Informativo CineCom Nº2 - O Corintiano

Page 1

Informativo Cinecom - Cinema para todos - 24 de junho de 2012 - Nº 02 Ano 01

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

DIA DO CINEMA NACIONAL

Conheça o caipira mais famoso do Vale do Paraíba.

Dezenove de junho foi dia do cinema brasileiro. PÁG. 4

PÁG. 2

FILIPE NORBERTO

É MAZZA!!

Primeira Sessão: Casablanca, casa cheia ACIMA DA EXPECTATIVA A PRESENÇA DO PÚBLICO SUPEROU AS EXPECTATIVAS DOS ORGANIZADORES Laura Gomes

Agora, as noites de domingo se tornam, uma vez ao mês, mais culturais e agradáveis. O Cinecom conta com a sua participação: traga amigos e pessoas queridas, para que as sessões de cinema fiquem ainda mais aconchegantes. A próxima sessão acontece em julho, com o longa “Narradores de Javé”, você já assistiu e gostou? Nunca assistiu? Então venham prestigiar o Cinecom. MICHAEL MAIA

FILIPE NORBERTO

E encheu: eram famílias, idosos, jovens e crianças assistindo ao clássico Casablanca. A noite contou com uma lua digna de estreia, pessoas animadas e bem equipadas com cobertores, lanchinhos e cadeiras de praia para melhor se acomodarem no gramado da UFV. Foi tudo muito livre: a entrada e saída de pessoas, a acomodação e

a pipoca! No Cinecom, a ideia é romper com a barreira entre a cidade e a universidade; e primeira exibição mostrou que isso é possível. Moradores antigos, como Dona Adelma, de 90 anos, compareceram na sessão, além de estudantes e trabalhadores de dentro e de fora da UFV. O público saiu satisfeito e prometendo voltar para as próximas sessões.

DELICIOSA A PIPOCA É GRATUITA

EM PÉ OU SENTADO QUEM VEIO FICOU BEM À VONTADE


É MAZZA!!

O caipira mais famoso do cinema nacional DIVULGAÇÃO

Giuliano Sales O pai era italiano, a mãe, portuguesa. Mazzaropi tinha tudo para seguir o padrão europeu de sua família, mas optou por viver como um caipira. Nascido no dia 14 de abril de 1912, na cidade de São Paulo, Amácio Mazzaropi foi para Taubaté, no interior do estado, com apenas 2 anos de idade. Antes de completar 15 anos, viajou sozinho para São Paulo, em busca de um sonho: Participar da caravana do Circo La Paz. Seus pais, preocupados com o futuro ingrato que a carreira de ator poderia dar ao filho, foram contra a partida. Mas o garoto já era um “matuto teimoso” e começou a vida circense. O resultado não poderia ser mais positivo? Quer dizer, isso se desconsiderarmos o claro não reconhecimento da crítica brasileira especializada da época.

Acontece que, quando foi convidado a sair do circo para tornar-se um ator das radionovelas, Mazzaropi não se fez por satisfeito em atuar, apenas. Ele quis participar efetivamente e, em 1958, criou a PAM Filmes (Produções Amácio Mazzaropi). A partir daí, seus filmes se tornaram sucesso de público e praticamente anuais (um por ano até 1980).

DIVULGAÇÃO

“Cinema para todos” Este jornal faz parte do projeto de Extensão produzido por alunos do curso de Jornalismo, do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Viçosa, re-gistrado na Pro-Reitoria de Extensão, sob o número PRJ 223/2011. Coordenação Profa. Laene Mucci Daniel

2

“O público gostou do meu nome, gostou do que eu fiz”. Entre atuação e produção, Mazzaropi esteve em 33 filmes e, embora não sido bem criticado em sua época, atualmente é tido como um dos principais incentivadores do cinema brasileiro, afinal, imagine criar, no final da década de 50, uma própria produtora que era independente da Indústria CiLembra o que eu disse sobre a nematográfica Brasileira. crítica brasileira especializada ignorar Mazzaropi? Pois então, embora o Jeca atraísse grandes públicos, a crítica intelectualizada do cinema nacional da época continuava a criticá-lo, alegando que seus filmes (que tratavam de assuntos como preconceito, racismo e o, até então proibido, divórcio) eram superficiais. Colocando-o às margens do cinema nacional. Mas o caipira não se abatia:

Equipe do Projeto Ana Luísa Nunes, Betânia Pontelo, Camila Calixto, Profa. Giovana Santana Carlos, Giuliano Sales, Filipe Norberto, Laene Mucci, Laís Colleta, Laura Gomes, Marcela Corcino, Marden Chaves,Michael Maia, Patrícia Meireles e Thalita Fernandes. Realização

DIVULGAÇÃO

Cinecom, 24 de junho de 2012 - Nª02 Ano 01 Redação Ana Luísa Nunes, Giuliano Sales, Laura Gomes, Laene Mucci e Marcela Corcino. Edição Laene Mucci e Marden Chaves Diagramação e Arte Giuliano Sales

Apoio Cultural

Redes Sociais Camila Calixto, Laura Gomes. Michael Maia, Patrícia Meireles Revisão Filipe Norberto

Assessoria de Imprensa Profa. Kátia Fraga e Patrícia Meireles Agradecimentos especiais Museu Mazzaropi, Prof. Carlos Antônio Moreira Leite, Ângelo Antônio Ferreira, Edson de Araújo, José Antônio Brilhante de São José, Antônio Jésus de Campos Mata, Gilson Faria Potsch Magalhães, Valter Ladeira de Freitas, Tatiana Malvina Dornelas Barbosa, André Simonini Rocha Gomes, Eliane Caffé, Laís Bodansky, Erika Nozawa, Selma Melo, Prof. Joaquim Lannes, Dr. Guto Malta, Prof. Carlos D’Andréa, Jones Neves, Priscila Oliveira, João Vicente, Pablo Campos, Profª Hideíde Torres.


Giuliano Sales A décima nona produção de Mazzaropi vai além de uma representação sobre o futebol no cinema, ela trabalha a identificação entre o torcedor e o seu time do coração. No filme, o eterno Jeca Tatu interpreta Seu Manoel, um barbeiro muito requisitado na cidade e fanático pelo Corinthians. Em seu local de trabalho há sempre uma lembrança ao “Todo poderoso”. Enquanto atende um cliente

ou outro, Seu Manoel sempre zendo inúmeras promessas a São acaba dando um palpite em al- Jorge. Com Seu Manoel o cliente guma partida, comentando so- pode até ter razão, mas não é sempre. Basta falar mal do “Timão” para que o barbeiro recuse o atendimento e ainda lhe lance um olhar de desaprovação. “O Corintiano” é uma comédia de 1966 e dirigido por Milton Amaral, contém cenas bre algum jogador e até mesmo reais de partidas do time alvine“cornetando” o treinador do time gro. Apesar de tratar de um fanátipaulistano. Mas sempre tendo a fé co pelo Sport Club Corinthians, o que cabe a um bom corintiano, fa- filme agrada a todas as torcidas. DIVULGAÇÃO

“O CORINTIANO” - MUSEU MAZZAROPI

Barba, cabelo, bigode e ‘vai Corinthians’

Um Museu que mantém o caipira vivo ACERVO MUSEU MAZZAROPI

Giuliano Sales Em 1992 foi criado em Tau­ baté, cidade do interior de São Paulo onde Mazzaropi construiu sua produtora, um Museu que viabilizaria a divulgação, pesquisa e preservação das obras do eterno Jeca. O espaço foi construído bem ao lado dos antigos estúdios da PAM (Produções Amácio Maz­ zaropi), os maiores da América Latina nos anos 70 e possibilita ao visitante conhecer algumas cu­ riosidades do ator por meio de seu acervo

fotográfico, produções de áudio, objetos, equipamentos e filmes, os quais são exibidos em um auditório com capacidade para 350 pessoas. ACERVO MUSEU MAZZAROPI

