morre.

CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO DE CHOQUE O choque hemodinâmico classifica-se de acordo com o mecanismo predominante em: neurogênico, cardiogênico, anafilático, séptico e hipovolêmico.

1. CHOQUE NEUROGÊNICO

Esse tipo de choque é decorrente de uma lesão na medula espinhal. Esta lesão leva à paralisia da parede das artérias devido a interrupção da comunicação com o sistema nervoso central causando uma imensa vasodilatação na periferia do corpo da vítima. Há diminuição do retorno do sangue venoso ao coração e conseqüente queda do volume de sangue bombeado pelo coração. Os sinais marcantes são: diminuição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos (hipotensão com bradicardia), pele rosada devido a vasodilatação dos vasos sanguíneos na superfície da pele.

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2. CHOQUE CARDIOGÊNICO

Trata-se de diminuição da circulação e oxigenação inadequadas dos órgãos e tecidos, graças à falência do coração como bomba cardíaca. No choque cardiogênico o volume de sangue no corpo está mantido. No entanto, a quantidade de sangue bombeada pelo coração está diminuída, devido à falha do coração enquanto "bomba cardíaca". Comum nos casos de insuficiência cardíaca congestiva e infarto agudo do miocárdio.

3. CHOQUE ANAFILÁTICO O

choque

anafilático

é

uma

reação

alérgica

aguda

a

medicamentos

(principalmente a penicilina), picadas de insetos, comidas, pós e outros agentes. Instala-se rapidamente, logo após o contato com a substância a qual a vítima é alérgica. Promove a liberação, nos tecidos, de uma substância chamada histamina que promove vasodilatação geral e edema de glote causando insuficiência respiratória.

4. CHOQUE SÉPTICO

É um choque causado por toxinas liberadas por bactérias no organismo humano. Decorrente principalmente de estados infecciosos bacterianos graves onde há liberação de toxinas que lesam as paredes dos vasos sangüíneos provocando vasodilatação e aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos, permitindo a saída de plasma do interior dos vasos sanguíneos para o interior dos tecidos, diminuindo o volume de sangue circulante. Além disso, deve-se considerar como

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mais um agravante a possibilidade da existência de infecção generalizada em órgãos vitais. Normalmente não encontrado no pré-hospitalar.

5. CHOQUE HIPOVOLÊMICO No choque hipovolêmico há redução do volume circulante com a perda de sangue e com isso, a volemia torna-se instável. Comuns nos casos de grandes hemorragias (externas ou internas), queimaduras extensas, desidratação.

SINAIS E SINTOMAS DO ESTADO DE CHOQUE HIPOVOLÊMICO 1. Taquipnéia: respiração rápida e superficial; 2. Taquicardia: pulso rápido e filiforme (fraco); 3. Pele fria, pálida e úmida; 4. Face pálida e posteriormente cianótica; 5. Sede intensa; 6. Hipotensão: queda da pressão arterial; 7. Sudorese; 8. Ansiedade, confusão mental; 9. Fraqueza muscular, distúrbios visuais (visão escura).

CONDUTA

NO

ESTADO

DE

CHOQUE

HIPOVOLÊMICO

E

NEUROGÊNICO Procedimentos operacionais

1. Informar a Central de Operações e solicitar SAV ou autorização para transporte imediato. 2. Manter a permeabilidade das VAS e alinhamento da coluna cervical. 3. Checar respiração. Revisão JAN/09

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4. Ministrar oxigênio - 10 l/min; 5. Checar circulação e controlar hemorragias. 6. Checar estado neurológico. 7. Expor a vítima e previnir hipotermia. 8. Manter e transportar a vítima em decúbito dorsal horizontal (DDH); 9. Monitorar os sinais vitais constantemente.

CONDUTA NO ESTADO DE CHOQUE CARDIOGÊNICO, SÉPTICO E ANAFILÁTICO. Procedimentos operacionais 1. Informar a Central de Operações e solicitar SAV ou autorização para transporte imediato. 2. Manter a permeabilidade das VAS e alinhamento da coluna cervical. 3. Checar respiração. 4. Ministrar oxigênio - 10 l/min; 5. Checar circulação e controlar hemorragias. 6. Checar estado neurológico. 7. Expor a vítima e previnir hipotermia. 8. Manter a vítima em decúbito dorsal com a cabeceira ou prancha elevada (aproximadamente 20 centímetros); 9. Monitorar os sinais vitais constantemente.

OBSERVAÇÃO 

Nunca ofereça medicamentos, alimentos ou líquidos para ingestão para uma pessoa com sinais ou sintomas de choque.

Pode-se aliviar a sede da vítima umedecendo seus lábios com uma gaze embebida em água.

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FERIMENTOS DEFINIÇÃO Podem ser definidos como uma agressão à integridade tecidual.

Dependendo da localização, profundidade e extensão, podem representar risco de vida para a vítima pela perda sangüínea que podem ocasionar ou por afetar órgãos internos.

Os ferimentos podem ser classificados em: 1.

Ferimento aberto: é aquela onde existe uma perda de continuidade da

superfície cutânea, ou seja, onde a pele está aberta. 2.

Ferimento fechado ou contusão: a lesão ocorre abaixo da pele, porém não

existe perda da continuidade na superfície, ou seja, a pele continua intacta.

TIPOS DE FERIMENTOS 1. Escoriações ou ferida abrasiva: São lesões superficiais de sangramento discreto e muito doloroso. Devem ser protegidas com curativo estéril de material não aderente, bandagens ou ataduras.

2. Incisivo: São lesões de bordas regulares produzidas por objetos cortantes, que podem causar sangramentos variáveis e danos a tecidos profundos, como tendões, músculos e nervos. Devem ser protegidas com curativo estéril fixado com bandagens ou ataduras.

3. Lacerações: São lesões de bordas irregulares, produzidas por objetos rombos, através de trauma fechado sobre a superfície óssea ou quando produzido por objetos afiados que rasgam a pele.

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4. Pérfuro-contusos: São lesões causadas pela penetração de projéteis ou objetos pontiagudos através da pele e dos tecidos subjacentes. O orifício de entrada pode não corresponder à profundidade de lesão, devendo-se sempre procurar um orifício de saída e considerar lesões de órgãos internos, quando o ferimento localizar-se nas regiões do tórax ou abdômen.

5. Contundente: lesão produzida por agressão através de objeto pesado e pouco afiada, ou pelo choque do corpo contra estruturas semelhantes. Sempre suspeitar da possibilidade de rompimento de órgãos internos principalmente se ocorre na cavidade abdominal.

6. Avulsões: Extração violenta ou arrancamento de determinadas partes do corpo.

7. Amputação Traumática: Perda total ou parcial de uma extremidade ou de parte deste segmento (mão, dedo, pé,braço, etc) causada por um traumatismo.

Observação: em geral o termo amputação se refere ao procedimento cirúrgico de secção de parte ou de todo um membro. Quando provocada por trauma deve o conceito ser acrescido da expressão “traumática”.

FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES – REGRAS GERAIS Procedimentos operacionais 1. Verificar o mecanismo de lesão. 2. Identificar lesões que ameaçam a vida. 3. Verificar a localização do ferimento, pois pode sugerir que houve lesão interna de órgãos, com ou sem hemorragia. 4. Expor o ferimento:

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4.1.

Não retirar objeto encravado, exceto quando este se encontrar na bochecha comprometendo as vias aéreas;

4.2.

Retirar somente corpos estranhos grosseiros (pedaços de roupa, grama, por exemplo) superficiais e soltos utilizando gaze seca;

4.3.

Não lavar o ferimento;

4.4.