Em 10 anos, o Museu recebeu milhares de visitantes, desen­ volveu programas de visitação es­colar, reunindo mais de 6.000 docu­mentos sobre o artista e o cinema brasileiro. O Museu Mazzaropi funciona de terça a domingo, das 8h30 às 12h30 e o ingresso custa oito reais. Estudantes e pessoas da terceira idade pagam meia en­trada. Caso você esteja passando pelo Vale do Paraíba paulista, vale a pena a visita.Para agendar uma visita basta ligar para (12) 3634-3447.

3


DIA DO CINEMA BRASILEIRO

19 de junho, Dia do Cinema Brasileiro Ana Luísa Nunes Marcela Corcino

filmes que contavam as histórias e aventuras de um caipira muito engraçado. Os filmes brasileiros passam a ser vistos como um produto rentável a partir da década de 90, no período da Retomada, quando a indústria cinematográfica ganha impulso e começa a buscar grandes bilheterias. A partir desse momento, o cinema varia seus temas e seus enfoques, procurando atender um público diversificado. Esse cenário se mantém até hoje, o que demonstra o avanço da indústria cinematográfica brasileira.

“Minha filha me trouxe para assistir um filme que eu ainda não conhecia, mas as músicas me eram familiares” Adelma Santos Correa, 90 anos MICHAEL MAIA

“Por ser a primeira sessão e o campus estar praticamente vazio, por causa da greve, o público correspondeu à expectativa. Quem compareceu pôde assistir uma bela história”. Édson de Araujo, Diretor Presidente da UFVCredi. ATENTOS NÃO QUERIAM PERDER NADA DO FILME

Cinecom e UFV Credi, uma parceria que deu certo Michael Maia Uma das preocupações da Cooperativa de Crédito Mútuo da UFV é com a cultura e o entretenimento na cidade de Viçosa. Por isso, ela apoia o Projeto Cinecom e o ajudou a realizar sua primeira de muitas sessões no dia 3 de junho. Quem esteve presente foi o diretor presidente da cooperativa, Edson de Araújo que se sente satisfeito em apoiar um projeto que envolve a comunidade viçosense com o lazer e cultura. “É a cooperativa cumprindo

4

o seu papel social, apoiando eventos desta natureza. É um programa legal, cinema ao ar livre e ainda com pipoca de graça. Vale a pena conferir as próximas sessões.” A instituição, localizada dentro do campus atrás do prédio Arthur Bernardes proporciona empréstimos pessoais e outros serviços disponíveis aos seus associados. E sua preocupação com a cidade é um dos motivos do apoio ao Cinecom que leva filmes e cultura a todos os moradores viçosenses. É de fato, uma parceria que dá certo.

PRÓXIMA SESSÃO!!

Narradores de Javé

15 de Julho às 19h - 4 Pilastras UFV

FOTO-LEGENDA

MICHAEL MAIA

Desde 1970, no dia 19 de junho é comemorado o Dia do Cinema Brasileiro. Os primeiros filmes produzidos no país são do século XIX, curtas-metragens do tipo documentário, mudo e em preto-e-branco. Não demorou muito para que esse tipo de filme começasse a se espalhar pelo Brasil, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. Durante muito tempo, as principais salas de cinema nacionais exibiam fitas estrangeiras, notada-

mente as norte-americanas. Com isso, o cinema produzido em solo brasileiro entrou em decadência. Foi somente na década de 30 que surgiram as primeiras produtoras de filmes nacionais, como a Cinédia, do Rio, e a produtora Atlântica, responsável pelas famosas chanchadas. O grande salto do cinema feito no país aconteceu somente na década de 60, quando vários filmes ganharam destaque dentro e fora do Brasil. Foi durante esse período, conhecido como Cinema Novo, que Mazzaropi montou sua produtora e lançou vários


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.