No caso de objetos encravados ou transfixados, estabilizar e proteger o objeto de movimentação, com auxílio de gaze, atadura ou bandagem;

5. Avaliar a função neurovascular distal ao ferimento (antes e após a confecção do curativo). 6. Fazer curativo compressivo na presença de sangramento (exceto nos ferimentos penetrantes de crânio onde o curativo deve ser oclusivo). 7. Cobrir o ferimento com compressa de gaze seca, fixando-a com esparadrapo, fita crepe, atadura ou bandagem triangular (sem deixar as pontas das bandagens expostas sem arremate).

IMPORTANTE 1. Deve-se utilizar compressas de gaze secas na confecção do curativo;

2. A umidificação é indicada nos seguintes casos: a. Evisceração abdominal; b. Oclusão de globo ocular protruso.

FERIMENTOS NA CABEÇA E FACE COURO CABELUDO

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Ferimentos de couro cabeludo podem ser difíceis de tratar pelos numerosos vasos sangüíneos encontrados nessas regiões. Muitos destes vasos estão na superfície da pele e produzem sangramentos profusos mesmo em pequenas feridas. Problemas adicionais surgem se os ferimentos envolvem os ossos do crânio, vias aéreas e pescoço. Deve o socorrista oferecer apoio emocional às vítimas, pois estes ferimentos tendem a ser muito dolorosos, produzem sangramentos que as assustam e estão em uma região onde todos se preocupam com as possíveis cicatrizes e deformidades.

Procedimentos operacionais 1. Verificar a permeabilidade das vias aéreas, mantendo a coluna cervical alinhada na posição neutra. 2. Adotar cuidados especiais para: 2.1.

Não retirar objetos encravados ou transfixantes, exceto aqueles transfixantes na bochecha que comprometam a permeabilidade das vias aéreas.

2.2.

Nos ferimentos com fratura de mandíbula utilizar a cânula orofaríngea nas vítimas inconscientes para manter a via aérea permeável.

3. Aplicar curativo compressivo sem exercer forte pressão, exceto em ferimentos penetrantes de crânio, quando deverá ser feito curativo oclusivo. 4. Utilizar para o curativo compressa de gaze e fixar com bandagem triangular ou atadura de crepe. 5. Estabilizar o objeto encravado com auxílio de compressa de gaze, atadura de crepe e bandagem triangular. 6. Estar atento aos sinais e sintomas de traumatismo craniano.

ATENÇÃO 

Ferimentos de face associados à fratura são graves, muitas vezes necessitam de manobras de SAV para a manutenção das vias aéreas.

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Em vítimas com lesões acima da clavícula existem grandes possibilidades de lesão na coluna cervical.

Nas crianças os ferimentos de cabeça podem levar rapidamente ao choque por perda sangüínea.

Em casos de sangramentos incontroláveis, transportar a vítima em DDH com lateralização da prancha longa para drenar o sangue da boca;

FERIMENTOS NOS OLHOS Impressionam pelo aspecto da lesão; Não se descuidar das prioridades devido à lesão; Suspeitar de lesões mais severas associadas à lesão ocular.

Lembrete:

1.

NÃO aplique pressão direta no globo ocular traumatizado. Há fluido gelatinoso (humor vítreo e aquoso) no globo ocular, insubstituível. Neste caso, utilize curativo absorvente não compressivo para auxiliar na formação de coágulos sangüíneos e no controle do sangramento.

Procedimentos operacionais: 1. Retirar somente corpos estranhos grosseiros superficiais e soltos com gaze seca na superfície externa das pálpebras. 1.1.

Não retirar nenhum corpo estranho do globo ocular.

2. Aplicar curativo oclusivo em ambos os olhos, mesmo que somente um olho tenha sido lesionado, para limitar os movimentos. 2.1.

Não fazer pressão sobre o globo ocular;

2.2.

Não tentar recolocar o globo ocular protruso no lugar.

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3. Irrigar com soro fisiológico por aproximadamente 10 minutos no caso de queimadura química seja por substância álcali ou ácida. Fazer a irrigação do centro para o canto externo do olho; 3.1.

Fazer a irrigação continuamente durante o transporte.

ATENÇÃO 

Retirar as lentes de contato, se houver.

No caso de queimaduras químicas obter o nome do produto e se possível levar o recipiente para o hospital.

FERIMENTOS NA ORELHA Procedimentos operacionais 1. Utilize curativos absorventes (gaze estéril), enfaixando o local; 2. Partes avulsas devem ser mantidas envoltas em compressas de gaze estéril secas ou em plástico esterilizado. Mantenha-a refrigerada envolvida em plástico estéril, em um recipiente com algumas pedras de gelo; 3. Não efetuar a oclusão do sangramento através da orelha (conduto auditivo).

FERIMENTOS NO NARIZ SANGRAMENTO NASAL (EPISTAXE) (Origem traumática) Procedimentos operacionais 1. Manter as vias aéreas permeáveis.

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2. Observar se há saída de sangue e/ou líquor e não obstruir a sua saída; proteger o local com gaze. 3. Observar os procedimentos específicos para os casos de amputação ou avulsão.

SANGRAMENTO NASAL (EPISTAXE) (Origem clínica)

Procedimentos operacionais 1. Manter as vias aéreas permeáveis. 2. Manter a vítima calma e sentada e a cabeça em posição neutra. 3. Orientá-la para que respire pela boca, não forçando a passagem de ar pelas narinas e também para não engolir o sangue. 4. Pinçar com o dedo indicador e polegar, as narinas na sua parte cartilaginosa durante cinco minutos, transportando a vítima na posição sentada: 4.1.

Se persistir o sangramento, exercer novamente a pressão com os dedos;

4.2.

Pode ser usada compressa fria sobre a narina que está sangrando.

ATENÇÃO 

Não permitir que a vítima assoe o nariz sob risco de agravar a lesão.

Se usar gelo, envolver com pano para não provocar queimadura.

FERIMENTOS NO PESCOÇO Sinais e sintomas:

1. Dificuldade ou impossibilidade de falar; Revisão JAN/09

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2. Obstrução de vias aéreas mesmo quando a boca e nariz estão livres; 3. Edema aparente ou contusão no pescoço; 4. Traquéia desviada para um lado; 5. Depressões no pescoço; 6. Feridas abertas aparentes: cortes, escoriações, perfurações.

Procedimentos operacionais 1. Manter as vias aéreas permeáveis; 1.1.

Havendo

dificuldade

respiratória

(depressão

respiratória)

prestar

assistência ventilatória; 2. Manter a coluna alinhada na posição neutra, mesmo não sendo possível utilizar o colar cervical. 3. Ministrar oxigênio. 4. Verificar se o ferimento produziu abertura no pescoço (tipo traqueotomia); em caso positivo: 4.1.

Não ocluir este ferimento;

4.2.

Deixar a vítima respirar por esta via; e

4.3.

Não permitir acúmulo de secreções.

5. Imobilizar objeto encravado ou transfixado para evitar movimentação; não tentar removê-lo, exceto se obstruir as vias aéreas totalmente. Neste caso, informar a Central de Operações e solicitar SAV. 6. Adotar os seguintes cuidados nos ferimentos que comprometam vasos sangüíneos: 6.1.

Fazer uma compressão manual direta sobre o vaso e mantê-la até chegar ao hospital;

6.2.

Nunca pressionar os dois lados ao mesmo tempo;

6.3.

Não retirar coágulos.

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ATENÇÃO 

Estar atento aos sinais de lesão na laringe e traquéia por traumatismo fechado (enfisema subcutâneo).

Estar atento para alteração da voz, dos ruídos respiratórios, aumento de hematomas, enfisema de subcutâneo e desvio de traquéia que podem comprometer a permeabilidade das vias aéreas. Nestes casos acionar SAV.

AMPUTAÇÃO TRAUMÁTICA Procedimentos operacionais 1. Conter hemorragias. 2. Prevenir o choque. 3. Localizar o segmento amputado. 4. Conduzir o segmento amputado juntamente com a vítima. 5. Envolver o segmento amputado com plástico protetor esterilizado. 6. Colocar o segmento amputado, envolvido com plástico esterilizado, em um recipiente com gelo, se possível.

ATENÇÃO 

Considerar a possibilidade da ocorrência de choque nas grandes amputações e/ou avulsões.

Não colocar o segmento amputado em contato direto com gelo, água, soro fisiológico ou outra substância.

Caso haja grande perda de sangue ou sinal de choque, não perder muito tempo em procurar o membro amputado ou providenciar gelo.

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FERIMENTOS NAS NÁDEGAS OU GENITÁLIA Ferimentos nas nádegas podem produzir hemorragias intensas. Por causa de sua localização, os órgãos externos de reprodução não são comuns de serem feridos. A pélvis e a coxa geralmente protegem esses órgãos, que são conhecidos como genitália externa. Inclui traumatismos fechados, avulsão peniana ou de escroto, lacerações nas nádegas.

OBSERVAÇÕES 1. Não remova objetos transfixados; 2. Preserve as partes arrancadas (avulsão) envolvendo-as em plástico ou curativo esterilizado e as mantenha resfriada em recipiente com algumas pedras de gelo.

Tratamento pré-hospitalar dos ferimentos nas nádegas Controlar sangramento com compressão direta utilizando bandagem triangular.

Tratamento pré-hospitalar dos ferimentos na genitália 1. Expor e examinar a genitália somente para confirmar a presença de ferimentos; 2. Utilizar curativo estéril volumoso envolvendo amplamente a área da lesão; e 3. Utiliza bandagem triangular em forma de fralda para fixar o curativo.

ATENÇÃO 

Informar sempre à vítima o que será feito. Diga-lhe porque deve examinar e cuidar de sua genitália. Proteger a vítima do olhar dos curiosos, afastando-os

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do local da ocorrência. Se isto não for possível, preserve os cuidados no interior da viatura ou local reservado.

OBJETO CRAVADO Tipos de acidentes mais comuns: Ex: lança de grade de portão, agressão à faca etc.

Tratamento pré-hospitalar:

1. Estancar a hemorragia, colocando-se gaze em torno do objeto; 2. Evitar movimentação do objeto enquanto se efetua o procedimento; 3. Estabilizar o objeto utilizando bandagem triangular, esparadrapo, blocos de gaze, etc. 4. Somente remover objetos que estejam na bochecha e com risco absoluto de obstruir as vias aéreas.

FERIMENTOS ABDOMINAIS Sangramento interno pode ser severo quando há uma ruptura de um órgão. Além disso, órgãos ocos podem romper e drenar seu conteúdo para a cavidade abdominal e pélvica, produzindo reações dolorosas e graves, irritando o peritônio.

Conseqüências do ferimento abdominal 1. Lesões em vísceras ocas: Ex: intestino delgado e intestino grosso, estômago, vesícula biliar, etc. a. Alteração ou perda funcional do órgão;

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b. Extravasamento do conteúdo para a cavidade abdominal podendo produzir peritonite aguda (inflamação da parede abdominal).

2. Lesões em vísceras sólidas ou parenquimatosas: Ex: baço, fígado, pâncreas, etc. a. Alteração ou perda funcional do órgão; b. Hemorragia abundante podendo evoluir para o estado de choque.

Reconhecimento do trauma abdominal 1. Verificar o mecanismo da lesão; 2. Verificar ocorrências de náuseas e vômitos; 3. Observar a posição e postura da vítima: protegendo o abdome e adotando posições típicas de defesa da dor (resguardando o abdome); 5.

A vítima tentando deitar-se com as pernas encolhidas;

6.

Abdome rígido ou sensível;

7.

Respiração rápida, superficial e pulsação acelerada;

8.

Observar sinais e sintomas de choque hipovolêmico.

Tratamento pré-hospitalar para ferimentos fechados abdominais 1. Avalie a necessidade de transporte imediato ou de acionamento de SAV; 2. Mantenha a vítima em decúbito dorsal horizontal; 3. Adote medidas para prevenir o estado de choque; 4. Esteja alerta para vômito.

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EVISCERAÇÃO ABDOMINAL Lesão na qual a musculatura do abdômen é rompida em decorrência de violento impacto ou lesão de objeto perfurante, cortante ou contundente, expondo o interior da região abdominal exteriorizando vísceras e provocando contaminação. Protrusão de vísceras através de abertura na cavidade abdominal provocada por traumas (ferida aberta).

Procedimentos operacionais 1. Cobrir as vísceras expostas com plástico esterilizado ou, na ausência, compressas de gaze algodoadas estéreis umedecidas constantemente com soro fisiológico. 2. Proteger o local com curativo oclusivo. 3. Prevenir estado de choque.

ATENÇÃO 

Estar preparado para ocorrência de vômitos.

Não recolocar as vísceras no interior do abdome.

Não lavar com soro fisiológico ou qualquer outra substância.

Não utilizar gaze de dimensões 7,5 x 7,5 cm para efetuar curativo, pois podem cair na cavidade abdominal.

FERIMENTOS FECHADOS EM GERAL Quando um objeto é lançado contra um corpo ou ocorre o inverso, com força suficiente para lesionar tecidos abaixo da pele, sem, no entanto lesionar sua superfície temos uma ferida fechada, também chamada de contusão.

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EFEITOS DA CONTUSÃO 1. Equimoses; hematoma; 2. Fraturas, luxações e entorses; 3. Lesões em órgãos internos.

TRATAMENTO

PRÉ-HOSPITALAR

DOS

FERIMENTOS

FECHADOS Estes ferimentos podem variar o grau de lesão abaixo da pele até lesões severas em órgãos internos. Basicamente, o tratamento pré-hospitalar consiste em avaliar o acidentado, identificar a lesão e tratar a hemorragia interna com imobilização e prevenir o choque.

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BANDAGEM TRIANGULAR

vértice

Em forma de gravata.

ponta

base

ponta

Vértice, base e Pontas.

2. Ferimento na face

1. Ferimento no crânio

4. Ferimento no tórax 3. Ferimento no ombro Revisão JAN/09

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Planos de aula do Curso de Assistente de Primeiros Auxílios Avançados do Programa USAID/OFDA/MDFR/UDESC/SMS/CBPMESP de Capacitação para Instrutores, São Paulo - 1998. 2. Socorros Médicos de Emergência. American Academy of Orthopaedic Surgeons. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.ª, 1979. 3. Half, Brent – Primeiros Socorros para Estudantes – Editora Manole – 1º Edição Brasileira – São Paulo – 2002. 4. Bergeron, J. David – Primeiros Socorros – Atheneu Editora São Paulo – São Paulo – 1999. 5. Bergeron, J. David – Emergency Care – Brady Prentice Hall – Upper Saddle, New Jersey -1995.

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AVALIAÇÃO HEMORRAGIAS, ESTADO DE CHOQUE E FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES

1. Indique 4 (quatro) diferentes técnicas para controlar hemorragias externas: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

2. Enumerar 5 (cinco) sinais ou sintomas indicativos de estado de choque hipovolêmico. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ _________________________________________________________________

3. Descreva passo a passo o tratamento de uma vítima em estado de choque hipovolêmico. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 4. Descreva o tratamento para eviscerações. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 5. Descreva o tratamento para objetos cravados no corpo. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

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BLOCO DE ANOTAÇÕES _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Revisão JAN/09

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